terça-feira, 30 de setembro de 2008

Funarte abre editais para Dança e Teatro

Desde o dia 15 de setembro, que a Fundação Nacional de Artes (Funarte) abriu o edital da terceira edição do Prêmio de Dança Klauss Vianna, que, com patrocínio da Petrobras, viabilizará a realização de 69 projetos voltados para o desenvolvimento de atividades artísticas na área de dança. Os prêmios, que variam de R$ 20 mil a R$ 80 mil, serão distribuídos entre selecionados em duas categorias: montagem de espetáculos e manutenção de programas de grupos ou companhias de dança. Com investimento total de R$ 3 milhões, o Prêmio Klauss Vianna beneficiará todos os estados brasileiros. As inscrições são gratuitas e podem ser feitas até o dia 30 de outubro, pelo correio.
Desde a criação do Prêmio de Dança Klauss Vianna, em 2006, já beneficiou 199 companhias ou grupos de dança brasileiros. O nome do prêmio homenageia o bailarino Klauss Vianna (1928-1992), professor e criador de um método próprio, precursor da preparação corporal para atores e bailarinos no Brasil.
Na mesma data, foi lançada a terceira edição do Prêmio de Teatro Myriam Muniz
que viabilizará a realização de 166 projetos voltados para o desenvolvimento de atividades artísticas na área de teatro, em todas as suas modalidades. Os prêmios variam de R$ 20 mil a R$ 100 mil e serão distribuídos entre selecionados em duas categorias: montagem de espetáculos e manutenção de programas de grupos ou companhias de teatro. Com investimento total de R$ 7 milhões, o Prêmio Myriam Muniz beneficiará todos os estados brasileiros.
O prazo de inscrições é o mesmo do Prêmio de Dança Klauss Vianna e mais informações podem ser encontradas no site www.funarte.gov.br

Suyene Correia

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

No Descompasso da Orquestra






O dia ontem foi agitado!!! Entrevista coletiva pela manhã com alguns atores (Murilo Rosa, Othon Bastos, Orlando Vieira) do filme "Orquestra dos Meninos" e mais a produtora Gláucia Camargos, o diretor Paulo Thiago e o verdadeiro Mozart Vieira. Até que esse encontro foi pontual ou quase (com um atraso de cerca de meia hora).


Mas passado o "chá de cadeira", a coletiva fluiu normalmente, com algumas perguntas de praxe, óbvias, mas outras inteligentes. Os entrevistados porém, se entusiasmaram e as respostas que poderiam ser mais concisas, viraram verdadeiros tratados. Para quem tinha que voltar para a redação e redigir o texto, a espera foi um suplício. No entanto, o pior estava por vir.


A pré-estréia marcada para iniciar às 19h, em seis salas simultâneas do Cinemark, acabou tendo um atraso de quase uma hora e meia e muitos convidados acharam melhor, assistir ao filme em DVD.


A atriz (esqueci o nome dela, desculpe) que viveu a mulher de Tonhão du Imbuaça, na telona, foi uma dessas que desistiu de esperar. Ela e alguns amigos, saíram da sala quando o relógio marcava 19h40. O motivo do atraso, ainda é incerto... Coisas do Brasil!!!


A maioria dos convidados, porém, da sala 6 (onde eu estava) agüentaram o tranco de não ter jantado e preferido ser pontuais. Não arredaram o pé do cinema e até ensaiaram umas palmas orquestradas...


Finalmente, a projeção iniciou e pela abertura da película dava prá imaginar que a mesma seria bem afinada (créditos iniciais e música bem casados). Ledo engano. A história de Mozart Vieira e sua "Orquestra dos Meninos" tentou envolver o público com apelo melodramático, mas o tiro saiu pela culatra. Ou melhor a orquestra desafinou, saiu do compasso.


Murilo Rosa vivendo o personagem principal, até que convence. Mas Priscila Fantin, em papel pequeno, poderia muito bem ter ficado no Rio de Janeiro e Paulo Thiago ter escolhido alguém daqui para viver a Creusa.


