sexta-feira, 30 de março de 2012

Rumos Itaú Cultural promove workshop na Semear

De 18 a 20 de abril (quarta-feira a sexta-feira), a capital sergipana recebe na Sociedade Semear o primeiro workshop Rumos Artes Visuais 2011/2013, "Entre Percursos e Circuitos – Manobras da Arte". Gratuito, o minicurso de três dias, dividido em módulos e realizados das 17h às 21h, tem foco em profissionais do setor artístico, como pesquisadores, estudantes, artistas e galeristas e será ministrado por Sânzia Pinheiro, membro do Colegiado de Artes Visuais na Representação Nordeste. Os interessados nas 25 vagas disponíveis devem se inscrever a partir do dia 3 pelo e-mail culturaeartes@sociedadesemear.org.br ou pelo telefone (79) 3214-5800.

"Arte Aqui", módulo de abertura do workshop no dia 18, debate a produção artística local. A partir de um mapeamento na cidade serão identificados artistas, espaços expositivos e de formação, mercado, críticos, curadores, gestores, políticas públicas. Com esse resultado, os participantes buscarão compreender as dinâmicas de desenvolvimento do segmento em contexto nacional e discutirão estratégias para o agenciamento regional.

No segundo dia, 19, em "Arte Hoje" o tema gira em torno de interesses e questões que permeiam a produção de arte contemporânea, buscando paralelos com o contexto vivenciado pelos participantes do workshop. Encerrando a série, "Arte, Cultura e Pensamento Crítico" procura localizar a produção artística com foco em áreas da cultura mais amplamente desenvolvidas como arte, filosofia, comunicação, antropologia, entre outras. Seguindo bibliografia indicada, discute pontos relevantes da produção em arte contemporânea, de modo a promover o pensamento crítico sobre a arte produzida no local.
 
As itinerâncias- O Itaú Cultural promove o workshop Rumos Artes Visuais 2011/2013, "Entre Percursos e Circuitos – Manobras da Arte" com o objetivo de contribuir para a articulação e aprofundamento do cenário artístico-cultural propício ao desenvolvimento de práticas artísticas. Até o final de 2012, ainda serão realizado cursos nas cidades de Cachoeira (BA), Araraquara (SP), Uberlândia (MG), Macapá (AP) e em mais três cidades a serem definidas, cada um com um curador especifico.

A exposição de temas emblemáticos da arte atual, em contexto nacional e internacional é o principal tema dos cursos. A discussão é permeada por aspectos percebidos no cenário local que permitam links ou desdobramentos frente aos problemas contemporâneos.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Neville de Almeida "Além Cinema"

Neville de Almeida e Suyene Correia_Oi Futuro Flamengo

Nada como encontros inusitados e inesperados. Esse daqui, com o cineasta mineiro Neville de Almeida, não poderia ser mais providencial. Foi na noite de anteontem, por ocasião dos lançamentos dos livros "Luciferinas de Simone Michelin e "O que é Preciso para Voar" de Brígida Baltar, no Oi Futuro do Flamengo, na capital  carioca.

Convidada pela Empresa de Telefonia, fui ao Rio, na sexta-feira, conhecer as novidades que integram o Museu das Telecomunicações (sediado no Centro de Cultura e Tecnologia Oi Futuro), além de conferir a estreia do espetáculo "Cowboy" e a exposição "High-Tech/Low-Tech- Formas de Produção" (detalhes em outra postagem).

Depois do tour pelo espaço cultural, já estava de saída, quando fui apresentada a Neville de Almeida, que tinha sido convidado para o evento da noite. Muito simpático, sem deixar de lado sua postura de galanteado e com os indefectíveis óculos escuros, o cineasta dos clássicos "A Dama do Lotação", "Rio Babilônia" e " Navalha na Carne" falou de seu novo projeto chamado "Neville de Almeida Além Cinema", um livro que reunirá várias fotos de trabalhos do diretor nas artes visuais acompanhadas de muito texto e com previsão de lançamento para este semestre e patrocínio da Oi.

