sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Últimas Vagas para o Curso sobre Alfred Hithcock





Atenção, galera!!! Restam poucas vagas para o curso "Alfred Hitchcock- o Arquiteto da Ansiedade", que ministrarei no SESC/centro, de 02 a 06 de setembro, das 18 às 22h. A taxa para participar do curso custa R$ 20 e pode ser paga na central de atendimento do SESC (rua Dom José Thomaz, 235). Os participantes receberão certificado de 20 h e haverá sorteio de brindes durante o curso. Mais informações pelo telefone 3216-2700.

Para ficar por dentro do que será abordado durante a semana, segue abaixo o cronograma e a bibliografia básica do curso:

1ª aula – As primeiras experiências no cinema; début como diretor; a parceria com Alma Reville; a transição dos filmes mudos para os sonoros ainda na fase inglesa.

2ª aula – Hitchcock chega em Hollywood; os filmes do período de 1940-1949; a relação dúbia com as atrizes; a parceria com o fotógrafo Robert Burks; autopromoção.

3ª aula – O auge da maturidade técnica e artística: filmes do período de 1953 a 1962; a música de Bernard Hermann nos filmes de Hitchcock; uso do cinema como ferramenta voyeur.

4ª aula – Fatalidade, humor e ironia em seus filmes; Hitchcock chega à TV; um inglês apreciado pelos franceses.

5ª aula – A fase final: de 1963 a 1976; balanço geral da carreira e influência nas novas gerações.



Bibliografia

ARAÚJO, Inácio. Alfred Hitchcock. São Paulo, Brasiliense, 1984.

BOGDANOVICH, Peter. Afinal, quem faz os filmes ? São Paulo, Companhia das Letras, 2000.

BOUZEREAU, Laurent. Hitchcock - piece by piece. New York, Abrams, 2010.

BRENER, Rosinha Spiewak. A construção do suspense: a música de Bernard Hermann em filmes de Alfred Hitchcock.  São Paulo, Ieditora, 2003.

CHABROL, Claude e  ROHMER, Eric. Hitchcock. Buenos Aires, Manantial, 2010.

DUNCAN, Paul. Alfred Hitchcock: a filmografia completa. Köln, Taschen, 2003

GOTTLIEB, Sidney (org.). Hitchcock por Hitchcock. Rio de Janeiro, Imago, 1998.

KROHN, Bill. Alfred Hitchcock. Paris, Cahiers du Cinéma, 2010

PAGLIA, Camille. Os pássaros. Rio de Janeiro, Rocco, 1999.

REBELO, Stephen. Alfred Hitchcock e os bastidores de Psicose. Rio de Janeiro, Intrínseca, 2013.

SPOTO, Donald. Fascinado pela beleza. São Paulo, Larousse, 2009.

TRUFFAUT, François. Hitchcock/Truffaut: Entrevistas. São Paulo, Companhia das Letras, 2004

quarta-feira, 28 de agosto de 2013

Mestres do Choro Tocarão no Atheneu


Zé da Velha e Silvério Pontes_http://bangalocult.blogspot.com
Os mestres Zé da Velha e Silvério Pontes

Grupo Brasileiríssimo abrirá o show do dia 29/09


Aos amantes do choro, uma ótima notícia!! No dia 29 de setembro, a partir das 20h, no Teatro Atheneu, a dupla formada por Silvério Pontes e Zé da Velha estará realizando o show de lançamento do CD “Ouro e Prata”, em comemoração aos 50 anos de carreira do sergipano Zé da Velha e aos 25 anos de trajetória do duo. Quem recepcionará os mestres do choro, nesta noite singular, será o grupo sergipano Brasileiríssimo, que promete embalar o público com um repertório repleto de clássicos deste gênero musical, além de composições autorais.

Essa é a segunda vez que o Brasileiríssimo divide o palco com o trompetista Silvério Pontes e o trombonista Zé da Velha. No ano passado, também no mês de setembro, o duo esteve em Aracaju, prestigiando o lançamento do disco “Uma Nova História” de Dom José do Ban (leia-se, o cardiologista José Carlos Santana). Ricardo Vieira, o violonista 7 cordas e frontman do Brasileiríssimo, ficou responsável pelos arranjos do disco de estreia de Dom José.

“A apresentação do ano passado foi memorável para o Brasileiríssimo, visto que tínhamos apenas poucos meses de formação e fizemos a base para a apresentação de Silvério e Zé da Velha. Este ano, já tivemos pelo menos duas apresentações de destaque: uma no início do ano, no 38º Encontro Cultural de Laranjeiras e outra, no mês de junho, quando tocamos com a Orquestra Sinfônica de Sergipe, clássicos de Pixinguinha, Jacob do Bandolim e Chiquinha Gonzaga, com arranjos idealizados por mim. Esperamos que este show, no final do próximo mês, seja um marco na nossa carreira”, conta Ricardo Vieira.

Formado por Ricardo Vieira (violão de 7 cordas), Maiume Vieira (voz), Everson Vieira (violão), Fernando Freitas (bandolim), Felipe Freitas (clarinete) e Felipe Lima (pandeiro), o Brasileiríssimo apresentará um repertório próprio, com destaque para as composições “Maxichorando” e “Cabeça de Bacalhau”, (esta última, finalíssima da categoria instrumental, do Festival Nacional de Música da Arpub, cujo resultado será conhecido no dia 28/09), além de clássicos do cancioneiro brasileiro. 

“A expectativa é de que, na noite do evento, apresentemos também uma composição em homenagem ao Zé da Velha, em fase de finalização”, explica o músico e compositor, Ricardo Vieira.

