terça-feira, 31 de dezembro de 2013

FELIZ 2014!!!!

Abaixo a intolerância religiosa!!!
Grande experiência sensorial 
Artista anônima...fotógrafa mais que descoberta 



Nem só de tequila vive o México

Queria poder criar essa girafa...

Alguém se dispõe a ajudar esse caçador ?

Na minha casa, esse garoto não entra

Quem há de te julgar ?

Mesmo nos cantos mais remotos do planeta há poesia 

Não há dia triste do lado dela

Menina-Moça-Mulher


Momento de Contemplação

A arte salva e liberta

Por trás de quatro grandes homens, há uma mulher 

Era uma vez na África...

Felicidade, sim

O mundo foi pequeno para ela
Ainda que me desprezes...

Para desopilar o fígado
Em 2014, cuide do seu lado espiritual , senão...

segunda-feira, 30 de dezembro de 2013

TOP 20 do ANO 2013

Pessoal, essa é a penúltima postagem de 2013. Espero que em 2014, eu tenha mais fôlego para escrever. Devido aos estudos do Mestrado (cursei duas matérias especiais este ano e começarei efetivamente o de Comunicação em 2014) estive um tanto ausente do blog, sem atualizá-lo com frequência e não sei se manterei o ritmo de antes.

Em todo caso, pretendo continuar escrevendo aqui, sobre cinema, artes visuais, música e o que for interessante e digno de nota. Nessa rápida passagem pelo Bangalô, decidi fazer uma listinha de 20 filmes nacionais e estrangeiros, que considero dignos de serem conhecidos. Não necessariamente coloquei-os em ordem de importância. Simplesmente, merecem ser (re) descobertos.

-"O Som ao Redor" de Kléber Mendonça Filho

-"A Caverna dos Sonhos Esquecidos" de Werner Herzog

- "Amor" de Michael Haneke

-"A Caça" de Thomas Vinterberg

-"César Deve Morrer" de Paolo e Vittorio Taviani

-"O Mestre" de Paul Thomas Anderson

-"Era Uma Vez na Anatólia" de Nuri Bilge Ceylan

-"Além das Montanhas" de Christian Mungiu

-"A Fotografia Oculta de Vivian Maier" de Charlie Siskel

-"Nossa Querida Freda- A secretária dos Beatles" de Ryan White

-"Frances Ha" de Noah Baumbach

-"Zarafa" de Rémi Bezançon 

- "Dentro da Casa" de François Ozon

-"Jovem e Bela" de François Ozon

-"Azul é a Cor Mais Forte" de Abdellatif Kechiche

-"Um Estranho no Lago" de Alain Guiraudie

-"Cine Holliúdy" de Halder Gomes

-"Tabu" de Miguel Gomes

-"A Jaula de Ouro" de Diego Quemada-Díez

-"Elena" de Petra Costa

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

Entre o Clássico e o Contemporâneo


Tabu_filme de Miguel Gomes_http://bangalocult.blogspot.com
O excelente "Tabu" entra em cartaz no Cine Cult do Riomar


Finalmente, a produção mais recente do jovem diretor português Miguel Gomes estreia nas telas sergipanas. Seu aclamado filme “Tabu” (vencedor do prêmio Alfred Bauer, voltado para trabalhos inovadores, e o prêmio Fipresci, concedido pela crítica, no festival de Berlim 2012) entra em cartaz no Cine Cult do Cinemark Riomar, a partir do dia 30 de janeiro,  para a alegria dos cinéfilos locais. 

O filme, realmente, é um dos melhores lançamentos do ano, muito por conta da ousadia estética e narrativa escolhida por Gomes, para contar a história de Aurora (interpretada pelas atrizes Laura Soveral e Ana Moreira, respectivamente). Dividido em duas partes bem distintas (Paraíso Perdido e Paraíso), mais um prólogo, o filme começa com a inusitada cena de um explorador numa selva africana, sendo a sua história narrada por uma voz off , de forte sotaque português, embalada por uma bela versão instrumental de “Insensatez”. 

