quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

"Sansão Também Faz 50 Anos" ocupa o MAL

Cartaz da Mostra "Sansão Também Faz 50 Anos"
 
Mônica, de Mauricio de Sousa, estreou em 1963, já agarrada ao seu coelhinho. Sansão, nome escolhido por leitores em um concurso realizado na revista da personagem, em 1983, não vive sem a dentuça, assim como ela não vive sem ele. Por isso, como parte das comemorações do cinquentenário da Mônica, acontecerá no Salão de Atos, do Memorial da América Latina, em São Paulo, a exposição "Sansão Também faz 50 anos".
 
A mostra foi inaugurada na última terça e ficará aberta ao público até 21 de abril. São mais de 70 desenhistas de todo o Brasil que enviaram sua versão do Sansão e que vão alegrar filhos, pais e avós que também viveram essa história. "Faltavam personagens femininas em minha turminha. Cebolinha, Franjinha, Titi e os outros eram baseados em amigos de minha infância. Aí, vi a Mônica brincando com seu coelhinho, a Magali comendo melancia e a Mariângela quietinha e meiga, que depois virou a Maria Cebolinha. Portanto, já criei a Mônica com seu coelho, que era amarelo e não azul como nos quadrinhos. Depois, ele nunca mais a abandonou", explica Mauricio de Sousa.

A curadoria da mostra é do cartunista JAL, que vem organizando exposições temáticas com cartunistas brasileiros, chamadas de "flash expos" e que têm repercutido, inclusive, internacionalmente.

O Memorial da América Latina funciona de terça a domingo, das 9 às 18h e localiza-se à  Avenida Auro Soares de Moura Andrade, 664 - Barra Funda - São Paulo.

Oficinas de Danças Populares em Recife

 
Viviane Souto dará curso no "Trocadilho" (Foto: Tatiana Valença)
 
 
Já estão abertas as inscrições para as duas oficinas gratuitas programadas para o “Trocadilho: I Encontro Prático e Teórico de Pesquisa em Danças Populares”, que acontecerá de 19 a 23 de março, no Centro Cultural Correios e sede do Coletivo Lugar Comum, ambos no Bairro do Recife, na capital pernambucana. Com incentivo do Funcultura e proposto pela atriz-dançarina e pesquisadora Viviane Souto Maior, o evento propõe o intercâmbio entre artistas-pesquisadores das áreas de Dança, Teatro e Culturas Populares que têm nas danças tradicionais de Pernambuco a base do seu trabalho pessoal, técnico e cênico, assim como a divulgação de suas pesquisas para a classe artística pernambucana.
 
As atividades que compõem o projeto têm como foco a pesquisa sobre a incorporação de elementos das danças populares à prática de formação de dançarinos e atores profissionais, tendo como resultado um conjunto de exercícios e metodologia de treino baseados no frevo e no cavalo marinho, assim como a colaboração dessas danças para o processo de criação cênica.

Duas oficinas gratuitas serão oferecidas concomitantemente para maiores de 14 anos, especialmente atores, dançarinos, performers e interessados em dança com disposição para o trabalho corporal:
 
Teatro e Dança: Uma Brincadeira, com Viviane Souto Maior
 
De 19 a 23 de março, das 9 às 12h, na sede do Coletivo Lugar Comum (Rua Madre de Deus, 170, sala 202, Bairro do Recife). A oficina dialoga com diferentes linguagens: teatro, dança e cultura popular, apresentando os diversos desdobramentos possíveis da dança do frevo e do cavalo-marinho e o seu aproveitamento técnico, cênico e educativo como potencial para o trabalho nas artes cênicas.


Cavalo Marinho e o Corpo na Cena, com Lineu Gabriel

De 19 a 23 de março, das 9 às 12h, no Centro Cultural Correios (Av. Marquês de Olinda, 262, Bairro do Recife. Tel: 81 - 3224 5739 e 3424 1935). A oficina aborda aspectos da pesquisa corporal que utiliza elementos do Cavalo Marinho na construção de uma prática para o ator-dançarino, com o objetivo de abrir caminhos para uma relação subjetiva e pessoal com os princípios técnico-expressivos das brincadeiras populares. A partir da corporeidade e dos passos da dança do Cavalo Marinho, serão trabalhados jogo, presença cênica, pulso, intenção, manipulação de energia e dinâmica corporal.
 
 
Para inscrição nas oficinas, até dia 11 de março, basta mandar e-mail com breve currículo para: trocadilhooficina@gmail.com Haverá seleção para os participantes. Todo o restante da programação (ainda a ser divulgada), que vai contar com palestras, aulas demonstrações e exibição de vídeos, tendo como convidados os artistas-pesquisadores Viviane Souto Maior, Helder Vasconcelos, Lineu Gabriel, Maria Acserald, Roberta Ramos, Tainá Barreto e Valéria Vicente, é gratuita, não sendo necessária inscrição prévia. O evento conta com incentivo fundamental do Funcultura/Governo do Estado de Pernambuco.

2a Mostra Ecofalante de Cinema prorroga as inscrições

A 2ª Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental, que  abriu suas inscrições para filmes brasileiros em janeiro passado, prorroga a data-limite para o recebimento das fichas preenchidas. Os produtores e diretores podem se inscrever até o dia 08 de março (e não mais até 28 de fevereiro, como divulgado anteriormente).

 Serão aceitas obras finalizadas a partir de 2010, sem restrições quanto a gênero, duração ou suporte de captação/finalização, com temáticas ambientais, tais como: energia, água, mudanças climáticas, consumo, povos e lugares, ativismo ambiental, resíduos sólidos, políticas públicas socioambientais, mobilidade, habitação, áreas verdes, áreas urbanas, alimentação, economia verde, globalização, vida selvagem, sustentabilidade, entre outras.

O evento é gratuito de caráter não-competitivo e será realizado em São Paulo, de 23 a 30 de maio de 2013. Os interessados poderão se inscrever até 08 de março, através do site www.ecofalante.org.br.
A Mostra Ecofalante de Cinema Ambiental é um evento anual que pretende chamar a atenção da população para questões ambientais, de sustentabilidade, cidadania, governança, participação e políticas públicas. No ano passado, foram exibidos 40 títulos e um público de mais de 4 mil pessoas compareceu nas salas de exibição.

 O festival é organizado pela Ecofalante, uma organização sem fins lucrativos que tem como missão a educação para o desenvolvimento sustentável.

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

II Feirinha da Gambiarra

"Centro Emotivo"- trabalho de Gabi, à venda, na Feirinha
 
 
A artista visual  Gabi Etinger estará levando à II Feirinha da Gambiarra novos trabalhos de sua autoria. Eles compõem a exposição "Recortes" -uma pequena mostra do universo feminino que abriga a poética da artista- que foi pensada especialmente para tomar parte na 2a edição da feira. 

"Recortes" evoca a experiência de "Tramas" (2010), primeira individual da artista, quando o preto e branco da xilo foi associado à plotagem com adesivos de vinil para tecer um emaranhado prosaico, repleto de sentimento. A mostra é composta por 13 peças, entre cópias dos trabalhos expostos em "Tramas" e plotagens inéditas.

