quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Festa da Antevéspera


A celebração do reveillon não é o único evento do calendário cultural aracajuano na última semana de 2010. Antes da festa da virada, o público apreciador do rock’n’roll tem a última chance do ano de assistir a um show do gênero. É a Festa da Antevéspera, que acontece na noite de hoje, no bar Capitão Cook, a partir das 21h. 

Organizada por um grupo de amigos aracajuanos que hoje vivem fora da capital sergipana, a festa foi concebida também como uma oportunidade para que outros 'exilados' que visitam a cidade no fim do ano vejam suas bandas conterrâneas preferidas em ação. Uma espécie de reencontro anual da família roqueira aracajuana.

Para garantir a diversão na penúltima noite do ano, foram convocadas as veteranas Snooze e Plástico Lunar, ambas respeitadas nacionalmente e detentoras de uma coleção de canções já bem conhecidas do público roqueiro local.  A festa marca a volta da Snooze aos palcos após dois meses de ausência. A banda formada pelos irmãos Fábio Snoozer (baixo e vocal) e Rafael Jr. (bateria) e pelo guitarrista Luiz Oliva, se apresenta com nova formação, que agregou ao time o tecladista James Bertisch. 

Completando o pacote, os amigos à frente de organização da festa atacam de DJs entre uma banda e outra e prometem colocar o público presente para dançar numa “batalha” onde as armas serão rock’n’ roll de todos os tempos e soul music. Quem não quiser ficar fora desta, o ingresso custa apenas R$ 10 e será vendido na bilheteria da casa noturna.

Legenda da Foto: Plástico Lunar agita a Festa da Antevéspera no Capitão Cook

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Natal dos Quadrinhos

Atenção galera que curte o universo dos quadrinhos!!!! O quadrinista e blogueiro Pablo Carranza, passando merecidas férias em Aracaju, convoca todos os admiradores, ilustradores e editores de quadrinhos e seus similares, que compareçam amanhã, a partir das 18h30, no Bar Dedinho de Prosa (próximo ao Colégio Dinâmico), para curtir o Natal dos Quadrinhos.

Além de ter a oportunidade de trocar os seus gibis e adquirir novos exemplares, o público conhecerá em primera mão, a revistinha de Carranza, "Aprenda a Falar Tudo em Italiano". Para quem já conhece o 'espírito' dos personagens do jovem sergipano, famoso pelas tirinhas Almôndegas e Astronautas, deve esperar um humor à altura dessas.

Boa oportunidade para comprar o presente de Amigo Secreto....

"Construindo a Cena Sergipana"

A Cia. de Teatro Cobras e Lagartos continua na estrada, realizando o projeto “Ciclo de Oficina I – construindo a cena sergipana”, com patrocínio do Programa BNB de Cultura – 2010, parceria BNDES.
 
O projeto oferece oficinas de aprimoramento artístico e administrativo para grupos de teatro de três regiões sergipanas, a saber: Leste Sergipano, Baixo São Francisco e Grande Aracaju. Cedro de S. João, Aracaju e Japaratuba já receberam as oficinas, com participação de mais de 20 grupos.  No final de cada série de trabalhos acontecem mostras abertas ao público, a fim de divulgar os resultados obtidos.

sábado, 18 de dezembro de 2010

"Segundos Que Antecedem ao Choro" arrebata Público do I Salão Semear de Arte Contemporânea

Não deu para ninguém. O artista baiano, natural de Tanque Novo, Fábio Magalhães foi o grande vencedor do I Salão Semear de Arte Contemporânea-Região Nordeste, "abocanhando" R$ 18 mil , referente ao Prêmio de Aquisição e Prêmio de Público, com o óleo sobre tela "Minutos que Antecedem o Choro". O artista conseguiu 15,6 % da preferência dos 2.207 votantes, sendo o prêmio de Aquisição concedido pelo júri do Salão, composto por Lilian França (UFS), Dr. Jorge Coli (Unicamp), Dra. Mirian Estela Nogueira Tavares (Universidade do Algarve / Portugal), Prof.ª Cristiana Tejo (Fundação Joaquim Nabuco / Pernambuco) e pelo Dr. Wellington Cesário (UFS).

Também foram contemplados com o prêmio de Aquisição o fotógrafo Alessandro Assunção (PB), com o trabalho  “Culturas Urbanas e Integração Social” e o sergipano Alexandre Souza com as microesculturas  “Rex”, “Carro de Bois” e “Mar Vermelho”. Cada um recebeu a quantia de R$ 15 mil, enquanto que a artista Célia Pattacini (PE), ficou com o Prêmio Especial da Comissão de Seleção por conta da instalação “Alice”.

Os vencedores foram anunciados ontem, à noite, na Galeria Jenner Augusto, localizada na Sociedade Semear num evento bastante informal e bem prestigiado por artistas, universitários e apreciadores das artes visuais. Na ocasião, foram distribuídos os catálogos do I Salão Semear de Arte Contemporânea- Região Nordeste e lançada a Revista Eletrônica "Crivo" dos formandos do Curso de Jornalismo (UFS) Michel Oliveira, Fernanda Carvalho e Larissa Ferreira.
Todos os 18 artistas selecionados para expor no I Salão foram premiados com R$ 1 mil.

Texto: Suyene Correia

domingo, 12 de dezembro de 2010

Vai uma ( auto ) biografia aí, gente ?




O Natal está chegando e se você ainda não comprou o presente da pessoa querida, que tal escolher dentre essas biografias ou autobiografias que foram lançadas ao longo de 2010 ? A lista, obviamente, não contempla todos os livros lançados no Brasil, mas uma parcela significativa daqueles referentes a artistas musicais, sejam nacionais ou estrangeiros.

Independente de eu gostar do som que 'A' ou 'B' toca, listo onze títulos para clarear a mente dos indecisos. Aproveite os últimos dias disponíveis antes da troca de presentes para fazer seu pedido pela internet, caso não encontre os publicados nas livrarias locais. Vamos à lista com os preços sugeridos e boa leitura para os presenteados:

- "The Doors por The Doors"- Org. Ben Fong-Torres
Editora Agir
R$ 59,90

-"Eu Sou Ozzy"- Ozzy Osbourne
Editora Benvirá
R$ 39,90

-"O Diário dos Beatles"- Barry Miles
Editora Madras
R$ 79,90

-"Bola do Mundo"- Felix Contreras
Editora Cosac Naify (a ser lançado)

-"Eu"- Ricky Martin
Editora Planeta
R$ 24,90

-"The Beast"- Paul Di'Anno
John Blake Publishing

-"Mick Jagger e os Rolling Stones"- Willi Winkler
Ed. Larousse
R$ 32,90

-"Vida"- Keith Richards
Ed. Globo
R$ 39,90

-"Só Garotos"- Patti Smith
Ed. Companhia das Letras
R$ 39,90

-"50 Anos a Mil"- Lobão
Ed. Nova Fronteira
R$ 59,90

-"Casé- Como Toca Esse Rapaz!"- Fernando Lichti Barros
Ed. Nova Ilusão
R$ 30

Texto: Suyene Correia

sábado, 11 de dezembro de 2010

Pablo Trapero "Tarantinesco"


Ontem, foi a abertura da 5a Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul, que de 08 a 19 de dezembro, passará por 20 capitais brasileiras, levando curtas e longas-metragens com abordagem sobre a valorização do idoso, garantia dos direitos da criança e do adolescente, diversidade sexual, entre outros. 

Pela primeira vez, a mostra chega a Sergipe, com exibições gratuitas, no Cinemark Jardins (às 11h e 15h) e Palácio-Museu Olímpio Campos (19h e 21h), sendo uma realização da Secretaria de Direitos Humanos com produção da Cinemateca Brasileira e produção local da Casa Curta-SE.

O filme que deu o pontapé inicial à mostra foi o argentino "Abutres" de Pablo Trapero com o ator Ricardo Darín. Com exibição marcada para às 19h, no Cinemark, o filme 'tarantinesco' de Trapero só foi exibido uma hora depois, tendo os mais de 100 espectadores que chegaram cedo para garantir o ingresso, que esperar por 35 minutos na fila, num hall onde o ar-condicionado não funcionava nem 10 % de sua capacidade.

Como se não bastasse a espera, por conta de atraso do técnico de projeção da mostra (segundo informações seguríssimas), ainda tivemos que ouvir aquele blá-blá-blá de praxe dos representantes do governo federal, estadual e outras instituições apoiadoras (será que não basta a gente ver pelas logomarcas estampadas no catálogo quem está engajado com a causa ?).

Iniciada a sessão em formato DVCAM (é bom frisar), comecei logo a comparar a co-produção Argentina, Chile, França e Coréia do Sul, que esse ano é o representante da Argentina para o Oscar de Filme Estrangeiro (assim como "Lula" é o representante brasileiro) ao vencedor dessa categoria, o argentino "O Segredo dos Seus Olhos".

Apesar desse último eu ter gostado muito, mas não a ponto de achá-lo melhor que "A Fita Branca", percebi que o filme de Trapero está longe de abocanhar a estatueta dourada. Isso porque apesar do tema instigante, o filme tem ritmo um tanto maçante, a partir de um dado momento as situações tornam-se óbvias e o final, que poderia ser uma surpresa, transforma-se num banho de sangue tarantinesco no pior estilo.