Já Silvério Pontes e Zé da Velha, que trazem a Aracaju, a turnê “Ouro e Prata”, apresentarão clássicos que marcaram a carreira da dupla, nesses 25 anos de atividade, como “Casa Nova” (Pedroca), “Nó na Língua” (Silvério Pontes/Chico Nacarati), “Sobe e Desce” (Waldir Azevedo), “Esquerdinha na Gafieira” (Altamiro Carrilho), além das inéditas “Alinhavando” (Silvério Pontes/ Chico Nacarati), “Camisa Nova” (Luiz Otávio) e “Bossa No. 1” (Zé Menezes).

Para quem desconhece, o septuagenário, José Alberto Rodrigues Matos ( Zé da Velha), é aracajuano. Ainda garoto, foi influenciado musicalmente pelo pai, alfaiate profissional, mas flautista e saxofonista amador. Já morando no Rio, aos 15 anos começou a tocar trombone, primeiro de pistão, mais tarde de vara. 
Depois, enveredou-se pelo universo da gafieira, acompanhando sambistas e chorões do conjunto Velha Guarda, formado por Pixinguinha, Donga e João da Bahiana, entre outros. O apelido Zé da Velha Guarda surgiu nessa época e não demorou para virar nome artístico simplificado. Paralela à atividade de instrumentista, trabalhou como telegrafista. “Só Pixinguinha” (2006), “Samba Instrumental” (2003) e “Ele e Eu” (2000), “Tudo Dança” (1998), “Só Gafieira” (1995) fazem parte de sua discografia.

O trompetista fluminense Silvério Pontes é filho de trompetista e, logo cedo, tomou gosto pelo instrumento de sopro. Teve sua formação em banda de música no interior do Estado do Rio de Janeiro, e aos 17 anos, começou a tocar nos bares niteroienses. Integrou o naipe de metais das bandas de Luiz Melodia, Ed Motta, Tim Maia, Elza Soares e Cidade Negra. No final da década de 1980, começou a tocar com Zé da Velha, tendo formado com ele, a “menor big band” do mundo.

Quem não quiser perder este show, apoiado pela Aperipê, Donnathilla Multimarcas, Via Mar Praia Hotel e Café da Gente, é bom garantir os ingressos. Eles estarão à venda, a partir do dia 02 de setembro, na bilheteria do Teatro Atheneu, no Café da Gente (Museu da Gente Sergipana) e na Donathilla Multimarcas (Galeria Ponto Chic- Jardins) ao preço de R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Mais informações através dos telefones (79) 8834-3344 e 9966-0000.

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

"Meu Coração de Pedra-Pomes"- o Livro




A literatura erótica parece ser a especialidade da jovem escritora Juliana Frank. No seu primeiro livro, "Quenga de Plástico", publicado pela 7 Letras, a personagem principal, ex-atriz pornô, Leysla Kedma, conta suas aventuras sexuais, sem pudor.

Agora, em "Meu Coração de Pedra-Pomes" (Companhia das Letras), é Lawanda (Wanda Escapulária) que não mede as palavras para contar como excita seu amante José Jr. ou mesmo, como prepara as macumbas, a fim de segurá-lo. Mas o erotismo que beira o pornográfico, não é exatamente, o mais explorado aqui, pela escritora. O interessante é como  a loucura de sua personagem, que trabalha como servente num hospital, vai se evidenciando a cada capítulo, aliado a um humor surreal. Juliana 

Juliana, que participou da coletânea "50 Versões de Amor e Prazer" (Geração Editorial) e prepara "Cabeça de Pimpinela" (7 Letras) parece ser um nome promissor na lista de autores brasileiros contemporâneos. Vale a pena ficar atento, às suas obras!!!

quarta-feira, 21 de agosto de 2013

Alfred Hitchcock: o Arquiteto da Ansiedade



Já estão abertas, na central de atendimento do SESC/centro, as inscrições para o curso  de cinema "Alfred Hitchcock: o Arquiteto da Ansiedade", que será ministrado pela jornalista que vos escreve. Ao todo, são apenas 20 vagas e os participantes receberão certificado do curso de 20 horas.

Os interessados podem se dirigir à central do SESC/centro (Rua Dom José Thomaz, 235), munidos de carteira de identidade e efetuar o pagamento da taxa de inscrição (R$ 20) para o curso, que será dado de 02 a 06 de setembro, das 18h, às 22h, na própria instituição.

"Alfred Hitchcock- o Arquiteto da Ansiedade" propõe uma revisão de sua carreira e seus filmes, destacando a fase inglesa (muda e sonora); a fase norte-americana; o desenvolvimento das técnicas de suspense; a parceria com o compositor Bernard Hermann; a exploração da fatalidade, humor e ironia nas tramas de suas películas, entre outros aspectos.

Ao longo da semana serão exibidos cinco filmes, a saber: "O Aviso" (1927); "A Dama Oculta" (1938); "A Sombra de uma Dúvida" (1943); "O Homem que Sabia Demais" (1956) e "Frenesi" (1972).

terça-feira, 20 de agosto de 2013

SESC promove a Mostra "Tati Por Inteiro" no Cine Vitória

Jacques Tati_http://bangalocult.blogspot.com
Tati na pele de Sr. Hulot


Em tempos, onde o multiplex da cidade despeja uma avalanche de comédias sem graça, por vezes, preconceituosas e de qualidade duvidosa, quando surge uma mostra como “Tati Por Inteiro” no Cine Vitória, há de se comemorar. E muito.

Promovida pelo Departamento Nacional do SESC em parceria com a Cultures France, a mostra, que começa nesta sexta-feira e prossegue até o dia 29 de agosto, oferecerá ao público, sessões gratuitas (algumas delas, com debate), de todos os filmes do cineasta, ator, roteirista e produtor francês, Jacques Tati. 