Não que o diretor não tenha recrutado vários atores da terra (Orlando Vieira -em papel minúsculo-, Vieira Neto, César Macieira, Tonhão du Imbuaça, Tetê Nahas, Diane Veloso, Luís Carlos Reis) entre tantos, mas é que em alguns casos eram sub-aproveitados, em outros, mal dirigidos (alguns atores de teatro estavam over demais).


A salvação da lavoura foram os garotos que formaram a orquestra. Essa galera amadora, sem vícios e nem esteriótipos, foi que deu vida ao filme. Ainda que em uma cena ou outra, tenha acontecido uma atuação mais forçada, a exemplo da execução do Hino Nacional.


Mas como disse Murilo Rosa durante a coletiva: "esses meninos é que são a alma do filme".


Thiago poderia ter explorado mais as potencialidades de cada um. Faltou maior aproveitamento da parte dele.


O filme tecnicamente, porém, tem uma bela fotografia e duas cenas muito bem filmadas (a da 1a apresentação da orquestra na igreja de São Cristóvão e a dos meninos com o maestro, à noite, próximo à ponte em Laranjeiras). A edição de som também merece elogio, o mesmo não posso dizer da direção de arte, que apresentou algumas falhas bem visíveis. O mapa de Sergipe deformado (proposital?); a viatura da polícia descontextualizada da época em que se passa a história; tinha uma faixa de político ao fundo na cena do ensaio na chuva ou eu enxerguei demais?

No mais, o filme pode ter sido bom para quem fez, para o Estado e para a equipe técnica.


Para o espectador que esperou quase uma hora e meia para conferir o tão falado "filme 100% realizado em Sergipe", ficou um quê de frustração. Pelo visto, a Orquestra desafinou.


Próximo concerto? "O Senhor do Labirinto"...

Foto 1: Gláucia Camargos e Murilo Rosa durante a coletiva

Foto 2: Além dos convidados acima citados, compuseram a mesa, João Andrade (presidente do Banese), Eliana Aquino (a primeira dama do Estado) e Eloisa Galdino (Secretária do Estado de Comunicação Social)

Foto 3: Priscila Fantin assediada pelos fãs

Foto 4: Alguns dos meninos que formaram a Orquestra no filme

Crédito das Fotos e texto: Suyene Correia

domingo, 28 de setembro de 2008

Paul Newman: Inesquecível....


Estou um pouco atrasada nessa postagem, mas o que vale é a intenção e a lembrança. Daqui a pouco irei rever "Gata em Teto de Zinco Quente" (1958), com Paul Newman e Liz Taylor, em homenagem ao ator, que morreu na última sexta-feira, vítima de um câncer de pulmão.
Esse é um dos filmes que mais gosto de Newman. É bem verdade que não assisti a tantos assim, protagonizado pelo galã de olhos azuis cristalinos, mas os pouco que conferi, a exemplo de "Cortina Rasgada"( 1966), "Inferno na Torre" (1974), "O Veredicto" (1982), "Ausência de Malícia" (1981), "Butch Cassidy"(1969), "Estrada Para a Perdição" (2002), dá para ter uma noção do talento do rapaz.

Casado com a atriz Joanne Woodward, daltônico e apaixonado por carros de corrida, Newman foi indicado ao Oscar, em 10 ocasiões, só vencendo em 1986, pelo filme "A Cor do Dinheiro".
Na festa do Oscar é sempre assim. Na maioria das vezes, os atores tarimbados, terminam vencendo a estatueta dourada, por atuações medianas. Diz a crítica que ele está muito bem em "O Mercador de Almas" (1958) e "O Indomado" (1963). Esses dois ainda preciso ver.
Quem quiser conhecer um pouquinho mais o talento desse norte-americano, ex-aluno do Actor's Studio, basta alugar um desses filmes acima citado. Lá na Super Video Locadora (do amigo Ivan Valença) você encontra a maioria. Não perca tempo!!!!