Trapero tinha tudo para "arrebentar" mais uma vez, como fez com "Leonera", só que preferiu seguir o caminho que Spielberg tomou ao realizar "A.I.- Inteligência Artificial", e transformou  uma possível obra-prima, num pastiche.  A trama gira em torno da máfia que envolve advogados, médicos e as próprias vítimas de acidentes de trânsito no que tange ao lucro em cima das indenizações cobradas às seguradoras.

Um desses advogados Sosa (Darín), envolvido até a "tampa" na máfia das indenizações, decide mudar de vida quando conhece a médica Luján (Martina Gusman). Só que não será tão fácil sair desse emaranhado de falcatruas e até o 'The End', perseguições, pancadaria e clichês do gênero policial americano irão inundar a tela.

Se fosse só isso, seria até aceitável, mas quando o filme atinge o seu clímax, faltando pouco mais de 10 minutos para o fim da projeção, a inspiração dos filmes de Quentin Tarantino e Robert Rodríguez fica patente; mas no pior sentido. Sosa e Luján sob um manto invisível da invulnerabilidade conseguem se desvencilhar das situações mais bizarras e o que poderia gerar um sobressalto no espectador, faz com que ele dê gargalhadas da desgraça alheia.

Texto: Suyene Correia

Legenda da Foto:  Luján (Gusman) e Sosa (Darín): um encontro que vai mudar radicalmente suas vidas 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Muito Barulho Por Nada

"Nem tudo que reluz é ouro". Quem já não ouviu pelo menos uma vez na vida esta frase ?  Pois bem, ela cai como uma luva para a inauguração do Presépio Gigante que aconteceu ontem, à noite, no Parque da Sementeira. Quantos fogos desperdiçados, quantos holofotes erroneamente direcionados para aquele local...
Fui conferir de perto (bem de pertinho) a tal representação do Nascimento de Cristo idealizada pelo artista Ivo Gato e não consegui enxergar nem a tecnologia de ponta utilizada no referido cenário, nem um fio da inspiração dos quadros renascentistas que a presidente da EMSURB,  disse a obra possuir.

Vi sim, dois postes de luz daqueles do início do século XX na entrada do presépio que, sinceramente, desconheço qual o sentido de estar ali. Ao adentrar no espaço, deparei-me com réplicas de animais (acredito que feitas de fibra de vidro) e manequins toscos, representando não só a Sagrada Família, mas também os Três Reis Magos e outros personagens anônimos da cena cristã.

Para mim, o resultado 'soou' brega e de um mau gosto extremo. Mas ao contrário do que eu estava vendo, observando, o público não parava de chegar, sacava de suas bolsas e bolsos,  máquinas fotográficas para registrar aquele amontoado de bonecos, como se fossem verdadeiras obras de arte. E pasmem, toda a decoração natalina da capital, juntamente com o presépio, custou aos cofres públicos R$ 960 mil (dinheiro meu, seu, de todos nós). Investimento inversamente proporcional ao resultado alcançado.

Engraçado que não muito longe dali, próximo ao portão principal do Parque, outro presépio, muito melhor realizado e acabado, mas feito apenas com papel reciclado (papel jornal) cumpria melhor o seu objetivo: o de representar com simplicidade e sensibilidade a chegada do menino Jesus na terra. Pena que muitos visitantes do Parque não tenham atentado para essa obra singular, confeccionada  com material simples mas com efeito devido ao pouco destaque dado pelo órgão municipal, em detrimento à pompa reservada para o 'Castelo Medieval'.

Lembro-me que quando eu era pequena, visitava junto com meus pais, um belo presépio montado na Igreja dos Capuchinhos, no Bairro América. Em miniatura, o presépio era todo mecanizado (uma engenharia muito bem elaborada) e fazia com que crianças e adultos "viajassem" na história passada há séculos. Tinha um cenário sem igual, com fundo negro simulando o céu e com luzes delicadamente posicionadas, como se fossem estrelas. Num plano mais abaixo, a cidade de Belém com todos os seus personagens principais articulados. Era mágico e atraía milhares de pessoas de todos os bairros da capital.

Pena que o Presépio que atrai hoje, tanta gente, não mereça o alarde feito pela Prefeitura, tenha uma aparência um tanto bizarra e ainda tenha sido tão oneroso.

segunda-feira, 6 de dezembro de 2010

Aracaju recebe Mostra Cinema de Direitos Humanos

A partir desta sexta-feira, dia 10, Aracaju estará sediando a 5a Mostra Cinema de Direitos Humanos, uma realização da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, com produção da Cinemateca Brasileira, patrocínio da Petrobras e realização local da Casa Curta-SE.

A sessão inaugural do evento, que prossegue até o dia 16 de dezembro, acontecerá às 19h, no Cinemark do Shopping Jardins, com a exibição do filme argentino "Abutres" , protagonizado por Ricardo Darín e dirigido por Pablo Trapero.  A Mostra Cinema e Direitos Humanos na América do Sul é dedicada a obras que abordam questões referentes aos direitos humanos, produzidas na região. 

A programação gratuita que atinge 20 capitais brasileiras e reúne 41 filmes, entre longas e curtas, será dividida em quatro sessões diárias, sendo às 11h e 15h, no Cinemark Jardins e às 19h e 21h, na Sala Multieventos do Palácio-Museu Olímpio Campos.


Indico os seguintes filmes: "Abutres" de Pablo Trapero; "Andrés Não Quer Dormir a Sesta" de Daniel Bustamante; "A Verdade Soterrada" de Miguel Vassy; "A Casa dos Mortos" de Debora Diniz; "Eu Não Quero Voltar Sozinho" de Daniel Ribeiro; "O Quarto de Leo" de Enrique Buchichio; "AHistória Oficial" de Luis Puenzo; "Pra Frente Brasil" de Roberto Farias; "O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias" de Cao Hamburger e "XXY" de Lucía Puenzo. Abaixo, segue a programação completa.


10/12 - SEXTA-FEIRA


Cinemark Jardins

19h – Sessão de Abertura
ABUTRES - Pablo Trapero (Argentina/ Chile/ França/ Coréia do Sul, 107 min, 2010, fic)
Classificação indicativa: 16 anos

11/12 – SÁBADO

Cinemark Jardins

11h
MÃOS DE OUTUBRO - Vitor Souza Lima (Brasil, 20 min, 2009, doc)
JURUNA, O ESPÍRITO DA FLORESTA - Armando Lacerda (Brasil, 86 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

15h
HALO - Martín Klein (Uruguai, 4 min, 2009, fic)
ANDRÉS NÃO QUER DORMIR A SESTA - Daniel Bustamante (Argentina, 108 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 12 anos

Palácio-Museu Olímpio Campos
19h
MARIBEL - Yerko Ravlic (Chile, 18 min, 2009, fic)
O QUARTO DE LEO - Enrique Buchichio (Uruguai/ Argentina, 95 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 14 anos

21h
O FILHO DA NOIVA - Juan José Campanella (Argentina/ Espanha, 124 min, 2001, fic)
Classificação indicativa: livre

12/12 – DOMINGO


Cinemark Jardins

11h
DOIS MUNDOS – Thereza Jessouroun (Brasil, 15 min, 2009, doc)
AMÉRICA TEM ALMA - Carlos Azpurua (Bolívia/ Venezuela, 70 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

15h
CARRETO - Marília Hughes, Claudio Marques (Brasil, 12 min, 2009, fic)
BAILÃO - Marcelo Caetano (Brasil, 17 min, 2009, doc)
DEFENSA 1464 - David Rubio (Equador/ Argentina, 68 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

Palácio-Museu Olímpio Campos

19h
O ANO EM QUE MEUS PAIS SAÍRAM DE FÉRIAS - Cao Hamburger (Brasil, 110 min, 2006, fic)
Classificação indicativa: 10 anos

21h
EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO - Daniel Ribeiro (Brasil, 17 min, 2010, fic)
IMAGEM FINAL - Andrés Habegger (Argentina, 94 min, 2008, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

13/12 – SEGUNDA-FEIRA



Cinemark Jardins

11h
A VERDADE SOTERRADA - Miguel Vassy (Uruguai/ Brasil, 56 min, 2009, doc)
ROSITA NÃO SE DESLOCA - Alessandro Acito, Leonardo Valderrama (Colômbia/ Itália, 52 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos


15h
KAMCHATKA - Marcelo Piñeyro (Argentina/ Espanha/ Itália, 103 min, 2002, fic)
Classificação indicativa: livre

Palácio-Museu Olímpio Campos

19h
A BATALHA DO CHILE II – O GOLPE DE ESTADO - Patricio Guzmán (Chile/ Cuba/ Venezuela/ França, 90 min, 1975, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
VIDAS DESLOCADAS - João Marcelo Gomes (Brasil, 13 min, 2009, doc)
PERDÃO, MISTER FIEL - Jorge Oliveira (Brasil, 95 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 14 anos