Para quem não conhece Jacques Tati, ele é uma espécie de Charles Chaplin francês, que apesar de possuir uma filmografia restrita- são apenas seis longas-metragens e um curta como realizador e cinco curtas como ator, ao longo de quatro décadas - deixou uma marca indelével na história do cinema, com a personificação de Monsieur Hulot.

Ao longo de uma semana, será possível conferir seis filmes de longa-metragem (“Carrossel da Esperança”-1949; “As Férias do Sr. Hulot”-1953; “Meu Tio”-1958; “Tempo de Diversão”-1967; “As Aventuras do Sr. Hulot no Trânsito Louco”-1971 e “Parada”- 1974), três curtas (“Cuida da Tua Esquerda”- 1936; “Escola de Carteiros”-1947; “Curso Noturno”-1967) e um documentário (“Tati: Seguindo os Passos do Sr. Hulot”- 1986), este último, dirigido por Sophie Tatischeff, filha de Tati.
Diariamente, acontecerão três sessões: às 14h (sexta e terça) ou às 14h30 (sábado, domingo, quarta e quinta); às 17h (sexta), às 16h30 (sábado, domingo e terça) ou às 16h (quarta e quinta); às 19h (sexta e quinta) ou às 18h30 (sábado, domingo, terça e quarta).

Na sessão de estreia, nesta sexta-feira, às 14h, será exibido o filme “Meu Tio” com debate mediado pela Profa. Msc. Márjorie Garrido discutindo “O Antigo e o moderno na linguagem visual de ‘Meu Tio’”.
Na terça-feira, às 14h, após a sessão de “As Aventuras do Sr. Hulot no Trânsito Louco”, o Prof. Dr. Armando Alexandre Castro irá debater sobre “O universo sonoro de Jacques Tati” e, após a sessão das 18h30, do filme “Parada”, haverá debate com o Dr. George Mascarenhas com o tema “Pela lente da ação: o corpo mímico de Jacques Tati”.

Na quarta-feira, após a sessão das 16h, do filme “As Férias do Sr. Hulot”, o Prof. Fernando Marinho falará sobre “Um olhar do design gráfico sobre ‘As Férias do Sr. Hulot” e, finalizando a série de debates, na quinta-feira, a Profa. Dra. Ana Ângela discutirá o tema Cinema e Cidade, após a sessão, às 16h, do filme “Tempo de Diversão”.

A programação completa da mostra “Tati Por Inteiro” pode ser conferida no link http://www.sesc-se.com.br/atividades/587-programacao-mostra-tati-por-inteiro
O cine Vitória localiza-se à Rua do Turista (antiga Rua 24 Horas).

Sobre Jacques Tati- Nascido Jacques Tatischeff, em 9 de outubro de 1907, na cidade de Pecq, Jacques Tati é considerado pela crítica especializada como um dos comediantes mais originais do cinema. Seu porte atlético (com 1,91 m tornou-se um dos principais atletas de rúgbi na França) contou a favor da construção do célebre personagem Monsieur Hulot, figura atrapalhada, que se apresentava com seu indefectível sobretudo, gravata borboleta e um guarda-chuva.

Antes, porém, de enveredar na direção cinematográfica, Tati escreveu roteiros e interpretou papéis nos curtas “Precisa-se de um Bruto” de Charles Barrois; “Domingo Alegre” de Jacques Berr; “Cuida da Tua Esquerda” de René Clément; “Com o Diabo no Corpo” e “Sylvie e o Fantasma”, ambos de Claude Autant-Lara.

Seu primeiro filme foi o curta-metragem “Escola de Carteiros” de 1947. Depois, Tati dirigiu “Carrossel da Esperança” de 1949. Esse filme conta as desventuras de um carteiro francês, François (interpretado por Tati), que ao assistir a um documentário sobre os correios dos Estados Unidos e os seus equipamentos ultramodernos, decide incorporar ao seu trabalho alguns conceitos de eficiência técnica, contando para isso com sua bicicleta.

Sem querer continuar a encarnar esse personagem, Tati cria o Sr. Hulot e, em 1953, lança “As Férias do Sr. Hulot” filme premiado com o Louis Delluc de Cinema Francês, sendo selecionado também em Cannes, Bruxelas, Berlim, Argélia, entre outros festivais, e indicado ao Oscar em 1955. Tati consumiu mais de um ano nas filmagens dessa produção que contou com poucos recursos e feita de forma artesanal.

“Meu Tio” lançado em 1958 contou com um financiamento mais confortável., devido à consagração do diretor. Filmado em cores em duas versões: francesa e norte-americana, o longa desenvolveu um olhar crítico sobre a evolução da sociedade, que estava apenas implícito nos filmes anteriores.

Depois do sucesso de “Meu Tio”, Jacques Tati faria apenas “Tempo de Diversão” de 1967, “As Aventuras de Sr. Hulot no Tráfego Louco” de 1971 e “Parada” de 1974 (esse último, uma produção em video-tape rodada para a televisão sueca).

Rodado no período de outubro de 1965 e outubro de 1967, “Tempo de Diversão” foi uma super produção que consumiu 1,5 bilhão de francos e levou o diretor à falência. No filme, um grupo de turistas americanos desembarca no aeroporto de Orly e, a partir daí, vão encontrar uma paris ultramoderna, de construções de ferros e vidro, que refletem a velha cidade. Ao mesmo tempo, vão descobrindo que a cidade em que se encontram é igual, nas suas linhas e formas, àquelas que deixaram ao partir. 

Com o fracasso comercial, Tati liquidou a produtora Specta Films, perdendo o direito sobre seus filmes. “As Aventuras do Sr. Hulot no Trânsito Louco” foi produzido por uma empresa da Holanda e é composto por uma série de observações do comportamento humano no trânsito. “Parada” seria seu último filme, gravado em apenas três dias, na Suécia, com três câmeras initerruptamente.

