sábado, 30 de julho de 2011

Nova e Velha Geração prestigiam show da Sapoti

A maioria do público que conferiu ontem, à noite o show de Ângela Maria no TTB, passava dos 50 anos de idade. Mas podia se encontrar também muitos quarentões e, até mesmo, jovens aparentando vinte e poucos anos.

Grata surpresa. Não só pela plateia fiel, formada por fãs ardoros e admiradores, que saíram de casa numa noite chuvosa para apreciar a voz da eterna Sapoti, como também da própria cantora, que apesar de octagenária, mostrou estar em plena forma com o vozeirão que a fez estrela.

No início, a voz de Ângela estava um pouco abaixo do seu tom habitual, fazendo com que a banda "abafasse" um pouco o seu canto. Voz aquecida e mesa de som regulada, as interpretações da cantora carioca foram envolvendo a plateia, que vez por outra, acompanhavam-na num uníssono coro.

Ângela elogiou o Hotel Sandrini (onde ficou hospedada), disse estar muito alegre em voltar para Sergipe (acho que a última vez foi quando participou do Projeto Cidade Seresta em São Cristóvão) e confessou que não prolongava sua estadia por uma semana, por conta de compromissos em São Paulo.

Não faltaram grandes sucessos como "Ave Maria no Morro", "Cinderela", "Barracão de Zinco", "As Rosas não Falam", "Ronda" e "Babalú". Para esta última, aliás, Ângela Maria reservou todo o seu potencial vocal para interpretá-la. E que arraso!!!!

O legal foi comprovar (depois do show de Michael Sullivan que abriu o projeto) que Aracaju tem público sim, para esse projeto Grandes Nomes. E não importa se jovem ou velho, se está marcando presença na mídia ou não, o que importa é que o artista tenha qualidade musical.

Há um público local que há anos agoniza, sem ter opção de ouvir uma boa MPB, em detrimento dos axés, arrochas e forrós elétricos da vida que assolam a cidade.

Quem venham mais Grandes Nomes da MPB para Aracaju. O público agradece.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Capitão América só Dublado???

Ainda ontem , no Jornal da Cultura, estavam discutindo sobre o quase monopólio da aviação aérea no país, com concentração do poder na GOL e TAM. E que isso, obviamente, não era bom, para o consumidor brasileiro.

Agora imaginem, o verdadeiro monopólio em Aracaju, quando o assunto é exibição de filmes. Pois é, só com uma rede de multiplex no mercado local, fica difícil o consumidor se rebelar, mas é possível vez por outra, resistirmos às imposições que nos colocam "goela abaixo".

Eu mesma, estava toda feliz por conta da estreia de "Capitão América: O Primeiro Vingador". Adoro os super-heróis e toda vez que fazem uma adaptação para a telona, não deixo de conferir as superproduções desse gênero. Mas dessa vez, vou ter que esperar em DVD.

Eis que procurando uma sessão legendada, e sem ser 3D (tecnologia que não funciona para quem tem visão monocular, como eu) deparei-me com a opção apenas dublada para a versão plana. E só no Jardins, já que no Riomar, o cinema só oferece em 3D.

Ora, se essa tendência continuar, já vi que terei que assistir "Lanterna Verde" em Salvador. Quer dizer, Sergipe cada vez mais se distancia das ditas localidades "civilizadas" onde as ínumeras ofertas de um produto no mercado faz com que a competitividade seja saudável.

Como se não bastasse ter que lutar por sessões do Cine Cult em horários mais decentes, agora, temos que lutar também pela opção legendada dos filmes no circuitão. Eu não tenho preguiça de ler. Você tem??

Osvaldo Ferreira comanda a ORSSE no TTB




No próximo dia 04 de agosto, às 20h30, no Teatro Tobias Barreto, a Orquestra Sinfonica de Sergipe apresentará mais um concerto dentro da Série Cajueiros. Dessa vez contará com a presença do violinista convidado, Daniel Guedes e será regida pelo maestro português Osvaldo Ferreira.

Maestro convidado regular em Portugal, Rússia, União Européia, Brasil, África do Sul e EUA, Osvaldo Ferreira  gravou para a RTP, RDP e Editora Numérica. A lista de músicos com quem já colaborou inclui, Maria João Pires, Berlin Philharmonic Quartet, Nicolas Koeckert, Ivan Monighetti, Roger Muraro, Jean Marc Luisada, Elisabete Matos, Pedro Burmester, Reinhold Friedrich, entre outros.

Realizou Mestrado em direção de orquestra em Chicago e pós-graduação no Conservatório de São Petersburgo, na classe de Ilya Mussin. Laureado em 1999 no Concurso Sergei Prokofiev, na Rússia. Recebeu o “Fellowship” do Aspen Music Festival nos EUA, onde freqüentou a American Conductors Academy e conquistou o prêmio “Academy Conductor” em 2001. Foi assistente de Claudio Abbado em Salzburgo. Estudou ainda com Jorma Panula e David Zinman e foi bolsista do Ministério da Cultura e da Fundação Calouste Gulbenkian.


Já Daniel Guedes é reconhecido pela crítica especializada com um dos mais expressivos artistas de sua geração. Estudou em Londres com Detlef Hahn na Guildhall School of Music e em Nova York com Pinchas Zukerman e Patinka Kopek na Manhattan School. Venceu os concursos Jovens Concertistas Brasileiros, Bergen Philharmonic e Waldo Mayo Memorial Award, estreando no Carnegie Hall com o concerto n° 1 de Max Bruch.

Apresenta-se como solista junto às principais orquestras brasileiras e também nos EUA, Canadá, Inglaterra e Noruega, tendo atuado sob a regência de Pinchas Zukerman, Isaac Karabtchevsky, Irwin Hoffman, Roberto Tibiriçá e Roberto Minczuk entre outros.

Daniel Guedes é professor do Conservatório Brasileiro de Música, do Instituto Baccarelli e leciona também nos festivais de Campos do Jordão e Santa Catarina. Como regente, atuou frente à Orquestra do Conservatório Brasileiro de Música, da Universidade de Brasília, Sinfônica da Bahia, de Campinas e OSUSP.

