quinta-feira, 31 de maio de 2012

Curso sobre Estética das Primeiras Vanguardas

De 04 a 06 de junho, das 18 às 22h, no auditório do SESC/centro, será ministrado pelo professor Dr. Romero Venâncio (UFS) o curso sobre "A Estética das Primeiras Vanguardas". Serão abordados nos três dias de encontro, a "Teoria da Vanguarda" de Peter Bürger; a Vanguarda e Pintura: Van Gogh, Paul Klee e Francis Bacon (na análise de Deleuze); "Teatro Expressionista e Brecht: encontros e desencontros"; além da "Vanguarda e Música: Schoenberg na leitura de Adorno".

Os interessados podem se inscrever até amanhã, bastando pagar uma taxa de R$ 10, na Central de Atendimento do SESC (rua Dom José Thomaz, em frente ao Colégio Arquidiocesano). Mais informações: 3216-2726.

quarta-feira, 30 de maio de 2012

Chico Dantas e Maria Lúcia Dal Farra lançam livros na Saraiva


Livro Caderno de Ruminações_Francisco Dantas

O casal Francisco Dantas e Maria Lúcia Dal Farra estarão amanhã,  a partir das 18h30, lançando e autografando respectivamente, na Saraiva Mega Store do Shopping Riomar, os livros "Caderno de Ruminações" e "Alumbramentos". Dantas que tem em seu currículo, títulos como "Desvalidos" (1993), "Sob o Peso das Sombras" (2004) e "Cabo Josino Viloso" (2005), agora em "Caderno de Ruminações" (Editora Alfaguara) transpõe a história para a capital sergipana, onde o personagem principal, Dr. Otávio Benildo Rocha venturoso, passa por uma crise de meia-idade e vê sua vida andar para trás tanto no campo profissional quanto amoroso.

"Alumbramentos" (Editora Iluminuras), por sua vez, é mais novo livro da poetisa Maria Lúcia Dal Farra, que aproveitará a ocasião para autografar também os títulos "Afinado Desconcerto" e "Sempre Tua- Correspondência Amorosa 1920-1925" fruto da pesquisa que a autora realiza em torno da portuguesa Florbela Espanca.

O ano de 2012 será promissor para Francisco Dantas. Além do novo livro, ele participará da Festa Literária Internacional de Paraty (Flip), evento que completa dez anos de existência  e homenageia o autor Carlos Drummond de Andrade. A Festa Literária foi a grande responsável por inserir o Brasil no circuito dos festivais internacionais de literatura. O evento é realizado pela Associação Casa Azul e é consagrado como um dos maiores festivais literários da América Latina.

No dia 08 de julho, o escritor sergipano fará parte de uma mesa cujo tema será "A Imaginação Engajada". Na ocasião, os participantes terão a oportunidade de discutir a obra mais recente de Francisco Dantas.
"Estou indo a Paraty para atender a um compromisso com a Editora, que foi gentil e generosa ao indicar o meu nome. Bem como, não menos generosa e gentil foi a direção da Flip ao aceitar prontamente a indicação de meu nome", observa o autor.

terça-feira, 29 de maio de 2012

Circo Moscou no Gelo chega a Aracaju

Circo Moscou no Gelo_foto Emílio Tenório

 O Circo de Moscou no Gelo completa 50 anos de fundação em 2012 e está comemorando com uma turnê inédita pelo país. Iniciada no mês de abril, em São Paulo, a turnê chega em Aracaju amanhã, com única apresentação, às 20h30, no Teatro Tobias Barreto.

Desde sua estreia, em Bruxelas, na década de 1960, a companhia vem conquistando uma sólida reputação junto ao público e à crítica internacional, graças à surpreendente e inovadora combinação entre o universo circense, o ballet clássico tradicional e a patinação artística.

Fundado por um dos mais importantes diretores de dança artística da extinta União Soviética, o coreógrafo Arnold Gregoryevich, o Circo de Moscou, hoje, é dirigido por Natalia Abramova e reúne 35 bailarinos especializados em patinação artística.


O vigor físico, o virtuosismo, a sincronia de movimentos e o equilíbrio em acrobacias arriscadas e precisas são elementos que pontuam a excelência do espetáculo – ainda hoje o único ballet circense no gelo do mundo. São 26 artistas em cena, distribuídos em 17 números em dois atos, que incluem malabares, dança, trapézio e entradas de palhaço, que dão o tom lúdico ao show. A trilha sonora vai do clássico à tradicional música russa, trazendo também arranjos contemporâneos.

Outra característica do espetáculo é o picadeiro: uma pista de gelo sintético formada por placas colocadas diretamente no piso do palco, o que permite a apresentação da companhia em casas de espetáculo fechadas, como é o caso do TTB.

“Os patins dão ao circo mais dinamismo, mas exigem um trabalho árduo de treinamentos diários, com muita preparação física e mental. Não há um patinador nesta companhia que não domine com maestria as mais variadas técnicas circenses”, afirmou a diretora Natalia Abramova.

O espetáculo é composto por 17 números, todos eles executados sob patins: Winter Act (ballet acrobático), Duo – Aerial Act (trapézio), Russian Bar (acrobacia em barra), Quick Change (patinação artística), Aerial Rope Act (acrobacia em cordas suspensas), Juggling Act (malabares), Hula Hoops (malabares com bambolês), Three Elements (equilíbrio), Cubes (malabares e acrobacia), Spinning Act (patinação artística e acrobacia), Skipping Ropes (acrobacia em cordas), Diábolo (malabares com iôiô chinês), German Wheel (acrobacia em roda metálica), Clown Act (palhaços), Unicycle (acrobacias sobre rodas) e Grand Finalle.
Os ingressos numerados para o espetáculo já estão à venda  na bilheteria do teatro.  Informações (79) 3179-1490 / 3179-1496.

Crédito da Foto: Emílio Tenório

quinta-feira, 24 de maio de 2012

E nas bandas de lá, da Bahia...

Com foco no apoio a propostas artístico-culturais das linguagens artísticas, nos mais diversos formatos e categorias, a Fundação Cultural do Estado da Bahia (FUNCEB), unidade da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA), lança sete editais setoriais com recursos do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA): Artes Visuais, Audiovisual, Circo, Dança, Literatura, Música e Teatro. Os certames objetivam estimular os elos da rede produtiva de cada setor e abrem possibilidade para a realização de quaisquer tipos de projetos relacionados à pesquisa, formação, produção, difusão, circulação, registro, memória e demais ações nas áreas específicas. As inscrições ficam abertas de 15 de maio a 15 de junho. As minutas dos editais, bem como seus anexos, podem ser consultadas nos sites da FUNCEB (www.funceb.ba.gov.br) e da SecultBA (www.cultura.ba.gov.br).

