quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

Depois do prejuízo, a bonanza...

É pessoal, fiquei longe do bangalocult por quase dez dias, mas estou de volta. Sã e salva depois de terem arrombado o meu carro em pleno "Carnaval de Todos" e terem me dado um prejuízo terrível.
"Vão se os anéis, ficam-se os dedos...", graças a Deus estou com eles intactos e escrevendo esta postagem para vocês. Mas a sensação de impotência é cada vez maior. A gente sai para se divertir ou trabalhar (como foi o meu caso) e volta para casa (depois de prestar queixa na delegacia) sem saber o que fazer, a quem recorrer de fato (fazemos o B.O. mas o que isso resolve?).
Fiquei me questionando: a Prefeitura Municipal de Aracaju resgata o Carnaval de Rua, as comunidades aderem botando seus blocos para desfilar, mas alguém vê policiamento suficiente dando cobertura à festa?
A polícia se fez presente na festa do Rasgadinho (foi lá que tive o preju) e até Pelotão de Choque desfilou junto com o bloco. Porém, não se viam policiais em dupla ou trio, nas esquinas do bairro Cirurgia e adjacências. Para um bloco que disse ter reunido mais de 30 mil pessoas, 30 'gatos pingados' é covardia. A população aderiu à folia, mas não teve o respaldo do poder público para brincar com segurança.
Vários carros foram arrombados e alguns furtados. Nem a polícia vê nada e nem os moradores, que mesmo nas portas de suas casas 'fazem vista grossa' para a delinquência.
Quando fui cobrir o Afro Quilombo, no final de tarde da terça-feira de carnaval, um funcionário público me disse que o bloco estava demorando para sair, porque o policiamento tinha sido solicitado, mas não havia aparecido. Depois de mais de uma hora de atraso, a galera dançou ao som dos atabaques e escoltada por um carro da Guarda Municipal com dois guardas apenas.
Não segui o bloco por muito tempo, até porque não me senti segura. Mas espero que nenhuma vítima de assalto ou furto tenha engordado as estatísticas desta festa momesca.
A esperança é que no ano que vem, o Carnaval dos policiais seja mais polpudo e nós, meros foliões, cidadãos de bem, brinquemos a valer sem a tristeza de voltar para casa 'tontos' de decepção, frustração e impotência.

Texto: Suyene Correia

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

Para Quem Pegar um Cineminha no Carnaval...

"Samba no Pé, Ingresso na Mão”. Esta é o nome da promoção que o Cinemark fará durante os quatro dias de folia momesca. De 20 a 24 de fevereiro, os ingressos custarão R$ 4 nas sessões iniciadas até às 17h no Shopping Jardins.
Tomara, que neste final de semana, quando acontece a entrega do Oscar aos melhores de 2008, a gente já possa contar com outros títulos em cartaz, a exemplo de "Dúvida", "Milk", "Frost/Nixon" e "Quem Quer Ser Um Milionário ?".
Oxalá!!!!

Ah, e antes que eu conclua esta postagem, minhas apostas vão para Heath Ledger (Ator Coadjuvante), Meryl Streep (Atriz), Mickey Rourke (Ator), Quem quer ser um Milionário? (Filme), Viola Davis (Atriz Coadjuvante), Stephen Daldry (Direção) e Wall-E (Animação).

Texto: Suyene Correia

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

"O Leitor" merece ser visto e lido


Quem ainda não assistiu ao filme "O Leitor", em cartaz no Cinemark, vale a pena sair de casa, enfrentar a dificuldade de estacionar o carro no Shopping e a fila da pipoca. O filme, que agora só fica com duas sessões noturnas diárias, está sendo muito elogiado pela crítica e público. E com razão!!!
Mérito de Stephen Daldry, que depois de despontar com "Billy Elliot" (2000) e "As Horas" (2002), chega à sua terceira indicação ao Oscar de Melhor Diretor. Daldry sabe como ninguém dirigir jovens atores- como Jamie Bell em "Billy Elliot" e Claire Danes em "As Horas"- e agora, o alemão David Kross, na pele de Michael Berg.
Mas também, devido à grande experiência com o teatro, sabe extrair dos atores mais tarimbados -Julie Walters e Gary Lewis em "Billy Elliot"; Meryl Streep, Nicole Kidman e Ed Harris em "As Horas" e agora, Kate Winslet, Ralph Fiennes e Lena Olin no seu mais recente trabalho- interpretações acima do padrão 'ótimo', levando quase sempre um ou outro a concorrer ao prêmio máximo de interpretação no Oscar.
Em "O Leitor"- baseado no romance de Bernhard Schlink, que pode ser encontardo na Livraria Escariz, ao preço de R$ 30- acompanhamos o envolvimento da solitária Hanna (Kate Winslet) com o adolescente Michael Berg (David Kross). O romance dura apenas um verão, mas tempo suficiente para marcar suas vidas para sempre. Ela o abandona, sem dar nenhuma explicação.
Anos mais tarde, os dois irão se encontrar em situações adversas: ele é um estudante de direito que vai a um julgamento e se depara com Hanna, como ré. Ela, que poderia abrandar sua pena, se revelasse um segredo, não o faz. Michael acha estranho seu comportamento, embora, não faça nada para tirar sua ex-amante de situação mais complicada.
Décadas depois, ele termina tomando uma atitude singular, que se não espanta sua culpa na omissão, tenta amenizá-la. Um filme para ser visto e revisto. De preferência, lendo o livro logo após.