Na noite da próxima quinta-feira, o programa contará com a abertura da ópera “La gazza ladra” de Rossinni,
o Concerto nº2 para violino e orquestra, em ré menor de Max Bruch e a Sinfonia nº7, op.92, em lá maior de Beethoven.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ao preço de R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia).

Foto 1: O violinista Daniel Guedes volta a mostrar seu virtuosismo no palco do TTB

Foto 2: O maestro português Osvaldo Ferreira que se apresenta pela primeira vez em SE

quinta-feira, 28 de julho de 2011

Videoconferência da Rede Nordeste do Livro, da Leitura e Literatura

A Fundação Pedro Calmon/SECULT-BA, o Fórum de Literatura, Livro e Leitura do Ceará (FLLLEC) e a Rede Nordeste do Livro, da Leitura e da Literatura (RNELLL) realizarão videoconferência, no dia 02 de agosto, das 14 às 17h, nas salas do BNB de todos os Estados do Nordeste e na cidade de Brasília – DF.

A agenda da videoconferência contempla temas fundamentais que estão na pauta de discussões de todos aqueles que lidam com as questões da literatura, livro e leitura e será a seguinte:

- Participação da RNELLL no Circuito Nacional de Feiras de Livro (www.cultura.gov.br/site/2011/06/16/circuito-nacional-de-feiras-de-livro-2/ );

- Balanço das Compras Regionais de Livros pelo MinC;

- Organização do Nordeste para a Feira de Frankfurt em 2013;

- Participação do Nordeste na Convenção Nacional de Livrarias (29 a 31 de agosto, em São Paulo);

- Leis do LLL e Planos Estaduais e Municipais do LLL;

- Prestação de contas da Representante do Nordeste no Colegiado do Livro, Leitura e Literatura na CNC – Mileide Flores;

- Publicação pelo MinC dos documentos resultantes dos três Fóruns da RNELLL;

- IV Fórum da RNELLL durante a Bienal do Livro da Bahia (outubro 2011).

A inscrição é gratuita e poderão participar escritores, livreiros, editores, gráficos, capistas, tradutores, bibliotecários, mediadores de leitura, ilustradores, gestores municipais e estaduais e demais interessados.

A Sala de Videoconferência do BNB em Aracaju conta com capacidade para até 120 lugares, e as inscrições e esclarecimentos poderão ser encaminhados para o Fórum Permanente de Literatura, Livro e Leitura de Sergipe, através do e-mail: marciliodemedeiros@gmail.com.

Para inscrição, é necessário enviar nome e número do RG, até o dia 31 de julho de 2011. Vale lembrar que somente inscritos terão acesso à sala do BNB. Outras informações: Marcilio Lins de Medeiros – Fórum Permanente de Literatura, Livro e Leitura de Sergipe - Fones: 3231-7144 e 8807-2991.

Música de Câmara no Olímpio Campos

Amanhã, às 17h, no salão multieventos do Palácio-Museu Olímpio Campos acontecerá apresentação da Orquestra de Sopros da ORSSE (Orquestra Sinfônica de Sergipe). A entrada é gratuita e o Paláico-Museu está localizado à Praça Fausto Cardoso.

terça-feira, 26 de julho de 2011

Grupo Ponto de Partida se apresenta no TTB


Neste sábado e domingo, às 20h e 18h, respectivamente, um dos grupos de teatro mais renomados de Minas Gerais estará se apresentando no Teatro Tobias Barreto, pelo projeto “Expedições” patrocinado pela Vale.
Trata-se do Grupo Ponto de Partida, sediado em Barbacena, que trará para Aracaju os espetáculos “Ciganos” e “Os Gnomos contam a História do Gato Malhado e da Andorinha Sinhá”, duas montagens das mais celebradas de seu repertório.

Para se ter uma ideia, o texto original de “O Gato Malhado e a Andorinha Sinhá” foi um presente de aniversário do escritor Jorge Amado ao filho por ocasião de seu primeiro aniversário e conta a história de amor de um gato por uma andorinha e todas as conseqüências que este amor desencadeia. Há 19 anos em cartaz, a versão do Ponto de Partida para teatro repete e reafirma o êxito do livro. 

“Ciganos”, por sua vez, é uma montagem fincada em dois pilares: a força poética e o humor do texto de Bartolomeu Campos de Queirós, que tem a característica mágica dos clássicos e conta a história de um menino, ao mesmo tempo em que reconta capítulos da infância de todos nós. O fascínio e o mistério que se misturam na cultura milenar dos povos ciganos invadem o espetáculo com seus rituais, música e alegria.
Os dois espetáculos já foram apresentaram em várias cidades do Brasil, Europa e América do Sul e agora, os sergipanos terão a oportunidade de conferi-los, no Projeto “Expedições” que tem a produção nacional da Rubim Produções por meio do projeto Teatro em Movimento.

Sobre o grupo- O Ponto de Partida é um grupo de teatro mineiro com 30 anos de atividades, que, além de espetáculos consagrados em diversas cidades do mundo, sistematizou processos e métodos de criação e produção, conquistou parcerias, construiu um repertório de dramaturgia brasileira dos mais consistentes, cunhou uma marca. Tornou-se uma companhia de repertório, itinerante e independente, com 21 profissionais em exercício permanente, 30 espetáculos montados, com apresentações pelo Brasil, África, Europa e América do Sul.

Atualmente, o Ponto de Partida é responsável direto pela formação ou o trabalho de 251 pessoas divididas em seus vários projetos, entre eles a Bituca: Universidade de Música Popular e os Meninos de Araçuaí. 
Os ingressos para os espetáculos podem ser trocados na bilheteria do teatro por um livro de histórias novo ou em bom estado. Os livros arrecadados serão doados para instituição educacional do município, ainda a ser definida, para incentivar a leitura. O horário de funcionamento da bilheteria é de 12 às 20 horas. Telefone: (79) 3179-1490.