Suyene Correia

sábado, 27 de setembro de 2008

Café Cultural no SESC

Ontem, no início da noite, fui ao Sesc/centro conferir o Café Cultural promovido pela instituição.
À frente do projeto, os arte-educadores Wolney Nascimento e Cristiane Barbosa, que desde cedo, já interagiam com os participantes, explicando o objetivo do encontro mensal.
Na estréia do Café Cultural, o assunto abordado foi HQs. Dessa vez, o foco foi Fotografia.
Não só profissionais da área, como também amadores e iniciantes discutiram de uma forma informal, os rumos da arte de fotografar no Estado.
Diga-se de passagem, que em alguns momentos, as discussões tenderam ao trabalho do fotojornalista, tendo em vista que esses fotógrafos, em sua maioria, são os que produzem também material de qualidade para as parcas exposições que acontecem em Sergipe.
No entanto, alguns participantes acharam que o tema deveria se deter na fotografia como "arte" e não, necessariamente, no trabalho executado diariamente pelos repórteres fotográficos.
Wolney, então, chamou a atenção dos questionadores, de que não era interessante "fechar" o foco para essa ou aquela vertente da fotografia, mas discuti-la da forma mais abrangente possível.
Direcionamento que foi acatado, a partir de então, fazendo com que o papo fosse mais interessante. Depois de um belo café oferecido aos participantes e pouco mais de duas horas de conversa, o Café Cultural foi encerrado com um resultado positivo.
No próximo mês, ainda sem data definida, o tema será Vinil. Os amantes desse tipo de registro fonográfico fiquem de sobreaviso desde já e para aqueles que comercializam o produto, vale a pena aparecer por lá para faturar um agrana extra.
Parabéns ao pessoal do Sesc envolvido no projeto e vida longa!!!
Até o próximo encontro...

Suyene Correia

sexta-feira, 26 de setembro de 2008

Antonio Márquez: IMPECÁVEL!!!!!!!!!






Acabei de chegar em casa, após o extasiante espetáculo de dança flamenca, da Compañía de Danza Antonio Márquez. Foram 90 minutos de pura magia, excelência em execução, técnica e beleza.


Márquez, que já tinha realizado uma bela apresentação, no ano passado, superou as expectativas da maioria do público que compareceu ao Teatro Tobias Barreto. Ao contrário do espetáculo anterior, em que o bailarino e coreógrafo apresentou fragmentos de outros espetáculos de seu repertório, "Antonio, El Embrujo de La Danza” é uma narrativa de começo, meio e fim, em que ele homenageia seu principal mestre, Antonio Ruiz Soler.


O início da apresentação- meio musical da Broadway- dava indícios de que Antonio estava a brincar com aqueles que se dirigiram ao TTB, para apreciar a autêntica dança espanhola. No entanto, à medida que os minutos passavam, o envolvimento do sapateado, das bulerías e outras variações do flamenco contagiava a platéia.

Márquez no meio do palco solando, era puro deleite. Por duas vezes, ele chegou a ser ovacinado (durante a execução de Bolero de Ravel) e nos agradecimentos, quando demonstrou que tem de sobra um excelente condicionamento físico.

Fim de espetáculo. Platéia entusiasmadíssima e elogios nos quatro cantos do recinto.

Era o reconhecimento de quem pagou relativamente caro, mas saiu satisfeito com a qualidade do produto cultural. Isso porque, Márquez esbanja prazer em dançar e alia, como poucos bailarinos de sua especialidade, a técnica irrepreensível e o talento.


Que ele volte sempre às Terras de Ará. Os apreciadores da dança flamenca e curiosos agradecem.