De acordo com Gabi, a Feirinha da Gambiarra- iniciativa do Mercado Xique que leva moda arte e entretenimento para o meio da rua- ofereceu uma oportunidade de dialogar com um público diferente, que não frequenta as galerias. “A expressão artística é sedutora por natureza. Todo mundo ganha com a convivência propiciada em oportunidades como essa”.

A II Feirinha da Gambiarra será realizada no dia 03 de março, a partir das 15 horas, na rua do Mercado Xique (Rua Senador Rollemberg, 944, bairro São José).

A Casa do Zé toca no Teatro Atheneu

 
 
 
Neste sábado, a partir das 17h, o grupo musical A Casa do Zé fará seu primeiro show do ano, no Teatro Atheneu. No repertório da apresentação, constam canções dos CDs “Maria Anita” (2007) e “Dona Carochinha e Outras Histórias” (2011), além de uma prévia do que irá acontecer no show “A Arca de Noé”, previsto para 25 de maio, no mesmo teatro, em homenagem ao centenário de Vinícius de Moraes.

Segundo João Ricardo Machado, diretor musical de A Casa do Zé, o grupo vem ao longo dos últimos seis anos, conquistando uma legião de admiradores, composto não só de crianças, mas de adultos também. “Quando lançamos o primeiro disco- ‘Maria Anita’- vendemos cerca de 800 unidades em três meses. É uma boa marca de vendas, em se tratando de um grupo local e do gênero infantil”.

O sucesso deve-se às referências populares do grupo, que faz um som acústico de qualidade, resgatando o sentido da infância em brincadeiras de roda, canções folclóricas e tantos outros elementos do universo infantil. Depois do lançamento do EP “Dona Carochinha e Outras Histórias” e do DVD gravado pela TV Aperipê- “Especial A Casa do Zé”-, a visibilidade da banda, formada em 1995, só aumentou.

Ainda assim, as dificuldades enfrentadas pela Casa do Zé se assemelham às de outras bandas locais. “Esse show de sábado é totalmente independente. Tivemos um apoio do Teatro Atheneu, no que se refere à cobrança do valor da ocupação da casa, que será mediada pela bilheteria e, não, um preço fixo. Mas procuramos não depender do poder público, já que é inadmissível realizar um show e só receber o cachê, quase um ano depois”, diz João Ricardo.

São “moradores da casa”, os músicos e cantores João Ricardo, Ítalo José, Papi, Igor Costa, Kátia Gouveia, Martha Santos, Rafael Jr, Eduardo Monte Santo e Anabel Vieira. Os ingressos para o espetáculo já estão à venda na bilheteria do Teatro Atheneu ao preço de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

Oscar "Pulverizado" aclama "Argo" Melhor Filme

A 85ª Cerimônia do Oscar vai ficar para a história por conta de alguns detalhes, sobretudo pela premiação “pulverizada”  (os principais prêmios foram distribuídos entre oito dos nove títulos indicados a Melhor Filme), pela participação de Michelle Obama no anúncio do Melhor Filme do ano e por conta da grande derrota de “Lincoln”  (12 indicações) e apenas dois prêmios (Melhor Ator e Direção de Arte).

Se chegou a decepcionar em algumas premiações (Melhor Atriz e Filme), no geral, a festa foi muito bem conduzida pelo ator e diretor Seth MacFarlane, que apesar de algumas piadas constrangedoras (a mais contundente foi direcionada ao ator Jean Dujardin, referindo-se ao fato dele não emplacar a carreira em Hollywood, depois do Oscar do ano passado, por falta de filmes mudos), não deixou o ‘clima’ esfriar durante as quase quatro horas de duração e até se arriscou como cantor em números musicais, como fez Hugh Jackman, na cerimônia de 2009.
 
Os produtores Neil Meron e Craig Zadan acertaram também no roteiro da cerimônia, prestando homenagens ao gênero musical (com Charlize Theron dançando a la  Ginger Rogers e Catherine Zeta-Jones e Jennifer Hudson soltando a voz como em “Chicago” e “Dream Girls”); aos profissionais falecidos no último ano, com a sessão “In Memoriam” levando ao palco Barbra Streisand para interpretar “The Way We Were”; e à série 007, nos seus 50 anos de vida. Um dos pontos altos foi a cantora Shirley Bassey defendendo “Goldfinger” tema de “007 contra Goldfinger” (1962), um dos mais icônicos filmes do agente secreto britânico.

Aliás, se tinha uma categoria que era, praticamente, uma “barbada” era a de Melhor Canção. Como anunciei na sexta passada, no Caderno de Variedades (Jornal da Cidade), Adele era a favorita e terminou “papando” mais um prêmio para a sua coleção de troféus. Apesar de ter informado, durante sua passagem no tapete vermelho, que “só vestia roupas confortáveis por conta de sua silhueta e que não sabia como seria a sua desenvoltura no palco, pois seu vestido pesava cerca de 15 quilos”, sua performance de “Skyfall” foi irrepreensível.

Muito emocionada, a cantora inglesa subiu ao palco junto com o parceiro Paul Epworth, para agradecer, em poucas palavras, a primeira conquista de uma estatueta dourada. Quem não se conteve de tanta emoção foi Jennifer Lawrence. Quando seu nome foi anunciado para receber o prêmio de Melhor Atriz, a jovem de 22 anos foi subindo os degraus até o palco e terminou... tropeçando. A “bela” caiu, mas não perdeu a compostura. 

Até pensei que, por conta de Emmanuelle Riva completar 86 anos, no dia da entrega do Oscar e do ator francês Jean Dujardin, coincidentemente, entregar o prêmio de Melhor Atriz este ano, ela poderia levar para casa a estatueta. Mas não teve jeito. Ainda que sua atuação, no longa-metragem “Amor” de Michael Haneke, esteja soberba, não foi suficiente para vencer Jennifer Lawrence em “O Lado Bom da Vida”.

Pelo menos, “Amor” levou o Oscar de Filme Estrangeiro. No discurso de agradecimento, o diretor Haneke salientou as atuações de Jean-Louis Trintignant e de Emmanuelle Riva. Quem sabe, daqui a alguns anos, eles não recebem um Oscar pelo conjunto da obra, como aconteceu com Chaplin e tantos outros “monstros sagrados”?

Daniel Day-Lewis não precisa aguardar o futuro para ser reconhecido. Recebeu cinco indicações para Melhor Ator em sua carreira e venceu três. A última conquista, na madrugada de hoje (horário de Brasília), foi pela personificação de Lincoln, no filme homônimo de Steven Spielberg. Não há o que questionar da sua interpretação, mas quando “O Mestre” de Paul Thomas Anderson chegar aos cinemas sergipanos, indico aos leitores, uma conferida no trabalho excepcional de Joaquin Phoenix.

Philip Seymour Hoffman e Amy Adams também foram indicados, por esse filme, à categoria de Ator e Atriz Coadjuvante, respectivamente. O primeiro, vencedor do Oscar de Ator, por sua atuação em “Capote” (2005), não conseguiu superar o austríaco Christoph Waltz, que terminou levando para casa, a segunda estatueta de Coadjuvante, em quatro anos (em 2009, Waltz ganhou na mesma categoria, pelo filme “Bastardos Inglórios”), desta vez, pelo papel do caçador de recompensas em “Django Livre”.
 