14/12 – TERÇA-FEIRA


Cinemark Jardins

15h – Audiodescrição*
AVÓS - Michael Wahrmann (Brasil, 12 min, 2009, fic)
ALOHA - Paula Luana Maia, Nildo Ferreira (Brasil, 15 min, 2010, doc)
CARRETO - Marília Hughes, Claudio Marques (Brasil, 12 min, 2009, fic)
EU NÃO QUERO VOLTAR SOZINHO - Daniel Ribeiro (Brasil, 17 min, 2010, fic)
* Sessão com audiodescrição para público com deficiência visual.
Classificação indicativa: 12 anos

17h
HÉRCULES 56 - Silvio Da-Rin (Brasil, 94 min, 2006, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

Palácio-Museu Olímpio Campos

19h
DIAS DE GREVE – Adirley Queirós (Brasil, 24 min, 2009, doc)
PARAÍSO - Héctor Gálvez (Peru/ Alemanha/ Espanha, 91 min, 2009, fic)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
CARNAVAL DOS DEUSES - Tata Amaral (Brasil, 9 min, 2010, fic)
MEU COMPANHEIRO - Juan Darío Almagro (Argentina, 25 min, 2010, doc)
LEITE E FERRO - Claudia Priscilla (Brasil, 72 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 16 anos

15/12 – QUARTA-FEIRA


Cinemark Jardins

15h – Audiodescrição*

PRA FRENTE BRASIL - Roberto Farias (Brasil, 105 min, 1982, fic)
* Sessão com audiodescrição para público com deficiência visual.
Classificação indicativa: 14 anos

17h
A CASA DOS MORTOS - Debora Diniz (Brasil, 24 min, 2009, doc)
CLAUDIA - Marcel Gonnet Wainmayer (Argentina, 76 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 14 anos

Palácio-Museu Olímpio Campos

19h
ALOHA - Paula Luana Maia / Nildo Ferreira (Brasil, 15 min, 2010, doc)
AVÓS - Michael Wahrmann (Brasil, 12 min, 2009, fic)
CINEMA DE GUERRILHA - Evaldo Mocarzel (Brasil, 72 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
GROELÂNDIA - Rafael Figueiredo (Brasil, 17 min, 2009, fic)
MUNDO ALAS - León Gieco, Fernando Molnar, Sebastián Schindel (Argentina, 89 min, 2009, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

16/12 – QUINTA-FEIRA


Cinemark Jardins

11h
ENSAIO DE CINEMA - Allan Ribeiro (Brasil, 15 min, 2009, fic)
108 - Renate Costa (Paraguai/ Espanha, 91 min, 2010, doc)
Classificação indicativa: 12 anos

15h
VLADO, 30 ANOS DEPOIS - João Batista de Andrade (Brasil, 85 min, 2005, doc)
Classificação indicativa: 14 anos

Palácio-Museu Olímpio Campos
19h
A HISTÓRIA OFICIAL - Luis Puenzo (Argentina, 114 min, 1985, fic)
Classificação indicativa: 12 anos

21h
XXY - Lúcia Puenzo (Argentina/ França/ Espanha, 86 min, 2006, fic)
Classificação indicativa: 16 anos

Uma Luz no Fim do Túnel

A previsão é de que no próximo dia 13, a Livraria Escariz do Shopping Jardins esteja abrindo a seção de CDs, DVDs/Blu-Ray para o público sergipano. Sem dúvida, uma boa notícia, pois ao contrário do que muitos possam pensar, há demanda para esse tipo de comércio; o problema é que ninguém tinha coragem de arriscar. Aliado a isso, o Fran's Café também aportará no espaço do mezanino da loja, oportunizando ao consumidor, entre uma comprinha e outra, degustar as várias opções do cardápio oferecidas por uma das maiores franquias do gênero.

Para aqueles que ainda não finalizaram a lista dos presentes de Natal, é uma boa  chance de fazerem-no. Opções não irão faltar, já que nesse primeiro momento, cerca de 5 mil títulos estarão à disposição dos consumidores de "plantão". Segundo Paulo Escariz, proprietário da livraria, a seção primará pela qualidade e pela diversidade dos produtos. 

Tomara!! Tendo em vista que apenas as Lojas Americanas vende discos e filmes na cidade e, convenhamos, a seção foi reduzida drasticamente nos últimos meses, praticamente só colocando à disposição dos cinéfilos  títulos comerciais. Agora, é esperar e ver o que de fato a rede de livraria sergipana nos oferecerá nesse sentido. Enquanto a Livraria Cultura e a Saraiva Megastore não chegam por aqui (está prevista para o segundo semestre de 2011, a inauguração dessa última em Aracaju), a Escariz vai reinar absoluta.

Texto : Suyene Correia

domingo, 5 de dezembro de 2010

'Novíssimos Baianos' chegam a Aracaju

No segundo semestre de 2010, o jornalista Luciano Matos destacou no blog El Cabong (www.nemo.com.br/elcabong) cinco bandas da nova safra da música independente da Bahia. Em seu texto, Luciano batizou as revelações de “Novíssimos Baianos”, título que não remetia  a sonoridade quase inatingível da turma de Moraes Moreira, Paulinho Boca e Galvão, mas a novidade crescente da produção independente de rock aliado à música brasileira no estado. Foi por meio desta matéria que duas das bandas que integravam a lista se conheceram e firmaram uma parceria para excursionar pelo Nordeste do país.

O sonho virou então realidade. A turnê “Novíssimos Baianos”, com as bandas Maglore e Os Barcos, teve ínicio no dia 2 dezembro e além de passar pela Bahia, Paraíba, Pernambuco e Rio Grande do Norte, chegará a Aracaju. O show será amanhã, na Rua da Cultura, dentro do que se preconiza como Circuito Fora do Eixo. 

A banda Maglore ( www.myspace.com/maglorebanda ) foi formada em 2009 e obteve destaque no circuito musical da cidade de Salvador com o lançamento do EP Cores do Vento. Seu público vem crescendo tanto nos shows realizados, quanto nas redes sociais (www.twitter.com/maglore) - principal meio de divulgação utilizado pelo grupo.
A banda Os Barcos ( www.myspace.com/osbarcos ), formada em 2008, é de Vitória da Conquista, cidade localizada na região Sudoeste da Bahia. O grupo acaba de gravar o seu primeiro disco e ganhou destaque na cena musical local ao ser selecionada para participar do projeto Conexão Vivo, em apresentação realizada na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, em Salvador, no segundo semestre de 2010. Os Barcos já participou também do Festival de Inverno da Bahia realizado na cidade de Vitória da Conquista. A banda já conta com uma turnê internacional agendada para o ano de 2011, com shows previstos em Buenos Aires, na Argentina.

Depois de conferir as canções das bandas, decida se vale a pena ou não, dar uma conferida nos shows que acontecem amanhã, na área entre os Mercados Antônio Franco e Thales Ferraz.

quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

Buenos Aires é bem ali...


Demorei pacas para fazer esta postagem, porque estava envolvida com a Mesa Temática sobre a Importância da Música no Cinema, do Projeto Cine Olho do SESC-SE e agora, fazendo um curso de Arte Contemporânea na Sociedade Semear. Passado o compromisso, venho agora discorrer um pouquinho sobre esta capital maravilhosa que fica ao sul do Brasil.

Confesso que depois de ter conhecido Santiago (Chile) há dois meses, pensei que fosse o supra sumo das capitais sul-americanas. Contemporânea na sua arquitetura, mas tradicional no comportamento de seu povo, Santiago é uma cidade para incluir em qualquer roteiro turístico que se preze, porém, Buenos Aires merece antes sua atenção.

Primeiro porque na atual conjuntura econômica, é mais vantajoso conhecer a capital "europeia" que fica há apenas três horas de voo de SP e, segundo,  porque culturalmente falando, a capital argentina tem mais o que dizer do que a chilena. Basta conhecer o Museo de Arte Latinoamericana (MALBA), o Museo Histórico Nacional e o Museo Nacional de Bellas Artes para corroborar o que estou dizendo, isso sem contar tantos outros centros culturais  (como o Centro Cultural Borges) e  Teatro Colón. E o que dizer da imperdível Feira de Antiguidades no domingo em San Telmo ?
O tango e os cafés são um show à parte. A cada manhã, você pode escolher um lugar diferente onde tomar seu desayuno, porque em cada quarteirão, dezenas de lugares aconchegantes estão à sua espera com as famosas  media lunas, tostadas e jugo de naranja (espremido). Já para se ver um ótimo espetáculo de tango, não tem como fugir dos mais badalados, como Sr. Tango ou Tango Porteño, apesar de na Corrientes e no Café Tortoni terem opções para turistas não tão exigentes nesse quesito.

Não badalei à noite como gostaria, mas em compensação, conheci muito bem a Buenos Aires diurna, com sua luz fabulosa, mesmo em dias mais frios. A arquitetura suntuosa (mix de Art Nouveau com Déco) nos arredores  do Congresso, da Av. 9 de Julio, da Plaza de Mayo, da Recoleta e San Telmo faz com que você não queira se desgrudar da câmera um minuto sequer. É impressionante como o patrimônio público (aparentemente) é muito bem preservado por lá. Estamos há anos-luz de distância nesse assunto. Uma pena.