Cada edital tem um aporte financeiro global e um teto máximo a ser solicitado pelas propostas apresentadas. Para Artes Visuais, o valor total disponível é de R$ 750 mil, com teto de R$ 100 mil por projeto. Para Audiovisual, o aporte é de R$ 4,5 milhões, com teto de R$ 1,5 milhão para produção de longa-metragem e de R$ 300 mil para outras propostas. Para Circo, são disponibilizados R$ 500 mil para projetos de até R$ 50 mil. Para Dança, o valor global é de R$ 1,25 milhão, com limite de R$ 150 mil por proposta. Em Literatura, são R$ 500 mil para projetos de até R$ 100 mil. Para Música, há R$ 1 milhão para apoio a projetos com teto de R$ 200 mil. Por fim, em Teatro, o aporte é de R$ 1,5 milhão, com teto de R$ 200 mil por proposta. Assim sendo, o número de projetos contemplados vai depender dos valores das propostas selecionadas. Vale registrar que, no caso de o proponente para quaisquer dos editais ser pessoa física, o valor máximo de apoio não pode ultrapassar 150 salários mínimos – ou seja, R$ 93,3 mil.

Com este novo formato setorial, os editais da FUNCEB financiados pelo FCBA ampliam suas possibilidades de incentivo, alcançando a demanda a ser apresentada pelos próprios artistas e profissionais inscritos. Assim, avançam no sentido de desobrigar determinações das fases produtivas a serem apoiadas, como era feito entre os anos de 2007 e 2010.

Os editais setoriais das artes vão contemplar projetos que se iniciem a partir de 16 de setembro de 2012; no caso de propostas com valor igual ou superior a R$ 100 mil, a data inicial deve ser posterior ao dia 26 de outubro deste ano. Excetuam-se apenas propostas de residência artística e formação em outros estados e países; ações continuadas de instituições culturais; eventos calendarizados com periodicidade mínima anual e três edições já realizadas; e obras em edificações – estes tipos de atividades podem ser submetidos às Chamadas Públicas e Demanda Espontânea do FCBA.

Podem participar pessoas físicas, maiores de 18 anos, ou pessoas jurídicas que tenham como objeto o exercício de atividades culturais, domiciliadas ou estabelecidas na Bahia há pelo menos três anos. As inscrições são feitas exclusivamente através dos Correios, pelo serviço Sedex ou similar, remetidas ao endereço disponível nos textos dos editais.

Estes editais integram 17 concursos setoriais e temáticos lançados em conjunto pela SecultBA, além das inscrições de Demanda Espontânea para o ano de 2012, através de suas unidades, superintendências e entidades vinculadas – além da FUNCEB, o Centro de Culturas Populares e Identitárias (CCPI), Fundação Pedro Calmon (FPC) e Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia (IPAC). Com recursos financeiros do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA), são R$ 18,3 milhões disponibilizados para apoiar projetos das diversas áreas da Cultura em todo o estado, englobando, também, as culturas populares e identitárias, patrimônio, arquitetura e urbanismo, museus, editoras, cultura digital, negócios estratégicos, formação e qualificação, territórios culturais e economia criativa.

Criado em 2005, o FCBA tem o objetivo de incentivar e estimular as produções artístico-culturais baianas com menor apelo comercial. O surgimento dos editais setoriais e temáticos e a simplificação na exigência dos documentos são mudanças trazidas este ano e que buscam diversificar os tipos de projetos apoiados em cada segmento, além de facilitar a apresentação de propostas. Deste modo, os editais do Fundo de Cultura permanecem como um dos principais mecanismos de fomento à Cultura da Bahia.

Cia. Azul Celeste apresenta "Território Banal"



O novo trabalho da Companhia Azul Celeste, o texto inédito “Território Banal”, de autoria da paulistana Marici Salomão, vencedor do Edital ProAC 2010 para montagens inéditas no Estado de São Paulo, chega a Aracaju, no próximo dia 29 de maio, às 15h e 20h, no palco do Teatro Atheneu.


O tema principal  de "Território Banal" é o próprio teatro. Além de abordar temas pertinentes a este universo, o texto é pontuado pela reflexão sobre a representação, a hipocrisia e a distância entre o discurso e a prática. O processo de montagem envolveu profissionais das artes cênicas que já colaboraram com outros trabalhos da Companhia Azul Celeste, como Georgette Fadel, que neste trabalho realizou a provocação estética; Luis Rossi com a criação de figurinos; Raphael Pagliuso Neto, criando a trilha original e realizando da direção musical, além de Vivien Buckup, na direção de movimento.

 Marici Salomão, dramaturga, crítica teatral e também responsável pelo Núcleo de Dramaturgia SESI-British Council reescreveu o texto após diálogos com a companhia, que apontou a necessidade de algumas adaptações para a realidade do grupo, ratificando a proposta de processo colaborativo desenvolvido atualmente pela Companhia Azul Celeste. 

Sob a direção de Jorge Vermelho, atuam no elenco Gerrah Tenfuss, Kelly Simão, Pedro Gabriel Torres e Ronaldo Celeguini. A entrada para o espetáculo é gratuita.

terça-feira, 22 de maio de 2012

Caravaggio e Seus Seguidores

Medusa Murtola_Caravaggio


Diferentemente da exposição “Mondigliani: Imagens de uma Vida”- que já passou por Vitória, Rio de Janeiro e que está em cartaz no MASP, em São Paulo- e foi propagada aos quatro cantos como “a maior mostra” do pintor italiano no país, apesar de contar dentre os seus 230 itens, com apenas 12 pinturas e cinco esculturas de Amedeo Mondigliani, a mostra “Caravaggio e Seus Seguidores” que será aberta hoje, na Casa Fiat de Cultura em Belo Horizonte, e que a partir de 26 de julho, poderá ser vista no MASP, revela de imediato seu formato econômico.

Embora seja a maior concentração de obras de Michelangelo Merisi da Caravaggio em solo brasileiro, a exposição conta com apenas seis pinturas do mestre, acompanhadas por 14 obras de seus discípulos. Quem se dispuser a conferir de perto as perturbadoras telas do italiano nascido em 1571, em Milão, apreciará “São Francisco em Meditação” (1595), “São Jerônimo” (1606), “Medusa Murtola” (1596), “A Degola de São Genaro ou Santo Agapito” (1606), “São Francisco em Meditação” (1606) e “Retrato do Cardeal Benedetto Giustianiani” (1600).