Já Amy Adams, em sua quarta indicação como Coadjuvante, não deu para superar a colega Anne Hathaway, que canta, corta os cabelos, emociona a plateia e aparece pouco mais que 20 minutos em “Os Miseráveis”, tempo suficiente para a Academia lhe premiar com a estatueta nesta categoria. Aliás, a atriz saiu-se bem, ao vivo, no palco cantando junto com os seus colegas de elenco.

“Os Miseráveis” venceria ainda na categoria de Maquiagem e Mixagem de Som.  Já em Edição de Som houve um empate (coisa rara, na premiação) entre os profissionais responsáveis por essa área (ambos suecos) em “A Hora Mais Escura” (Paul Ottosson) e “007- Operação Skyfall” (Per Hallberg e Karen Landers).
 
A estilista Jacqueline Durran deu ao filme “Anna Karenina”, seu único Oscar, na categoria Melhor Figurino, enquanto “Valente” foi escolhido o Melhor Longa de Animação. Uma pena, já que “Frankenweenie” de Tim Burton merecia esse prêmio, não?

Ang Lee, sempre sorridente, quando as câmeras o focalizavam, não tinha motivo para tristeza. Seu filme “As Aventuras de Pi” ganhou três prêmios técnicos (Melhor Trilha Sonora, Fotografia e Efeitos Visuais) e ele levou a segunda estatueta de Melhor Diretor para casa (a primeira foi pelo filme “O Segredo de Brokeback Mountain”).

Quentin Tarantino, sem indicação na categoria de diretor, terminou ganhando o Oscar de Roteiro Original de “Django Livre”. Menos mal. Na categoria Roteiro Adaptado, Chris Terrio venceu pela sua adaptação de “Argo”.

O filme de Ben Affleck seria o grande vencedor da noite. Não em número de estatuetas (venceu também na categoria Edição), mas pelo fato de levar para casa, o prêmio mais cobiçado: Melhor Filme. Negligenciado pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Affleck não foi indicado como diretor.

Mas como assina também a produção, juntamente com George Clooney e Grant Heslov, subiu ao palco do belíssimo Teatro Dolby e agradeceu a todos que contribuíram para a aclamação de seu thriller baseado em fatos reais. Jack Nicholson, juntamente com a primeira dama dos E.U.A., Michelle Obama, participaram do anúncio desta categoria.
 
Completam a lista de premiados: “Paperman” (Melhor Curta de Animação); “Curfew” (Melhor Curta-metragem); “Searching for Sugar Man” (Melhor Documentário) e 
“Inocente” (Melhor Curta de Documentário).

Vencedor da Promoção Bangalô Cult Oscar 2013

Após a entrega do Oscar 2013 com algumas surpresas, anunciamos o vencedor da Promoção Bangalô Cult Oscar 2013. Com 14 acertos em 15 categorias, venceu Wilson Felipe de Souza Netto de Recife (PE).

Ele receberá em casa, postado pelos Correios, o filme "Um Beijo Roubado" de Wong Kar-Wai em formato Blu-Ray.

Aos que participaram e não ganharam dessa vez, não se preocupe. Ano que vem, tem mais promoção.
Segue abaixo, a lista dos vencedores das 15 categorias escolhidas pelo Bangalô Cult como parâmetro da promoção cultural.


Filme
“Argo”

Diretor

Ang Lee (“As Aventuras de Pi”)

Ator
Daniel Day-Lewis (“Lincoln”)

Atriz
Jennifer Lawrence (“O Lado Bom da Vida”)

Ator coadjuvante
Christoph Waltz (“Django Livre”)

Atriz coadjuvante
Anne Hathaway (“Os Miseráveis”)

Filme estrangeiro
“Amor” (Áustria)

Roteiro original
Quentin Tarantino (“Django Livre”)

Roteiro adaptado
Chris Terrio (“Argo”)

Animação

“Valente”

Fotografia
“As Aventuras de Pi”

Edição
“Argo”

Trilha sonora original
Mychael Danna (“As Aventuras de Pi”)


Canção original
“Skyfall”, de “007 - Operação Skyfall”


Efeitos visuais
“As Aventuras de Pi”

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013

Oscar 2013: Lincoln ou Argo ?

Há menos que os membros da Academia de Artes e Ciências Cinematográfica que elegem os filmes vencedores do Oscar, queiram surpreender esse ano, dificilmente a estatueta dourada de Melhor Filme, sairá das mãos de Steven Spielberg por “Lincoln” ou Ben Afleck por “Argo”. O que será uma pena! Ainda prefiro “Django Livre” de Quentin Tarantino ou “A Hora Mais Escura” de Katryn Bigelow à verborragia política de “Lincoln” e ao insosso “Argo” (ou seria “Argh”?).

Se eu tivesse o direito de voto, escolheria o filme mais impactante do ano passado, com interpretações primorosas e uma história de arrepiar, cujas imagens reverberam na mente do espectador por um bom tempo: “Amor” de Michael Haneke. É o meu favorito. Tanto na categoria Filme, como na de Filme Estrangeiro. Mas uma produção dirigida por uma alemão, falada em francês e que trata de tema tão contundente como a finitude humana (de uma forma que não ousarei revelar aqui), conseguiria arrebatar os conservadores da Academy ?

Haneke deve ganhar pelo menos uma estatueta. “Amor” é o favorito como Filme Estrangeiro, apesar do dinamarquês- “O Amante da Rainha” de Nicolarj Arcel e do canadense “A Feiticeira da Guerra” de Kim Nguyen, serem concorrentes fortes. O chileno “No” de Pablo Larraín e o norueguês “Kon-Tiki” de Joachim Ronning e Espen Sandberg correm “por fora”. Aguardemos...

Quanto ao Melhor Diretor, depois da polêmica em torno da exclusão dos nomes de Bigelow e Afleck, que ficaram fora do páreo, Ang Lee e Spielberg aparecem como favoritos. O versátil Lee (“O Tigre e o Dragão”, “O Segredo de Brokeback Mountain”) mostrou que sabe conduzir uma aventura dramática em 3D, como ninguém. Concorre por “As Aventuras de Pi”, uma produção que fez lembrar aos adultos de como cinema é pura magia, adaptada do romance de Yann Martel.

Já Spielberg, espera há 15 anos pela oportunidade de levar para casa sua terceira estatueta (ganhou por “A Lista de Schindler” (1993) e “O Resgate do Soldado Ryan” (1998)). É bem verdade que fez um belo trabalho à frente de “Lincoln”, imprimindo uma direção contida, num filme intimista sobre uma passagem da vida do 16º presidente dos EUA. Mas isso seria suficiente para laureá-lo?

Não seria nada mal, se Michael Haneke (olha ele aí, de novo) vencesse. A academia se redimiria pela sua derrota, há três anos, quando perdeu o Oscar de Filme Estrangeiro, pela “A Fita Branca”. Correm por fora o competente David O. Russel de “O Lado Bom da Vida” e o estreante Benh Zeitlin do superestimado “Indomável Sonhadora”.