Foto 1: A jornalista Renata Ouro e Antonio Márquez em foto de Solange Gomes


Foto 2 e 3: Alguns momentos marcantes do espetáculo


Foto 4: Antonio Márquez em meio às fãs, à produtora cultural Solange Gomes (de azul) e o bailarino que personifica seu mestre Antonio Soler


Crédito das Fotos: Renata Ouro

Suyene Correia








quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Orquestra dos Meninos tem pré-estréia nesta segunda


Na noite do dia 29 de setembro, no Cinemark, acontecerá a pré-estréia do filme "Orquestra dos Meninos" de Paulo Thiago. Depois de algumas datas adiadas, finalmente, os sergipanos irão ter a oportunidade de assistir ao filme totalmente rodado no Estado.
É bem verdade, que nessa primeira exibição (em três salas simultâneas), o acesso será restrito para convidados e imprensa. Mas muito em breve, o filme ganhará as telas de todo o país e de Sergipe, também.
Pela manhã, Othon Bastos, Paulo Thiago e Murilo Rosa estarão participando de uma coletiva, enquanto que, à noite, Priscila Fantin dará o ar da graça na exibição do filme. Os dois atores globais (Rosa e Fantin) são os protagonistas da história baseada em fatos reais.
O trailer até que está bem acabado, mas vamos ver se o resultado final, ficou a contento.
Os garotos que participaram do filme, em sua maioria, amadores, devem estar vibrando com a oportunidade de se verem na telona. Quem viver, verá!!

Suyene Correia

terça-feira, 23 de setembro de 2008

ABBA desperdiçado

Assisti a "MAMMA MIA!" ontem à tarde e, simplesmente, achei um fiasco. Um filme completamente sem sentido!!! Meus amigos sabem o quanto curto o grupo sueco ABBA, que arrebentou a 'boca do balão' na década de 70, e até hoje, é sucesso garantido em pistas retrô. Daí, porque estava ansiosa para conferir este filme estrelado por Meryl Streep e Pierce Brosnan, cuja história se passa na Grécia.
Ao iniciar o filme, já percebo ( e meus óculos não estavam embaçados) que a parte superior da tela estava com a imagem ligeiramente desfocada. Os rostos dos atores, a depender do enquadramento, ficaram com a nitidez comprometida e sem brilho. Defeito da película?? Provavelmente. Mas aquele desconforto só aumentou, somado aos agudos esganiçados do elenco, quando entoava algum hit 'abbaniano'.
Há um esforço da roteirista- Catherine Johnson- ou mesmo dos atores mais tarimbados em não deixar a história descarrilhar, mas não basta cantar "Dancing Queen" ou "Voulez-Vous". Tem que interpretar!!! E ao contrário do que aconteceu em "A Última Noite" de Robert Altman, em que canta muito bem, por sinal, Streep não consegue manter o fôlego em interpretar e cantar ao mesmo tempo neste filme de Phyllida Lloyd, derrapando nas duas incumbências.
Os números musicais são desconcertantes, não há química entre os casais e tudo vira uma salada russa. Se não fosse a trilha sonora, que me envolveu de qualquer jeito, teria me retirado da sala, antes do filme terminar.
Em pensar que assisti recentemente, "Across The Universe" brilhantemente dirigido por Julie Taymor (Frida) e embalado pelas canções dos Beatles... Dá de 1000 em "MAMMA MIA!"
Quem quiser conferir "Across The Universe" que, infelizmente, não passou em nossos cinemas, o DVD está sendo comercializado nas Lojas Americanas ao preço de R$ 29,90.
Já "MAMMA MIA!", se você curtir mesmo o ABBA, é melhor colocar o velho vinil na vitrola ou o CD remasterizado do grupo no CD Player. Uma canção vale mais que mil imagens...