Como não poderia deixar de ser, o assunto também girou em torno do cinema e o diretor manifestou seu descontentamento para com a maioria dos festivais no país, que delimitam o ano de produção dos filmes a serem inscritos nas competitivas. Sem filmar há muitos anos, Neville de Almeida tem se dedicado às artes visuais, sobretudo video-instalações e foto-poemas. Vale a pena conhecer a série "Cosmococas" (1973) que desenvolveu juntamente com Hélio Oiticica e que agora podem ser vistos do acervo do Inhotim, além de "Kayapoemas" mostrados no 6o Vento Sul Bienal de Curitiba (2011)

Nos últimos anos, seus trabalhos multimídias têm circulado pelo Brasil, além de outros países, fazendo com que Neville de Almeida também seja conhecido por suas obras 'transmutadas'. Mas como o cinema corre pelas veias e artérias do diretor, ele pretende executar projetos cinematográficos como "Rio Babilônia 2", entre outros. É aguardar e esperar para ver se o mineirin septagenário ainda está com esse gás todo.

quinta-feira, 22 de março de 2012

A Saga das Avós Filipinas

Cena do filme Lola de Brillante Mendonza


Assisti ao filme na semana passada, em DVD, e fiquei impactada. Agora, encontro-me felicíssima por saber que a partir de amanhã, o Cine Cult do Cinemark Jardins irá exibi-lo e terei a chance de vê-lo na telona.

“Lola” é um filme de uma simplicidade extrema, mas ao mesmo tempo, de um brilhantismo sem igual. Assim, como é o diretor Brillante Mendonza (é esse mesmo o nome dele) que a partir de dois casos em separados, baseados em fatos reais, conseguiu construir uma ficção de natureza impactante.

Com uma steadicam, que não desgruda dos personagens, ele nos convida a acompanhar o drama de duas “Lolas” (expressão filipina equivalente a “avós”) bem pobres, que tentam a todo custo, angariar dinheiro para suas causas bem peculiares. Enquanto Lola Sepa, tenta de todas as formas, dar ao neto assassinado, por um ladrão de celular, um funeral digno, Lola Puring, avó do suposto assassino, tenta livrar seu neto Mateo da prisão, angariando fundos para pagar sua fiança.

São duas frágeis senhoras determinadas a atingir seus objetivos, não importando o quanto seja complexa a burocracia do Estado filipino e quão seja duro enfrentar as chuvas fortes, que inundam Manila, na época de monções. Sim, o filme foi realizado nessa época de temporais e toda a água que vemos durante a projeção, veio de fato dos céus.

Mas nada parece atingir as tarimbadas atrizes do teatro e do cinema local, que por conta da acentuada carga realista que o diretor imprime nas atuações, parecem mais amadoras. Parte do mérito do filme está na interpretação de Anita Linda (Sepa) e Rustica Carpio (Puring). Pode-se constatar isso no início do filme, quando a primeira tenta, quase em vão, acender uma vela em prol do neto assassinado em meio a uma ventania. E como não se emocionar com Puring, que religiosamente vai até a prisão, levar a comida preferida do neto Mateo ou mesmo com a cena do funeral do outro jovem, entre os canais alagados da capital filipina ?

São apenas algumas das passagens tocantes dessa produção de 2009, que não deixa de fazer uma crítica social ao país, mostrando as péssimas condições em que vivem os pobres nas Filipinas, a burocracia do Estado, os altos índices de criminalidade e aos resquícios da ocupação norte-americana no passado.

É um filme incisivo, cru, pungente, que faz com que nós espectadores, sejamos “chacoalhados” da poltrona do cinema, tamanho o grau de envolvimento com as personagens. De antemão, uma das melhores películas do Cine Cult deste ano.


Legenda da Foto: Lola Sepa (Anita Linda) angariando fundos para o funeral do neto

ORSSE abre Série Laranjeiras no Teatro Atheneu

Amanhã, a partir das 20h30, no palco do Teatro Atheneu, a Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) fará a abertura da Série Laranjeiras com execução de obra de Tchaikovsky e Brahms. Sob a regência de Guilherme Mannis, a ORSSE apresentará a "Sinfonia no. 1, Op 13, em Sol Menor" do compositor russo e "Serenata Para Orquestra no. 02, Op. 16, em Lá Menor" do compositor alemão.