O filme mostra um espetáculo de variedades no qual o público desempenha um papel tão importante quanto os atores. Nele, Tati volta às origens  de sua carreira, ao colocar o circo e os espetáculos de vaudeville como destaque e, ao interpretar pela última vez, as mímicas que o tornaram célebres.

Em 1977, Tati recebeu o César francês pelo conjunto de sua obra. Na ocasião, ele falou em defesa dos jovens diretores e da produção de curtas-metragens. Em 1982, Tati representou a França em uma homenagem prestada pelo Festival de Cannes aos dez maiores produtores do mundo. Em novembro daquele ano, morreu de pneumonia, deixando inacabados os projetos de "Confusion".


domingo, 18 de agosto de 2013

Poesia Visual



O Quadro_filme_http://bangalocult.blogspot.com
Ramo, Lola, Magenta e Plume encantam-se com Veneza


Raramente, vou assistir a filmes sem fazer uma pesquisa antes. Ontem, porém, decidi mergulhar  "às cegas" no universo de "35 Doses de Rum" de Claire Denis e "O Quadro" de Jean-Françoise Laguionie, ambos em cartaz no Cine Vitória.

Nessa postagem, vou me deter na animação de Laguionie, porque quando imagino, que demorará um bom tempo para ver algo superior a "O Menino da Floresta" de Jean-Christophe Dessaint e "Zarafa" de Rémi Bezaçon (ótimas produções francesas), eis que  me deparo com a surpreendente excelência de "O Quadro". 

O filme não é apenas uma viagem através das cores de Matisse, Cézanne, Gauguin, Bonnard e Picasso. Muito mais do que isso, "O Quadro" instiga-nos a refletir sobre a filosofia da criação, a importância da arte e seu lugar na contemporaneidade. 

A trama gira em torno de três personagens de uma tela inacabada- Ramo, Lola e Plume- que representam as classes dos Pafins (figuras parcialmente pintadas) e dos Reufs (figuras apenas esboçadas). Por conta do comportamento autoritário e segregador dos Toupins (figuras totalmente pintadas), liderados por Candelabro, o trio decide implementar uma busca ao pintor/criador, a fim dele complementar o quadro e, por tabela, eles "virarem" Toupins.

É justamente, quando "caem" no ateliê do artista, que Ramo, Lola, Plume e Magenta (uma figura de outro quadro que se agrega ao grupo) têm a noção de que o mundo pictórico onde vivem é uma gota no complexo universo do real. Encantados com outras situações e personagens retratados (inclusive, o próprio pintor) Ramo, Plume e Magenta preocupam-se com o resolução de seus conflitos e terminam levando litros de tinta para dentro de suas respectivas telas. Enquanto Lola, após uma experiência única, perambulando pelas vielas e canais de Veneza, não desiste de conhecer o seu criador. 

Todo o esforço da equipe técnica -que trabalhou sete anos para ver "O Quadro" finalizado- justifica-se pela sequência no ateliê do pintor e pela cena final, onde mistura-se a animação bidimensional com a 3D de forma harmoniosa. O resultado é de "cair o queixo"...

Mas o grande trunfo de "O Quadro" não se restringe ao visual rebuscado, mas, acima de tudo, às questões focadas em aspectos como intolerância, preconceito, valorização do Belo e às relações antagônicas: Criador x Criatura e Representação x Realidade.

O filme pode ser conferido no Cine Vitória (Rua do Turista) hoje, às 15h; terça (20/08), às 17h; quarta (21/08), às 19h e quinta-feira (22/08), às 15h. O ingresso de terça a quinta custa R$ 8 (inteira) e R$ 4 (meia) e de sexta a domingo, R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia). 

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Inscrições abertas para o Prêmio Carmen Santos de Cinema

Pessoas físicas e jurídicas poderão inscrever, até 2 de setembro, propostas para o Prêmio Carmen Santos Cinema de Mulheres 2013 – Apoio à Curta e Média-Metragem. Serão admitidos os gêneros ficção, documentário e animação. A temática deve abordar a construção da igualdade entre mulheres e homens, os direitos das mulheres e de sua cidadania.

Organizada pela Secretaria de Políticas para as Mulheres da Presidência da República (SPM-PR) e pelo Ministério da Cultura, por meio da Secretaria de Audiovisual, a seleção presta homenagem à Carmen Santos – atriz, produtora, diretora e empreendedora cultural – pela contribuição à cinegrafia brasileira, dos anos 1920 ao final de 1940.

O concurso destinará até R$ 45 mil para cada proposta de curta e R$ 90 mil para médias-metragens. Os conteúdos devem considerar a diversidade nos meios urbano e rural (campo e floresta), indígenas, negras e povos tradicionais. Na seleção final, estarão dez obras audiovisuais de até cinco minutos (curtas) e seis filmes de 26 minutos (médias).

Essa ação afirmativa à produção cultural feita por mulheres marca o investimento do governo federal no fomento às artes. Incorpora-se aos resultados do Plano Nacional de Políticas para as Mulheres 2013-2015 e atende demanda da sociedade civil de incentivo e valorização da produção artística e cultural feminina.

Envio de propostas: www.cultura.gov.br/secretaria-do-audiovisual-sav/

CineSesc recebe 8a Mostra Mundo Árabe de Cinema

Foi aberta, ontem, à noite, no CineSesc, em São Paulo, a 8a Mostra Mundo Árabe de Cinema, patrocinada pela Câmara de Comércio Árabe Brasileira e sob a iniciativa do Instituto da Cultura Árabe (ICÁrabe). Ao todo, serão exibidos até o dia 1o de setembro, 20 títulos de países como Emirados Árabes Unidos, Palestina, Argélia, Líbano, Egito, Marrocos, Kuwait, Catar, Tunísia, Iraque, além de obras do Brasil, Argentina e Espanha. Entre eles, “Cinco Câmeras Quebradas” do diretor palestino Emad Burnat, que foi indicado ao Oscar 2013.