Segundo a matéria “Os Retratos do Êxtase”, escrita por Francisco Quinteiro Pires e publicada na revista Carta Capital, desta semana, há controvérsias com relação à autoria dessas três últimas obras. Então, por quê se deslocar até Minas ou São Paulo, a fim de ver de perto seus traços vivos, apesar de passados cinco séculos ? Talvez pela chance de conferir o óleo sobre tela montada em madeira- “Medusa Murtola”- o grande destaque da exposição. (Causaria ela mais emoção do que senti, quando me deparei com "A Morte da Virgem" no Museu do Louvre?)

Tendo explorado como ninguém o poder do olhar, Caravaggio transforma sua “Cabeça de Medusa”- uma encomenda feita pelo Cardeal Francesco Maria Del Monte, a fim de presentear o duque Ferdinando de’ Medici- num monstro estarrecedor. Ele tinha apenas 26 anos quando foi incumbido de criar a obra substituta da que Medici possuía, pintada por Leonardo da Vinci, mas perdida no ano de 1580.


Se o jovem Caravaggio superou o genial Da Vinci, na produção dessa obra, é impossível saber, mas que ele tornou-se um virtuose do choque-horror (basta conferir outros de seus trabalhos, como “A Decapitação de São João Batista” (1608) e “Davi com a Cabeça de Golias (1605-06)), não resta dúvida.
O que mais chama a atenção na “Cabeça da Medusa” é seu realismo: os olhos saltando da órbita, os dentes cortantes à mostra, a boca aberta e imóvel, soltando um grito silencioso e o sangue vivo jorrando de sua cabeça não deixa qualquer dúvida sobre o mito da mulher de cabeleira de serpentes que transformava homens em pedra, só pelo olhar, mas que foi derrotada por Perseu, ao mirar o escudo espelhado e ser vítima de sua própria arma letal.  A dramaticidade encontrada em suas obras dá-se pelo uso da técnica do chiaroscuro, em que o pintor trabalha com os contrastes de luzes e sombras gerando um resultado bastante peculiar.

Há, no entanto, mas do que isso para se apreciar nessa exposição que privilegia obras do barroco italiano. Quatorze quadros de pintores “caravaggescos”, como Artemisia Gentileschi (1593-1653), Bartolomeo Cavarozzi (1587-1625), Giovanni Baglione (c.1566-1643), Giovanni Battista Caracciolo (1578-1635), Hendrick van Somer (1615-1684/85), Jusepe di Ribera (1591-1652), Leonello Spada (1576-1622), Mattia Preti (1613-1699), Orazio Borgianni (1574-1616), Orazio Gentileschi (1563-1639), Orazio Riminaldi (1593-1630), Simon Vouet (1590-1649), Tommaso Salini (1575-1625) e Valentin de Boulogne (1591-1632), merecem apreciação. Trata-se de seguidores do mestre, da segunda metade do séc. XVI e início do séc. XVII.

A exposição “Caravaggio e Seus Seguidores”, que integra a programação do Momento Itália-Brasil 2011-2012, reúne obras da Itália, de Malta e da Inglaterra. Além de pertencentes a coleções particulares, as pinturas provêm de três dos mais prestigiados museus estatais italianos – Galleria Borghese (Roma), Palazzo Barberini (Roma) e Galleria degli Uffizi (Florença).

A idealização da mostra é de Rossella Vodret, uma das principais especialistas em Caravaggio na Itália e chefe da Superintendência Especial para o Patrimônio Histórico, Artístico e Etnoantropológico e para o Pólo Museológico da Cidade de Roma. Na Itália, a curadoria tem participação de Giorgio Leone e, no Brasil, de Fabio Magalhães.

A exposição ficará em cartaz até o dia 15 de julho na Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte e poderá ser visitada de terça a sexta-feira, das 10 às 21h e sábados, domingos e feriados, das 14 às 21h. De 26 de julho a 30 de setembro, “Caravaggio e Seus Seguidores” estará em cartaz no MASP, em São Paulo.

Sobre Caravaggio- Michelangelo Merisi, mais tarde conhecido como Caravaggio por causa do lugar de origem da família, nasceu em Milão, provavelmente em 29 de setembro de 1571, dia de São Miguel Arcanjo. Foi o primeiro de quatro irmãos, filhos de Fermo, mestre de obras, e Lucia Aratori, cujo pai, Giovan Giacomo, tinha cargo de destaque na administração financeira dos bens dos Sforza-Colonna. O povoado de Caravaggio era sede do marquesado de Francesco Sforza e Costanza Colonna, aquela que foi um dos maiores sustentos em toda a penosa existência dos Merisi. Após a morte do marido, em 1577, causada pela peste, Lucia seria obrigada a vender terrenos para pagar os estudos do primogênito, que muito cedo manifestaria interesse pela pintura.

Em 1584, segundo contrato estipulado em 6 de abril, Michelangelo é confiado ao artista Bergamasco Simone Peterzano (1540-1596), para que lhe ensinasse a arte da pintura em seu estúdio de Milão. O aprendizado milanês durou até 1588, mas não se sabe nada dos movimentos do jovem até 1591. É plausível, entretanto, que Michelangelo não tenha retornado imediatamente a Caravaggio, pois completaria sua formação na Lombardia e no Vêneto, ao estudar com os grandes mestres quinhentistas, cuja influência pode ser percebida em suas obras. O último documento que atesta a presença do artista na Lombardia é de 1º de julho de 1592, quando ele é citado como testemunha em um documento de cartório.

Ao longo da vida, Caravaggio envolveu-se numa série de brigas, fruto, em grande medida, de seu temperamento explosivo e dos permanentes problemas financeiros. Em 1606, o artista seria acusado de matar um jovem. À época, foge de Roma com a cabeça, literalmente, “a prêmio”. Passa, então, por Nápoles, Malta e Sicília, cidades onde se envolve em novos conflitos: como exemplo, basta lembrar que, quando em território napolitano, sofre atentado engendrado por inimigos jamais identificados pelos estudiosos.

O grande Michelangelo Merisi da Caravaggio morreria a 18 de julho de 1610, aos 38 anos, em Porto Ercole.

segunda-feira, 21 de maio de 2012

ORSSE apresenta "Tosca" in Concert

Daniella Carvalho_soprano



Em julho do ano passado, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) sob o comando do maestro Guilherme Mannis, apresentou no palco do Teatro Tobias Barreto (TTB), a obra “La Bohème” de Giacomo Puccini (1858-1924) em forma de concerto. Na ocasião, o espetáculo contou com as sopranos Daniella Carvalho e Carla Cottini, o tenor Marcello Vannucci, os barítonos Sebastião Teixeira e David Marcondes e os baixos Cláudio Alexandre e Saulo Javan.