Segundo Mannis, a apresentação da ORSSE no Teatro Atheneu relembra e homenageia os grandes concertos realizados naquele espaço sobretudo pela Sociedade de Cultura Artística de Sergipe. "Eleazar de Carvalho, que em 2012, completaria 100 anos, regeu a antiga OSESP, neste teatro. Grandes nomes passaram pelo Teatro Atheneu e, agora, voltarão a enriquecer este grande núcleo cultural".

Os ingressos para a apresentação de amanhã custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia).

Por Tantas Vozes: o show

Rubens Lisboa_show Por Tantas Vozes

Na próxima quinta-feira, a partir das 21h,  no Teatro Atheneu, o cantor e compositor Rubens Lisboa estará apresentando o show "Por Tantas Vozes", fruto do lançamento do box (três discos) de mesmo nome, distribuído pelo selo Discobertas, composto por 45 composições autorais, interpretadas por 45 cantores de diferentes gêneros musicais.

Desde o ano passado, que Rubens lutava para realizar o show de lançamentos da trilogia fonográfica. As dificuldades, porém, foram superadas e com o apoio da Secult e de amigos que "chegaram juntos", agora ele poderá apresentar ao público sergipano, uma mostra Ao Vivo, do que tem gravado nos três CDs. Pelo menos, em se tratando de quatro composições, já que participarão do espetáculo, os cantores Carlos Navas, Tetê Espíndola, Ithamara Koorax e Amelinha, que interpretam cada um, uma canção no "Por Tantas Vozes".

Ao todo, o set list será formado por 16 composições e segundo o cantor, não foi nada fácil chegar a esse repertório. "Imagine filtrar 16 canções de um universo de 45 ? Ao mesmo tempo, também foi difícil chegar aos quatro nomes de convidados, porque dependi da disponibilidade de agenda deles. O Carlos Navas e a Tetê Espíndola, de pronto, colocaram-se à disposição para participar do show. Tive sorte com a Ithamara Koorax, que geralmente está em turnê internacional, mas dessa vez, calhou dela estar no Brasil. E quanto a Amelhinha, cantora que gosto muito e há tempos não se apresenta em Aracaju, não via como não trazê-la, já que um representante do Nordeste, fazia-se obrigatório", explica Lisboa.

Ele só não teve a mesma sorte com Leila Pinheiro, que apesar de revelar o desejo de participar desse encontro musical, estará realizando um show em São Paulo, na mesma data. "Quem sabe se no show que pretendo realizar em agosto, em São Paulo, não dê para eu contar com ela e outros nomes?"

Com entrada franca, o show "Por Tantas Vozes" também será uma ação filantrópica. Quem quiser levar 2 kg de alimentos, estes serão doados a uma instituição local. Mas atenção: os ingressos deverão ser retirados na bilheteria do Teatro Atheneu, a partir de segunda-feira (26/03), no período da tarde. A capacidade do espaço cênico é de 800 lugares.


Legenda da Foto: Rubens Lisboa está radiante por conta da realização do show "Por Tantas Vozes" no Teatro Atheneu

O Gênio do Choro

Pixinguinha, o Gênio e o Tempo_ livro de André Diniz

Já pode ser encontrado nas livrarias brasileiras, o livro “Pixinguinha, o Gênio e o Tempo” do historiador André Diniz. A luxuosa publicação bilíngue da Casa da Palavra traça um perfil biográfico do carioca Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha, um dos maiores músicos e compositores do Brasil, trazendo de ‘quebra’, um rico acervo fotográfico do biografado e um CD com arranjos originais do Gênio do Choro.

Para quem já teve a oportunidade de ler outras publicações do escritor, como “Joaquim Callado- o pai do choro”, “Almanaque do Carnaval – A história do Carnaval, o que ouvir, o que ler, onde curtir” e “Almanque do Choro – A história do Choro, o que ouvir, o que ler, onde curtir”, todas lançadas pela Jorge Zahar Editora, sabe o quanto André Diniz é criterioso nas suas pesquisas e como tem o dom de escrever sem muitas firulas, indo direto ao ponto, fisgando rapidamente o leitor.

Nesse “Pixinguinha, o Gênio e o Tempo”, ele não faz diferente. Deixando claro na apresentação, que teve como referências, o trabalho “Filho de Ogum Bixiguento” de Artur L. de Oliveira Filho e Marília T. Barbosa da Silva, a pesquisa “A Escuta Singular de Pixinguinha” de Virgínia de Almeida Bessa e o livro “Pixinguinha: vida e obra” de Sérgio Cabral, o niteroiense sintetiza com habilidade, a riqueza musical do caçula da família Rocha Vianna, nascido num ambiente propício para o desenvolvimento de um exímio musicista, mas que se tornou mais do que isto, um genial compositor e flautista do Choro.