domingo, 21 de setembro de 2008

Samba-Canção: humor tosco mas inteligente

O filme em cartaz no Cine Cult (diariamente, às 15h10, no Cinemark) é o mineiro "Samba-Canção" de Rafael Conde. Já havia assistido a alguns curtas dele, como o excelente "Françoise" com Débora Falabella e o instigante "Musika" com Bete Coelho. No entanto, um longa do rapaz, esse é o primeiro que vejo e me admirei com a versatilidade com que ele filma.
Se analisada a sua filmografia, são diferentes temas que ele aborda com diferentes olhares e a maioria com resultados positivos. "Samba-Canção" pode ser considerado um desses filmes bem-sucedidos.
Proposital na sua maneira tosca de filmar, Conde realiza uma comédia em que satiriza a forma de realizar produções cinematográficas no Brasil. Calcado num elenco desconhecido (pelo menos, de não globais) porém bem afiado e com participações de José Mojica Marins, Gorete Milagres e Maurício Tizumba, "Samba-Canção" não desafina e leva o público a uma profusão de gargalhadas como num show de palhaços num picadeiro.
O personagem principal- Zé Rocha- é extremamente desajeitado contrastando com outros bizarros que o cercam, a começar pela mãe- Dona Martírio- e a produtora Edna Marla que no final, se revela muito mais bizarra do que parece.
Durante sua aventura em conseguir patrocínio para seu primeiro filme, Zé Rocha vê seu sonho de filmar em 35 mm, descambar para um P&B, depois 16 mm, super 8 e vídeo, efeito que nós, espectadores, vivenciamos através da perspicácia de Rafael Conde.
A película pode até não ser novinha (a produção é de 2002), mas merece ser conhecida já que é filha única (única cópia) e um show de irreverência e referências cinematográficas.
O filme fica em cartaz até dia 25 de setembro, data em que será aberta, às 19h, na Galeria do Cine Cult uma nova exposição com trabalhos de Adriana Hagenback e Hortência Barreto.

Suyene Correia

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Espante a Tristeza na Live

Por mais que eu não goste de covers, reconheço que alguns artistas fazem muito bem o estilo a que se propõem. Danni Carlos é uma dessas cantoras. Simone Sampaio, também.
Esta última, aporta amanhã, na Live (Atalaia) para gravar seu primeiro DVD. Incrível, é o fato dela escolher Aracaju para essa empreitada. Mas é melhor não cogitarmos os motivos. Alegremos pela escolha, já que seu show, independente do estilo, é alto-astral e um bálsamo efêmero para aquela tristeza que se abate em algumas pessoas, nos fins de semana.
Com uma agenda sempre repleta de compromissos, Simone Sampaio tem marcado presença em eventos como Festival de Verão (Salvador), Festival de Inverno de Lençóis e Festival de Inverno Bahia. Em 2003, juntamente com o cantor Edson Cordeiro criaram o projeto “EXTRAVADANCE” show onde os dois cantavam juntos fazendo com que o público prestigiasse esse grande duelo de voz.
Três anos depois, emprestou sua voz para a trilha sonora do musical “Vixe Maria Deus e o Diabo na Bahia” sob a direção de Fernando Guerreiro. No início desse ano, foi convidada pelo grupo italiano “Double You” para comandar com eles o bloco Carcará.Biz no Carnaval de Salvador (circuito Barra- Ondina).
Depois de gravar seu primeiro disco, no estúdio Canto da Cidade, Simone Sampaio prepara-se para a gravação do DVD que terá direção geral de Antrifo Sanches e direção musical de Thiago Nogueira e André Tavares. Parece ser um bom programa para a noite deste sábado.

Suyene Correia

quinta-feira, 18 de setembro de 2008

Para os amantes da Fotografia


A editora TASCHEN, por conta dos seus 25 anos, lançou várias edições especiais entre elas, esta Fotografia do Século XX, cujas fotos fazem parte da Coleção de Fotografia do Museum Ludwig de Colônia, Alemanha.

Para se ter uma idéia, o espólio da coleção fotográfica do museu abarca, atualmente, mais de 9.300 fotografias. O livro, porém, traz 860 obras e perfis de 278 fotógrafos. É a primeira vez que uma seleção retirada de toda a coleção de fotografia do Museum Ludwig é publicada para um público mais vasto.

Fotos de Yousuf Karsh, Henri Cartier-Bresson, Robert Capa, Bettina Gruber, Gertrude Fehr, Irving Penn, Ilse Bing, Jean Dieuzaide, Duane Michaels, Helmut Newton podem ser apreciadas no livro que custa apenas R$ 39, 90 (preço promocional).

Para os que queiram adquirir a obra ( e confesso que vale muito a pena), o livro pode ser encontrado na Livraria Siciliano.

Bem que a Escariz poderia trabalhar com esta editora, não?