Parte desse competente elenco estará envolvido com a apresentação de “Tosca” do mesmo Puccini, que acontecerá nesta quinta e sábado, às 20h30, no TTB. Regido pelo maestro e diretor artístico da ORSSE, Guilherme Mannis, o concerto semi-encenado contará com legendas em português, para melhor entendimento da história pela plateia. Sobre a realização de espetáculos dessa natureza, Mannis comenta, “o Tobias Barreto é um grande Teatro, e nossa orquestra realizou interpretações notáveis de “Aïda” e “La Bohème”, nos anos anteriores. Nada mais justo do que brindar
o nosso público com outra ópera de enorme sucesso, rara beleza musical e enredo surpreendente. Num futuro próximo, visualizo a capacidade de Sergipe abrigar um belíssimo festival de ópera, que
encantaria a toda a sociedade envolvendo, principalmente, a produção local.”

A soprano carioca, de raízes sergipanas e que atualmente está radicada em Nova York, Daniella Carvalho, viverá Floria Tosca. Já o tenor Richard Bauer interpretará Mario Cavaradossi; os barítonos Rodolfo Giugliani e Sebastião Teixeira serão, respectivamente, o Barão Scarpia e o Sacristão; o baixo Saulo Javan  encarna Angelotti e, completando o elenco, o tenor Jonathas Mathias como Spoletta e Cláudio-Alexandre Silva interpretando dois papéis: Sciarrone e Carcereiro.
A regência do Coro Sinfônico da ORSSE ficará a cargo do maestro Daniel Freire, e os espetáculos possuem ainda a assistência do maestro Daniel Nery.

Sobre Tosca- Dividida em três atos, a história da ópera se passa em Roma, no início do século XIX, num clima pós-revolucionário. Angelotti, o protagonista deste movimento, é preso pelo regime, mas consegue fugir e refugia-se numa igreja. O pintor Mario Cavaradossi é um simpatizante das
ideias revolucionárias e pelo apoio à fuga de Angelotti acaba se envolvendo com Floria Tosca, uma cantora que chega à igreja para visitá-lo.

O barão Scarpia, braço direito do poder, passa a perseguir o revolucionário, pressionando e prendendo Mario e assediando Tosca, sua amada, que faz de tudo para libertar o pintor. Após a notícia da vitória de Napoleão, subitamente comunicada, Mario declara sua vitória e Scarpia faz um acordo com Tosca para libertar o pintor, desde que cedesse aos seus encantos por uma noite. Tosca, revoltada, assassina Scarpia pensando em dias felizes com seu amor. O desenrolar da intrincada trama, no entanto, acaba trazendo acontecimentos surpreendentes.


Os ingressos para “Tosca” em formato concerto já estão à venda na bilheteria do Teatro Tobias Barreto ao preço de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Legenda da Foto: A soprano Daniella Carvalho viverá a personagem título nessa grande obra de Puccini

quinta-feira, 17 de maio de 2012

Cine Cult exibe filmes premiados em Cannes

O Garoto da Bicicleta_filme_divulgação
Depois de alguns títulos mornos, exibidos nas últimas semanas, eis que entrará em cartaz no Cine Cult Riomar, o filme “O Garoto da Bicicleta” dos irmãos Jean Pierre e Luc Dardenne e no Cine Cult Jardins, "O Porto" de Aki Kaurismäki.  Para quem conhece a filmografia da dupla belga, detentora da Palma de Ouro em Cannes por “Rosetta” (1999) e “A Criança” (2005), essa película estrelada por Cécile De France e Thomas Doret soa mais otimista.

No entanto, a frieza e o egoísmo, recorrentes em personagens de suas produções, estarão personificados na figura do pai (Jérémier Renier) do Garoto. Ele abandona o filho num internato e mesmo sendo procurado pelo pré-adolescente, despreza-o. Cyril, por sua vez, não desiste de procurar sua bicicleta e descobrir o paradeiro do pai e numa de suas escapulidas, depara-se com a cabeleireira  Samantha (a sempre graciosa Cécile De France).

Após firmar um acordo com o diretor do internato, Samantha passa acolher o pré-adolescente em sua casa nos finais de semana, servindo de “guardiã”. Inicialmente, arredio, Cyril vai se adaptando às regras da nova morada, mas antes que pareça fácil demais o convívio entre os dois estranhos e solitários personagens, os irmãos Dardenne nos presenteia com momentos de tensão, em que o garoto passará por situações limites, inclusive se envolvendo com o delinquente Wes (Egon di Mateo).


Samantha também não escapará ilesa dessa acolhida. Em dado momento, já com o instinto materno à flor da pele, ela entrará em conflito com o namorado e terá que fazer escolhas, antes impensáveis. É sobre as opções que fazemos e as consequências geradas por elas, que o filme se concentra.

Ponto para os atores Thomas Doret (estreando no cinema) e Cécile De France -em ótimas interpretações- e para os Dardenne, que apesar do tema focado, faz com que “O Garoto da Bicicleta” passe longe do melodrama. O delicado filme foi o vencedor do Prêmio da Crítica e Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes de 2011. Pena que as sessões do Cine Cult Riomar encolheram. Este filme só será exibido, terça e quinta-feira, às 18h10.

Neste mesmo ano, a co-produção belga/alemã/finlandesa "O Porto" do diretor Aki Kaurismäki abocanhou também o Prêmio da Crítica em Cannes. Ainda não conferi esta película, que foi indicado ao Oscar 2012 na categoria de Filme Estrangeiro, mas pretendo fazê-lo no final de semana. Limito-me apenas a informar que trata-se de um filme ambientado na cidade de Le Havre (FRA) sobre a imigração ilegal (tema recorrente nas produções francesas dos últimos anos) e cuja trama girará em torno do encontro entre o engraxate e escritor aposentado, Marcel Marx, (André Wilms) e o garoto africano, Idrissa (Blondi Miguel).


Escariz venderá filmes a partir de junho

Há muito não ia à Livraria Escariz do Shopping Jardins. Ontem, a saudade bateu e fui lá conferir as novidades e terminei comprando o disco da banda Bon Iver, Bon Iver, revelação do Grammy deste ano, que abocanhou o  prêmio desta categoria, assim como o de melhor álbum alternativo.