Legenda da Foto: Cena do espetáculo "Ciganos" montado pelo Grupo Ponto de Partida (crédito da Foto: Rodrigo Daí)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Vem aí o Festival Sergipano de Micrometragens


De 17 a 21 de agosto, acontece a primeira edição do Festival Sergipano de Micrometragens- tr3s.minutos, realizado pelo Coletivo Azedume e Instituto Federal de Sergipe (IFS). Com 97 vídeos inscritos (uma grata surpresa para os coordenadores, Marcus Mota e Cleiton Lobo), o festival, que terá atividades no IFS e no SESC/centro,  propõe fomentar o cenário local da produção de filmes por meio de fontes de captação digital, destinados à exibição em aparelhos celulares. O foco são os micrometragens ou filmes com a duração curtíssima, entre 30 segundos e 3 minutos e durante o evento, ocorrerão debates, oficinas, mesas redondas, exibições de filmes e apresentações musicais.

A ideia de criação do tr3s.minutos foi tomando forma na mente de Marcus Mota, quando ele, calouro do curso de Audiovisual da UFS, participou no Curta-SE 9, de um workshop Cel.U.Cine com o coordenador do Festival Internacional de Micrometragens, Marco Altberg. “Foi a partir daí, que fiquei remoendo sobre o assunto e um ano e meio depois, decidi colocar em prática um festival de micrometragens em Sergipe”, explica Marcus Mota.

Não foi difícil conseguir o apoio do colega Cleiton Lobo para essa empreitada. O mais trabalhoso foi convencer possíveis apoiadores e patrocinadores sobre a importância de se fazer um evento como este, ainda inédito em nosso Estado. “Na verdade, o tr3s.minutos não se resume à duração dos cinco dias de festival. Ele é um projeto muito mais amplo que engloba também oficinas de vídeo que foram realizadas no campi da IFS, de São Cristóvão, Nossa Senhora da Glória e Estância, a fim de estimular o uso de novas tecnologias para a produção audioviusal com foco nos micrometragens”, diz Mota.

O resultado dessas oficinas farão parte de uma mostra não competitiva do Festival Sergipano de Micrometragens que é baseado em software livre e os autores compartilharão seus direitos autorais sobre os filmes inscritos através da licença copyleft. “Quem acompanhar as atividades presenciais em agosto, no IFS e SESC/centro, serão convidadas a receber via bluetooth os vídeos inscritos e compartilhar com outras pessoas. Além disso, todos os vídeos inscritos foram licenciados no ato da inscrição como copyleft, ou seja, ‘é estimulada a cópia desde que não seja para fins comerciais e que sejam citados o autor, a fonte e a nota incluída’”.

Marcus Mosta informa ainda que até o dia 29 de julho, estão abertas inscrições para monitoria no Festival. O resultado será divulgado na primeira semana de agosto. Serão ofertadas 42 vagas e os selecionados receberão certificado de 30 horas. Os interessados deverão atender aos requisitos dispostos no edital, preencher a ficha de inscrição e enviar para o email tr3sminutos@gmail.com. O edital e a ficha de inscrição estão disponíveis em www.tresminutos.org.

O Festival Sergipano de Micrometragens conta com o apoio do IFS, SESC/SE, Fundação Aperipê, Secretaria de Estado da Cultura, ABD/SE, Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, Casa da Rua da Cultura, Instituto GBarbosa, Cartaz de Cinema, Claro, Festival Internacional de Cinema sobre Globalização, Ativa-Impressão Digital, Gráfica Editora J.Andrade.

Legenda da Foto: Marcus Mota é o idealizador do tr3s.minutos
Crédito da Foto: Jadilson Simões

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Curta sergipano é selecionado para o Kinoforum

O curta-metragem "Do Outro Lado do Rio" gerado no ano passado no Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira foi selecionado para a 22a edição do Festival Internacional de Curtas-Metragens de São Paulo- Curta Kinoforum que acontece de 25 de agosto a 02 de setembro em Sampa.
Este é o primeiro filme sergipano a participar da Mostra Brasil, dentro deste festival. "Do Outro Lado do Rio" conta a história de um pescador embrutecido pelas circunstâncias da vida e retrata o dia a dia com sua filha, uma menina tímida e cheia de sonhos. 

A gravação foi feita, ano passado, em Aracaju e na Barra dos Coqueiros, durante o curso de Realização em Audiovisual do NPD Orlando Vieira, ministrado pela equipe do Instituto de Cinema e Vídeo de Londrina – Kinoarte, composta pelos professores Anderson Craveiro (direção de fotografia), Bruno Gehring (produção), Felipe Almeida (direção de arte) e Rodrigo Grota (direção e roteiro).

Solidão "Pela Janela"



Noite de sábado, na Casa da Rua da Cultura. Um grupo seleto de 20 pessoas teve a oportunidade de conferir a estreia do espetáculo “Pela Janela” do Grupo Caixa Cênica, que permanecerá em cartaz até o dia 1º de outubro.

Num pequeno quarto, onde a trama é ambientada, o público assistiu atento às performances de Diane Veloso e Tiago Marques, protagonistas dessa peça que é baseada no texto “Fala Comigo Doce Como a Chuva” de Tennessee Williams e faz parte de um projeto do grupo teatral sobre a solidão.

“Era um texto que eu simpatizava e quando vi a possibilidade de montá-lo, o fiz. A princípio, íamos montar um outro espetáculo com o grupo todo, mas foram surgindo alguns imprevistos no meio do caminho e terminou que escolhi esse texto do dramaturgo americano para interpretar juntamente com o Tiago Marques”, explica Diane Veloso.

Em sua narrativa, a peça adaptada livremente pelo Caixa Cênica apresenta a intimidade de um casal, desgastada pela falta de compreensão de ambas as partes. ‘Ela’ e ‘Ele’, personagens sem nomes próprios, mas únicos e centrais do drama, quase não trocam frases entre si, apesar de compartilharem a clausura de uma vida a dois que não conseguem abandonar. Cada qual, sugerindo um diálogo pautado por claves de diferentes tons, apresenta de forma semi-solitária os anseios corrosivos de sua vida fantasiada, manchada por ranhuras amargas e aeradas por sopros desesperados de mudança. Entre as palavras vociferadas, o silêncio é interrompido apenas pelo angustiante barulho da chuva...  

Curto (cerca de 25 minutos) e seco, o espetáculo “Pela Janela” que conta com co-direção de Maicyra Leão, é sustentado pela garra de Diane Veloso. A atriz demonstra segurança no texto, ainda que vez por outra, carregue um pouco na impostação da voz.