Suyene Correia



Vamos interagir...

Ao pessoal, que tem enviando comentários ao Bangalô Cult: muito obrigada. Fico feliz em saber que o blog tem contribuído de alguma forma para que os sergipanos (e aqueles que aqui moram) reflitam sobre o cenário artístico local.
Continuem interagindo e enviando sugestões sobre o quê o Bangalô Cult pode abordar.
A blogueira e jornalista agradece.

Suyene Correia

domingo, 14 de setembro de 2008

Salvador é bem ali...






Foi buscando assistir ao filme "Ensaio Sobre a Cegueira" de Fernando Meirelles, que viajei a Salvador este final de semana. Infelizmente, a película não entrou em cartaz por aqui (Aracaju mais uma vez, ficando fora do roteiro cultural em algum segmento), assim como "Linha de Passe" de Walter Salles e achei interessante "matar dois coelhos com uma tacada só".
Porém, meu roteiro sofreu algumas alterações (para melhor, com certeza) e decidi conferir os dois filmes bem amparados pela crítica, mas nem tanto pelo público, num segundo momento.

Terminei participando de algumas atividades da 35a Jornada Internacional de Cinema da Bahia e conferindo algumas exposições (Galeria Pierre Verger, Centro Cultural da Caixa, ACBEU, Galeria do Olhar, Palacete das Artes). Os atores Antônio Pitanga e Marlene França foram homenageados no evento.
Destaques para os documentários "Oscar Niemeyer-A Vida é Um Sopro" de Fabiano Maciel, que foi exibido no sábado à noite, no ICBA e "Projeto 68" que foi exibido no Museu de Geologia. Foi lá, inclusive, que me reencontrei com a jornalista Rosário Caetano, que é convidada do Curta-SE há quatro anos e participou em junho da I Semana do Cangaço organizado por Vera Ferreira e Germana.

Sempre simpática e antenadíssima com tudo que acontece no meio cinematográfico, Rosário disse ter adorado "Linha de Passe", ainda que a forma de conduzir a estória, faça com que Walter Salles mantenha uma certa distância do expectador.

Ou irei a Salvador novamente para constatar essa 'verdade', ou ficarei aqui cruzando os dedinhos para que o filme chegue na praça aracajuana.

Quanto às exposições, destaques para a singela montagem da artista plástica Mili Genestreti no ACBEU; "Circo Nerino" no Centro Cultural da Caixa; "Jenner- Da Natureza em Busca da Cor" no Palacete das Artes/Rodin; Galeria do Olhar (com obras expostas de Mário Cravo, Chris Day, Marc Dumas, entre outros) e Acervo da galeria Pierre Verger.

Quem tiver tempo, disposição e curiosidade de fazer um tour cultural pela capital baiana deve se apressar, pois muitas dessas exposições só permanecem em cartaz, até o final deste mês.

A 35a Jornada Internacional de Cinema da Bahia que traz como tema "1968, o Ano que Mudou o Nosso Mundo" prossegue até o dia 18 de setembro, com cadastramento gratuito para conferir toda a programação.

Engraçado, que há tempos, eu achava surreal, quando formavam-se caravanas de sergipanos para assistirem a certos espetáculos no Teatro Castro Alves. Passados seis anos de inaugurado o TTB, muita coisa mudou, com uma certa positividade. Mas quem quiser ainda assistir a certos filmes e ver arte de primeira qualidade (salvo raros espaços aracajuanos), a saída é viajar para o mercado cultural efervescente mais próximo.

E para os que curtem música percussiva, nos dias 18 e 19 de setembro, acontece no Teatro Castro Alves, a 15a Edição do Panorama Percussivo Mundial. Uma tentação!!!


Foto 1: Sílvio Tendler marcando presença na Jornada

Foto 2: Eu e Maria do Rosário Caetano

Foto 3: Integrantes da mesa debatedora sobre "68+40"


Crédito: Renata Ouro


Suyene Correia






quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Hoje tem Jazz?? Tem, sim senhor....