Bom, mas o motivo do post não é bem esse e sim, anunciar em primeira mão (caso alguém ainda não saiba), que a seção de filmes em DVD e Blu-ray deverá ser inaugurada no início de junho. Sem dúvida, uma outra opção para os amantes do cinema se deliciarem com os títulos clássicos, cults e também comerciais que ali aportarão.

Torçamos para que a concorrência estimule a Saraiva a melhorar seu estoque de filmes no Shopping Riomar, que até o momento, está deixando a desejar para a clientela mais exigente. E que o empresário Paulo Escariz invista em distribuidoras como Lume Filmes, Versátil, Magnus Opus, Videofilmes e Cult Classic, detentoras de títulos obrigatórios em qualquer Dvdteca.

quarta-feira, 16 de maio de 2012

Pinacoteca de SP promove Curso de História da Arte

No período de 17 a 20 de julho, das 15 às 17h, no auditório da Pinacoteca do Estado de São Paulo, será ministrado por  Maraliz Christo (Universidade Federal de Juiz de Fora), o curso de História da Arte sobre "Representações da História do Brasil nas exposições Gerais da Academia Imperial de Belas Artes".

Considerada por muito tempo o mais importante gênero da pintura, a representação de temas históricos contribuiu significativamente para a invenção das nacionalidades. O curso abordará a presença da pintura histórica nas Exposições Gerais de Belas Artes (EGBA) do período Imperial, verificando o processo de construção de uma memória nacional, identificando a inclusão e a exclusão de temas. 

A partir da análise de algumas obras, buscar-se-á perceber não somente a construção de um discurso oficial, mas também pinturas que a ele escapam. O investimento é de R$ 100 e o número de vagas (120). Mais informações pelo endereço eletrônico http://www.pinacoteca.org.br/pinacoteca

"Velha é a Mãe!" chega ao TTB

 
 
Aterrissa no palco do Teatro Tobias Barreto, sexta e sábado, às 21h, a comédia “Velha é a Mãe!” protagonizada pelas atrizes Louise Cardoso e Eliane Costa. No espetáculo, dirigido por João Fonseca e com texto de Fábio Porchat, Louise Cardoso interpreta uma septuagenária, que passa horas na academia, já fez algumas plásticas, pratica boxe, natação e cujas aplicações de botox ajudaram a manter sua aparência nos 50 e poucos anos. Por não aguentar tanta disposição, o marido a trocou por uma mulher, digamos, mais calma e a deixou à beira de um ataque de nervos.

Eliane Costa divide a cena com Louise e interpreta Alice, filha única do casamento que acaba de terminar. Ao visitar a mãe, em uma tentativa de consolo, ela mal consegue falar tamanho o descontrole emocional de sua interlocutora. Entre revelações, ataques de raiva e lembranças do passado, mãe e filha trocam ‘farpas’ e carinhos, graças aos ácidos diálogos de Porchat, vencedor do Festival de Novos Dramaturgos do CCBB em 2007 por este texto. Louise conheceu a peça pouco depois e logo comprou os direitos.

A intimidade da atriz e do diretor com o gênero vem de longe. Apesar de ter uma trajetória também marcada por textos mais densos, Louise se tornou conhecida nacionalmente por seu trabalho em comédias na televisão, em programas como ‘TV Pirata’ (1988-1989), e em montagens como ‘Fulaninha e Dona Coisa’, de Noemi Marinho, que rodou o Brasil por três anos, e ‘Salve Amizade’, de Flávio Marinho.

Também conhecido por transitar bem entre diversos gêneros dramáticos, João Fonseca dirigiu mais de 20 espetáculos na última década, que renderam sete indicações ao Prêmio Shell (‘Maria do Caritó’, ‘A Falecida’, ‘Pão com Mortadela’, ‘Escravas do Amor’, ‘Édipo Unplugged’, ‘O Casamento do Pequeno Burguês’ e ‘Tudo no Timing’). O humor e o despojamento são heranças de seu trabalho com Antônio Abujamra e a companhia Os Fodidos Privilegiados, onde começou sua carreira como diretor.
Os ingressos estão à venda na bilheteria do teatro ao preço de R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia).

terça-feira, 15 de maio de 2012

Ritchie em plena forma aos "60"

CD 60_Ritchie

Há quem 'torça' o nariz para o cantor inglês, Richard David Court, que virou astro pop brasileiro nos anos de 1980,  com os hits"Menina Veneno" e "Pelo Interfone" e ficou conhecido nacionalmente como Ritchie (aquele cara que cantava em português mas tinha um sotaquezinho engraçado).
Eu, pelo contrário, nunca me envergonhei de cantarolar "Voo de Coração" ou mesmo "Parabéns Pra Você", seja na adolescência ou mesmo agora, fisgada pela febre da festa dedicada aos Anos 80, que, anualmente, acontece na cidade. 

Agora, melhor do que nunca, e cantando, integralmente, na sua língua pátria, Ritchie comemora seus 60 anos de vida, com o lançamento do CD "60", em que interpreta sucessos britânicos, da década que viu nascer "Os Beatles" e os "Rolling Stones".

Fugindo da obviedade, porém, ele descarta as canções desses dois grupos míticos e nos apresenta ( pelo menos prá galera que desconhece outras bandas inglesas legais daquela época) The Lovin' Spoonful ("Summer in The City"), Paul Jones ("I've Been a Bad, Bad Boy"), Gerry and The Peacemakers ("Don't Let the Sun Catch you Crying"), Donovan ("Sunshine Superman"), Everly Brothers ("All I Have to Do is Dream"), The Lemon Pipers ("Green Tambourine"), entre outras pérolas.

Como se não bastasse,  a voz de Ritchie está "em cima" e o cantor está bem acompanhado por Rodrigo Tavares (pianos, harmonium e synth), Rodrigo Nogueira (guitarras e violões), Tavinho Menezes (violões, guitarras e mandolin), Lancaster (baixos elétricos e acústicos), Daniel Gordon (bateria, percussão e mixed nuts), além da orquestra composta pelos violinos de Leo Ortiz, Glauco Fernandes, Pedro Mibielli, José Alvez; as violas de Jesuina Passaroto e Taboada; os cellos de Iura Ranevsky e Cláudia Grosso; as trompas de Philip Doyle e Chico Trompa e cor anglais de Victor Astorga.

Aumente o som e delicie-se com "60", mas não deixe também de conferir as gravações originais (direto do túnel do tempo).