Mas nem só de pedra e mármore é feita Buenos Aires. Encontra-se muito verde ao perambular pela cidade e quando não, depara-se com praças enormes, bem cuidadas e que 'convidam' os transeuntes a descansarem no gramado nem que seja por poucos minutos. Como fui ainda na primavera, é revigorante observar a variação da paleta de cores natural impressa pelas flores das árvores nos diversos bairros da cidade. 

A verdade é que apesar de ter passado sete dias, ainda tenho muito o que conhecer por lá. No mínimo, preciso voltar para conhecer La Boca e Puerto Madero à noite, já que fui almoçar por lá no penúltimo dia de estada e perdi o belo anoitecer daquela região portuária. Sem contar , que tem dezenas de outros museus e locais interessantes que preciso clicar e não o fiz.

O ideal é aproveitar a valorização do real e se aventurar internacionalmente. Para quem consome fácil CDs, DVDs e livros como eu, a hora é essa de fazer a festa. Não deixe de passar na Ateneo- espécie de Livraria Cultura- uma das filiais fica na Calle Florida; na Zival's- ótima loja de CD e DVD (Calle Corrientes) e na Livraria do Instituto Borges e na Associacíon de Las Madres da Plaza de Mayo (Plaza Congresso).

Quando se põe na ponta do lápis os gastos de uma semana em Sampa e outra em Buenos Aires, vê-se que a distância até a capital portenha é menor que a do Sudeste do país. Escolha seu destino nessas férias de fim de ano e boa sorte.

Legenda da Foto 1: Casa Rosada (sede do Governo) situada na Plaza de Mayo

Legenda da Foto 2:  Interior da Catedral Metropolitana onde se encontra o Mausoléu do General San Martín

Legenda da Foto 3: Café Tortoni lembra um pouco a Confeitaria Colombo

Legenda da Foto 4: Congresso, palco das decisões políticas argentinas

Legenda da Foto 5: Igreja Ortodoxa Russa localizada na Plaza Dorrego em San Telmo

Legenda da Foto 6: A blogueira em pleno Jardín Japonés em Palermo

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Música no Cinema é assunto do Cine Olho

Pessoal, a blogueira convida a todos a participar da Mesa Temática sobre " Música no Cinema" que acontecerá nesta quinta-feira, às 19h, no auditório do SESC/centro. Eu e o coordenador do Núcleo de Áudio da Aperipê TV, Luiz Oliva, estaremos fazendo parte dessa mesa que encerra as atividades do Projeto Cine Olho, coordenado pelo técnico de cinema do SESC, Wolney Nascimento. 

Farei um apanhado geral sobre a Música no Cinema, desde os seus primórdios até os dias atuais, chamando a atenção dos grandes compositores desses 115 anos de existência da 7a Arte, como eles produzem as músicas originais para um filme, as parcerias que deram certo com determinados diretores, suas referências musicais.

Já Luiz Oliva dedicará seus 30 minutos de explanação ao "Elemento Sonoro no Audiovisual". O debate acontecerá logo em seguida com os presentes e após este, haverá uma apresentação musical com Pedrinho Mendonça e a Membrana para coroar o encerramento do projeto edição 2010.

A entrada é gratuita. Quem quiser participar, basta chegar um pouquinho antes das 19h e assegurar seu lugar no auditório que fica no 1o andar. O SESC/centro está localizado à Rua Dom José Thomaz, em frente ao Colégio Arquidiocesano. Mais informações pelo telefone 3216-2726.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Gaturro na cabeça !!!


Em recente viagem a Buenos Aires (que pretendo traçar um roteiro de bons lugares para se visitar, em breve, aqui no blog) conheci o personagem Gaturro criado por Cristian Dzwonik (Nik). Em qualquer banca de jornal, em qualquer livraria de qualidade, pode-se encontrar os  livros (mini-romances) e coletâneas de tiras desse gato astuto e irônico, mas também ingênuo e apaixonado, quando o assunto é sua amiga Ágatha.

A cada tira, Nik vai nos apresentando um universo infindável de personagens engraçados e bem simpáticos, destacando-se sua mãe, Mamurra; seu sobrinho Gaturrín; seu primo Gatulongo; a gata aristocrata do bairro, Elizabeth; Arañita; o cachorro amigo, Canturro, entre tantos outros. Praticamente é impossível se ler uma dessas tiras e não soltar uma gargalhada. O personagem já teve seue livro publicados em mais de 15 países (inclusive aqui no Brasil) incluindo também EUA, Espanha e França.

Crítica social e relações interpessoais (ou seria, interfelinas) são os motes para Nik desenvolver com criatividade, as ligeiras situações em que coloca à prova a sagacidade do seu gato de estimação. E não fica só por aí, uma série de artigos como álbum de figurinhas, souvenirs, filmes e vídeos do Gaturro podem ser adquiridos pelo site http://www.gaturro.com/

Em setembro foi lançado o filme do bichano em 3D. Acho até que Garfield ficou com inveja...Mas chegar por aqui, parece que vai ser uma operação bastante demorada. Nik esteve em São Paulo no ano passado lançado Gaturro Grandão. Além desse, iniciei minha coleção de tirinhas com quatro coletâneas, das 15 já publicadas. Já que não posso ter gatinhos em casa, por conta da minha rinite, que seja Gaturro.

domingo, 21 de novembro de 2010

Uma Dezena de filmes na Mostra de SP

Deveriam ter sido 15 filmes, mas o saldo foi de 13 em quatro dias. Como só peguei os últimos dias de Mostra Internacional de São Paulo e não queria ficar só no escurinho do cinema (tinha muitas exposições para conferir), abri mão da repescagem e ainda fiquei com um saldo positivo. Talvez em meta numérica a ser atingida, porque em qualidade de filmes, meus tiros no escuro não foram muito certeiros.

No entanto, destaco o coreano "Animal Town" de Jeon Kyu-hwan; o holandês "Hunting & Sons" de Sander Burger; o chinês "O Solteiro" de Hao Jie; "Os Barões" de Nabil Ben Yadir e o belga "Bo" de Hans Herbot.  Ainda que o canadense "Ondulação" de Denis Côte tenha personagens muito interessantes e uma história que desperte a curiosidade de quem se arrisca a vê-lo, creio que o final deveu muito ao espectador.

Engraçadinho, mas longe de ser ordinário, é o simpático "Querido Muro de Berlim" de Peter Timm. Merece uma conferida, assim como "Os Amores Imaginários" de Xavier Dolan, jovem de 20 anos que está sendo incensado pela crítica, mas que precisa ainda amadurecer muito como cineasta e encontrar sua marca. Por enquanto, o cara que gosta também de protagonizar seus filmes ("Eu Matei Minha Mãe" também estava em cartaz na época e Dolan é o filho da mãe do título) mostra que tem bagagem cinematográfica de sobra, quando o assunto são referências, mas para se chegar ao patamar de um Tarantino ou Almodóvar, vai demorar um pouquinho.

Como em todo festival, as bombas, as granadas também explodem. A grande bomba dos que conferi foi "Vênus Negra". O filme francês de Abdellatif Kechiche tem 159 minutos e é um verdadeiro suplício. Baseado em fatos reais, o filme do mesmo diretor de "A Esquiva" (argh!), conta a história da africana Saartjie Baartman, que no início do século XIX, era atração dos freak shows de Londres.

Por ser de uma tribo específica em que a genitália feminina e as ancas se apresentam avantajadas, Saartjie vai ser 'cortejada' por cientistas da época que querem seu corpo como objeto de estudo, ao mesmo tempo em que se vê escravizada pelo seu senhor pervertido, em apresentações que, gradativamente, vão ficando mais erotizadas. O problema é que Kechiche se alonga demais para alcançar o desfecho, com cenas intermináveis e desnecessárias, levando o espectador a se evadir da sala antes mesmo do The End.

Espero no ano que ter mais sorte nas minhas escolhas e que venham prá cá, filmes do quilate de "Poesia", "O Homem que Grita", "Tio Boonmee que Pode Recordar suas Vidas Passadas", "Submarino", "Caterpillar", títulos bastante concorridos nas filas de compra de ingressos para a 34a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo que aconteceu de 24 de outubro a 04 de novembro.

15 anos de "É Tudo Verdade"


Ainda não tive a oportunidade de cobrir in loco o "É Tudo Verdade", um dos principais festivais de documentários do mundo, idealizado pelo crítico e realizador Amir Labaki, que acontece em SP e no RJ. Mas acredito que, no ano que vem, poderei conferir de perto as pérolas exibidas neste evento que ao longo de 15 anos, cresceu assustadoramente.

Por conta dessa uma década e meia de atividade, foi que Labaki compilou o que de mais importante aconteceu em seu festival bem sucedido até então e lançou, no dia 06 de novembro, na Livraria da Vila, da Alameda Santos, o livro "É Tudo Cinema". Editado pela Imprensa Oficial, "É Tudo Cinema" traça um panorama do evento que nasceu tímido em 1996, com apenas 29 filmes convidados e hoje, é reconhecidamente um dos melhores do mundo no gênero.