Quase uma unanimidade aposta em Daniel Day-Lewis como o vencedor na categoria Melhor Ator. Ninguém tem dúvida dos seus dotes interpretativos. Construiu um Abraham Lincoln tão convincente, que eu poderia jurar, que aquela figura me é familiar. No entanto, Day-Lewis tem um forte concorrente: Joaquin Phoenix. Ele encarna, magistralmente, Freddie Quell em “O Mestre” de Paul Thomas Anderson.

Com uma atuação histriônica (que para uns, pode parecer exagerada), Phoenix mergulha sem riscos no papel de um marinheiro traumatizado pela Segunda Guerra e que tem na figura de “O Mestre” Lancaster Dodd (Phillip Seymour Hoffman), um líder religioso a ser seguido. Hoffman também concorre na categoria de coadjuvante e Amy Adams, vivendo sua esposa, na de atriz secundária.

Não seria nada mal se ele vencesse o favorito Tommy Lee Jones (por quê tantas indicações para “Lincoln” ?). Contudo, quem merece a estatueta (de novo) de Coadjuvante é Christoph Waltz como o caçador de recompensas em “Django Livre”. Aliás, ele deveria concorrer como principal, não? Quem leva o filme nas costas é seu personagem, o falso dentista King Schultz.

Dizem que esse é o ano de Jennifer Lawrence, mas se a Academia quiser fazer justiça (uma vez na vida, que seja), não tirará a chance (talvez única) de Emmanuelle Riva levar o Oscar para casa por sua atuação em “Amor”. Aos 85 anos, Emmanuelle disputa com uma guria de 09, Quvenzhané Wallis, e jovens atrizes “quase veteranas”, como Naomi Watts e Jessica Chanstain. Essa última, aliás, está ótima como a agente da CIA, Maya, em “A Hora Mais Escura”. Se não fosse a atriz francesa, preferiria Chanstain posando para as fotos com o prêmio.

Na lista de coadjuvantes, chamo a atenção para Anne Hathaway que está bem como Fantine, em “Os Miseráveis”, mas convenhamos: premiá-la pelo trabalho de uma cena apenas? É demais. Sally Field está meio caricata como a esposa de Lincoln e Jacki Weaver, coadjuvante ao extremo em “O Lado Bom da Vida”. Não vi o trabalho de Helen Hunt em “As Sessões”, mas Amy Adams não deveria sair este ano de mãos vazias.


Páreo duro terá a categoria Roteiro Original. Quem merece o prêmio: Quentin Tarantino por “Django Livre” ou Mark Boal “A Hora Mais Escura” ? De certo mesmo, para ganhar o Oscar 2013, só a canção “Skayfall” defendida por Adele. Nos últimos dois anos, a moça não perdeu nada do que concorreu.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

Obra de Dal Farra será discutida na Roda de Leitura


O debate acerca de importantes obras literárias voltará a tomar as dependências da Biblioteca Pública Epifânio Dória, logo mais, às 9h. É que serão retomadas as Rodas de Leitura, projeto já consolidado no cenário da literatura sergipana e iniciado em 2009, pelo Comitê Sergipano do Proler, em parceria com a Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

Uma das novidades da primeira edição desse ano, é que ela acontecerá com a presença do autor. Na ocasião, estará presente a escritora Maria Lúcia Dal Farra, vencedora na categoria Poesia, do Prêmio Jabuti 2012, o mais relevante prêmio da literatura brasileira. A roda contará ainda com a mediação de Maruze Reis e Rosineide Santana e com a coordenação de Antônio Carlos Viana e Giselda de Moraes.

A poetisa Maria Lucia Dal Farra nasceu em Botucatu, São Paulo. É professora doutora de Literatura Portuguesa e pró-reitora de Pós-graduação e Pesquisa da Universidade Federal de Sergipe. Publicou, entre outros, “O Narrador Ensimesmado”, “A Alquimia da Linguagem”, “Inquilina do Intervalo”, “Livro de Auras” e “Alumbramentos” (Prêmio Jabuti 2012). É casada com o escritor Francisco Dantas, autor de “Coivara da Memória” e “Cartilha do Silêncio”, entre outros livros.

As Rodas são sempre abertas ao público em geral e tem por objetivo, incentivar a leitura e difundir os trabalhos de autores contemporâneos e de obras da literatura sergipana. Os debates acontecem durante todo o ano, todas as primeiras e terceiras terças-feiras de cada mês. Esta primeira Roda de 2013 acontecerá, excepcionalmente, na quarta-feira, devido à agenda da autora que estará presente.



Teatro Para Todos os Gostos

Aqueles Dois_Cia. Luna Lunera_ foto Guto Muniz
"Aqueles Dois" será encenado pela Cia. Luna Lunera no TTB

Depois do marasmo tomar conta dos teatros sergipanos nesse início de ano, eis que aportam duas companhias por aqui, com três espetáculos diferentes. Graças ao Circuito Eletrobras, patrocinado pela Eletrobras Eletronorte e Chesf, a Cia. de Teatro Luna Lunera (Belo Horizonte-MG) traz a Sergipe, pela primeira vez, a peça “Aqueles Dois” baseada num dos contos mais conhecidos do escritor  gaúcho Caio Fernando Abreu.

O espetáculo será apresentado nesta sexta e sábado, às 21h e domingo, às 20h, no Teatro Tobias Barreto. Desde ontem, porém, que Cláudio Dias (membro-fundador da Cia. Luna Lunera), ministra a oficina “Ator Criador” no Espaço Imbuaça, revelando etapas da construção da peça. Direcionada para atores, bailarinos e estudantes de teatro, maiores de 16 anos, a oficina prossegue até amanhã, das 19 às 22h.

“Aqueles Dois” estreou em 2007, e tem obtido, desde então, grande sucesso de público e crítica em sua trajetória. A história gira em torno de Saul e Raul que são admitidos na mesma época, numa empresa, e parecem ter muito mais em comum do que o gosto pela música, pelo cinema e relacionamentos fracassados com o sexo oposto. Certa feita, um deles chegaria a dizer para o outro, que a repartição era como “um deserto de almas”.

É que “num deserto de almas também desertas, uma alma especial reconhece de imediato a outra”. No entanto, a relação de amizade entre Raul e Saul acaba gerando incômodo nos demais colegas de profissão, revelando o preconceito e a hipocrisia desse microcosmos empresarial. Ainda assim, a dupla não esmorecerá diante da decisão do chefe.

A partir de um grupo de estudos sobre Contato Improvisação (técnica corporal criada por Steve Paxton) e o Método das Ações Físicas e Vocais (desenvolvido por Stanislavski) composto pelos integrantes da Cia. Luna Lunera, o conto “Aqueles Dois” começou a ser explorado, descobrindo-se nele suas instigantes qualidades épico-dramáticas e uma inspiração para potencial montagem.