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Parafusos supera Chegança e Lambe Sujo

Essa postagem chega com uma semana de atraso, mas por um motivo plausível: eu precisava tirar algumas dúvidas antes com o realizador Marcelo Roque, sobre seu mais novo curta de animação "As Aventuras de Seu Euclides Lambe Sujo e Caboclinhos", para não cometer injustiça.

O filme que foi lançado na última terça-feira, no Teatro Atheneu, não está ainda totalmente "calibrado", assim como parecia não estar, o projetor que serviu de meio de exibição da terceira aventura do velho Euclides. Pelo menos, a fotografia chapada em várias sequências falava a favor desse problema técnico, que foi rapidamente confirmado por Marcelo, em nossa conversa, ontem à noite, pelo facebook.

 Marcelo também justificou problemas de áudio e sincronia na fala dos personagens animados que parecem estar próximos de uma solução, com reparos do som em estúdio. Porém, um dos pontos que mais me incomodou no novo curta foi o enquadramento. Fechado em mais da metade das tomadas, o enquadramento sufocava os personagens em cena, quando não, o próprio espectador. Se fosse só isso, tudo bem, mas flagrar cabeça de cavalo cortada, só com as orelhinhas aparecendo...pegou mal. A lição de casa parece não ter sido aprendida.

Incrível, como esse "As Aventuras de Seu Euclides Lambe Sujo e Caboclinhos" também não consegue emplacar a história. Tinha tudo para ser o mais divertido dos episódios, pela própria concepção do que é a festa dos Lambe Sujos e Caboclinhos, mas não consegue ser demasiado engraçado e nem um pouco didático. O roteiro é confuso com relação às origens dessa manifestação folclórica onde trava-se uma batalha entre negros e índios e o que vemos da brincadeira, em si, resume-se à cena final, quando Seu Euclides e Dourada reencontram-se com dois lambe sujos e são melados por eles. Bem que essa cena merecia um pouco mais de destaque, não ?

Ponto então para o primeiro da série "As Aventuras de Seu Euclides-Parafusos" que apesar das limitações técnicas, contava a seu favor com o ineditismo dos personagens, com um roteiro mais bem elaborado e acima de tudo, com uma vitalidade da equipe envolvida, que dava gosto.

Desde o segundo filme- "As Aventuras de Seu Euclides-Chegança" que uma certa decepção em mim aflorava para com esse trabalho de Marcelo Roque (que volto a dizer é um marco na história do audiovisual em animação de Sergipe). O filme encheu-se de personagens (Anselmo Seixas, sem dúvida confirmou sua habilidade na confecção dos bonecos de espuma) e, consequentemente, para um roteiro não muito bem estruturado, fez com que a história perdesse seu  rumo. 

Nesse recente episódio, essa falha repetiu-se e a clareza da mensagem ficou mais uma vez prejudicada. Pode-se achar "As Aventuras de Seu Euclides Lambe Sujo e Caboclinhos" engraçadinho, mas está longe de ser extraordinário, como poderia ser.


quarta-feira, 9 de maio de 2012

Ivan Lins tocará no MPB Petrobras

Ivan Lins será a próxima atração do MPB Petrobras

Zéq'Oliver fará o show de abertura


Há 15 anos na estrada, o projeto MPB Petrobras convida o público sergipano para mais uma edição de boa música, onde a canção brasileira é a atração principal desta festa. Neste sábado, às 21h e domingo, às 20h, o cantor e compositor Ivan Lins estará apresentando no Teatro Tobias Barreto, o show do álbum “Perfil”. 

Lançado em 2010, em comemoração aos seus 40 anos de carreira,  o CD com forte acento jazzístico, traz no repertório diversos clássicos da sua trajetória com destaque para as canções “Madalena”, “Vitoriosa”, “Bilhete” e “Dinorah, Dinorah”, dentre outras. Trata-se de um show intimista, onde a qualidade musical é o ponto alto do espetáculo. No palco, Ivan Lins, nos teclados, tem a companhia dos músicos Teo Lima (bateria) e Nema Antunes, (baixo).

Já a atração local, que faz abertura do show de Ivan Lins, será o cantor e compositor, Zéq’Oliver. Recentemente, Oliver apresentou o novo show “Zeq’Oliver in Concert” no   TTB. Nas apresentações deste fim de semana, porém, ele deverá mesclar canções do DVD “MPBlack” e do CD “Nêgo”.

A programação do MPB Petrobras em 2012 começou por Salvador com a apresentação da cantora Jussara Silveira, nos dias 21 e 22/04. Em seguida, Ivan Lins fez apresentação única em Belo Horizonte, no dia 26 de abril. As cidades de Maceió (14/05) e Natal (24/05) também recebem o show de Ivan Lins. Os preços em todas as cidades se mantêm populares: R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Crédito da Foto de Ivan Lins- Isabel Garcia

Crédito da Foto de Zéq'Oliver- Divulgação

terça-feira, 8 de maio de 2012

Circuito SESC de Música (07/05 a 01/06)

Igor Gnomo_Festival SESC de Música
Igor Gnomo: nova promessa da música instrumental

Café Pequeno_ 2o Festival Mangaba Instrumental
Café Pequeno está há seis anos na estrada


Na semana passada, Aracaju foi palco da 2ª edição do Festival Mangaba Instrumental, que escalou para sua programação, não só músicos locais, mas artistas de outros países, a exemplo do pianista Phillipe El-Hage (Líbano), Dámaso Cerruti (Argentina) e Laura Obligado (Espanha).

Agora, quem promove um evento dedicado à música instrumental sergipana, é o Serviço Social do Comércio (SESC). Trata-se do Circuito SESC de Música, iniciado ontem, com apresentação do Ferraro Trio no SESC/Centro e que prossegue até o dia 1º de junho, quando o Mangabeira Jazz fará o encerramento do projeto, às 19h, no Mini Auditório da UFS/Itabaiana.

Segundo Fábio Oliveira, técnico de música do SESC, o caráter de pesquisa na música já é defendida pelo SESC, em nível nacional, com o Sonora Brasil. A ideia do Circuito SESC de Música é trazer isso para o nível local. “Encontramos em Sergipe, representantes da música instrumental que desenvolvem um trabalho árduo, mas que muitas vezes, não têm como mostrar suas habilidades. Um dos objetivos do Circuito é contribuir com a demanda para a música instrumental do Estado, privilegiando grupos que tocam suas próprias composições”.