Este ano, a mostra está dividida em dois segmentos: “Mundo Árabe”, que traz filmes de grande repercussão nos últimos festivais, além de obras clássicas e inéditas no Brasil. A seção exibe também obras cedidas pela Casa Árabe da Espanha. O segundo segmento, “Diálogos Árabes Latinos”, exibe produções brasileiras e latino-americanas sobre a temática da imigração árabe na América Latina.

A mostra é resultado de parceria com o Cine Fértil, grupo que tem a proposta de exibir filmes árabes na Argentina e que também organiza o Festival Internacional de Filmes Árabes Latinos. Entre os filmes argentinos que serão exibidos no evento está "Beirute-Buenos Aires-Beirute" do diretor Hernán Belón. A produção conta a história de Grace, uma jovem portenha, de origem libanesa, que deixa a capital de seu país para ir a Beirute descobrir o que aconteceu com seu bisavô, Mohamed, que abandonou sua família na Argentina há 50 anos.

Outro título do país vizinho que integra a mostra é "1001 Noites Patagônicas" do diretor Javier López Actis, uma história de amor que acontece durante uma viagem de 800 quilômetros, indo de Bariloche à planície de Somuncurá. “Hoje, há filmes feitos por descendentes e por não descendentes. A valorização da cultura árabe não é uma prerrogativa dos descendentes, é algo da sociedade brasileira”, avaliou o diretor-geral da Câmara Árabe, Michel Alaby, ponderando sobre a produção de obras relativas à imigração árabe no Brasil.

Entre os filmes de países árabes, o destaque da mostra vai para “Cinco Câmeras Quebradas” do diretor palestino Emad Burnat. O documentário mostra a vida do próprio diretor da obra, que filmou violações israelenses, incursões policiais e protestos não violentos contra a ocupação de Israel na vila de Bilin, ao nordeste de Ramallah. O título do filme refere-se às cinco câmeras que foram destruídas pelos soldados israelenses enquanto Burnat filmava a luta do povo de Bilin.

De acordo com Geraldo de Campos, diretor cultural do ICÁrabe e um dos curadores do festival, a política e a questão da mulher são temáticas sempre presentes nas obras exibidas no evento. “A grande riqueza da mostra é apresentar a extrema complexidade dessa sociedade, a diversidade da cultura árabe. A realização do "Cinco Câmeras Quebradas" já mostra a dificuldade de se produzir cinema no mundo árabe”, explicou.

Para o curador da mostra, com o processo de revolução pelo qual passam alguns países árabes, o cinema voltou a ganhar um “papel muito importante” para aquelas populações. “São sociedades que estão tentando se reconstruir, se reinventar, e as artes têm sido essenciais nestas sociedades”, avalia.

O Rio de Janeiro recebe o evento de 4 a 16 de setembro.

quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Simplesmente..."Elena"

Elena_filme_http://bangalocult.blogspot.com
Petra Costa é diretora, roteirista e atriz em "Elena"


Alfred Hitchcock dizia que a elaboração visual e a montagem são a essência do cinema puro. Ao assistir “Elena” de Petra Costa tem-se a impressão, que a diretora alcançou esse cinema pleno, na primeira tentativa de se fazer um longa-metragem (premiado com quatro prêmios no Festival de Brasília de 2012).

Petra tinha 7 anos quando Elena se foi, abruptamente. Dez anos depois, quando fazia um workshop com o Teatro da Vertigem, Petra foi incumbida de escrever algo sobre sua vida, como dever de casa.  Ao procurar seus diários, encontrou um de Elena e, a partir de então, descobriu o quanto sabia pouco sobre a irmã. Precisava conhecê-la melhor e também se conhecer melhor.

Motivou-se em revirar o baú de memórias (seu e de Elena) e partiu para Nova York, última residência da irmã, a fim de encontrá-la nas esquinas, na fala dos antigos amigos, na casa onde dividiram alguns meses de estadia. O resultado pode-se conferir na tela de cinema, após a sessão desse impactante documentário.
A diretora trata de um tema tabu com uma delicadeza e lirismo impressionante. A partir de um riquíssimo arquivo familiar, incluindo vídeos, áudios e diários, ela vai alinhavando a sua história com a da irmã e da mãe. É Petra que nos conduz, em voz off , a uma odisseia de perda, sofrimento e superação e também de autoconhecimento.

Petra identifica-se muito com Elena. Sua afinidade com as artes cênicas desde a infância, o desejo de fazer cinema e os dramas existenciais que vivenciou na juventude são alguns dos pontos em comum com a irmã. Sem contar a semelhança física, que fala a favor, da realizadora, quando interpreta, no filme, o papel duplo: dela mesma e de Elena. 

Mas ao contrário desta última, Petra não se deixou envolver, exclusivamente, pela arte, trilhando a carreira de antropóloga e tornando-se uma pessoa mais forte, menos vulnerável, como a irmã. Ainda que tenha dito a certa altura do filme, “enceno a nossa morte para encontrar ar”.

Muito mais que um filme-homenagem, “Elena” transcende a obra pessoal, ao tratar de um tema universal. Esse é um de seus trunfos, fazendo com que o espectador desenvolva um certo fascínio por uma personagem que deixou saudade. Outro ponto a se destacar é o tratamento das imagens, sejam elas ficcionais ou documentais. 

Os diretores de fotografia- Janice D’Avila, Will Etchebehere e Miguel Vassya- fizeram um trabalho invejável na cena do balé na água. No início do filme, de forma fragmentada, abstrata, ao som de “Turn to Water” de Maggie Clifford, a sequência aquática parece um tanto deslocada.