O espetáculo estreou em novembro de 2007, em Belo Horizonte, e vem construindo, desde então, uma ampla trajetória. “Aqueles Dois” foi apresentado em importantes festivais nacionais e internacionais no Brasil, tendo sido contemplado no 13º Prêmio Sesc-Sated/MG nas categorias Melhor Espetáculo e Melhor Direção; no 5º Prêmio Usiminas-Sinparc nas categorias Melhor Espetáculo, Melhor Direção e Melhor Ator (Rômulo Braga) e indicado ao Prêmio Shell São Paulo 2008 nas categorias de Melhor Direção, Melhor Cenário e Melhor Iluminação, tendo recebido este último.

Os ingressos para o espetáculo “Aqueles Dois” já estão à venda na bilheteria do Teatro Tobias Barreto, ao preço de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Os Sete Pecaods Capitais_Cia. Up Leon
Up Leon leva ao Atheneu "Os Sete Pecados Capitais"
Up Leon- O Teatro Atheneu também será ocupado, neste final de semana, por uma companhia de fora. Trata-se da Up Leon, especializada em produzir e gerenciar espetáculos e artistas circenses, desde 1991. Para o espetáculo “Os Sete Pecados Capitais” (adulto) que será apresentado nos dias 22, 23 às 21h e 24, às 20h,  e “Faroeste Circo Show” (infanto-juvenil) nos dias 23 e 24, às 17h, a Cia. Up Leon contará com um elenco de oito artistas.

Em “Os Sete Pecados Capitais”- a Luxúria, Gula, Avareza, Ira, Soberba, Vaidade e Preguiça- são a fonte de inspiração para uma sequência de cenas que revelam o comportamento humano contrário às leis divinas.
Já “Faroeste Circo Show” transporta o espectador para uma típica fazenda do interior com direito a cavalos, porcos, galinhas e até uma vaca em tamanho natural. Mocinha, vilão e herói vivem uma grande aventura amorosa, recheada de humor e permeada por uma linguagem de desenhos animados e brincadeiras de palhaços.

Ao completar 22 anos, a Cia. Up Leon realiza a primeira turnê  pelo Nordeste do Brasil, com o intuito de se tornar conhecida em outras regiões do país, assim como já é no Sudeste e no estrangeiro. Ao todo serão 40 espetáculos e seis workshops gratuitos em 11 cidades do Nordeste. A Companhia passará por Aracaju, Estância, Maceió, Arapiraca, Recife, Caruaru, João Pessoa, Campina Grande, Natal, Mossoró e Fortaleza.
Segundo Olga Dalsenter, diretora e co-fundadora da Up Leon “a Cia. tem como objetivo democratizar o acesso à cultura e levar o circo onde o povo está, afinal, todo mundo, no mundo todo, tem na memória uma lembrança de circo”.

Os ingressos para os dois espetáculos da Up Leon já estão à venda no Teatro Atheneu, ao preço de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Crédito da foto 1: Diego Pisante

Crédito da Foto 2: Divulgação

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013

Promoção Bangalô Cult Oscar 2013- Reta Final

Estamos na reta final para a Promoção Bangalô Cult Oscar 2013. No próximo domingo, acontecerá a 85a Cerimônia de Entrega do Oscar. Quem quiser participar, deve enviar os palpites para o e-mail do blog (bangalocult@gmail.com) para posterior avaliação, até às 23h59, do dia 23 de fevereiro, véspera da Cerimônia. O vencedor será aquele que mais categorias acertar dentre as 15 escolhidas pelo bangalô. Caso haja empate, o critério de desempate será a data e hora das respostas enviadas pelo internauta (o que primeiro enviar as respostas certas, ganha o prêmio).

Se ninguém conseguir acertar as 15 categorias, o vencedor será aquele que mais acertos tiver (no mínimo cinco categorias certas). O participante deverá anexar ao e-mail enviado com as respostas, seu telefone de contato para posterior entrega do prêmio e endereço completo (caso residam fora do Estado). Será aceito apenas um e-mail por pessoa e não serão aceitas retificações, valendo o primeiro e-mail enviado por participante. A promoção tem caráter cultural.


Filme

"Indomável Sonhadora"
"O Lado Bom da Vida"
"A Hora Mais Escura"
"Lincoln"
"Os Miseráveis"
"As Aventuras de Pi"
"Amor"
"Django livre"
"Argo"


Diretor

Michael Haneke ("Amor")
Benh Zeitlin ("Indomável Sonhadora")
Ang Lee ("As Aventuras de Pi")
Steven Spielberg ("Lincoln")
David O. Russell ("O Lado Bom da Vida)

Ator

Daniel Day-Lewis ("Lincoln")
Denzel Washington ("Voo")
Hugh Jackman ("Os Miseráveis")
Bradley Cooper ("O Lado Bom da Vida")
Joaquin Phoenix ("O Mestre")

Atriz

Naomi Watts ("O Impossível")
Jessica Chastain ("A Hora Mais Escura")
Jennifer Lawrence ("O Lado Bom da Vida")
Emmanuelle Riva ("Amor")
Quvenzhané Wallis ("Indomável Sonhadora")

Ator coadjuvante

Christoph Waltz ("Django Livre")
Philip Seymour-Hoffman ("O Mestre")
Robert De Niro ("O Lado Bom da Vida")

Tommy Lee Jones ("Lincoln")

Alan Arkin ("Argo")


Atriz coadjuvante

Sally Field ("Lincoln")
Anne Hathaway ("Os Miseráveis")
Jacki Weaver ("O Lado Bom da Vida")
Helen Hunt ("The Sessions")
Amy Adams ("O Mestre")

Filme estrangeiro

"Amor" (Áustria)
"No" (Chile)
"War Witch" (Canadá)
"O Amante da Rainha" (Dinamarca)
"Kon-tiki" (Noruega)

Roteiro original

Michael Haneke ("Amor")
Quentin Tarantino ("Django livre")
John Gatins ("Voo")
Wes Anderson e Roman Coppola ("Moonrise Kingdom")
Mark Boal ("A Hora Mais Escura")

Roteiro adaptado

Chris Terrio ("Argo")
Lucy Alibar e Benh Zeitlin ("Indomável Sonhadora")
David Magee ("As Aventuras de Pi")
Tony Kushner ("Lincoln")
David O. Russell ("O Lado Bom da Vida")


Animação


"Valente"
"Frankenweenie"
"ParaNorman"
"Piratas Pirados!"
"Detona Ralph"

Fotografia


"Anna Karenina"
"Django livre"
"As Aventuras de Pi"
"Lincoln"
"007 – Operação Skyfall"

Edição

"Argo"
"A Vida de Pi"
"Lincoln"
"A Hora Mais Escura"
"O Lado Bom da Vida"

Trilha sonora original

Dario Marianelli ("Anna Karenina")
Alexandre Desplat ("Argo")
Mychael Danna ("As Aventuras de Pi")
John Williams ("Lincoln")
Thomas Newman ("007 – Operação Skyfall")

Canção original
"Before my time", de "Chasing ice" – J. Ralph (música e letra)

"Everybody needs a best friend", de "Ted" – Walter Murphy (música) e Seth MacFarlane (letra)

"Pi's lullaby", de "As aventuras de Pi" – Mychael Danna (música) e Bombay Jayashri (letra)

"Skyfall", de "007 - Operação Skyfall" – Adele (música e letra)

"Suddenly", de "Os miseráveis" – Claude-Michel Schönberg (música), Herbert Kretzmer (letra) e Alain Boublil (letra)

Efeitos visuais

"O Hobbit: Uma jornada inesperada"
"As Aventuras de Pi"
"Os Vingadores"
"Prometheus"
"Branca de Neve e o Caçador"

Komona, A Feiticeira da Guerra



Dos cinco filmes que concorrem ao Oscar de Filme Estrangeiro deste ano, só não conferi ainda o norueguês "Kon-Tiki". Meu favorito continua sendo "Amor" de Michael Haneke, mas também apreciei muito "O Amante da Rainha" de Nicolaj Arcel (depois reservarei um espaço para comentá-lo) e "A Feiticeira da Guerra" de Kim Nguyen que assisti na semana passada.

