"Domingo" será o filme de abertura do 51o Fest Brasília |
"Bixa Travesty" novo doc de Claudia Priscilla e Kiko Goifman |
"Guaxuma" curta de animação de Nara Normande |
Falta menos de um mês,
para o início do mais antigo festival de cinema do país: o Festival de Brasília
do Cinema Brasileiro. Para essa 51a edição, que acontece de 14 a 23 de
setembro, sob a direção de Eduardo Valente, a diversidade em todas as suas
formas de expressão ocupa o centro do debate produtivo do cinema brasileiro e
este fator já se traduz em números registrados após a seleção de filmes para
esta edição.
Pela primeira vez, as
diretoras do gênero feminino e/ou identificadas por gêneros não-binários
figuram em número mais expressivo do que os diretores de gênero masculino. Dos
724 títulos inscritos para as mostras competitivas, paralelas, especiais, hours
concours, Mostra Brasília e exibições em outras atividades, 52,4% são de
diretoras, 9,5% se inscreveram sob a categoria não-binária (outros) e apenas
38,1% dos selecionados são de diretores.
Tais dados traduzem de
forma prática a estratégia de se ampliar o escopo de vozes e pensamentos do
nosso cinema. Eduardo Valente diz que “a curadoria apenas seguiu a sua missão
de encontrar os filmes que acredita mais potentes para o evento e que o fato de
termos mais filmes dirigidos por mulheres entre os selecionados representa tão
somente a força do talento das mesmas”.
Dos mais de 120 títulos
que serão exibidos durante 10 dias de programação, nove longas-metragens e 12 curtas-metragens
pleitearão o Troféu Candango nas Mostras Competitivas – Curtas e Longas. Entre
os longas, estão os documentários “Torre Das Donzelas” de Susanna Lira (RJ),
“Bixa Travesty” de Claudia Priscilla e Kiko Goifman (SP) e “Bloqueio” de
Quentin Delaroche e Victória Álvares (PE); e as ficções “Ilha” de Ary Rosa e
Glenda Nicácio (BA), “Los Silencios” de Beatriz Seigner (SP/Colômbia/França),
“Luna” de Cris Azzi (MG), “New Life S.A.” de André Carvalheira (DF); “A Sombra
do Pai” de Gabriela Amaral Almeida (SP) e “Temporada” de André Novais Oliveira
(MG).
Os curtas-metragens
participantes da Mostra Competitiva se dividem entre oito ficções, três
documentários e uma animação. Os documentários são “Liberdade” de Pedro Nishi e
Vinicius Silva (SP); “Sempre Verei Cores no Seu Cinza” de Anabela Roque (RJ) e
“Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados” de Aiano Bemfica, Camila
Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito (PE). As ficções selecionadas
são “Aulas que Matei” de Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia (DF); “Boca de Loba”
de Bárbara Cabeça (CE); "BR3" de Bruno Ribeiro (RJ); “Eu, Minha Mãe e
Wallace” dos Irmãos Carvalho (RJ); “Kairo” de Fabio Rodrigo (SP); “Mesmo com
Tanta Agonia” de Alice Andrade Drummond (SP); “Plano Controle” de Juliana
Antunes (MG) e “Reforma”, de Fábio Leal (PE). Única animação da Competitiva,
“Guaxuma” de Nara Normande (PE), também concorre ao Candango.
O longa-metragem
responsável pela abertura do Festival é “Domingo” ficção de Clara Linhart e
Fellipe Barbosa (RJ). Em caráter hour-concours, o filme fará sua estreia
brasileira no Festival de Brasília. Já no encerramento, antes do anúncio dos
premiados com o Troféu Candango, será exibido o documentário “América Armada”
de Alice Lanari e Pedro Asbeg (RJ).
Além da Mostra
Competitiva e da Mostra Brasília, realizada pela Câmara Legislativa do Distrito
Federal para premiar a excelente produção do cinema local, o Festival de
Brasília conta com mostras paralelas- A Arte da Vida; Onde Estamos e Para Onde
Vamos ? e Festival dos Festivais- que conferem grande variedade de títulos do
novo cinema nacional. O festival também apresenta duas Mostras Especiais de tom
competitivo em sua programação: Futuro Brasil e Caleidoscópio.
Homenagens
Serão homenageados com
a medalha Paulo Emílio Salles Gomes- distinção criada em 2016, como forma de
reverenciar os grandes nomes do cinema brasileiro na programação do
festival- o crítico e professor de
cinema Ismail Xavier e um dos idealizadores do Festival de Brasília e pioneiro
da cidade, o arquivista Walter Mello.
As figuras femininas
que marcaram o cinema brasileiro também serão celebradas. O Festival de
Brasília criou, esse ano, o Prêmio Leila Diniz que será entregue à atriz,
dramaturga, professora e coordenadora de cursos de cinema Íttala Nandi e à
montadora Cristina Amaral.
A programação detalhada
pode ser conferida no site: http://www.festivaldebrasilia.com.br/
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