No ano passado, a 1ª edição do evento aconteceu no mês de julho, mas de forma tímida, contando apenas com apresentações do Quinteto Aracaju Armorial. Nesse segundo momento, o Circuito SESC de Música ganha amplitude, não só no número de participantes- cinco atrações- como também no número de shows- serão 20 no total, distribuídos de segunda a sexta-feira, até o dia 1º de junho.

As apresentações acontecerão no SESC/Centro, às 15h, nos dias 15, 22 e 28 de maio; SESC/Comércio, às 17h, nos dias 17, 23 e 30 de maio; no SESC/Socorro, às 19h, nos dias 09, 14 e 31 de maio e às 15h, no dia 21 de maio; no SESC Ler/Indiaroba, às 19h, nos dias 10, 16, 25 e 29 de maio; SESC/Siqueira Campos, às 18h, nos dias 11 e 24 de maio e no SESC Mesa Brasil/Auditório da UFS/Itabaiana, às 19h, nos dias 18 de maio e 1º de junho.

As atrações escaladas para participar deste evento são Café Pequeno, Igor Gnomo, Mangabeira Jazz, Odir Caius e Ferraro Trio e as apresentações são gratuitas. Confira a programação completa abaixo:

Café Pequeno

11 de maio (Sesc Siqueira Campos)
14 de maio (Sesc Socorro)
25 de maio (Sesc Ler/ Indiaroba)
01 de junho (UFS/ Itabaiana)

Ferraro Trio

07 de maio (Sesc Centro)
17 de maio (Sesc Comércio)
21 de maio (Sesc Socorro)
29 de maio (Sesc Ler/ Indiaroba)

Igor Gnomo

10 de maio (Sesc Ler/ Indiaroba)
15 de maio (Sesc Centro)
23 de maio (Sesc Comércio)
31 de maio (Sesc Socorro)

Mangabeira Jazz

09 de maio (Sesc Socorro)
18 de maio (UFS/ Itabaiana)
22 de maio (Sesc Centro)
30 de maio (Sesc Comércio)

Odir Caius

08 de maio (Sesc Comércio)
16 de maio (Sesc Ler/ Indiaroba)
24 de maio (Sesc Siqueira Campos)
28 de maio (Sesc Centro)


Crédito da Foto de Igor Gnomo: Drielle Mutti

Crédito da Foto do Café Pequeno: Lúcio Telles

segunda-feira, 7 de maio de 2012

Depois da Chegança, agora é a vez do Lambe Sujo

As Aventuras de Seu Euclides_Lambe Sujo


O diretor Marcelo Roque Belarmino lança, amanhã, às 20h, no Teatro Atheneu, seu terceiro curta de animação: “As Aventuras de Seu Euclides Lambe Sujo e Caboclinhos”. Não será a primeira vez, contudo, que o público (seja infantil ou adulto) dedicará alguns minutos de suas vidas para se deliciar com os causos de Seu Euclides.

Tendo feito sucesso local e nacionalmente (marcando presença em alguns festivais de cinema), “As Aventuras de Seu Euclides Parafusos” (2007) e “As Aventuras de Seu Euclides Chegança” (2008) tornou-se um marco na história da produção audiovisual sergipana, não só pela escolha do gênero (praticamente inexplorado) mas, sobretudo, pela concepção técnica.

Com uma equipe de cinema amadora, que foi se profissionalizando ao longo do tempo, Marcelo Roque conseguiu “tirar leite de pedra”, arriscando-se num campo da animação, onde graças à habilidade e competência do artista Anselmo Seixas (criador dos bonecos esponjosos que são os personagens das aventuras), conseguiu um resultado acima da média para os padrões de produções audiovisuais locais.

A cada episódio, uma aula de cultura popular para os baixinhos e altinhos que muito ignoram a formação de nosso rico universo folclórico. Nas primeiras aventuras, separadas por um espaço de dois anos, o velho e simpático Euclides debruça-se sobre a formação dos Parafusos e da Chegança.

Nessa nova aventura, Seu Euclides e Dourada estão voltando da pescaria quando são surpreendidos por dois Lambesujos pedindo ‘ioio’. O Jeguinho dá um susto neles e Seu Euclides conta a história do tempo da escravidão na cidade sergipana de Laranjeiras, onde surgiu uma rivalidade entre os índios Caboclinhos e os negros Lambesujos. Os negros estão fugindo para o Quilombo e o Senhor de Engenho precisa da ajuda dos índios para destruir o quilombo e recuperar seus escravos.

Patrocinado pelo Programa BNB de Cultura 2011, com verba girando em torno de R$ 40 mil, o curta “As Aventuras de Seu Euclides Lambesujo e Caboclinhos” foi realizado com equipamentos da produtora WG e, tecnicamente falando, o resultado é superior aos filmes anteriores. Outro ponto que deve ser ressaltado é a direção de fotografia, feita por Damien Chemin, que contou com equipamentos da Quanta (paga em parte como prêmio recebido no Curta-SE 10).

“Esse é o ultimo episódio dessa forma de produção individual, já que é muito trabalhoso produzir assim, onde perde-se na uniformidade dos episódios, pois a produção e a tecnologia de softwares e equipamentos fica logo obsoleta. A ideia agora é fazer uma minissérie com seis episódios, já pensado para a TV”, explica o diretor Marcelo Roque, que também assina o roteiro e a montagem do filme.

Depois da première de amanhã, no Teatro Atheneu, ocorrerão sessões de lançamento na cidade de Laranjeiras, no SESC/centro e no Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira, para discussões e avaliações do público para com a obra.

quinta-feira, 3 de maio de 2012

Concurso Itamaraty para o Cinema Sul-Americano

Estão prorrogadas, até 11 de maio, as inscrições para o Prêmio Itamaraty para o Cinema Sul-Americano. Os interessados devem encaminhar para a Secretaria do Audiovisual do Ministério da Cultura (SAv/MinC) filmes de longa-metragem brasileiros, que tenham sido realizados em coprodução com pelo menos um país da América do Sul.

Poderão participar produções lançadas ou finalizadas nos 18 meses que antecedem a data de abertura do 7º Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo, programada para o dia 12 de julho de 2012. Após o recebimento de todos os filmes, uma comissão criada pela SAv irá selecionar até duas coproduções a serem inscritas no Concurso junto ao Itamaraty.

Os filmes selecionados pela comissão da SAv serão exibidos no 7º Festival de Cinema Latino- Americano de São Paulo e submetidos à Comissão Julgadora do Concurso Itamaraty para o Cinema Sul-americano. O vencedor do concurso irá receber um prêmio no valor de R$ 90.000,00 (noventa mil reais). O resultado final será divulgado na cerimônia de encerramento e de premiação do Festival.