Este último, por sinal, vi três dias antes de "Indomável Sonhadora". Seria o flagelo vivido pela "indomável" Hushpuppy (Quvenzhané Wallis) pior do que o de Komona (Rachel Muwanza) ? Difícil responder. Cada uma viverá uma experiência única de amadurecimento em tempo recorde, munidas de muita imaginação para espantar a dolorosa realidade. 

Logo no início de "A Feiticeira da Guerra", vemos um pequeno vilarejo africano sendo arrasado por milicianos. Poucos jovens são poupados  e Komona será uma das sobreviventes. No entanto, para viver ela terá que demonstrar sua frieza de soldado, ainda não treinada. O calvário da garota só está no início. E quando o espectador imagina que o pior ainda está por vir, ele vem mesmo, com força de tsunami.

À medida que o tempo passa (e a história se desenrola por, no mínimo, dois anos), Komona é treinada pelos rebeldes, torna-se uma garota-soldado e recebe a alcunha de "Feiticeira da Guerra", após sobreviver a um fogo cruzado e ter visões devido ao uso de uma bebida alucinógena. Por conta disso, a garota torna-se uma protegida do comandante-chefe, mas seu status não é suficiente, a ponto de ser poupada de trabalhos pesados e do assédio dos guerrilheiros.

Afeto mesmo, ela só conhecerá do jovem soldado, Mago (Serge Kanyinda). Ele pretende se casar com Komona e, por isso, não medirá esforços para encontrar uma galinha branca (peça raríssima por aquelas bandas), a fim de conquistar o coração de sua amada.

Os momentos de ternura e aparente paz são fugazes para o jovem casal. A morte ronda os inocentes e Komona, já grávida, terá que enfrentar novamente, situações limites. Sua determinação em viver, está atrelada ao compromisso de enterrar seus pais; talvez, remotamente, em criar seu filho que não sabe se amará no futuro.

"A Feiticeira da Guerra" é crudelíssimo, mas não excessivo. Falta até densidade, em alguns momentos. Na cena dos albinos, por exemplo, não fica explícito o grau de discriminação que essa população sofre na África, sendo os filhos rejeitados pelos pais, ainda bebê e muitos amputados, por acreditarem que parte de seu corpo traz "boa sorte". De uma forma geral, o filme vale como uma lembrança devastadora (ainda que vaga, para os primeiro-mundistas ) do que ocorre em vários países africanos e parece estar longe de uma resolução.

A jovem congolesa Rachel Muwanza (uma menina descoberta nas ruas pelo diretor)  foi premiada com o Urso de Prata de Melhor Atriz no Festival de Berlim de 2012.


quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

BNB lança Edital de Ocupação 2013-2014

O Banco do Nordeste do Brasil (BNB) está lançando o edital de seleção de propostas artísticas para participação nas programações dos Centros Culturais BNB-Cariri (em Juazeiro do Norte, região Sul do Ceará) e Sousa (no alto sertão paraibano), durante o período de julho de 2013 a junho de 2014.

Com o objetivo de orientar os artistas, produtores, gestores culturais e demais interessados no preenchimento dos formulários-proposta do referido edital, os Centros Culturais BNB-Cariri (rua São Pedro, 337 – Centro – Juazeiro do Norte – fone: (88) 3512.2855) e Sousa (rua Cel. José Gomes de Sá, 7 – Centro – fone: (83) 3522.2980) realizarão quatro oficinas, no período de 16 a 28 deste mês. 

Serão ministradas duas oficinas em Juazeiro do Norte (dias 16, sábado, às 15h; e 26, terça-feira, às 19h) e Sousa (dias 16, sábado, às 14h; e 28, quinta-feira, às 19h).

Os interessados devem apresentar propostas nas áreas de artes cênicas, artes visuais, atividades infantis e música. O edital de seleção de propostas e os formulários-proposta estarão disponíveis em formato eletrônico, a partir do dia 18 (segunda-feira), no portal do Centro Cultural Banco do Nordeste (www.bnb.gov.br/cultura), para download.

Qualquer pessoa física ou jurídica pode apresentar projetos para as duas unidades do CCBNB. As inscrições das propostas serão feitas mediante entrega do formulário-proposta devidamente preenchido e enviado eletronicamente para o endereço de e-mail programacaoCCBNB@bnb.gov.br. Os anexos obrigatórios para a análise das propostas (vídeos, músicas, textos) deverão estar citados no formulário-proposta de inscrição, com seus respectivos links de consulta na Internet.

O BNB receberá propostas de 18 de fevereiro a 15 de março, e o resultado da seleção será divulgado no dia 08 de maio, pela Internet, no portal do BNB (www.bnb.gov.br). Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail cultura@bnb.gov.br ou pelos fones (88) 3512.2855 (Cariri) e (83) 3522.2980 (Sousa).



quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Refletindo com Verônica



Será difícil, o espectador, não se identificar, pelo menos uma vez que seja, com as incertezas e angústias vividas por Verônica (Hermila Guedes), em “Era Uma Vez Eu, Verônica” de Marcelo Gomes. O filme, do mesmo cineasta de “Cinema, Aspirinas e Urubus”, acompanha o cotidiano da psiquiatra, recém-formada, no consultório de um hospital público, bem como suas relações afetivas com o pai José Maria (W. J. Solha) e o namorado da vez, Gustavo (João Miguel).

Para refletir sobre a vida, seu futuro, anseios, conquistas e perdas, Verônica refugia-se nas areias de uma praia pernambucana. O diretor permite que a personagem compartilhe seus pensamentos com o espectador, através do recurso da voz em off. À medida que Verônica escreve em seu diário, revela-se uma mulher frágil, em crise. Mas em nenhum momento, a narrativa descamba para o óbvio.

A película conquista o público, pelo poder de identificação deste, com a personagem título. Mérito de Hermila Guedes que está iluminada aqui, tanto quanto Suely em “O Céu de Suely”. É impressionante como mesmo numa interpretação mais contida e intimista, se comparada ao do papel que a catapultou para o cinema e TV, ela consegue convencer o público dos dramas e frustrações vividos por Verônica.

“Era Uma Vez Eu Verônica”, porém, aborda outras questões em voga na cinematografia contemporânea nacional, como a especulação imobiliária nos grandes centros e o poder de liberdade das personagens femininas, que não se enquadram em papéis estereotipados.