"A ideia central do É Tudo Verdade era garantir pela primeira vez uma vitrine anual do país para a nata da produção brasileira e internacional, realizando em paralelo um trabalho de formação de público por meio de retrospectivas e discussões", diz Labaki. Sem dúvida, o festival vem atendendo às expectativas do seu fundador e diretor geral, a prova disso, pode ser constatada ao longo das 300 páginas da publicação, em que Amir Labaki escreve a súmula de cada ano do "É Tudo Verdade".

Sem dúvida, o interesse atual do público pelo cinema não- ficcional não é por acaso. O "É Tudo Verdade" contribuiu para divulgar vários documentaristas nacionais, além de formar plateia para o gênero até pouco tempo atrás negligenciado. Não só o evento se preocupa com a mostra em si do que de melhor se produz no mundo de documentários, como também realiza debates, promove uma conferência internacioanl e se preocupa com a exibições na TV.

Por tudo isso, é que Labaki recebe as felicitações do Bangalô pela iniciativa e que, no futuro, Sergipe possa ter um prolongamento do festival  "È Tudo Verdade". Vida longa...

Texto e foto: Suyene Correia

 Legenda da foto: Labaki autografando o livro da blogueira na Livraria da Vila

sábado, 20 de novembro de 2010

29a Bienal de SP- Doce ou Amarga ?






Ir a Sampa  nos próximos dias e não conferir a 29a Bienal de São Paulo, que se encerra no dia 12 de dezembro, no Parque do Ibirapuera, é marcar bobeira. Por mais que os trabalhos da maioria dos artistas selecionados não inspirem lá muito crédito, principalmente, ao lembrar que o tema perpassa pela  "Polítíca e Arte" e aí, eles passam longe da proposta, existem uns parcos trabalhos que valem a pena alguns minutos de contemplação.

Logo no térreo, ao adentrar no Pavilhão Ciccillo Matarazzo,  as grandes telas de Rodrigo Andrade compondo sua "Matéria Noturna" de São Paulo chamam a atenção do espectador. A princípio semelhantes a grandes fotografias noturnas, as telas pintadas a óleo por Rodrigo e com texturas bem trabalhadas, revelam a cidade grande adormecida.

Seguindo um pouquinho mais à frente, reserve uns segundinhos ao vídeo "Je Vous Salue Saravejo" de Jean-Luc Godard. As palavras chocam mais que as imagens... Preste atenção também na criatividade de Tatiana Blass com seu trabalho "Metade da Fala no Chão", em que um piano é calado por conta da parafina que foi derramada em seu interior. O piano por si só 'parafinado' não é tão interessante quanto a performance do pianista que pode ser vista num vídeo ao lado da obra.

Por falar em vídeo, vale a pena dar uma olhada na sequência de fotos de David Claerbout projetadas num quarto escuro. Ele mostra o terraço de um prédio em Argel, onde acontece uma pelada. Ao mesmo tempo em que compactuamos com a alegria dos rapazes em meio a uma diversão despretensiosa, deslumbramo-nos com o vigor do fotógrafo ao mostrar em enquadramentos inusitados, a revoada de pombos sobre suas cabeças. 

Ai Weiwei com suas esculturas gigantes de animais do horóscopo chinês não consegue passar incólume. Já as belas fotografias da americana Alessandra Sanguinetti poderiam estar num lugar mais visível. É preciso se desviar um pouquinho para a direita, praticamente na parede oposta da entrada do pavilhão, para apreciar suas cenas montadas com modelos infantis bastante expressivos.

Jacobo Borges com suas fotografias de Caracas também merece um destaque, assim como os trabalhos de Moshekwa Langa e Eduardo Navarro.  Ainda no primeiro pavimento, subindo a rampa, não deixe de entrar no terreiro "Longe Daqui, Aqui Mesmo" (misto de biblioteca e labirinto) projetado por Marilá Dardot e Fábio Morais. Rosângela Rennó, Mateo López e Karina Skvirsky Aguillera também merecem uma atenção ainda neste pavimento.

Já é possível a partir deste piso, visualizar a grande obra de Nuno Ramos, mas sem os urubus sergipanos, o trabalho perde muito do seu impacto. Vá logo para o terceiro pavimento, porque se você passear pelo segundo, não terá disposição para mais nada depois. Não perca por nada, a instalação de Alfredo Jaar, em que com um amontoado de slides (de uma única cena), o artista consegue fazer uma crítica feroz ao genocídio de Ruanda.

A carioca Alice Miceli, que mora atualmente em Berlim, arrasa com seu Projeto Chernobyl. Na instalação da artista é possível visualizar os negativos que foram sensibilizados com a radiação encontrada no local do acidente nuclear ocorrido em 1986. O abstracionismo do invisível dá um feito surreal.

Henrique Oliveira com sua gruta artificial "A Origem do Terceiro Mundo" demonstra que é, no mínimo, um artista que não tem preguiça de trabalhar (seja mentalmente, seja fisicamente). Colagem tridimensional dimensionada de forma gigantesca como nunca havia "experenciado".

Ainda neste andar,  valem uma conferida "O Barco dos Tolos" do fotógrafo Allan Sekula; o "Abajur" de Cildo Meireles; as fotos dos Penitentes assinadas por Guy Veloso; as fotografias de Miguel Rio Branco; o vídeo "Arte/Pare" de Paulo Bruscky e o "Tornado" de Francis Alÿs.

No segundo pavimento, obras instigantes como os jornais de Antonio Manuel; a série "Milagros" de Sandra Gamarra sobre personalidades políticas e cenas de guerra; a paca voadora de Nélson Leiner; os pêndulos suspensos de Tatiana Trouvé se sobressaem às demais. Aqui tem muita coisa completamente desnecessária, mas os poucos trabalhos dignos de uma apreciação mais demorada, vale a pena o esforço de vencer o cansaço. Resta ao internauta que visitar à 29a edição da Bienal, decidir se ela deixou um gostinho doce ou amargo. Para mim, ficou no agridoce.

Legenda da Foto 1: A blogueira ainda bem disposta, no início da visitação, em frente à obra de Rodrigo Andrade

Legenda da Foto 2: Não sei se meu signo corresponde ao Galo, no horóscopo chinês, mas esta escultura de Ai Weiwei foi a que mais simpatizei

Legenda da Foto 3: Interior do "Palácio de Papel" criado com precisão geométrica por Mateo López

Legenda da Foto 4: Detalhe da obra "350 Pontos Rumo ao Infinito" de Tatiana Trouvé

Legenda da Foto 5: Na obra do irreverente Nélson Leiner até pacas voam

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

I Salão Semear de Arte Contemporânea- Região Nordeste (Parte II)


Fábio Magalhães. Este é o nome de destaque, do I Salão Semear de Arte Contemporânea. O baiano participa com quatro trabalhos em óleo sobre tela de um realismo absurdo. À primeira vista, ao longe, suas telas parecem fotografias de grandes dimensões. Com uma maior proximidade, no entanto, o que poderia ser a perfeição de um photoshop, revela-se como pinceladas precisas e certeiras sobre a tela branca.

Seu trabalho "Segundos que Antecedem o Choro" pode deixar o espectador mais sensível com o estômago ligeiramente "revirado". Ao mesmo tempo que é repugnante, a tela de 1,50 X 2 m é hipnotizante. Suas outras três telas, que apesar dos títulos distintos, bem poderiam fazer parte de uma série "Como Fazer das Tripas Coração" comprovam a habilidade do artista com o desenho, com a anatomia mais profunda do ser humano.

O jovem de 28 anos, natural de Tanque Novo, foi bastante assediado pelo público na noite de abertura, de modo que uma individual com o rapaz, em Terras de Ará,  não seria nada mal... Sem dúvida, o rapaz tem grande chance de sair com um prêmio do Salão. Quem sabe surpreenda, até com o voto popular. É esperar para ver.

Apesar de conhecer o trabalho do sergipano Alexandre Souza, há tempos, já que entrevistei o artista há  sete anos, quando estava iniciando seu trabalho com micro-esculturas, acredito que suas obras "Rex", "Carro de Bois" e "Mar Vermelho" chamem a atenção dos visitantes. Protegidas por espécies de tubos de ensaio, as esculturas podem ser apreciadas através de um método de visualização engenhoso desenvolvido pela curadoria do salão juntamente com o pessoal da Semear, na pessoa de Cita Domingos.

Destaco também a fotografia "Agora Inspire!" de Vinícius Fontes; os desenhos de Airton Cardim; a instalação "Alice" de Célia; e os  vídeos "Passos" de Jéssica Araújo, "O Deserto" de Victor Venas e o "Vídeo Estado, Simulacro Cinematográfico" de Bárbara Azevedo.

Acredito que o fotógrafo Benedito Letrado poderia participar com outros trabalhos, tendo em vista seu interessante acervo e quanto às demais obras expostas, talvez eu necessitasse de um tempo maior para a "sensibilização" destas. Até o dia 20 de dezembro, passarei lá novamente, para apreciá-las.

A Galeria Jenner Augusto está localizada na Sociedade Semear (Rua Vila Cristina, 148) e o público poderá depositar na urna, até o dia 17 de dezembro, seu voto para o melhor trabalho.