É incrível, como os sergipanos reclamam de barriga cheia. Queixam-se que em Aracaju não aportam bons espetáculos, mas, na verdade, eles é que não valorizam as atrações que passam por aqui.


Ontem, no palco do TTB, Judy Carmichael bem acompanhada de seis músicos -ED Ornowski (bateria), Michael Hashim (sax), Dan Barnett (trombone), Nick Payton (sax) e David Blenkhorn (violonista), além do cara do piston, que não consigo achar a referênia- encantaram o público presente.


Um público, diga-se de passagem, que ocupou apenas cerca de 15% da capacidade do Teatro Tobias Barreto. Mesma média de público que foi conferir a maravilhosa voz de Virgínia Rodrigues e os sincopados de Rosa Passos.


Enquanto o show de jazz internacional custou R$ 50 (inteira) e R$ 25 (meia)- mesmo preço para Virgínia Rodrigues, Jota Velloso e Patrícia Polayne- Rosa Passos, no MPB Petrobras, custou apenas R$ 20 (inteira) e R$ 10 (inteira).


O valor aqui, não é a desculpa, já que se lota o teatro para ver o cover do Djavan- Jorge Vercilo- e paga-se R$ 50 para ver Ivete Sangalo dando voltas em cima de um trio numa praça de eventos.


Os públicos podem ser até distintos para cada uma dessa atrações, mas, que paira no ar dessa terra uma insatisfação permanente com a cena cultural, isso paira. É por isso, que os produtores culturais daqui, não se arriscam mais.


Não investem em grandes musicais, em peças dramáticas que contem com estrelas do quilate de uma Cleide Yáconis, Glória Menezes e Irene Ravache, em espetáculos internacionais. O único filão ainda resistente ao fracasso é a dança. Mesmo assim, a Cia. de Dança Débora Colker esteve aqui, recentemente, mas não encheu o TTB como em 4 x 4.


Não dá para entender... Só o Cirque du Soleil, com ingressos custando a bagatela de R$ 150 a 300, lotaria o teatro sem sombra de dúvidas.


Mas enquanto não tiver marmelada por aqui, e nem goiabada, que aproveitemos o que tem de melhor na cidade. E para aqueles que não foram ontem, conferir o Jazz Festival Brasil, hoje tem Gunhild Carling featuring Chris Flory e Leroy Jones Quintet. Amanhã, encerrando o evento, David Braid Sextet e Irakli and the Louis Ambassadors.

Foto: Judy e Dan Barnett

Crédito: Lucas Viggiani

Suyene Correia

quarta-feira, 10 de setembro de 2008

Cinema B de qualidade

Até esta sexta-feira, para aqueles que curtem um cineminha B, a boa pedida é conferir a Mostra de Filmes B que o Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira promove desde o início da semana.
As sessões começam às 20h e o acesso é gratuito. Hoje tem exibição de "A Noiva do Monstro" (EUA 1965) de Ed Wood e "Palhaços Assassinos do Espaço Sideral" (EUA 1988) de Stephen Chiodo.
Amanhã é a vez dos filmes “A Casa dos Maus Espíritos” (EUA 1959) William Castle e “Mau Gosto” (EUA 1987) de Peter Jackson serem projetados. Fechando a mostra, “Pesadelo Macabro” (Brasil 1968) de José Mojica Marins e “Thriller: Um Filme Cruel” (Suíça 1974) de Bo Arne Vibenius. O NPDOV localiza-se à Rua Lagarto, 2161.

P.S. Com tanta overdose de terror, é melhor ir acompanhado (a).

Suyene Correia

segunda-feira, 8 de setembro de 2008

O Raso da Catarina by Álvaro Villela


Amanhã, os amantes da fotografia e os apreciadores das artes em geral, devem marcar na agenda, a abertura da exposição "A Natureza do Homem no Raso da Catarina" do fotógrafo baiano Álvaro Villela. O Espaço Cultural Yázigi (ECY) abriga a individual- que conta com cerca de 30 imagens em P&B- até o dia 10 de outubro, e na mesma noite de abertura, será lançado o livro homônimo, patrocinado pela CHESF.