O ator Tiago Marques, talvez pelo nervosismo da estreia, demonstrava hesitação em certos momentos e exagerava no tom. Por conta da disposição das cadeiras no quarto, o ator, por vezes, ficava “invisível” para a plateia quando se colocava no chão, falha que deve ser suprimida pela produção, para não comprometer o entendimento da trama.

O cenário idealizado pelo Grupo até que resume bem a atmosfera angustiante da locação descrita no texto do dramaturgo e o espetáculo é amparado pela trilha assinada por Alex Sant’Anna, Alisson Couto e Leo Airplane, enquanto que o figurino ficou a cargo de Erick Marinho.

Quem quiser conferir o espetáculo, ele será encenado todos os sábados, às 20h, na Casa da Rua da Cultura, até o dia 1º de outubro. Ingressos ao preço de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Crédito da Foto:  Zak Moreira

Jean Louis Steuerman toca com a ORSSE

Dando continuidade à série Mangabeiras, a Orquestra Sinfônica de Sergipe se apresenta logo mais, às 20h30, no Teatro Tobias Barreto, contando com a ilustre participação do pianista internacional Jean Louis Steuerman.
O pianista brasileiro, radicado em Londres, executará juntamente com a ORRSE, sob a regência do maestro Guilherme Mannis, o concerto para piano no1, op. 1 em fá sustenido de Sergei Rachmaninoff.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ao preço de R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia).

segunda-feira, 18 de julho de 2011

Saudades do Queen...







O slogan "o melhor do Queen desde o Queen" não é exagero. A banda argentina God Save The Queen mandou ver no Teatro Tobias Barreto há pouco, quando realizou um show de tributo à banda inglesa, que era liderada por Freddie Mercury. Quem nunca teve a oportunidade de ver o grupo original, ao vivo, pode ter uma ideia do que eram as performances incendiárias de Mercury, e para aqueles que curtiram o Queen, no Rock in Rio, por exemplo, a sensação de voltar no tempo foi inevitável. 

No God Save The Queen, Pablo Padín "encarna" o cantor morto em 1991, vítima da AIDS, numa performance impressionante. Amparado por Ezequiel Tibaldo (baixo), Francisco Cagaro (guitarra, teclados) e Matias Albornoz (bateria), Padín impressionou o público quando interpretou canções como "We Will Rock You", We Are The Champions", "A Kind of Magic", "I Want Break Free" entre outros hits da banda.

Pena que o show não tenha sido num espaço apropriado para apresentações como esta. Aracaju está devendo nesse quesito, não tendo uma casa de shows bem adequada no quesito acústica e iluminação. De qualquer forma, para aqueles que acreditaram no currículo da banda, a noite com certeza vai ficar marcada na memória.
 
Graças a Solange Gormes, uma das poucas produtoras locais que tem coragem de investir em atrações como esta, eu pude relembrar com excelência de uma das bandas pops de maior representatividade na história da música mundial. 
 
"God Save The Queen" ou "Dios Salve a la Reina"!!!

Fotos: Suyene Correia

sexta-feira, 15 de julho de 2011

"Tatyana" por Deborah Colker



O novo espetáculo da Companhia de Dança Deborah Colker, intitulado "Tatyana" aportará no palco do Teatro Tobias Barreto no dia 10 de agosto, às 21h. É bom você já agendar, porque a excelência dos espetáculos dessa companhia é inconteste.

Dessa vez, Deborah Colker foi buscar inspiração em um clássico da literatura universal. "Tatyana" leva aos palcos os personagens do romance em versos "Evguêni Oniéguin" de Púchkin, que foi escrito pelo 'pai' da literatura moderna russa ao longo de sete anos.

Embora o livro tenha sido escrito e ambientado na Rússia do começo do século XIX, uma das razões de seu perene vigor e atualidade é transcender as barreiras de tempo e espaço- virtude que é reforçada neste espetáculo. Não veremos os estereótipos russos das balalaocas e matriochkas: o cenário é constituído de uma grande árvora metálica, em torno da qual e em cujos ramos Púchkin e seus personagens desenvolvem seus sonhos e angústias.

O grande diferencial desse espetáculo é levar o próprio autor para dentro da trama, interagindo com as aões, desejos, pensamentos e modificações dos quatro protagonistas de sua obra-prima.Com uma trilha sonora arrojada e figurinos que mesclam o antigo com o pós-moderno, "Tatyana" enfrenta o desafio de exprimir sem palavras o sublime contido nos versos de um clássico da literatura.

Ingressos à venda na bilheteria do teatro ao preço de R$ 90 (inteira) e R$ 45 (meia).

Curta-SE 11 divulga filmes selecionados

A 11ª edição do Festival Iberoamericano de Cinema de Sergipe (Curta-SE) contará com 65 filmes participantes nas mostras competitivas. Serão 10 vídeos de bolso, 20 vídeos (DVD, internet, CDrom), 20 curtas 35mm, 10 vídeos sergipanos e cinco longas-metragens. A lista dos selecionados já pode ser conferida no site www.casacurtase.org.br .

 “A cada ano, as produções que chegam para participar do Curta-SE estão melhores. Isso se dá por duas razões: a primeira é que o audiovisual está cada vez mais difundido e exercitado, devido ao barateamento dos custos de equipamentos de produção, por isso tem muita gente produzindo.  O outro motivo é que o nosso festival se consolidou como um dos grandes festivais do país, segundo a opinião dos próprios realizadores”, ressaltou Rosângela Rocha, diretora executiva do Curta-SE.

A 11ª edição do Curta-SE bateu recorde de inscrições. Foram 605 inscritos nas cinco categorias. Em 2010, foram 430 inscritos. Além das mostras competitivas, o Curta-SE traz também as mostras informativas, para diversos públicos, exibidas em espaços alternativos e em cidades do interior sergipano, em parceria com as prefeituras de Estância, Laranjeiras e São Cristóvão.  

O Curta-SE 11 acontecerá de 12 a 17 de setembro. O festival incentivado pela Lei Rouanet/SAV/Ministério da Cultura, tem patrocínio da Petrobras, co-patrocínio do Governo de Sergipe, apoio cultural do Banco do Nordeste e apoio do Banese.