Vianna Filho tentou o cavaquinho e a flauta, mas ficou com o instrumento de sopro. Apadrinhado por Bonfiglio de Oliveira e Irineu de Almeida, ingressou no meio artístico profissional, através do grupo Choro Carioca, um dos mais destacados do começo do século XX. Sua primeira composição, “Lata de Leite” (1911) surgiu de um fato corriqueiro: o de que os colegas boêmios para se desintoxicarem com as altas doses de álcool da noite, tomavam o leite deixado em latões nas portas das casas. Foi observando um grupo desses boêmios que o jovem Vianna inspirou-se para compor a melodia.

A partir daí, o futuro Pixinguinha participaria do Rancho Carnavalesco Filhas da Jardineira, tocaria na Orquestra do Cinematographo Rio Branco e formaria o Grupo Caxangá, precursor do famoso Oito Batutas. Grava seu primeiro disco na Odeon, em 1917, cm os maxixes “Morro do pinto” e “Morro da Favela” e, a partir daí, o público vai se familiarizando com os arranjos sofisticados do músico, a exemplo de “Sofres porque queres”, “Rosa” e, no futuro, a música popular brasileira ganharia pérolas como “Carinhoso”, “Valsa dos Ausentes”, “Lamentos” e “Água de Meninos”.

A leitura de “Pixinguinha, o Gênio e o Tempo” flui, prazerosamente, e à medida que o leitor folheia suas páginas, vai apreciando um registro fotográfico fabuloso (algumas fotos são inéditas) e pode desfrutar de algumas composições do biografado executadas pela Orquestra Petrobras Sinfônica e Orquestra Sinfônica do Recife, no CD que vem anexado ao livro.

A publicação deste livro, cujo projeto foi apresentado ao autor, pela produtora Lu Araújo, viabilizou-se graças ao patrocínio da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro e do Operador Nacional do Sistema Elétrico. Segundo André Diniz, a originalidade do livro está na pesquisa de imagens e na linguagem que uso no texto. “O tempo foi curto para fazer uma pesquisa ampla sobre a história de vida de Pixinguinha. Por isso, não descarto a possibilidade de lançar no futuro, dessa vez junto com a Lu, uma grande obra do mestre, com um trabalho de mais alguns anos de pesquisa”.

Foi a Lu Araújo, inclusive, que escolheu as nove faixas que compõem o CD bônus. “Carinhoso”, “Marreco quer Água”, “Água de Meninos (Tema da Feira)”, “Valsa dos Ausentes”, “Lamentos”, “Babau (Candomblé)”, “Canção da Odalisca”, “São Francisco de Ouro (Igreja de São Francisco)” e “Querendo Bem” são belamente executadas pelas Orquestras Petrobras Sinfônica e Sinfônica de Recife, entre outros músicos e contém arranjos do próprio Pixinguinha.

Depois de mais um sucesso de crítica e público, André Diniz prepara-se para lançar “República Cantada: de Deodoro ao funk do abre alas a Lula”, ainda sem data prevista. Enquanto isso, o melhor que os aficionados pela música brasileira têm a fazer é se deliciar com “Pixinguinha, o Gênio e o Tempo”.

Segunda Edição do Gravura em Circuito começa hoje

 
Hoje, às 19h, no Auditório do SENAC/SE (av. Ivo do Prado, 564), será aberta a 2ª edição do projeto Gravura em Circuito com a palestra “A Gravura e a Multiplicidade da Imagem” com a participação do artista mineiro Tales Bedeschi e da professora Marjorie Garrido (UFS). Trata-se de um projeto idealizado pelo artista sergipano Elias Santos, que tem como objetivo, o intercâmbio entre artistas e pesquisadores para dialogar sobre a gravura, conceitos e seus desdobramentos.

As atividades do projeto prosseguem nos dias 26, 27 e 28 de março com a realização da oficina “Xilo –panfletos”, no Centro de Criatividade, ministrada pelo artista Elias Santos. Já no dia 11 de abril, o artista plástico sergipano leva a oficina para Belo Horizonte, em parceria com o Centro Cultural da Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG.