Texto: Suyene Correia

Legenda da Foto: O trabalho "Segundos que Antecedem o Choro" de Fábio Magalhães 'recepciona' os visitantes na entrada da Galeria Jenner Augusto (Sociedade Semear) 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

I Salão Semear de Arte Contemporânea- Região Nordeste (Parte I)

Depois de chegar em casa e me deparar com uma infinidade de e-mails na caixa abarrotada de 15 dias sem acesso, fiquei sabendo como havia sido movimentada a abertura do I Salão de Semear de Arte Contemporânea. Não só um público significativo havia comparecido ao vernissage, como também um artista local teria questionado aos presentes "Cadê a Arte?"

Hoje fui conferir na Galeria de Jenner Augusto se as obras selecionadas pela comissão formada por Lilian França, Jorge Coli, Mirian Nogueira, Cristiana Tejo e Wellington Cesário estavam aquém ou além das minhas expectativas. Confesso que o que vi era justamente o que eu já havia traçado em minha mente. Mas antes de fazer uma avaliação pessoal, deparei-me com esse texto de Gustavo Costa, estudante do 6o período de Jornalismo da UFS, entre os meus e-mails e a solicitação por parte dele, de publicação no Bangalô de sua opinião sobre a noite do dia 09 de novembro, em que ocorreu a abertura do Salão.
Segue o texto na íntegra.

"Ação e reação. Quando Isaac Newton publicou a terceira lei da mecânica clássica em 1687, ele talvez não soubesse que também estava falando de arte. Quando a estudante de jornalismo da UFS, Marta Olívia Santana Costa, 25 anos, entrou na galeria Jenner Augusto, durante a abertura do I Salão Semear de Arte Contemporânea – Região Nordeste, e se deparou com uma língua de 1,90m de altura por 1,40m de largura, imediatamente sentiu ânsia de vômito. Minutos depois, enquanto os visitantes da exposição aproveitavam a vernissage, irromperam berros do artista plástico sergipano José Fernandes: “Onde está a arte? Eu não estou vendo a arte!”. O que eles não notaram é que suas reações acabaram integrando ainda mais o espaço dedicado à arte contemporânea.

A raiva, a dúvida, a inquietação e o estranhamento também fazem parte dos movimentos artísticos contemporâneos. Ao questionar se arte estava mesmo ali, José Fernandes fez com que a exposição atingisse o seu objetivo. Naquele momento, a arte cumpria o seu papel. De uma forma ou de outra, aquelas obras o tocaram de alguma maneira. No salão organizado pela Sociedade Semear através do Edital de Apoio a Festivais de Fotografias, Performances e Salões Regionais da Funarte, estão presentes todas as impressões que se espera de um salão de arte contemporânea.

Todas as 19 obras cuidadosamente selecionadas pela Comissão de Seleção do Evento integram perfeitamente o ambiente e criam uma forte interação com o público. Dos 18 artistas, seis são de Sergipe, ou seja, um terço do total de um salão que contempla toda a região nordeste. E vale destacar que os sergipanos Alexandre Souza, Benedito Letrado, Jéssica Araújo, Liliu, Linalva Leal e Vinícius Fortes foram escolhidos unicamente por seus trabalhos. A Comissão de Seleção não teve acesso a nenhuma informação dos artistas. Não restam dúvidas, porém, que a grande estrela da noite de ontem foi o baiano Fábio Magalhães, autor de quatro telas imensas em destaque na exposição.

Ao visitante que ainda irá prestigiar o I Salão Semear de Arte Contemporânea – Região Nordeste, prepare-se para ter diferentes sensações. Além da leve vertigem sentida por alguns ao entrar na tenda escura do artista Victor Venas, uma mesma obra, certamente poderá lhe causar três impressões, o impacto sentido pela estudante de jornalismo, a fúria do artista plástico e o deslumbramento de todos com a técnica empregada na tela. Com certeza não poderia haver nada mais contemporâneo."

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

As férias do Bangalô acabaram

Olá, pessoal, o bangalocult ficou duas semanas sem novidades, porque a blogueira tirou uns dias de descanso fora de Aracaju. A primeira parada foi São Paulo, onde tive a oportunidade de conferir o final da 34a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a 29a Bienal de Artes de São Paulo, exposições no MASP, PINACOTECA, Museu da Língua Portuguesa, entre outros.  

Depois, o destino foi a capital portenha, Buenos Aires. Museus, shows de tango, milongas, teatro estavam diariamente na pauta e só faltou uma ida ao cine. Em breve, estarei colocando no blog algumas fotos da viagem e comentando as melhores programações e dicas para quem ainda não conhece a capital argentina.

Aproveite enquanto o real está bastante valorizado. Vale a pena levar a mala pela metade vazia e trazer discos, livros e DVDs, muito abaixo do preço comercializado no Brasil. Agora, é arregaçar as mangas e voltar a escrever.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Vampiro "de verdade" no Cine Cult

Adoro filmes de vampiro. Não perco um, a não ser a série "Crepúsculo" e similares (talvez um dia eu me curve a esses apocalípticos filmes vampirescos), mas enquanto isso não ocorre, prefiro um do tipo "Sede de Sangue" de Park Chan-Wook, que está em cartaz no Cine Cult do Shopping Riomar, mas que por 'um lapso' do  Cinemark, não constava até domingo último, da programação impressa.

Ao invés do internauta perder seu tempo com a comédia "Os Vampiros que se Mordam", vale a pena conferir esse filmaço coreano (do mesmo diretor de "Mr. Vingança", "Old Boy" e Lady Vingança") em que um padre torna-se voluntário nas pesquisas de se encontrar a cura para um vírus letal, e após uma transfusão sanguínea, termina virando vampiro.

A partir daí, o padre desenvolve uma crise de identidade e não é para menos. Ao mesmo tempo em que precisa do sangue para ficar vivo, não quer matar suas vítimas e encontra uma saída inusitada para tal. Só que ao se reencontrar com uma amiga de infância, a outra questão que é colocada em prova é o celibato. Como se não bastasse, a jovem é casada e mora com a sogra. Com tantos desejos à flor da pele e sem poder reprimi-los mais, o espectador torna-se cúmplice dos atos irracionais do padre.

Como Park Chan-Wook não é de brincadeira, quando o assunto é contar uma história (recheada de mistério, terror e drama), o filme dá um giro de 360 graus, quando a jovem pede ao seu amante, para se tornar vampira. Essa e outras cenas são visualmente exuberantes (com muito sangue em profusão) e a trilha também merece destaque. Desaconselhável para cinéfilos de estômago fraco e obrigatório para aqueles que curtem de "Drácula" de 1933 a "Guardiões da Noite" de 2004.

Texto: Suyene Correia

Legenda da Foto: O padre Sang-Hyun (Kang-ho Song) entre "a cruz e a estaca"

Acordeon Clássico


O Quinteto Persch, formado por cinco acordeonistas, apresentar-se-á amanhã, às 20h, no auditório do SESC-centro. Confesso que fiquei surpresa com o local escolhido para a apresentação, já que poderia ser num local um pouco maior e com acústica mais adequada. Mas como apresentações como esta são difíceis por aqui, vale parabenizar a intituição SESC, em ceder o auditório para o show dos gaúchos.

Único grupo brasileiro com esta formação, o Quinteto Persch traz um repertório composto por peças de Villa-Lobos, Guerra-Peixe, Astor Piazzolla, Ferenc Farcas e Rossini. A turnê é fruto do Prêmio Circuito Funarte de Música Clássica e acontece entre os dias 20 e 25 de outubro e percorrerá Salvador, Aracaju, Maceió, Garanhus, Campina Grande e João Pessoa.

Formado em 1999,  por Adriano Persch, o Quinteto reúne um time de profissionais com formações variadas: seja com bacharelados e licenciaturas em música, seus componentes também são membros de orquestras. Fazem parte da trupe o próprio Adriano, além de Fernando Santos, Daniel Castilhos, André Machado e Luciano Rhoden.

Segundo Adriano Persch, o Quinteto tem como objetivo difundir o Acordeon através da música de câmara. “Queremos mostrar a versatilidade e oportunizar a exploração do instrumento com repertório erudito”, revela. “Lamentavelmente, o acordeon ainda não está inserido na academia, nos cursos superiores ou pesquisas, mesmo sendo muito participante da música brasileira com importantes expoentes”, enfatiza. A turnê pretende ainda propiciar a troca cultural entre as regiões brasileiras e resgatar o uso do acordeon na música instrumental. 

Mais informações podem ser obtidas através do http://www.quintetopersch.com/. No site, o internauta pode conferir vídeo e áudio do grupo, além de baixar partituras gratuitas para Acordeon mediante cadastro.