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Secult lança projeto de Intercâmbio e Difusão Cultural

Promover a difusão e o intercâmbio da cultura sergipana nas áreas das artes visuais, artes cênicas, música, patrimônio cultural, audiovisual e de outras expressões culturais. Este é o principal objetivo do projeto ‘Intercâmbio e Difusão Cultural’, formulado pela Secretaria de Estado da Cultura (Secult), que visa apoiar financeiramente nos custeios de transportes de artistas, técnicos e estudiosos em eventos culturais nacionais e internacionais.

O projeto é uma iniciativa da Secretaria de Estado da Cultura (Secult) e do Conselho Estadual da Cultura (CEC), através do Fundo Estadual de Cultura e Arte (Funcarte).

Os interessados em inscrever-se no edital devem ter viagens agendadas para ocorrer entre setembro de 2011 e janeiro de 2012. Além disso, os candidatos devem enviar à sede da Secult uma minuta do projeto, com a cotação dos valores das passagens solicitadas, incluindo os respectivos trechos em horário comercial, anexando, também, um endereço de email e um telefone para contato. Todas as exigências estão enumeradas no edital já disponível no site da Secult. (link: http://www.divirta.se.gov.br/editais)

Duas categorias poderão participar do edital: grupo e individual. A seleção das candidaturas será realizada por uma comissão de avaliação – constituída por representantes designados pela Secult, nomeados por Portaria e com a participação do Conselho Estadual de Cultural. A comissão se reunirá mensalmente para realizar o a seleção seguindo cronograma previsto em edital, tornando o processo mais dinâmico.

"Uma Duas" : livro arrebatador


A jornalista Eliane Brum, que esteve em Aracaju no mês de abril, ministrando um curso de Jornalismo Cultural pelo Programa  Rumos Itaú Cultural, lançou, recentemente, mais um livro. Dessa vez, porém, a gaúcha de Ijuí, que aprendeu a ler aos sete anos, quando se alfabetizou, deixou de lado suas experiências como repórter do Jornal Zero Hora e da Revista Época, respectivamente, publicadas em “A Vida Que Ninguém Vê” (2006)- Prêmio Jabuti de Melhor Livro de Reportagem- e “O Olho da Rua” (2008) e enveredou pelo universo da ficção.

“Uma Duas” que sai agora pela Editora LeYa é sua estreia na ficção. Um excelente début, aliás, que deverá surpreender até os leitores acostumados com o seu talento em escrever crônicas-reportagens. Neste romance, Eliane Brum trata de forma visceral da relação dramática e perversa entre uma mãe e uma filha. Mas não pense que os clichês e eufemismos que costumam cercar o tema estão presentes neste livro.
Pelo contrário, com extrema sagacidade, Eliane nos faz mergulhar a cada página, na trama de ódios e afetos entre duas mulheres (des) unidas pela carne, mas de uma forma bem particular, intercalando três vozes narrativas, sem perder o fio da meada.

Acumulando no currículo mais de 40 prêmios nacionais e internacionais de reportagem, como Esso, Vladimir Herzog, Ayrton Senna, Rei de Espanha, Sociedade Interamericana de Imprensa e Troféu Especial de Imprensa ONU, Eliane Brum, que atualmente, assina uma coluna no site da Época, é uma leitora e escritora voraz que já declarou em entrevista que escreve para poder viver. “Escrevo porque pra mim não existe vida fora da palavra”.

A seguir, o internauta pode conferir a entrevista exclusiva com a jornalista/escritora. O livro "Uma Duas" já pode ser adquirido na Livraria Escariz.

Eliane, uma expressão que me chamou a atenção na apresentação de “Uma Duas”  foi "obra de abalar as estruturas, sejam elas quais forem". O que tem de tão contundente neste livro ?


Eliane Brum- Só você pode me dizer (risos). Ou a autora deste texto, divulgado pela LeYa, pode explicá-lo. Foi assim que ela sentiu. Cada leitor é um escritor, também, na medida em que continua escrevendo o livro. Não haverá duas leituras iguais. Quem escreveu esta frase, depois de ler o livro, teve essa interpretação, que me deixou muito contente. Porque acredito que a literatura tem de perturbar, precisa tirar o leitor do lugar. Eu, pelo menos, gosto dos livros que “abalam as minhas estruturas”. E espero que o meu tenha esse efeito. Sempre pergunto para as pessoas que leram meu romance: “Te perturbou?”. Em geral, dizem que sim. E eu fico toda feliz. 
Até que ponto esse romance "Uma Duas" não tem um 'quê' de autobiográfico ?


EB- Minha filha, Maíra, tem 29 anos. Minha mãe, Vanyr, tem 76. Faço questão de enfatizar que este não é um livro autobiográfico, até porque a maioria das pessoas está acostumada a me ler como repórter, como contadora de histórias reais. Este livro é uma ficção, meu primeiro romance. Portanto, nem é a história da minha relação com a minha filha, nem a história da minha relação com a minha mãe. Mas, em certo sentido, é a minha história e a de todas as mulheres, na medida em que a grande questão feminina talvez seja como uma filha se arranca do corpo da mãe e como uma mãe larga o corpo da filha. Este é um tema universal.

Esta questão do corpo é muito forte. Por isso entendi que a palavra, a letra, tinha de ser encarnada também no papel. Cada narradora tem uma fonte (tipo de letra, para explicar aos leitores que não são do mundo editorial) diferente, porque cada uma tem um corpo diferente – quer ou precisa ter um corpo diferente, este é o embate entre mãe e filha no jogo das palavras. Já escrevi assim no original. Se não tivessem fontes diferentes, as narradoras se recusavam a falar. Por isso, também, por causa desta palavra encarnada, as letras não são em preto sobre branco, mas em laranja ou ferrugem ou vermelho, percebi que cada leitor interpreta a cor de um jeito. São letras que sangram. A história contada pelo corpo das palavras no papel é uma outra camada narrativa do romance.

Quem acompanha suas reportagens há  tempos, percebe que você tem o dom da escrita poética. Apesar de ser um romance, esse livro de estreia no gênero, possui características inerentes ao estilo Eliane Brum de escrever ?