Talvez pela ousadia da narrativa, direção segura de Gomes e das interpretações de Hermila Guedes e do elenco de apoio (incluindo a participação da cantora Karina Buhr), é que o filme conquistou tantos Candangos (no total cinco prêmios) no Festival de Brasília do ano passado. É o cinema pernambucano mostrando que veio, mesmo, para ficar!! 




O filme entra em cartaz nesta sexta-feia, no Cine Cult Jardins, diariamente, às 14h.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Prêmio ABC 2013

A Associação Brasileira de Cinematografia anuncia a abertura das inscrições para o Prêmio ABC 2013. Os interessados, através do site www.abcine.org.br,  deverão preencher o formulário até o dia 15 de fevereiro e fazer o upload de seus trabalhos, ate o dia 28 de fevereiro, para as seguintes categorias:

o   Melhor Direção de Fotografia para Longa-Metragem
o   Melhor Som para Longa-Metragem
o   Melhor Direção de Arte para Longa-Metragem
o   Melhor Montagem para Longa-Metragem
o   Melhor Direção de Fotografia para Curta-Metragem
o   Melhor Direção de Fotografia para Filme Publicitário
o   Melhor Direção de Fotografia para Programa de TV
o   Melhor Direção de Fotografia para Filme Estudantil

Diferente dos anos anteriores os interessados em participar nas categorias de Longa-Metragem também terão que se inscrever através do site www.abcine.org.br. Os longas, quando inscritos, concorrem automaticamente nas quatro categorias.

Os Filmes Estudantis serão indicados pelas Instituições de Ensino Audiovisual que, após o preenchimento da inscrição no site, deverão encaminhar carta confirmando os indicações.
As regras para todas categorias podem ser conferidas no regulamento que se encontra no link http://www.abcine.org.br/premio-abc/?id=1013&/regulamento

O Prêmio ABC 2013 acontece, como nas edições anteriores, junto à Semana ABC. De 08 a 11 de maio, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo, acontecerão painéis, fóruns e discussões a respeito do mercado audiovisual no Brasil. Há uma série de convidados brasileiros e internacionais e o evento é aberto ao público e gratuito. No último dia, 11/05, está programada a cerimônia de premiação.

A Semana ABC

A Semana ABC, evento anual promovido pela Associação Brasileira de Cinematografia (ABC), nasceu em 2002 e vem, desde então, reunindo importantes personalidades do setor – além de outros profissionais do audiovisual, estudantes de cinema e demais interessados - em suas conferências, painéis e debates. Nessas mesas, discute-se temas atuais, atualiza-se a respeito de novidades no setor e discute-se novas tendências de trabalho no Brasil e mundo afora.

Entre outros, já estiveram presentes na Semana ABC os diretores de fotografia, Don McAlpine, ASC, ACS (indicado ao Oscar por Moulin Rouge), Eduardo Serra, ASC, AFC (indicado ao Oscar por A Moça do Brinco de Perolas), John Bailey, ASC (O Turista Acidental, Melhor é Impossível), Allen Daviau, ASC (ET: O Extraterrestre, O Império do Sol), Felix Monti (O Segredo dos Seus Olhos, filme ganhador do Oscar de Melhor Filme Estrangeiro) a editora de música Suzana Peric (O Pianista e Senhor dos Anéis); os diretores de arte Marcelo Pont (O Segredo dos seus Olhos) e Anastásia Masaro (indicada ao Oscar por Mundo Imaginário do Dr. Parnasus) e os engenheiros Jean-Pierre Beauviala, desenvolvedor das câmeras Aaton e Michael Karagosian, integrante do comitê da DCI que definiu as as especificações internacionais para a projeçãoo digital.

A Semana ABC 2013 será realizada de 08 a 11 de maio, na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. O evento é aberto ao público e é encerrado com a entrega do Prêmio ABC, no dia 11 de maio. Vale destacar que toda a programação do evento é disponibilizada ao vivo, em streaming, no site www.abcine.org.br .

O Prêmio ABC

O Prêmio ABC, nascido em 2001, encerra a Semana ABC. Em 2013, a cerimônia de premiação acontecerá na Cinemateca Brasileira, em São Paulo. Os vencedores das diversas categorias são definidos pelos mais de 300 profissionais do audiovisual associados da ABC.
Em anos anteriores, foram premiados os filmes O Palhaço (Selton Mello) - que arrematou os quatro principais prêmios no ano passado -, Ensaio Sobre a Cegueira (Fernando Meirelles), O Cheiro do Ralo (Heitor Dhalia), Tropa de Elite (José Padilha) e O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias (Cao Hamburger), entre outros.
 
A ABC

A Associação Brasileira de Cinematografia (ABC), fundada em 2000, reúne profissionais do audiovisual brasileiro, especialmente diretores de fotografia. Hoje são mais de 300 associados e uma série de atividades realizadas. Através de um fórum, da Sessão ABC, Prêmio ABC, Semana ABC e do Informe ABC, boletim eletrônico enviado a cerca de duas mil pessoas, procura-se incentivar a troca de ideias e informações a respeito da área, além de dados sobre aperfeiçoamento técnico e artístico.

sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

Promoção Bangalô Cult Oscar 2013

Pessoal, a partir de hoje, o Bangalô Cult estará realizando uma promoção ligada ao Oscar 2013. Serão indicadas 15 categorias, dentre as existentes na festa da entrega do Oscar, a fim de que os internautas possam arriscar seus palpites e concorrer a um filme em Blu-Ray.

As respostas devem ser encaminhadas ao e-mail do blog (bangalocult@gmail.com) para posterior avaliação, até às 23h59, do dia 23 de fevereiro, véspera da 85a Cerimônia de Entrega do Oscar. O vencedor será aquele que mais categorias acertar dentre as 15 escolhidas pelo bangalô. Caso haja empate, o critério de desempate será a data e hora das respostas enviadas pelo internauta (o que primeiro enviar as respostas certas, ganha o prêmio).

Se ninguém conseguir acertar as 15 categorias, o vencedor será aquele que mais acertos tiver (no mínimo cinco categorias certas). O participante deverá anexar ao e-mail enviado com as respostas, seu telefone de contato para posterior entrega do prêmio e endereço completo (caso residam fora do Estado). Será aceito apenas um e-mail por pessoa e não serão aceitas retificações, valendo o primeiro e-mail enviado por participante. A promoção tem caráter cultural.
 Boa sorte!