O SESC-centro está localizado à Rua Dom José Thomaz, em frente ao Colégio Arquidiocesano.

domingo, 17 de outubro de 2010

Faltou decolar


Conheci Marco Ricca mais de perto, há dois anos, quando estive em Paulínia e ele marcou presença no Festival de Cinema, como um dos diretores que teria sua produção financiada pela prefeitura da cidade, por conta de um edital de audiovisual. Na entrevista coletiva, concedida à epoca, ele discorreu sobre a trama- baseada em romance de Marçal Aquino- e falou um pouco sobre a escolha do elenco tarimbado.
Ontem,  fui conferir o longa de estreia de Ricca, no Cine Cult do Cinemark Jardins e confesso que me decepcionei. Não com o olhar ousadamente intimista do diretor ao abordar a questão do tráfico nas fronteiras do Centro-Oeste brasileiro, nem com as excelentes construções dos personagens pelo atores escalados, mas com uma certa diluição do roteiro, que em alguns momentos, deixa brechas inaceitáveis.

Não li o livro do Aquino, para comprovar se essa característica lacunar já provem da literatura contemporânea do escritor, mas penso que na tela, a adaptação não funcionou a contento com essas pontas soltas e sem amarras. Alguns personagens saem de cena sem a menor explicação- como a amante do matador, Brito, vivida por Via Negromonte e a esposa do fazendeiro Miro, vivida por Ana Braga, mãe de Alice Braga- sem contar que um quê da trama (se eu disser, estraga a surpresa) não fica bem claro.

Talvez tenha sido exatamente isso que o diretor desejou para o seu longa-metragem, mas ao contrário de outras críticas que li, comparando ao filme "Os Matadores" de Beto Brant, "Cabeça a Prêmio" não possui roteiro redondinho e torna-se, por vezes, pretensioso.

No entanto, o filme tem seus méritos:  o elenco está irrepreensível, a  fotografia de José Roberto Eliezer é soberba e a sensibilidade de Ricca ao explorar o silêncio é na medida certa. Repare nos atores estrangeiros, Daniel Hendler (argentino) e César Trancoso (uruguaio). Alguém aí advinha os filmes que eles participaram e foram exibidos aqui no país?

Texto: Suyene Correia

Legenda da Foto: Alice Braga vive Elaine a filha de Miro (Fúlvio Stefanini)

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Trotamundos Coletivo promove "Coversando Fotografia"

O Trotamundos Coletivo promove amanhã, às 19h, no Auditório Marcelo Hora de Araújo – Espaço EMES – a terceira edição do projeto 'Conversando Fotografia'. Desta vez, a conversa ocorre com os fotógrafos Oliver Garcia e Renata Voss. Os profissionais dialogarão a respeito de suas experiências com a fotografia publicitária e a importância da imagem para a área.

Sobre Oliver Garcia- É publicitário e atua há cerca de oito anos na área, tendo passado pelas principais agências de Sergipe. Ele começou a carreira na área de direção de arte e sempre teve contato com o campo da fotografia, em alguns momentos dando assistência a trabalhos que estavam sendo realizados por clientes das agências em que trabalhava. Depois de acompanhar o trabalho de alguns fotógrafos sergipanos, em especial Aluisio Acioly, o jovem fotógrafo decidiu seguir carreira no setor e, nos últimos quatro anos, trocou de vez a direção de arte pela fotografia.

Sobre Renata Voss- É alagoana, publicitária e, atualmente, é professora substituta de fotografia na Universidade Federal de Sergipe (UFS). Trabalha há seis anos com fotografia publicitária, prestando serviços para agências de publicidade e clientes diretos. Já atuou como diretora de arte em duas agências de propaganda de Maceió e como professora de fotografia nos cursos de graduação em comunicação da ESAMC (AL) e da FITS (AL). 
 
Possui especialização em docência para o ensino superior e em artes visuais, tendo interesse de pesquisa pela história da fotografia publicitária e por processos alternativos em fotografia, como o cianótipo e marrom van dyck, bem como na investigação dos diversos suportes que a fotografia pode assumir. Participou de diversas exposições coletivas entre 2004 e 2010, realizando a sua primeira exposição individual 'Lugares Comuns ou Vazios Encenados', na Pinacoteca da UFAL, em 2008.  

O evento é aberto ao público e gratuito.

segunda-feira, 11 de outubro de 2010

Fotógrafa Sergipana é destaque do Mural da Photo Magazine



Um breve perfil da fotógrafa Mônica Flávia Carvalho, juntamente com quatro fotos de sua autoria, pode ser conferido na edição de número 34 da Revista Bimestral "Photo Magazine", que já se encontra nas bancas. Considero Mônica uma artista promissora. Tendo pouco mais de quatro anos no ramo, ainda que de forma mais amadora que profissinal, ela foi vencedora de um concurso do site Planeta Sustentável – O Futuro a Gente faz Agora, com o trabalho chamado "Olho" e ficou em segundo lugar num concurso nacional pelo Programa Nacional de DST e Aids, com uma série de fotografias em que utilizava a camisinha como principal "personagem".

No ano passado, foi finalista de um concurso latino-americano, sendo  a fotografia "A Feirante" exposta no museu Antioquia em Medellin e, desde 2007, vem participando de exposições coletivas e individuais em Aracaju. No final deste mês (28/10), por sinal, três de seus trabalhos mais recentes poderão ser conferidos na coletiva do projeto Sergipe in Foco, no Palácio-Museu Olímpio Campos e que tem como tema- Moradas.
Atualmente, Mônica Flávia tem investido na produção de books e editoriais de moda, sem deixar o experimentalismo de lado, marca registrada de seu trabalho consistente.

Texto: Suyene Correia

Foto: Essa é uma das cenas clicadas por Mônica que estará presente na Exposição "Moradas" 

domingo, 10 de outubro de 2010

Cursos no Cine Olho

Com o objetivo de apresentar um painel teórico sobre os quadrinhos no mundo e debater as possibilidades da linguagem e seu uso em sala de aula, o SESC-SE realiza no período de 18 a 22 de outubro, das 14 às 18h, na Unidade Centro, o Curso de Elaboração de Quadrinhos na Sala de Aula. O pedagogo e especialista em arte educação, Milton Coelho, será o facilitador da atividade que terá a duração de 20 horas, certificação e será destinada a professores, estudantes e apreciadores desta arte.
      
Segundo o técnico em cinema do SESC/SE, Wolney Nascimento, a história em quadrinhos é uma linguagem que associa imagem e texto. “Nos tempos atuais esses dois campos de informação estão em processo de expansão e de integração. Levar essa linguagem para a sala de aula é gerar possibilidades pedagógicas ricas e lúdicas, permitindo que o educador possa aumentar o interesse para os conteúdos de sua disciplina, alem de servir de base para projetos de ensino e atividades interdisciplinares”, disse Nascimento.
      
Na abertura do curso, dia 18, às 14h30, o SESC também promoverá uma mesa redonda aberta ao público gratuitamente, com a participação de Milton Coelho e do desenhista de HQ, Gladston Barros. Respectivamente eles abordarão os temas O Estilo Mangá Renovando, a Estética de Maurício de Souza e as Histórias em Quadrinhos na Aula.

Na seqüência da programação o Sesc também promoverá de 18 a 22/10, das 18 às 22h, na mesma unidade, uma oficina intitulada “Do Roteiro a Pré-produção”, ministrado por Marcelo Roque Belarmino, realizador em audiovisual. A oficina terá a duração de 20h com certificação. A iniciativa é direcionada para micro e pequenas produções. Belarmino vai apresentar as noções básicas de argumento, roteiro e o processo de aplicação desses elementos com o devido planejamento, para a realização das filmagens. Também apresentará o desenvolvimento da pré-produção e da decupagem, capacitando os alunos para melhor realizarem suas próprias produções.

As inscrições nos cursos estão abertas nas centrais de atendimento do Sesc com vagas limitadas. Informações 3216-2726 / 2727 ou http://www.sesc-se.com.br/.

sábado, 9 de outubro de 2010

Destino para as férias: Chile



Ultimamente, tenho deixado o bangalô um pouco de lado , mas é por conta de algumas viagens que tenho feito. A última, por sinal, teve como destino o Chile. Fui a trabalho, a convite da Turise Operadora com o apoio da TAM e, apesar de ter sido uma estada rápida, deu para ter uma ideia de quanto aquele país é lindo!

Tanto Santiago, quanto Valparaíso e Viña del Mar deveriam ser destinos mais procurados pelos brasileiros e não, tão somente, Buenos Aires e Punta del Leste. Mas, aos poucos, estão descobrindo as maravilhas daquele país contrastante, tanto no que diz respeito à questão geográfica, quanto no âmbito cultural.

O tempo em Santiago foi curtíssimo (cerca de um dia e meio), mas o suficiente para se encantar com o saneamento da cidade, a simpatia dos chilenos, a modernidade da urbanização e o cuidado com a arquitetura.

Apesar de ser uma cidade relativamente cara (R$ 1 vale em torno de 250 pesos), procurando enconomizar na alimentação e hospedagem, dá para se fazer belos passeios e se divertir a valer. A ordem é não deixar a câmera fotográfica no hotel e flagrar tudo, inclusive a Cordilheira dos Andes, que circunda a cidade.

Para quem curte vinho, torna-se parada obrigatória uma visita às vinículas, seja a de Concha Y Toro ou Undugarra. E uma chegadinha até a região de Pomaire, a fim de conhecer uma comunidade bastante peculiar com sua culinária exótica também deve constar no roteiro.