EB- Eu sempre escrevo com tudo o que sou. Neste romance, não foi diferente. Não sei se sou poética. Gosto de dizer que no jornalismo não há licença poética, para fazer bom jornalismo é preciso que o repórter faça uma apuração muito precisa e detalhista, checada e re-checada muitas vezes. Mas acho que, embora não exista licença poética na reportagem, pode haver poesia, na medida em que a poesia é constituída pela matéria da vida.
Este romance é uma outra voz minha, que talvez surpreenda quem está acostumado a ler as minhas reportagens. Ele surge a partir da necessidade de uma nova voz para me expressar. Nos últimos anos, depois de mais de duas décadas ouvindo histórias de gente nas mais variadas geografias, percebi que há certas realidades, certas verdades, que só a ficção suporta. Esta percepção tornou-se primeiro um incômodo, depois uma insônia. Então, escrevi ficção por necessidade interna. Para poder seguir com a minha vida. Na reportagem, nos esvaziamos (de nossos preconceitos, de nossa visão de mundo) para nos deixarmos possuir pela voz do Outro. Na ficção, é o avesso disso. É  uma possessão do nosso corpo pela nossa própria voz. Só que uma voz – ou vozes – que vem dos nossos subterrâneos, que não sabíamos que tínhamos. Neste sentido, foi uma possessão de mim por mim. Algo extremamente profundo, brutal e que abriu em mim uma fissura para sempre. 

Quais são, na atualidade, os escritores que lhe emociona?
Eu sempre li de tudo. Tanto os livros dos cânones, os clássicos, como obras mais populares, como, por exemplo, “Harry Potter” e “Millenium”. Leio todos os dias, leio para viver. Acabei de ler o primeiro romance do José Castello, “Ribamar”, e fiquei muito emocionada. Sou louca por Philip Roth e estou na porta da livraria no dia em que o livro desembarca na prateleira. Mas acho importante dizer que sou tão influenciada pela literatura escrita, como pela oral. Nestes 23 anos em que sou repórter, tive o privilégio de ouvir gente de todas as geografias. E sempre fiquei impressionada com a sofisticação de linguagem do povo brasileiro. Os achados, as palavras inventadas. Diante de alguns analfabetos que me contavam suas vidas, me descobri fascinada, pensando: “Nossa, essa pessoa está fazendo literatura pela boca”. E estava. Acredito que, se tivéssemos uma educação pública de qualidade, o que estamos longe de ter, a literatura brasileira seria muito mais rica do que já é – tão rica quanto é a literatura oral do Brasil. 

Com relação à crítica literária brasileira, o país está  bem dotado de críticos competentes, que realmente sabem o que estão avaliando? 

EB- Não saberia dizer. Não gosto de falar sobre o que não estudei, não pesquisei. Como leitora, identifico uns poucos grandes críticos, sim, profissionais e pessoas respeitáveis que avaliam os livros com honestidade e conhecimento e cujo trabalho faço questão de acompanhar. Mas também percebo que existem aqueles que se limitam a destruir uma obra em tom cáustico, como se a capacidade de destruição fosse uma qualidade por si, desse um valor àquele que critica. Quando percebo essa característica, paro de ler imediatamente. Acho que o leitor não é bobo. Para mim, e acho que para a maioria, a escrita só vale se for honesta, embasada, seja uma crítica ou um ensaio ou uma reportagem. A gente percebe a intenção de quem escreve quando lê. 

Como é vender livro num país onde os nomes dos tops sempre estão em evidência, mas pouco se sabe sobre o trabalho dos jovens escritores talentosos ou mesmo do que se produz de bom na América Latina?


EB- Eu não penso muito nisso. Escrevi porque precisei. E acredito que quem precisar do meu livro vai ler o meu livro. Não tenho nem a ilusão nem a pretensão de me tornar uma popstar da literatura. Adoraria, claro, vender um milhão de livros, mas acho que o tema e o estilo do meu romance não se prestam a esse tipo de sucesso. E aí não vai nenhum juízo de valor, porque, como já disse antes, alguns best-sellers, como a saga inteira do “Harry Potter” e os três volumes do “Millenium”, fizeram-me imensamente feliz. Mas, tomara que eu esteja enganada, e muita gente “me leia”. Vamos ver o que vai acontecer com o meu “Uma Duas”. Agora, ele é do mundo e não tenho o menor controle sobre o que vai ou não acontecer com ele. Ainda bem. 

Você pretende junto à  editora, fazer uma turnê de lançamento, pelas principais cidades do país, de "Uma Duas"?
Lancei em Porto Alegre, que foi minha cidade por muitos anos, e em São Paulo, onde vivo há  11 anos. Não sou famosa o suficiente para fazer uma turnê pelo Brasil, quem sabe um dia... (risos). Mas vou lançar em outras capitais, como Curitiba e Recife, em eventos literários do qual participarei como palestrante. Onde me convidam, eu vou. 

Num mundo cada vez mais tomado pelas novas tecnologias, e uma parcela da população se tornando "escrava" do twitter, você tem esperança que o brasileiro consiga se tornar um leitor voraz?  

EB- Eu mesma sou uma “tuiteira”. Acho o twitter um instrumento poderoso de divulgação e troca de informações. Também acompanho os saraus de poesia e de literatura nas periferias do Brasil, especialmente na periferia de São Paulo, e vejo cada vez mais, gente lendo e escrevendo. O sarau da Cooperifa, por exemplo, é o maior sarau de poesias do Brasil. Toda quarta-feira, há dez anos, cerca de 200, às vezes 300 pessoas – domésticas, taxistas, mecânicos, professores, secretárias, balconistas etc -, vêm de todas as partes da Grande São Paulo, enfrentando horas de ônibus, metrô e trem depois do trabalho, apenas para ouvir e dizer poesia. É uma cena poderosa.
O Brasil está  mudando, mas da periferia para o centro, por isso nem sempre esse movimento é percebido. A internet foi fundamental para essa transformação, ao ampliar as vozes narrativas, dando possibilidade a todos de contar a sua história. Eu mesma, hoje, escrevo regularmente na internet - às segundas-feiras no site da revista Época e, às terças, no site de crônicas Vida Breve. Pela primeira vez não temos mais o limite do papel, do preço do papel, e a disputa de poder no espelho dos jornais e revistas. Em pouco mais de dois anos de coluna, meu texto mais lido, se publicado na revista impressa, precisaria de quase 30 páginas. E foi o mais lido, porque as pessoas querem ler, desde que seja relevante e se identifiquem. Por coincidência, esse texto é uma entrevista com uma mulher extraordinária chamada Débora Noal, psicóloga dos Médicos Sem Fronteiras, gaúcha que escolheu viver em Aracaju.