Os resultados das oficinas serão utilizados para uma intervenção no Calçadão João Pessoa (xilo-panfletagem em Aracaju, dia 20/04), assim como os resultados da oficina realizada em Aracaju serão distribuídos em uma intervenção na Praça da Estação em Belo Horizonte, dia 14/04).

O projeto ainda prevê o lançamento de um catálogo e um documentário, que tratarão de questões a cerca da gravura na contemporaneidade, abrindo diálogo para os participantes das oficinas e para outros artistas, que acontecerá no encerramento do projeto no dia 15 de maio, na Sociedade Semear. Contemplado pelo edital Rede Nacional Funarte Artes Visuais - 8ª edição, Funarte, Ministério da Cultura e Governo Federal, conta ainda com o apoio cultural do SENAC/SE, Centro de Criatividade, Sociedade Semear, Centro Cultural UFMG, Museu Vivo Memória Gráfica e o Gravura de Inverno.


Todas as atividades são gratuitas.

quinta-feira, 15 de março de 2012

Nem com reza...

Orlando Vieira em Rezou à Família e Foi ao Cinema

Antes de falar,  propriamente, do documentário "Rezou à Família e Foi ao Cinema" lançado na última terça-feira, no Museu da Gente Sergipana, dentro das comemorações dos 157 anos de Aracaju, é preciso chamar a atenção para um fenômeno que tem se intensificado nos eventos envolvendo seja a Prefeitura Municipal de Aracaju, seja o Governo do Estado: o inexplicável atraso.

Foi assim, na inauguração do Museu da Gente Sergipana, na recente reabertura do Teatro Atheneu e, quando eu pensava que não mas passaria por esse desrespeito, eis que fico esperando duas horas por alguém (que não chegou). Diga-se o prefeito Edvaldo Nogueira. Cabia ao bom senso da referida autoridade, vendo que seria impossível conciliar mais de um compromisso num espaço de tempo exíguo, delegar imediatamente, a tarefa para outra pessoa, como o fez,  ainda que tardiamente, a Tânia Soares.

Sei que esse atraso de 120 minutos, fez com que muitos desistissem de ver, em primeira mão, o curta-metragem em homenagem a Orlando Vieira. Os persistentes, como eu, assistiram ao filme de 17 minutos um tanto quanto "enfadados", mas não entediados o suficiente, para deixar de perceber alguns problemas no vídeo.

Ah, antes que eu me esqueça, o curta  foi resultado de Oficina de Realização acontecida no Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira no ano passado. Porém, isso não o isenta de críticas e apreciações mais incisivas. Afinal de contas, quem está aprendendo, tem que estar aberto à possibilidade de crescimento, progresso e nada mais justo que rever alguns pontos e tentar ajustá-los nos futuros projetos.

Antes de qualque análise do produto audiovisual, em si, fico me perguntando se não haveria uma outra possibilidade, mais inovadora, com relação à escolha do título. "Rezou à Família e Foi ao Cinema" soa tão pouco inspirador, quase um plágio (e de mau gosto, por sinal), se reportarmos à infância do ator enfocado, como ele mesmo expõe na tela.


Quando o filme começa, com Orlando Vieira  sentado numa das cadeiras do auditório do Instituto Histórico e Geográfico de Sergipe, contando sobre a tragédia que se abateu sobre sua família, preocupei-me com o ritmo que o filme teria, caso o formato clássico do doc, fosse utilizado em muitas sequências.

Sim,  há muita fala do homenageado, não há outros oradores intercalando com ele, e apesar de Orlando ter um carisma inconstestável, ter muito o que dizer, esse discurso não funciona a contento. Em parte, porque há leituras de crônicas de Cleomar Brandi sobre Aracaju e de um poema de Mário Jorge que, sinceramente, não vi muita conexão com o personagem principal.

O artifício de reconstituir em flash backs, passagens de sua infância é pouco funcional. Em parte, porque não se sabe ao certo, o que aquele giro de câmera sob o teto de um casebre significa na trama e também porque do menino Orlando para o homem já feito, a mudança é tão brusca, que não sentiria a falta dessa sequência.