À medida que a história de Elena/Petra vai sendo revelada, faz todo sentido o seu mergulho e o da mãe, nas águas plácidas no rio da Barra do Una, no município de São Sebastião (SP), como a Ofélia afogada de Shakespeare. É preciso morrer, para renascer. Ainda que, simbolicamente.


terça-feira, 13 de agosto de 2013

Ponto de Partida apresenta "PAR-um musical apaixonante!"

Espetáculo PAR_Ponto de Partida_foto Guto Muniz_http://bangalocult.blogspot.com
Ponto de Partida encenará "PAR" no Teatro Atheneu


O grupo mineiro Ponto de Partida, que no ano passado trouxe a Aracaju, o elogiado espetáculo “Travessia”, agora retorna à capital sergipana, com “PAR—um musical apaixonante!”, que será apresentado amanhã e quinta-feira, às 20h, no Teatro Atheneu.

Com patrocínio da Vivo, através do programa Vivo EnCena, o Grupo Ponto de Partida montou um visual arrebatador para PAR, que dá continuidade à pesquisa de uma linguagem e uma estética para o musical brasileiro, em que o ator é o centro do espetáculo. Ele canta, dança, interpreta e constrói com sua ação, o espaço cênico através de canções de Dorival Caymmi, Chico Buarque, Caetano Veloso, Tom Jobim, Rita Lee, entre outros.

Aracaju será a terceira cidade brasileira a receber o musical, que mais do que em qualquer outro do grupo, tem a música como soberana - toda a história é contada por ela. A música se divide entre o trio formado por Gilvan de Oliveira (violão), Cléber Alves (sax) e Serginho Silva (percussão), os atores e adereços que, de vez em quando, transformam-se em instrumentos percussivos.

Explorando temas como a paixão, o ciúme, a dor e a celebração do amor, “PAR-um musical apaixonante!” conta com direção musical e arranjos do exímio violonista mineiro Gilvan de Oliveira, que com a delicadeza e competência de sempre, soube montar um repertório ideal para provocar grandes emoções no público.

Além disso, o figurino, o desenho cênico, a luz são instrumentos fundamentais na construção desse resultado. Em “PAR”, a pesquisa de luz feita por Jorginho de Carvalho e o Grupo avança e a iluminação tem um resultado mágico que, com certeza, encantará a plateia. Como a proposta era fazer um espetáculo dançante, o Ponto de Partida trouxe da Alemanha para incorporar-se à sua equipe técnica, o bailarino e coreógrafo Wagner Moreira, que assina a preparação corporal e coreografias de “PAR”, um espetáculo que, galantemente, convida o público para dançar.

Dirigido por Regina Bertola, o Ponto de Partida, ao longo de seus 32 anos de atividades estabeleceu-se como uma referência na investigação teatral. Pesquisa e desenvolve uma linguagem única para musicais brasileiros e constrói uma dramaturgia inédita a partir da obra de autores como Guimarães Rosa, Carlos Drummond de Andrade, Jorge Amado, Manoel de Barros, Adélia Prado, Bartolomeu Campos de Queirós e compositores como Milton Nascimento e Chico Buarque. 

O grupo formou-se tecnicamente com os principais nomes do país - Fernanda Montenegro, Sérgio Britto, Cacá Carvalho, Jorginho de Carvalho, Babaya, Gilvan de Oliveira, para citar alguns. E é também o responsável pela criação e coordenação dos projetos Coro Meninos de Araçuaí, Bituca: Universidade de Música Popular e Corredor Cultural Ponto de Partida.

Na turnê que percorre o país, além das apresentações de “PAR-um musical apaixonante!”, acontece o projeto “Encontros Vivo em Cena” que pretende envolver estudantes e grupos de teatro da cidade- profissionais e amadores- para troca de experiência sobre gestão e produção teatral atualidade, formação de público, novas perspectivas e alternativas criativas, a partir das práticas de gestão do Grupo Ponto de Partida.   O encontro acontece hoje, às 19h, na sala de dança do Teatro Tobias Barreto.

Os ingressos para o espetáculo “PAR- um musical apaixonante!” que será apresentado amanhã e quinta-feira, às 20h, no Teatro Atheneu já estão à venda na bilheteria do teatro ao preço de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia). Têm direito à meia entrada, clientes Vivo, estudantes, professores e maiores de 60 anos. Clientes Vivo tem 50% de desconto para comprar até 02 ingressos. Devem apresentar cartão ou fatura recente paga ou voucher Programa Vivo Valoriza. Para todos ainda é necessário apresentar documento de identificação com foto. Desconto válido somente para o titular e não cumulativo com outras promoções e/ou descontos.

Crédito da foto: Guto Muniz

quinta-feira, 8 de agosto de 2013

Tragédia Grega e Mito Afro unem-se em “Saluba.Medeia”

Salubá.Medeia_foto Victor Balde_http://bangalocult.blogspot.com
Diane Veloso interpreta Medeia na nova peça do Caixa Cênica


O Grupo Caixa Cênica não para. Depois da montagem, em maio, de “O Natimorto- um musical silencioso”, baseado no romance de Lourenço Mutarelli, agora a trupe prepara-se para a estreia de “Saluba.Medeia”, amanhã, às 20h, no Teatro Lourival Baptista. 

Dirigida por Celso Jr. (que também interpreta Jasão), o espetáculo é baseado na tragédia grega- “Medeia”- escrita por Eurípides, que traz como tema central, as deformações da ideia do amor desmedido de uma mulher, cujas ações funestas, provocam a morte de seus próprios filhos, como meio de atingir o ex-marido que a abandonou em troca de um casamento mais promissor. 