 Com a imagem em preto e branco e o formato da tela em 1.37:1, o diretor já começa a preparar o espectador para a uma imersão sensorial e emocional, com aura de filme antigo. Essa história de amor e desilusão da abertura, aparentemente sem sentido, veremos depois, ter uma conexão com a vida de Aurora.
Em “Paraíso Perdido”, passado no tempo presente, vemos que a octogenária Aurora além de ser uma recorrente perdedora de jogos em cassinos, já apresenta sinais de demência. Mãe de uma única filha, que mora no exterior, tem na figura da solitária vizinha Pilar, sua protetora. Aurora anda às turras com a empregada Santa (Isabel Cardoso) e quando sofre um ataque e vai parar no hospital, expõe o desejo de rever Ventura, um personagem desconhecido, que tem muito a contar sobre seu passado e o de Aurora.

A partir das rememorações de Gian-Luca Ventura (Henrique Espírito Santo/Carloto Cotta), o diretor nos conduz a um flashback belíssimo, onde tomaremos conhecimento do que se passou há cinco décadas, no pé do Monte Tabu, numa ex-colônia portuguesa, localizada na África. Dá-se início à segunda parte do filme- “Paraíso”- narrada como um filme mudo por Ventura, de tom melodramático com contornos trágicos. Nitidamente, aqui, Miguel Gomes afasta-se do naturalismo, cada vez mais explorado no cinema.

 contemporâneo, e cria um elo com a forma narrativa da literatura do século XIX. No retorno ao passado, é inevitável a revisão histórica, o choque entre as civilizações, as consequências do imperialismo. Potencializando a atmosfera nostálgica, há a utilização de uma trilha sonora composta de hits dos anos 1950/1960.

É incrível como “Tabu” fala do passado sendo tão contemporâneo. Esse efeito magnificamente alcançado por Miguel Gomes, que deixa qualquer espectador desconcertado após a sessão, é a marca de sua originalidade. Um triunfo!!


sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

"O Homem das Multidões" marca presença no Festival de Berlim 2014

"O Homem das Multidões",  parceria do mineiro Cao Guimarães com o pernambucano Marcelo Gomes, fará sua estreia fora do Brasil na seção Panorama do Festival de Berlim 2014, que acontece de 06 a 16 de fevereiro. Os dois diretores já participaram dos principais festivais cinema, como Cannes, Veneza, Toronto, Locarno, San Sebastian, com outros títulos. Agora, é a vez de Berlim apresentar a mais recente produção da dupla.

O filme é uma coprodução entre Minas Gerais e Pernambuco e foi todo realizado em locações no centro de Belo Horizonte (MG). Resultado de quase sete anos de trabalho, "O Homem das Multidões" marca o oitavo longa-metragem assinado por Cao e o quarto título por Marcelo. Ambos foram premiados com o Redentor de Melhor Direção, na Première Brasil, do Festival do Rio 2013.

Produzido por Beto Magalhães, da Cinco em Ponto e João Júnior, da REC Produtores, o longa-metragem tem a Figa Films como agente internacional de vendas e será distribuído no Brasil pela Espaço Filmes, com previsão de estreia para maio.

"O Homem das Multidões" é livremente inspirado no conto "The Man of the Crowd" do escritor  Edgar Allan Poe e acompanha o cotidiano de Juvenal (Paulo André), solitário maquinista de metrô. Juvenal se mistura ao aglomerado de pessoas do centro de uma grande metrópole, em busca das companhias que ele não tem na sua vida particular.

Para narrar visualmente a história, o longa-metragem adota a razão de aspecto de 3 x 3. A proporção quadrada da imagem foi “inventada” pelos realizadores para transmitir, com imediata e constante regularidade durante o narrativa, os estados internos de Juvenal e Margô (Silvia Lourenço), no intuito de criar um tipo de “claustrofobia da imagem”, segundo os diretores.

A produção, distribuição e finalização tiveram orçamento total de R$ 1,8 milhão, viabilizado com patrocínio da Telemont, Cemig/Filme em Minas e Petrobras. O projeto foi selecionado pelo Programa Petrobras Cultural 2010/2011 e contou, no seu desenvolvimento, com recursos do Prêmio Adicional de Renda da Ancine. Teve ainda apoio da Berliner Kunstler Programmdes DAAD e do Open Doors do Festival de Locarno, na Suíça.