Villela conviveu com os moradores da região inóspita do norte da Bahia, durante um ano. Entre idas e vindas a Salvador, onde revelava os filmes, ele registrou momentos únicos: ora das peculiaridades dos próprios moradores, ora da interação destes com a região e com os vizinhos.

O fotógrafo, que já expôs "Cuba dos Cubanos" em 2005 na Galeria de Arte Álvaro Santos, volta a Aracaju para mostrar esse novo trabalho e lançar seu primeiro livro. Quem não puder comparecer à noite de abertura, a partir das 20h- ótima oportunidade de trocar idéias com Villela- a exposição ficará em cartaz até 10 de outubro e poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 14 às 20h.

O ECY está localizado à Vereador João Calazans, 494 – Praia 13 de julho.

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Waldick, Sempre no Meu Coração...


Não é porque o cantor Waldick Soriano morreu hoje, aos 75 anos, vítima de complicações por conta de um câncer na próstata, que indico o documentário "Waldick, Sempre no Meu Coração" de Patrícia Pilar.
Quando assisti ao filme no início de julho, no I Festival Paulínia de Cinema, já havia elogiado o filme aqui no blog, uma vez que fiquei encantada com o domínio de Pilar em não tropeçar na pieguice e nem "pintar" o personagem como vítima de sua intolerância (às, vezes), doença e solidão.
Mesmo quando o personagem principal diz: "Sou famoso, e daí? Me falta tanta coisa... Sei que não vou encontrar ninguém pra dizer: estou contigo", o filme não descamba para o melô.
Para quem gosta de cinema, mesmo que não morra de amores pelo "ícone brega", a conferida no filme é obrigatória. Ainda que "Waldick, Sempre no Meu Coração" só esteja sendo exibido em festivais (um sucesso por onde é visto), o documentário quando for lançado nacionalmente ou sair em DVD, deverá prolongar esse sucesso.
O mérito é da diretora e produtora Pilar, bem assessorada pela equipe técnica e se revelando como uma cineasta de mão cheia. Talvez, um ponto fraco do filme seja o escasso material de arquivo. Patrícia talvez tenha preferido se ater ao Waldick do presente, só se reportando ao passado, através de fotos e depoimentos de ex-companheiras do cantor.
Uma cena marcante é a que pai e filho (que não se dão bem) se reencontram numa casa noturna. O filho tenta uma reconciliação com o pai, mas este, impassível, não reage.
É por esse e outros belos momentos de "Waldick, Sempre no Meu Coração" que o longa deve ser visto e Waldick, sempre lembrado.

Suyene Correia

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Jazz Festival Brasil novamente em Aracaju

De 10 a 12 de setembro, no Teatro Tobias Berrto, acontece mais uma edição do Jazz Festival Brasil, um dos maiores eventos do gênero no país. Como destaques da programação estão o trompetista norte-americano Leroy Jones, que já acompanhou Harry Connick Jr em várias turnês mundiais, à frente da banda Leroy Jones Quintet; diretamente da Suécia, a Guinhild Carling and Band recebe no palco o guitarrista americano Chris Flory, que já tocou com nomes como Randy Sandke e Judy Carmichael, numa performance que flerta com o blues.

Esta última, por sua vez, juntamente com Tricia Boutté se apresenta como convidada do Leroy Jones Quintet. Pela primeira vez no Brasil, apresenta-se o canadense David Braid Sextet, que vai revisitar o repertório da Count Basie Orchestra, uma das mais importantes big bands da história do Jazz. A Irakli and the Louis Ambassadors, da França, vai prestar um tributo ao trompetista Louis Armstrong.

Quem curte o gênero musical não pode perder esta oportunidade. Os ingressos que estarão à venda na bilheteria do teatro custam R$50 (inteira) e R$25 (meia-entrada). A bilheteria do teatro funciona a partir do meio-dia. Mais informações pelo telefone: (79) 3179- 1490.

Crédito da foto: Danny Evenepoel

Suyene Correia