No sistema mitológico da Antiguidade, Medeia é a mulher bárbara que, para ultrajar o marido infiel, Jasão, afronta as leis humanas e divinas, matando os próprios filhos. Nessa montagem, quem interpreta a personagem título é Diane Veloso. Completam o elenco, a produtora da peça e atriz Lelia Magalhães que vive três personagens: Ama, Pedagoga, Corifeu e o cenógrafo e ator Denver Paraizo que vive Creonte.

Engana-se, quem pensa assistir a uma peça nos moldes do teatro clássico. A intenção desta versão do texto de “Medeia” é buscar elementos contemporâneos que facilitem o acesso e compreensão de todos os elementos da trama para o público atual, sem prejuízo para a lírica, presente no texto original de Eurípides. Para esta versão, o diretor utilizou como referências as traduções de Millôr Fernandes, Mário da Gama Cury e Flávio Ribeiro de Oliveira, assim como a versão romanceada voltada para adolescentes, escrita por Valérie Sigward.

A palavra “Saluba”, inserida no título do espetáculo, não é gratuita. A saudação em yorubá, utilizada para a chegada de Nanã (a mais velha das orixás femininas, rainha das águas profundas) nos cultos, é o elo de ligação que o diretor Celso Jr. estabeleceu com a mitologia do candomblé, e de uma certa forma, aproximá-la da realidade brasileira.

Na nova peça do Grupo Caixa Cênica, Medeia e Jasão deverão ser identificadas como os orixás Nanã e o jovem Oxalá, devido à relação de atrito e disputas coincidentes entre eles. Na mitologia afro-brasileira, Nanã foi desposada por Oxalá apenas por interesse deste, e esta relação gerou um filho deformado (Omulu) que Nanã teria jogado num rio, logo após o nascimento. O mito africano segue com a punição de Nanã, cujo segundo filho (Oxumarê) seria lindo, porém não ficaria jamais perto da mãe.

Desta maneira, Medeia estará vestida com as cores atribuídas a Nanã (lilás e roxo) e o Jasão com as cores atribuídas ao jovem Oxalá (branco e azul), além disso, algumas das características marcantes das personalidades dos orixás deverão ser utilizadas na composição das personagens gregas.

A peça ficará em cartaz no Teatro Lourival Baptista até 1º de setembro com apresentações às sextas-feiras e sábados, às 20h e no domingo, às 19h.  Sendo que na sexta, o espetáculo é gratuito para alunos de escolas públicas e estudantes do curso de Artes Cênicas da UFS  pagam R$ 5. Para o público em geral os ingressos custarão R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada). Mais informações pelo telefone 3179-1970.

Crédito da Foto: Victor Balde

Prêmio Clube de Autores de Literatura Contemporânea

Representando cerca de 10% do total de livros publicados no Brasil, o Clube de Autores, maior site de autopublicação e impressão sob demanda da América Latina, promove a 4a edição do Prêmio Clube de Autores de Literatura Contemporânea. Toda a base de autores do Clube poderá cadastrar sua obra para a primeira fase do prêmio através do site oficial da 4a edição. Ano passado foram inscritas aproximadamente 600 obras e o vencedor foi o livro “Os Ônibus, O Pêndulo, Uma Frase, Algumas Histórias e, Quiçá, o Diploma”, do sergipano, Rodrigo Bardo.

Nesta primeira etapa, as obras serão avaliadas pelos usuários do site que darão notas de 1 a 5 para os seguintes critérios: geração de desejo pela leitura (baseado no layout da capa) e conteúdo (baseado em uma sinopse que o autor disponibilizará). Só será válido um voto por e-mail cadastrado.

Na segunda fase, os 10 finalistas, que serão conhecidos no dia 04 de setembro, serão avaliados por um júri especializado. Na fase final não haverá categoria, as obras serão avaliadas por um trecho de, no máximo 50 páginas, estabelecidas pelo autor no ato da inscrição. O resultado final do prêmio será divulgado no dia 18 de setembro no Blog e Facebook do Clube de Autores. O vencedor ganhará um iPad 2.

Este ano um fator que veio a somar com o prêmio foi o lançamento da nova plataforma do Clube de Autores, Profissionais do Livro, uma ferramenta que tem como objetivo reunir profissionais de diversas áreas ligadas à produção editorial como diagramação, revisão, design de capa, tradução, entre outros. Na plataforma o autor irá encontrar profissionais de diversos segmentos como capistas e revisores. Desta forma, aqueles que tiverem interesse poderão contratar estes profissionais para a melhoria de suas obras e assim, submetê-las ao prêmio.

Sobre o Clube de Autores- O Clube de Autores (www.clubedeautores.com.br) é o primeiro site brasileiro que possibilita ao escritor publicar sua obra sem tiragem mínima – sob demanda – e sem nenhum custo. Fruto da união dos sócios Índio Brasileiro Guerra Neto, Ricardo Almeida e Anderson de Andrade, o site inovou no segmento de publicação de livros. Há quatro anos no mercado editorial, contabiliza 28 mil autores, um acervo de aproximadamente 30 mil títulos e já vendeu cerca de 348 mil exemplares.

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Inscrições abertas para o ANIMACINE

Os municípios de Caruaru, Gravatá e Bezerros, no agreste pernambucano, receberão de 03 a 07 de setembro, o ANIMACINE – Festival de Animação do Agreste, com exibições gratuitas de filmes de animação nas diversas técnicas do gênero. A programação contará com uma exposição permanente sobre
animação, oficinas e conversas animadas permearão todo o Festival sobre a produção, os incentivos ao setor, a economia criativa e as perspectivas da animação em Pernambuco.