Crédito da Foto: Lilo Clareto

terça-feira, 5 de julho de 2011

Novas Oficinas de Audiovisual (SESC/SE)

OFICINA DE ANIMAÇÃO GRÁFICA  - MÓDULO I

período: 11 a 15 de julho
horário: 8h às 12h
carga horária: 20h
local: SESC Centro
facilitador: Manuel Neto - animador e finalizador da Brasil Filmes e da UNIT
assistente: Mayumi Kimura - graduanda em artes visuais na UFS e animadora da Aperipê TV
valor: R$ 25 (comerciário)  R$ 30 (conveniado)  R$ 40 (usuário)
vagas: 20
Pagamento da taxa de inscrição a partir do dia 06 de julho


OFICINA DE ANIMAÇÃO GRÁFICA  - MÓDULO II

período: 25 a 29 de julho
horário: 08h às 12h
carga horária: 20h
facilitador: André Franco - Diretor de arte da Aperipê TV e Professor de Design da UFS
assistente: Mayumi Kimura
valor: R$ 25 (comerciário)  R$ 30 (conveniado)  R$ 40 (usuário)
vagas: 20
Pagamento da taxa de inscrição a partir do dia 20 de julho




CURSO CINEMA E EDUCAÇÃO: O CURTA-METRAGEM NA SALA DE AULA

Período: 05 a 09/09
Horário: 08 às 12h
carga horária: 20h
Facilitadora: Sandra Costa – Professora Especialista em História Cultural/UFS e Comunicação  Digital/FANESE
valor: R$ 15 (comerciário)  R$ 20 (conveniado)  R$ 25 (usuário)
vagas: 22
Informações e pré-inscrição: 3216 2727 – 2316 2726
Pagamento da taxa de inscrição a partir do dia 12 de julho


OFICINA DE ANIMAÇÃO GRÁFICA  - MÓDULO III

período: 08 a 12 de agosto
horário: 08 às 12h
carga horária: 20h
facilitadores: André Franco e Manuel Neto
valor: R$ 25 (comerciário) R$ 30 (conveniado) R$ 40 (usuário)
vagas: 26
Pagamento da taxa de inscrição a partir do dia 01 de agosto



*Dia 08 de agosto - CINE OLHO - mesa temática – aula de abertura da oficina

Tema: Vídeo Digital: formatos e aplicações nas pequenas produções

convidado: Márcio Venâncio – Animador e Vídeografista da Aperipê TV

horário: 8h30

local: auditório do SESC Centro

entrada gratuita

Informações: 3216 2727 – 2316 2726

domingo, 3 de julho de 2011

Ângela Maria no Rio e em Aracaju



O início de tarde do último dia 24 de junho teve um brilho diferente por conta do show de Ângela Maria no Teatro SESI Centro, na Cidade Maravilhosa. Senão fosse pela minha conferida na Revista VEJA Rio durante o café da manhã, essa apresentação da Sapoti teria passado em branco.

Fui mais pela curiosidade de constatar a vitalidade da cantora octagenária que, propriamente, pela tietagem. Além disso, fiquei curiosa em saber se haveria público suficiente para ocupar os 350 lugares do teatro e quem formaria essa plateia. Às 10h30, quando cheguei a uma fila razoavelmente grande, formada em frente ao SESI, fui informada que somente às 11h30, seriam distribuídas as senhas. O show era gratuito. 

Na verdade, a apresentação fazia parte do projeto O Samba & Outras Coisas, capitaneado por Haroldo Costa e não somente Ângela cantaria seus eternos sucesso acompanhada de Paulo Roberto Direito, como bateria um papo com o produtor, desfilando curiosidades sobre sua vida.

Enquanto esperava pacientemente, eu aproveitava para ouvir as histórias dos fãs que beiravam os 70 anos. Só não era a mascote da fila, porque tinha umas duas ou três pessoas aparentando menos de 40. Incrível como a vitalidade daqueles "jovens" admiradores de Ângela me contagiava. Talvez por isso,  não lamentei tanto a espera e nem o desvio das ativiadades que tinha programado para aquela manhã. A diversão foi única.
Já no hall, fomos impedidos de adentrar no auditório imediatamente. Formou-se uma enorme fila em caracol, que eu não sabia mais onde começava e nem terminava. Ao observar a calçada em frente ao prédio, notei que não só a lotação já estava esgotada, como muitos ainda desejevam conferir a apresentação, sem chances.
Pensei que "os velhinhos" fossem mais educados e prudentes, mas quando se trata de fãs ardorosos como aqueles, a organização escoa pelo ralo. Resultado: tumulto no momento em que abriram as portas do teatro, e só não teve pisoteamento, por conta dos seguranças que conseguiram de uma certa forma, amenizar os ânimos. 

Quando Ângela Maria entrou em cena, a agitação foi demasiada na plateia. Haroldo Costa fez as honras como anfitrião e comandou bem a entrevista intercalada com números musicais. Um pouco resfriada e, por vezes, ironizando a sua própria surdez, Ângela fez os admiradores cantarem junto ao entoar "Quando Alguém Vai Embora" , "Pretinha", "Lábios de Mel", "Gente Humilde", "Babalú", entre outras.

Contou também sobre o início da carreira, sua admiração por Dalva de Oliveira, a passagem pelo Dancing Avenida, seu apego aos pais, a origem do apelido "Sapoti" dado pelo Presidente Getúlio Vargas. Depois de pouco mais de uma hora de pocket show, a impressão que tive é que que o gás de Ângela Maria não parece dar sinais de dissipação. 

No próximo dia 29 de julho, a partir das 21h, quando ela subir ao palco do Teatro Tobias Barreto para realizar o show dentro do Projeto Grandes Nomes- idealizado pela Mac2 Entretenimento-, poderá se conferir esse vigor. Aos 83 anos, Abelim Maria da Cunha ainda tem muito o que mostrar para as antigas e novas gerações.