Há belas tomadas, no entanto, do andarilho Orlando pelo interior do Estado; das locações de "Sargento Getúlio", e da reconstituição de uma cena do filme, baseado na obra de João Ubaldo Ribeiro, em que numa janela do Convento, o ator volta no tempo e "encarna" novamente o personagem Amaro.   

A trilha sonora composta por Muskito e executada pelo quarteto de cordas da Orquestra Sinfônica de Sergipe é bem realizada, mas confesso que não compactua com as passagens imagéticas que acompanha. 

Mas isso é muito pouco para sustentar um filme de quase 20 minutos. A luz, por vezes, saturada demais (parece que houve uma descalibrada no projetor!!??); o som que deu uma 'ecoada' nos primeiros minutos de projeção; as fotos, literalmente, lavadas não funcionaram a contento e a falta de consistência  no roteiro comprometem demais a obra, que pelo mote, poderia ser uma obra-prima.

Esperemos quem sabe, uma outra homenagem a Orlando Vieira, mais bem resolvida. Por hora, "Rezou à Família e Foi ao Cinema" não faz jus ao homenageado e nem à capacidade que o oficineiro Anderson Carveiro tem de tirar "leite de pedra" (vide "Do Outro Lado do Rio").

Legenda da foto: O ator Orlando Vieira em cena de "Rezou à Família e Foi ao Cinema"

terça-feira, 13 de março de 2012

O Encontro Cultural de Laranjeiras no SescTV

O Encontro Cultural de Laranjeiras será mostrado para todo o Brasil, nesta quinta-feira, a partir das 21h30, no SescTV, com direção de Belisário Franca. O programa, que faz parte da série Coleções, mostrará várias das manifestações folclóricas que marcam a festa há mais de 35 anos, além de dados sócio-econômicos dessa cidade histórica, marcada pela ocupação de engenhos de cana-de-açucar manuseados por escravos.

Além de mostrar a Taieira, o Cacumbi, o Samba de Pareia, a Chegança e o São Gonçalo, este episódio da série Coleções também contemplará o artesanato produzido pelas bordadeiras; espetáculo de teatro do grupo Imbuaça, a Festa de Reis, procissões e missa.

Haverá reapresentações nos dias 16/03, às 15h30; 17/03, às 06h30 e 15h30 e 18/03, às 13h30.

segunda-feira, 12 de março de 2012

Cadê "O Artista" ?

Soube há pouco, pelo meu amigo Ivan Valença, que a cópia do filme "O Artista" não chegou ainda ao nossos cinemas. Depois do estardalhaço que ele fez, na semana passada, no Caderno de Variedades, do Jornal da Cidade, sobre o fato do oscarizável não ter chegado por aqui, parece que a diretoria do Multiplex tinha resolvido se redimir e incluiu na programação deste final de semana, o referido filme.

Ou melhor, parece que incluíram e tiraram. O certo é que não há cópia disponível, até o momento, no Cinemark de Aracaju. Será que ainda tem chance de passar em Aracaju ??

Enquanto isso...não percam "Drive" que está sendo exibido na sala 9 do Cinemark Jardins. Em breve, farei um post especialmente para este filme estrelado por Ryan Gosling e dirigido pelo dinamarquês Nicolas Winding Refn. Uma das melhores estreias de início de ano. Um verdadeiro petardo!!!!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Wagner Tiso e Ancelmo Góis conhecem o Museu da Gente Sergipana

Wagner Tiso e Ancelmo Góis_Museu da Gente Sergipana_foto Suyene Correia

Ontem, à tarde, no Café da Gente, localizado no Museu da Gente Sergipana, tive o prazer de almoçar acompanhada de ilustres figuras, como o jornalista Ancelmo Góis e o compositor e músico, Wagner Tiso.  Um encontro raro e aprazível que ainda contou com a presença de Ézio Déda (Diretor de Programas e Projetos do Instituto Banese), a historiadora Josevanda Franco, o maestro da ORSSE, Guilherme Mannis, a produtora Solange Barcellos, o irmão do colunista do Globo, Paulo Góis e a esposa de Ancelmo, Tina Correia.