Foto: divulgação

Texto: Suyene Correia

Produções do Sudeste Lideram a Lista de Inscritos no Curta-SE 9

Faltando pouco menos de um mês, para que as inscrições da 9ª edição do Festival Ibero-Americano de Cinema de Sergipe (Curta-SE 9) se encerrem, a Casa Curta-SE computou, até agora, a parcial de 125 filmes inscritos.
Destes, 34 fazem parte da categoria curtas 35mm; 71 são curtas no formato vídeo; 11 são vídeos de bolso e nove são filmes de longa-metragem. Dos curtas-metragens em 35mm, o Estado de São Paulo lidera, com 15 inscritos, seguido de Rio de Janeiro (09) e Rio Grande do Sul (03).
Já na categoria vídeo, os curtas-metragens cariocas lideram com 16 filmes, enquanto os paulistas vêm em segundo lugar (15), seguidos dos mineiros (14). No segmento, vídeo de bolso, no momento, os Estados que têm mais inscritos são, respectivamente, São Paulo (05), Pernambuco e Rio de Janeiro, com dois filmes cada.
Dos nove filmes no formato longa-metragem três são provenientes do Rio de Janeiro, dois do Ceará, dois filmes do Paraná, um de Pernambuco e um de Minas Gerais. No momento, apenas dois filmes sergipanos no formato vídeo foram inscritos.
As inscrições para o 9º Festival Ibero-Americano de Cinema de Sergipe acontecem até o dia 07 de março do corrente ano. A ficha de inscrição e o regulamento para participar do festival estão disponíveis no site www.curtase.org.br Mais informações sobre o evento que acontece de 04 a 09 de maio pelos telefones/fax (+55 79) 3302-7092 ou (+55 79) 3041-8563.

domingo, 8 de fevereiro de 2009

Circo Atari: Exemplo de Resistência












Fui há uma semana conhecer o Circo Atari, até então, montado no trevo que dá acesso à Praia do Abaís (SE). Lá chegando, deparei-me com uma estrutura acanhada, sabe Deus como aquilo tudo ainda funcionava, tamanho era o desgaste da lona e de outros acessórios que compunham seu esqueleto.

Mas há de se frisar, que o circo em si, não põe em risco a vida do público pagante. Talvez, os integrantes da Família Gomes que se apresentamm no picadeiro, é que corram algum perigo. Quando se penduram ou se equilibram nas alturas, não há nenhum tipo de rede de proteção que possa aliviar a queda. Parecem não se importar. Já estão acostumados, uma vez que nasceram num circo e de lá, parecem só querer sair, quando morrerem.

O patriarca José Avanilson Gomes- o palhaço Gazeta- juntamente com a esposa Helenice, conheceram-se numa grande companhia circense, há tempos atrás. Depois de um bom tempo viajando pelo mundo afora, como funcionário, Avanilson decidiu ter seu próprio negócio e comprou o Circo Atari.
Há 12 anos toca o negócio juntamente com a esposa, os filhos Luciano e Amanda, e a nora Beth Gomes, realizando, diariamente, um espetáculo noturno de quase duas horas de duração. Números de clown, equilíbrio, malabares, trapézio e dublagem podem ser conferidos pelo público ao preço de R$ 2 (adulto) e R$ 1 (criança). Nesse dia que assisti, não teve o atirador de facas, mas um amigo meu que foi ao circo duas semana antes, garantiu que o número foi realizado, regado a muito suspense.
Pena eu não ter visto esse número. Mas o que pude notar, apesar de muita coisa ali estar precisando de uma recauchutagem, é que a Família Gomes é uma batalhadora. Como tantas outras famílias circenses, que em pleno século XXI e sem muita estrutura, conseguem atrair curiosos para conhecer a magia que acontece num picadeiro.
Quem quiser se divertir, o Circo Atari estará armado, este mês, na Praia da Caueira. E viva a tradição circense!!!!!

Foto 1: Luciano Gomes que também personifica o palhaço Sonrisal, aqui se equilibra no arame
Foto 2: Sua esposa, Beth, além de realizar show de mímica, deixa o público de olhos atentos quando se pendura no trapézio
Foto 3: José Avanilson na pele do palhaço Gazeta
Foto 4: O quarteto que que se reveza no picadeiro ao final do espetáculo
Foto 5: Amanda Gomes faz performance na Lira Americana
Texto e Fotos: Suyene Correia










quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Lirinha no Teatro do Oi Futuro

Fiquei surpresa ao receber um e-mail do Oi Futuro, com a divulgação do espetáculo Mercadorias e Futuro que fica em cartaz durante este mês, na sede da instituição no Rio de Janeiro. A surpresa foi por conta de saber que o responsável pelo texto, direção e interpretação é nada mais, nada menos do que José Paes de Lira, mais conhecido como Lirinha, vocalista do Cordel do Fogo Encantado.
Não que ele tenha deixado a música de lado, mas depois que começou o relacionamento com a atriz Leandra Leal, que assina a produção do espetáculo, juntamente com Helena Sroulevich, sua verve teatral parece ter sido reacesa.
Mercadorias e Futuro mais do que teatro, é uma performance que une texto, som, luz e improviso, falando sobre arte e negócio, como trabalhar e ganhar dinheiro. A peça narra a história de Lirovsky, um vendedor delivros, que inventou uma máquina-carrinho que o ajuda a desenvolver seu ofício. A princípio não parece uma estória original, resta saber como o texto é desenvolvido em cena.
Triste é saber que o espetáculo já passou por oito capitais brasileiras e mesmo Aracaju tendo recebido tão bem o Cordel do Fogo Encantado por diversas vezes no Forró Caju, nem de longe se ouviu falar na possibilidade da peça aportar por aqui. É o Estado ficando de fora mais uma vez do roteiro cultural brasileiro... Lastimável!
Texto: Suyene Correia