Quem não quiser perder o show, os ingressos serão comercializados na bilheteria do teatro ao preço de R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia). Funcionários do Banese e clientes UNIMED têm 50% de desconto na inteira.

Fotos: Suyene Correia

Legenda da Foto 1: Ângela Maria dando início à sua participação no projeto O Samba & Outras Coisas

Legenda da Foto 2: Contando suas histórias para Haroldo Costa e Paulo Roberto

Legenda da Foto 3: Ângela Maria finalizou o show com o clássico  "Babalú"

sábado, 2 de julho de 2011

Steinberg: O Aventureiro do Traço



Uma das melhores exposições em cartaz no Rio de Janeiro pode ser conferida até o dia 21 de agosto no Instituto Moreira Salles (IMS). Trata-se de "Saul Steinberg: As Aventuras da Linha", sob a curadoria de Roberta Saraiva, que traz ao público mais de 100 trabalhos do desenhista e cartunista de origem romena, radicado em Nova York.

Colaborador por décadas da revista The New Yorker, Steinberg antes mesmo da fama, mas precisamente em setembro de 1952, aportou em São Paulo, por ocasião de uma exposição dedicada à sua obra, no Museu de Arte de São Paulo, então dirigido por Pietro Maria Bardi. 

Muitos desses trabalhos, inclusive, foram restaurados e podem ser apreciados nessa retrospectiva em  cartaz no IMS. Entre eles, vale destacar os quatro desenhos murais para "Labirinto das Crianças", mural que o desenhista criou para a Trienal de Arquitetura e Design de Milão de 1954 e que agora, somente seis décadas depois, voltam a ser exibidos em conjunto.

É praticamente impossível, percorrer as salas do instituto onde estão distribuídas as obras do artista e não esboçar vez por outra, um sorriso mais aberto.O senso de humor de Saul Steinberg é único, assim como o seu traço. Seja empunhando um lápis ou um crayon, Saul era implacável com o mundo moderno que ele sabia tão bem desenhar e ao mesmo tempo degenerar.
A sátira está mais focada na arquitetura, na paisagem que o homem deu ao mundo, mas ele não deixa de tirar sarro, com extrema criatividade, dos cidadãos do mundo por onde perambulou. Enfim, a visitação é um tour de force para o espectador, no sentido de absorver em tão pouco tempo, uma enormidade de referências e detalhes. Basta lembrar do trabalho "A Linha" tinta sobre papel dobrado em 29 seções, que mede "somente" 45,7 x 1026,2 cm.

Para aqueles que vão viajar para o Rio de Janeiro nos próximos 45 dias, o Instituto Moreira Salles é parada obrigatória. O espaço cultural ainda abriga até o dia 28 de agosto, a exposição "Extremos: Fotografias na Coleção da Maison Européenne de la Photographie" que conta com trabalhos de Cartier-Bresson, Sebastião Salgado, Helmut Newton, Alberto Ferreira, Robert Mapplethorpe, entre outros.
 
O Instituto Moreira Salles está localizado na Rua Marquês de São Vicente, 476- Gávea. Funciona de terça a sexta, das 13 às 20h e aos sábados, domingos e feriados, das 11 às 20h. Acesso gratuito.

Legenda da Ilustração 1: "Mulher Sentada" 1950-51 Crayon sobre Papel

Legenda da Ilustração 2: "Mulheres" 1950 Tinta sobre Papel
Legenda da Ilustração 3: "Paisagem Urbana com Cômoda" 1950 Tinta Sobre Fotografia

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Inscreva-se no 38o Salão Internacional de Humor de Piracicaba

Os artistas do humor gráfico ainda têm chance de participar da 38º edição do Salão Internacional de Humor de Piracicaba. O evento, que já contou com a participação de grandes nomes como Ziraldo, Millôr, Zélio, Henfil, Jaguar e Laerte, encerra suas inscrições em 20 de julho. Os trabalhos podem ser enviados em cinco categorias – Vanguarda, Cartum, Charge, Caricatura  e Tiras – e a premiação total é de R$ 35 mil. 

Considerado um dos mais tradicionais do mundo, na edição anterior o salão recebeu cerca de 1.800 trabalhos de 51 países. Este ano, a expectativa é ainda maior, pois, pela primeira vez, as inscrições e o envio dos trabalhos poderão ser feitos digitalmente para todas as categorias.
 
Para participar da 38a edição do Salão, que acontece de 27 de agosto a 16 de outubro, cada artista, profissional ou amador, pode enviar até três trabalhos originais por categoria. De acordo com o regulamento, a categoria Cartum abarca o humor gráfico com temas universais e atemporais; a Charge retrata temas jornalísticos da atualidade; a Caricatura é considerada o humor que expressa os traços físicos ou de caráter de personalidades conhecidas; e as Tiras são a arte gráfica em seqüência, com enredo que se fecha em um formato padrão, usualmente publicada em colunas de jornal. 

Para a categoria denominada Vanguarda  são aceitos somente trabalhos que abordem o tema proposto pela organização do evento: a alimentação. As inscrições podem ser feitas por correio ou por e-mail e o regulamento pode ser acessado pelo endereço http://salaodehumor.piracicaba.sp.gov.br/humor/

O Salão de Humor de Piracicaba, sob responsabilidade da Secretaria da Ação Cultural da Prefeitura do Município de Piracicaba, surgiu em 1974. Sua primeira edição contou com a participação de Millôr, Ziraldo, Zélio, Jaguar, Fortuna e Ciça. A partir de 1976, assumiu sua característica internacional, com a exposição do cartunista Francês Cloude Molliterni. 

Já no ano seguinte, o Salão de Piracicaba foi preparado para receber trabalhos de diversos países, incluindo amostras dos cartunistas Sergio Aragonez, da revista MAD, Goefrey Dickson da revista inglesa Punch e Hermenegildo Sabat, do jornal argentino El Clarín.

Entre os brasileiros que já passaram pelo salão há nomes como Henfil, Luis Fernando Veríssimo, Paulo e Chico Caruso, Angeli, Laerte, Glauco, Edgar Vasques, Jaime Leão, Santiago, Fausto Longo, Erasmo e tantos outros talentos. Atualmente, o Salão Internacional do Humor de Piracicaba pode ser considerado um dos mais importantes encontros do humor gráfico do Brasil e do exterior.