Falar de Viña del Mar e Valparaíso em parcas linhas é um pecado. Mas como o blog é um espaço para textos mais compactados, vale pelo registro de se conhecer a primeira, conhecida como 'Miami Chilena', devido ao contraste de suas edificações modernas e exuberantes, com as de Valparaíso, cidade portuária, repleta de ladeiras, que ora lembra Salvador, ora lembra Santa Tereza (bairro carioca).

É lá, aliás, que se encontra uma das casas que Pablo Neruda morou e escreveu seus livros. A vista que se tem das janelas dos cômodos da Casa Museu La Sebastiana é linda, oportunizando ao visitante, uma parcial da cidade de Valparaíso e da região portuária. Por sorte, a manhã estava ensolarada (ainda que a brisa estivesse um tanto fria) e deu para constatar o azul do mar em sua magnitude.

Azul que continua em Viña del Mar, talvez até com maior intensidade. A propósito, tive sorte de registrar a presença de vários leões-marinhos nas pedras que ficavam próximas à praia. Também pelicanos, gaivotas e outras aves comuns à região inistiam em "sair" nas fotos. A vontade que eu tinha era de ficar ali, aquela tarde de sábado toda, apreciando a fauna daquele local.

Nosso país é lindo, incontestavelmente, mas há muito o que se conhecer ainda ao sul do Equador e, não somente ao norte dessa linha imaginária. Aliás, a Patagônia e o Deserto do Atacama que o digam...
Fica aqui a dica para quem quiser se divertir e voltar maravilhado de um lugar nessas férias de verão.

Texto e Fotos: Suyene Correia

Foto 1: Bairro de Las Condes em Santiago

Foto 2: Vista parcial da bela pintura que orna internamente o teto da Catedral de Santiago

Foto 3: A blogueira tendo ao fundo o Palácio de La Moneda

Foto 4: Vista da Cordilheira dos Andes de um dos quartos do Best Western Premier

Foto 5: Palácio de La Moneda, sede do governo chileno

Foto 6: Restaurante da região de Pomaire, onde a turma apreciou uma costela de porco e um pastelão típicos do Chile

Foto 7: As parreiras estão brotando na Vinícula Undugarra

Foto 8: Dançarino do Restaurante Bali Hai, típico da Polinésia

Foto 9: A blogueira na entrada do Casa Museu La Sebastiana

Foto 10: Vista do Porto de Valparaíso

Foto 11: Leões-marinhos ainda podem ser vistos na orla de Viña del Mar

Foto 12: Navio encalhado em Valparaíso devido ao terremoto de março deste ano

Foto 13: Valparaíso vista a partir de Viña del Mar

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

"O Senhor do Labirinto" ganha FEST RIO




Não é que o filme "O Senhor do Labirinto" sensibilizou o público e terminou recebendo do Júri Popular, o Troféu Redentor na categoria  Melhor Longa Metragem de Ficção ?  A premiação do longa protagonizado pelo ator Flávio Bauraqui, dirigido por Geraldo Motta e co-dirigido por Gisella de Mello aconteceu na noite da última terça-feira, durante o encerramento do Festival do Rio.

“É sempre muito gratificante receber o reconhecimento por um trabalho de muita dedicação que envolveu tantas pessoas e histórias. 'O Senhor do Labirinto' é um filme dirigido por um pernambucano, com produção carioca, mas é sobretudo uma obra sergipana, pois foi filmado e produzido em Sergipe”, declarou Geraldo Motta. A produção do filme é assinada pela Tibet Filme, produtora carioca, em parceria com os Estúdios Mega.
 
"O Senhor do Labirinto" foi praticamente todo filmado em território sergipano, com exceção de duas cenas que foram feitas no Rio de Janeiro. As filmagens começaram em julho de 2008, no município de Nossa Senhora do Socorro, mais especificamente no antigo Hospital Psiquiátrico Garcia Moreno, onde foi feito um trabalho de cenografia para reconstituir o manicômio em que Arthur Bispo do Rosário vivia no Rio de Janeiro- a Colônia Juliano Moreira.

O diretor do longa explicou que o projeto começou em 2003, quando o pré-roteiro foi aprovado para um edital do Ministério da Cultura e, a partir de então, foram várias etapas até a premiação. “Um momento decisivo para o projeto foi o contato com Indira Amaral, que em 2007 era coordenadora do Núcleo Orlando Vieira. Ela foi a grande madrinha que nos apresentou a Sergipe e nos ajudou a articular a realização do filme no Estado. Era essencial para nós fazer o filme na terra natal de Bispo do Rosário”, afirmou Geraldo Motta.

De acordo com uma das produtoras do filme, Thaís Mello da Tibet Filme, a previsão é que o 'Senhor do Labirinto' deverá chegar às telonas de todo o Brasil no início de 2011. “Ainda não fechamos a distribuidora para o filme, mas quando tudo estiver certo a nossa ideia é fazer uma estreia especial em Sergipe”, adiantou.

Legenda da Foto 1: Geraldo Motta e Flávio Bauraqui na noite de premiação do "O Senhor do Labirinto"

Legenda da Foto 2: O diretor Motta recebe o prêmio pelo Senhor do Labirinto, melhor filme de ficção do Fest Rio pelo Júri Popular

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

Xiloanime no SESC/centro




Não conhecia Gabriela Etinger pessoalmente, até comparecer ao vernissage de sua exposição "Tramas", no primeiro semestre deste ano, na Galeria de Arte Sayonara Viana. Jovem simpática e com sede de aprender, mostrou, na ocasião, além de alguns trabalhos em xilogravura, uma instalação audaciosa, que me encantou muito.

Agora, depois de alguns meses de pesquisa, ela expõe novamente seus trabalhos, só que dessa vez, mesclando a xilogravura à linguagem do Anime e do Mangá. Será que deu certo?

É possível conferir o resultado na mostra "Xiloanime" a partir das 19h, do dia 07 de outubro, na Galeria de Arte do SESC/centro, quando acontecerá a abertura oficial da mesma. Quem ainda não conhece o trabalho dessa design gráfica, promissora artista plástica, tem até o dia 05 de novembro para fazê-lo.

A Galeria de Arte Sesc Centro está localizada à rua Dom José Thomaz, 235. O acesso é livre. Período em exposição de 08/10 a 05/11/10. Mais informações através do blog xiloanime.blogspot.com ou pelo telefone da galeria 3216-2753.

Texto: Suyene Correia

Foto: "Selo Quebrado", um dos trabalhos de Gabi que poderá ser visto na exposição "Xiloanime"

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Música Erudita no Palácio-Museu


Enquanto, alguns projetos seguem suspensos sem maiores explicações (como o Cinexperiência e o Café Literário), as atividades musicais do Palácio-Museu Olímpio Campos prosseguem sem maiores problemas. Amanhã, a partir das 20h, a  Orquestra de Câmara da Sinfônica de Sergipe visita o espaço para uma apresentação gratuita.


Sob a batura do maestro Guilherme Mannis, o grupo de músicos da Orquestra Sinfônica de Sergipe apresenta um concerto com peças de J. S. Bach- Brandenburgo nº6 em Sib Maior, BWV 1046

I. Allegro
II. Adagio ma non tanto
III. Allegro

Solistas: Rafael Marques, viola I
             Cleverson Cremer, viola II


Gabriel Faure – Elegie, Op. 24 para Violoncello e Orquestra
I. Molto Adagio

Solista: Thiago Salvino


J. Haydn – Concerto para Trompa e Cordas em Re Maior
I. Allegro Moderato
II. Adagio
III. Allegro

Solista: Eraldo Araújo

Segundo Guilherme Mannis, "o projeto trata-se de uma troca de experiências muito rica que não só valoriza os espaços históricos como o Palácio-Museu, que já é um espaço propício a esse tipo de apresentação, mas acima de tudo valoriza o próprio talento dos músicos da nossa Orquestra".

Vamos prestigiar!!!

Foto: Lúcio Telles

domingo, 26 de setembro de 2010

O Retorno do Belle and Sebastian


Desde 2006, que a banda escocesa Belle and Sebastian não gravava um álbum em estúdio. Eu que sou fã da banda desde "sempre" colecionando sua discografia (somente não invisto muito nos singles), recentemente, tive a oportunidade de conferir o CD "Belle and Sebastian The BBC Sessions" que traz uma mini-coletânea da trupe, com 14  belas faixas.

Agora, o fã-clube brasileiro prepara-se para adquirir o novo disco "Belle and Sebastian Write About Love", que será lançado no início de outubro. Tudo indica que o disco chegará no Brasil também, já que não faria muito sentido o contrário, tendo em vista que o Belle estará se apresentando em Terra Brasilis no mês de novembro.

Tudo bem que as músicas já podem ser baixadas na internet, mas fã que se preze, faz questão de ter a discografia completa (original) do artista predileto. Enquanto o novo disco não chega por aqui, continuarei escutando o som gravado na BBC. Poderei até escutar as novas canções pela internet, mas o gostinho da possibilidade de conferir ao vivo, faz com que eu me reserve da curiosidade.

Texto: Suyene Correia

Foto: Capa do disco de coletânea do Belle and Sebastian lançado em 2008