Ponto relevante é atenção dada pela organização do Festival na formação/capacitação dos participantes através das oficinas inseridas na grande de programação, quais sejam: oficina de desenho animado com Lula
Gonzaga, Animação com Recortes com Marco Buccini de produção sonora para filmes de animação, com Alexandre Jardim (RJ) e Joaquim Eufrasino. Conheçam a ementa dos cursos e os facilitadores no site do Festival.

Esta é a primeira edição do Festival que tem o patrocínio da Fundarpe/Governo de Pernambuco e apoio das prefeituras de Gravatá e Caruaru. A exibição da mostra competitiva será no Museu Luiz Gonzaga em Caruaru, já as sessões itinerantes serão ao ar livre nas cidades de Gravatá e Bezerros.
Toda a programação está no blog do Festival: http://animacine-pe.blogspot.com.br/

As inscrições podem ser feitas até o dia 25 de agosto pelo blog do festival: http://animacine-pe.blogspot.com.br/ através do preenchimento da ficha de inscrição disponível na plataforma online. O responsável pelo processo de inscrição deve estar atento ao regulamento do festival, também
disponível no site.

"M" de Fritz Lang ganha sessão única no Cine Vitória

Peter Lorre encarna o assassino "M" de Fritz Lang


Cinéfilo que se preze, não deixará de assistir a “M- O Vampiro de Dusseldorf” de Fritz Lang na próxima quinta-feira, às 14h30, no Cine Vitória. É bem verdade que o horário da sessão é um tanto ingrato e bem que poderiam colocá-lo mais tarde, não ? Mas na falta de outra oportunidade, vale o sacrifício (de sair de casa, logo depois do almoço e “suar a camisa” para encontrar uma vaga para o carro), a fim de conferir, na telona, esse clássico do expressionismo alemão, produzido em 1931. 

Baseado livremente no caso do assassino em série Peter Kuerten, “M- o Vampiro de Dusseldorf” tem como protagonista o ator Peter Lorre que encarna, magistralmente, o infanticida, Hans Beckert, que coloca a população e a polícia de Dusseldorf no seu encalço. Utilizando-se de um requinte visual e sonoro impecáveis, Lang constrói o suspense do filme, à medida que o caçador (assassino) virará caça e de figura sinistra e perigosa, inicialmente, torna-se um personagem, aparentemente, ingênuo, amedrontado e demente.

Poderia citar uma dezena de cenas que vale a ida ao cinema para ver essa obra inovadora, mas detenho-me na cena em que uma garotinha bate a bola contra a uma pilastra, onde está estampado o cartaz de recompensa pelo assassino de crianças que está aterrorizando a cidade. Logo em seguida, aparece uma sombra de um homem que encobre parte desse cartaz. Ele inicia uma conversa com a criança e, paralelamente, vemos a mãe da menina, arrumando a mesa, à sua espera, em casa. 

O relógio na parede da sala dita os minutos que passam e a menina Elsie, não chega. Enquanto isso, o assassino compra um balão para a criança a um vendedor cego. A mãe apreensiva grita pelo nome da filha, que ecoa no vazio. Ninguém responde. Na cena seguinte, vê-se a bola da menina, jogada na grama e o balão enroscado em fios elétricos. O espectador imagina o que aconteceu sem precisar ver nada. Sublime também é a questão que o diretor levanta, no final da película, no que tange aos marginais da cidade julgarem Beckert e o acusarem de ter quebrado a ética do submundo do crime. Entregá-lo à polícia ou condená-lo à morte ?

A outra estreia dessa semana no Cine Vitória é o filme “Hoje” de Tata Amaral. A mais recente produção da cineasta paulista é uma adaptação do livro “Prova Contrária” de Fernando Bonassi. Vencedor de cinco Candangos no Festival de Brasília de 2011 (Melhor Filme, Atriz, Direção de Arte, Fotografia e Roteiro), o longa-metragem traz Denise Fraga na pele de Vera, ex-militante política que recebe indenização do governo brasileiro pelo desaparecimento do marido.

Com o dinheiro recebido pelo governo, Vera compra um apartamento, mas no dia da mudança, recebe uma visita inesperada, que fará com que reavalie a sua vida. O filme rodado em apenas três semanas, dentro de um apartamento, conta ainda no elenco com os atores César Troncoso, Cláudia Assunção e João Baldasserini.

Destaque para as interpretações de Denise Fraga (mostrando versatilidade num papel dramático) e do uruguaio César Trancoso (que parece ter descoberto, definitivamente, o sucesso em solo brasileiro).

O Cine Vitória reapresenta os dramas delicados “O Que eu Mais Desejo” de Hirokasu Koreeda e “O que Traz Boas Novas” de Philippe Falardeau e o documentário “Prá lá do Mundo” de Roberto Studart.
Ainda será possível, dentro do Projeto Memória em Rede, assistir aos curtas sergipanos, “Luzeiro” de Raphael Borges e “Deu Bode” de Fátima Góes, logo mais, às 14h30. O Cine da Rua do Turista também exibirá somente na quarta-feira, dentro da Mostra de Cinema Alemão, os filmes “Vanguarda da Animação- 1920-1930” e “Entre a Arte Estatal e o Underground”, respectivamente, às 15h e 16h30.

Confira os horários dos filmes:

"Hoje" de Tata Amaral-  Dias 03 e 06/08, às 19h; dias 04 e 08/08, às 17h.

"O Que eu Mais Desejo" de Hirokasu Koreeda- Dia 02/08, às 16h30; Dias 03 e 06/08 às 14h30; dia 04/08 às 19h.

"O que Traz Boas Novas" de Philippe Falardeau- Dias 02 e 08/08 às 19h; dia 03/08, às 15h; dia 06/08 às 17h.

"Prá Lá do Mundo" de Roberto Studart- Dia 03/08 às 17h e dia 07/08 às 19h.