Os responsáveis pelas produções brasileiras deverão preencher a ficha de inscrição, e enviá-la junto a 10 (dez) cópias em DVD do filme aos cuidados da Secretaria do Audiovisual - Assessoria de Assuntos Audiovisuais no Exterior, localizada no Ministério da Cultura, SCS Qd. 09, Lote C - Ed. Parque Cidade Corporate, Torre B, 8º andar, CEP 70.308-200, Brasília (DF).

Mais informações: dav@itamaraty.gov.br, ou pelo telefone (61) 3411-9947.

quarta-feira, 2 de maio de 2012

2a Edição do Festival Mangaba Instrumental começa amanhã

Tetraccorde Quarteto_música instrumental


Acontece de 03 a 06 de maio, em diversos pontos de Aracaju, a 2ª edição do Festival Mangaba Instrumental. Idealizado pela Eccos Eventos e Meugênio Produções, o evento aportará no Teatro Tobias Barreto, Teatro Atheneu, Concha Acústica do Oceanário e Capitão Cook, com ingressos ao preço de R$ 10.

A programação se inicia amanhã, às 20h, no Teatro Tobias Barreto, com show do Tetraccorde (SE) e de  Phillipe El-Hage (Líbano). Sexta-feira, às 20h, no Teatro Atheneu será a vez do público curtir Dámaso Cerruti (Argentina) e Laura Obligado (Espanha) e Saulo Ferreira (SE). Neste mesmo dia, a partir das 23h, no Capitão Cook tem apresentação do Quarteto Clube do Jazz & Convidados (SE). Na ocasião, será comemorado os 5 anos do Programa Clube do Jazz (Aperipê FM).

No sábado, a partir das 22h, na Concha Acústica do Oceanário, apresentação de Alberto Silveira (SE), Café Pequeno (SE) e Igor Gnomo (BA). No domingo, dia do encerramento do festival, acontecerá, a partir das 16h, Chorinho do Inácio (Rua Canadá, 343, Bairro Novo Paraíso), com o Grupo Renovação do Choro & Silvina e Boêmios Nota 10 & Convidados. O couvert para essa apresentação é de R$ 5.

Além dessa parte musical, o evento também oferecerá aos interessados, minicursos com os temas: “Influência do ritmo no século XX e no cotidiano/Criatividade no Rock” (ministrante: Dámaso Cerruti), dia 03 e 04/05, das 14h às 17h; “Improvisação” (ministrante: Philippe El Hage), dia 02/05, das 14 às 17h; “Corpo, canto e palavra” (ministrante: Laura Obligado), dia 03 e 04/05, das 09 às 12h. As aulas serão ministradas na Didática III, sala 100, na Universidade Federal de Sergipe e os mini-cursos custarão de R$ 10 a R$ 20.

De acordo com o um dos idealizadores do evento, Mario Eugênio, o Mangaba pretende servir de vitrine para este segmento específico, bem como firmar-se no calendário nacional de festivais de música instrumental, atraindo renomados músicos brasileiros e incentivando a produção de novos trabalhos em Sergipe. “A cena instrumental sergipana continua em desenvolvimento, mas já demonstra sinais de força, estética própria, diversidade e compromisso com uma música baseada na improvisação e na livre expressão de instrumentistas das mais variadas formações, resultando em propostas diversificadas e resultados sonoros por vezes surpreendentes. Então, acredito que eventos como esse ainda são carentes no Estado e precisam ser amplamente divulgados”, afirma.


Mais informações através do telefone 9805-3747 ou pelo e-mail meugenio@infonet.com.br

Legenda da Foto: O grupo sergipano Tetraccorde Quarteto será uma das atrações do primeiro dia do festival

terça-feira, 1 de maio de 2012

Polayne encerra o ciclo das Canções do Exílio


Patrícia Polayne_foto Ivve Rodrigues


Os shows aconteceram no último fim de semana, no Teatro Atheneu. Soube que no sábado, houve atraso de mais de uma hora por conta dos ajustes da equipe técnica de filmagem do DVD, que Patrícia Polayne pretende lançar em breve. No domingo, no entanto, noite que escolhi para conferir esse último show da turnê "O Circo Singular-As Canções do Exílio", o atraso não chegou a 30 minutos.

No palco, Polayne estava iluminada, com a voz segura e no timbre certo, acompanhada, magistralmente, pelos músicos Allen Alencar (guitarra), Pedro Yuri (violão, arco e efeitos), Fábio Oliveira (baixo), Pedrinho Mendonça (percussão) e Dudu Prudente (bateria). Com um modelito assinado por Altair Santo, ela soltou a voz em "Varanda" (Alessandra Leão) e emendou logo com "Simplesmente" (Carlos Mascarenhas/Geraldo Maia).

Depois, desfilou uma sequência de canções de sua autoria: "Aparelho de Memoriar", "Sapato Novo", "Arrastada", "O Medo", "Derredor" (Polayne/Ana Raquel Gama), intercalando com poemas como "As Canções do Exílio" e "As Canções de Amor e Desencanto". O público já estava contagiado pelo efeito hipnotizador de sua voz e performance e acompanhava num coro ora tímido, ora mais entusiasta. 

Patrícia avisou, no meio da apresentação, que por conta da gravação do DVD, poderia repetir alguma música caso fosse necessário. Não foi. O show redondinho seguiu adiante com "Lentes de Contato" (Kléber Melo/Bruno Montalvão), "Rio Sim", "Quintal Moderno", "Game Over" (todas de Polayne), "Só e Vadio (Kléber Melo/Jorge Ducci), finalizando com "Maria Estrela" e "Circo Singular" (ambas de Patrícia Polayne).

É importante lembrar, que essa banda- excetuando Dudu Prudente e Pedrinho Mendonça, que participaram da gravação do disco "O Circo Singular"- foi formada posteriormente, mas em nada deixa a desejar os profissionais que a acompanharam no ínício da turnê.

O grupo está bem entrosado e Polayne, eu diria, atingiu sua maturidade como cantora e intérprete.  A cantora que nasceu em Maceió, foi registrada em Aracaju e morou um tempo no Rio de Janeiro, agora se encontra "exilada" nas Alagoas. Voltou às origens para produzir o segundo disco de carreira- em andamento- que deverá ser lançado no segundo semestre.

Agora, é esperar para ver se o novo trabalho vem tão (ou mais) consistente quanto "O Circo Singular" e Polayne possa, de uma vez por todas, consolidar seu nome na cena da Música Popular Brasileira.


Crédito da Foto: Ivve Rodrigues