Filme
"Indomável sonhadora"
"O lado bom da vida"
"A hora mais escura"
"Lincoln"
"Os Miseráveis"
"As aventuras de Pi"
"Amor"
"Django livre"
"Argo"

Diretor

Michael Haneke ("Amor")
Benh Zeitlin ("Indomável Sonhadora")
Ang Lee ("As aventuras de Pi")
Steven Spielberg ("Lincoln")
David O. Russell ("O Lado Bom da Vida)

Ator
Daniel Day-Lewis ("Lincoln")
Denzel Washington ("Voo")
Hugh Jackman ("Os Miseráveis")
Bradley Cooper ("O Lado Bom da Vida")
Joaquin Phoenix ("O Mestre")

Atriz
Naomi Watts ("O Impossível")
Jessica Chastain ("A Hora Mais Escura")
Jennifer Lawrence ("O Lado Bom da Vida")
Emmanuelle Riva ("Amor")
Quvenzhané Wallis ("Indomável Sonhadora")

Ator coadjuvante
Christoph Waltz ("Django Livre")
Philip Seymour-Hoffman ("O Mestre")
Robert De Niro ("O Lado Bom da Vida")
Tommy Lee Jones ("Lincoln")
Alan Arkin ("Argo")

Atriz coadjuvante

Sally Field ("Lincoln")
Anne Hathaway ("Os Miseráveis")
Jacki Weaver ("O Lado Bom da Vida")
Helen Hunt ("The Sessions")
Amy Adams ("O Mestre")

Filme estrangeiro
"Amor" (Áustria)
"No" (Chile)
"War witch" (Canadá)
"O Amante da Rainha" (Dinamarca)
"Kon-tiki" (Noruega)

Roteiro original
Michael Haneke ("Amor")
Quentin Tarantino ("Django livre")
John Gatins ("Voo")
Wes Anderson e Roman Coppola ("Moonrise Kingdom")
Mark Boal ("A Hora Mais Escura")

Roteiro adaptado
Chris Terrio ("Argo")
Lucy Alibar e Benh Zeitlin ("Indomável Sonhadora")
David Magee ("As Aventuras de Pi")
Tony Kushner ("Lincoln")
David O. Russell ("O Lado Bom da Vida")

Animação

"Valente"
"Frankenweenie"
"ParaNorman"
"Piratas pirados!"
"Detona Ralph"

Fotografia
"Anna Karenina"
"Django livre"
"As Aventuras de Pi"
"Lincoln"
"007 – Operação Skyfall"

Edição
"Argo"
"A Vida de Pi"
"Lincoln"
"A Hora Mais Escura"
"O Lado Bom da Vida"

Trilha sonora original
Dario Marianelli ("Anna Karenina")
Alexandre Desplat ("Argo")
Mychael Danna ("As Aventuras de Pi")
John Williams ("Lincoln")
Thomas Newman ("007 – Operação Skyfall")

Canção original
"Before my time", de "Chasing ice" – J. Ralph (música e letra)
"Everybody needs a best friend", de "Ted" – Walter Murphy (música) e Seth MacFarlane (letra)
"Pi's lullaby", de "As aventuras de Pi" – Mychael Danna (música) e Bombay Jayashri (letra)
"Skyfall", de "007 - Operação Skyfall" – Adele (música e letra)
"Suddenly", de "Os miseráveis" – Claude-Michel Schönberg (música), Herbert Kretzmer (letra) e Alain Boublil (letra)

Efeitos visuais
"O Hobbit: Uma jornada inesperada"
"As Aventuras de Pi"
"Os Vingadores"
"Prometheus"
"Branca de Neve e o Caçador"

O MAL QUE A TV FAZ

De férias pelo Brasil, eis que minha amiga Marguerite Durrel, depois de meses, decide dar "o ar da graça", escrevendo uma resenha  do livro "O Vidiota" de Jerzy Kosinsky, que foi adaptado para o cinema como "Muito Além do Jardim". Logo abaixo, mais um texto da amiga colaboradora.
 
 O MAL QUE A TV FAZ

Tive uma infância e adolescência repletas de restrições quanto ao acesso à televisão. Naquela época, os pais, pelo menos os meus, estabeleciam regras e horários para tudo. Havia hora para estudar, brincar, dormir e, principalmente, para assistir à televisão. Para eles, mais de duas horas em frente à TV seria o suficiente para tornar qualquer seu humano um imbecil de carteirinha, incapaz de pensar e ter ideias próprias.

Porém, como sempre fui fissurada em televisão e sofro de uma insônia congênita, lembro-me de levantar da cama, pé ante pé, e me prostrar diante da TV para assistir às novelas das 22 h (Saramandaia, Gabriela, O Bem-Amado), bem como aos filmes da Sessão Coruja. Isso, obviamente, às escondidas dos meus pais.

Talvez esse seja o motivo de me sentir culpada, até hoje, ao me refestelar no sofá e me empanturrar de seriados norte-americanos como Two and a Half Man, The Big Bang Theory e comédias românticas absolutamente insípidas e inodoras tipo “Feito Cães e Gatos”.

E é por essas e outras que decidi desligar o controle remoto da TV em 2013. Coincidentemente, mexendo em alguns livros antigos me deparei com um pequeno exemplar de 112 páginas chamado "O Vidiota" do escritor polonês Jerzy Kosinsk, que trata exatamente disso, do poder que a televisão exerce sobre as pessoas.

Imediatamente, comecei a leitura e só parei ao chegar na última página. A história é absorvente e ao mesmo tempo surreal. O protagonista Chance (oportunidade, em inglês) é um órfão analfabeto e sem registro de nascimento ou qualquer outro documento que possa identificá-lo. Vive na residência de seu protetor, denominado apenas de “O Velho”, onde desempenha as atividades de jardineiro. Chance nunca saiu de casa e quando não está cuidando do jardim vê televisão.

Com a morte do seu protetor, Chance é obrigado a abandonar a casa do “Velho”. Logo ao sair da residência, é atropelado pelo motorista da Sra. Elizabeth Eve (EE), esposa do Sr. Benjamin Rand, um grande empresário que se encontra bastante enfermo. A Sra. EE, preocupada com a saúde de Chance leva-o para a sua mansão a fim de que o médico de seu marido possa examiná-lo.

A partir daí, está dada a largada para toda sorte de trapalhadas e equívocos. Chance, o Jardineiro, torna-se um homem de negócios famoso e conhecido em todo o país. Ele vê o mundo a partir da sua condição de jardineiro e de acordo com o que absorve da TV, mas suas respostas lacônicas e simplórias são percebidas como sinal de sabedoria e seus comentários como belas metáforas.

Este livro, além de saboroso, é um verdadeiro tratado sobre o poder da televisão e a sua capacidade de produzir “celebridades” e hipnotizar o público. Não deixa de ser também uma crítica mordaz à sociedade de massas. E, apesar de ter sido publicado na década de 70, continua atualíssimo.

"O Vidiota" foi adaptado para o cinema em 1979, com o título de "Muito Além do Jardim", cujo roteiro foi escrito pelo próprio  Jerzy Kosinski e dirigido por Hal Ashby. O filme ganhou vários prêmios, dentre eles, o Globo de Ouro de melhor ator de comédia em 1980 ( Peter Sellers). Ganhou também o Oscar de melhor ator coadjuvante (Melvyn Douglas) em 1980 e venceu o Bafta em 1981 na categoria de melhor roteiro.

Jorzy Korzinsk nasceu na Polônia (Lodz) em 1933 e naturalizou-se americano em 1965. Teve uma sólida carreira acadêmica em Ciências Sociais e História. Além de escritor e roteirista premiado atuou no filme Reds, de Warren Beatty. Morreu em Nova York, em maio de 1991.