Durante o papo descontraído, Ancelmo confessou ter ficado emocionado com as instalações do Museu da Gente Sergipana e lembrou-se do tempo em que estudava no Colégio Atheneu Sergipense e visitava, frequentemente,  colegas secundaristas do antigo Atheneuzinho, onde hoje funciona o Museu. Falou também de como sua coluna é diariamente abarrotada de e-mails (cerca de mil por dia) e como a classe artística é a que mais envia textos de protestos, seja contra o poder público, seja contra os próprios colegas do meio.

Além disso, foi possível flagrar a certa altura, Wagner e Ancelmo conversando sobre a falta de espaços no Rio de Janeiro para apresentações eruditas. Isso porque, a Sala Cecília Meirelles (uma das casas de concerto mais tradicionais do Brasil) está em reforma e só reabrirá -pelo menos é a previsão- no segundo semestre deste ano.

Ainda deu tempo de ouvir ao longe, Wagner Tiso comentando sobre suas visitas recorrentes a Aracaju, mais precisamente, à Praia de Atalaia, por conta de uma de sua ex-esposa, que era sergipana e vinha visitar a família. Foi aí, que Ancelmo emendou dizendo que a única razão de voltar, anualmente, as "Terras de Ará" é para visitar sua mãe, que se encontra com 95 anos.

Encerrado o almoço, Wagner Tiso e sua produtora, Solange Barcellos despediram-se da trupe e rumaram ao aeroporto. Ancelmo, a esposa e o irmão aproveitaram para visitar de fato o Museu e maravilharam-se com o que viram.

Crédito da Foto: Suyene Correia

Legenda da Foto: Em sentido horário, Ézio Déda, Josevanda Franco, Wagner Tiso, Guilherme Mannis, Solange Barcellos, Paulo Góis, Ancelmo Góis e Tina Correia.

terça-feira, 6 de março de 2012

Enfim, um Novo Teatro Atheneu !!!

Teatro Atheneu reformado_foto Jadilson Simões

Teatro Atheneu Reformado_foto Jadilson Simões
Cubos Cia de Dança_inauguração do Teatro Atheneu


Ontem, à noite, a sociedade e a classe artística sergipana receberam um grande presente. É que, finalmente, após três anos e seis meses fechado para reforma, o Teatro Atheneu foi reaberto em grande estilo. Artistas, produtores culturais, políticos e personalidades marcaram presença na inauguração da nova casa, que após um investimento de aproximadamente R$ 3 milhões, contará com o que há de mais moderno no mercado em termos de iluminação e sonorização cênica, além de um sistema de climatização totalmente digital e poltronas com novo revestimento.

Na programação de reabertura do Teatro Atheneu- que contou com um atraso de mais de uma hora- foram contemplados as artes cênicas, com apresentação dos Grupos “Tua Lona” e  “Pernas de Pau” que alegraram o público ao som de marchinhas e frevos; a dança, com apresentação da jovem Cubos Cia. de Dança; a música, com o quarteto de cordas da Orquestra Sinfônica de Sergipe e, como convidado especial, o ator sergipano Harildo Déda realizou uma leitura dramática da peça “A Última Sessão de Teatro”.

Para a secretária de Estado da Cultura, Eloísa Galdino, a entrega do Teatro Atheneu totalmente novo ao povo sergipano é um momento marcante na sua vida profissional. “Quero registrar que estar no cargo de secretária de Cultura, no momento de reabertura do Teatro Atheneu, na gestão do Governo de Marcelo Déda, é um marco que vou levar para sempre na minha vida, porque não foi fácil. Tocar obras na área da cultura, no setor público, não é tarefa das mais simples, mas sobretudo porque a reabertura dessa casa dialoga com um simbolismo muito grande. Esse espaço, ele não foi somente o primeiro espaço de artes cênicas de Aracaju, como também abriga um pouco da história de Sergipe, passando pela Ditadura- aqui serviu de QG dos estudantes secundaristas- como também uma grande parte dos grandes artistas sergipanos foram formados nas dependências desse espaço”.

Que o diga o ator do Grupo Imbuaça, Lindolfo Amaral, que tantas vezes se apresentou no palco deste teatro. O Imbuaça, inclusive, foi o último grupo a apresentar um espetáculo no palco do Teatro Atheneu antes da reforma. “Nós apresentamos aqui, no dia 28 de agosto de 2008, o espetáculo ‘Senhor dos Labirintos’ em comemoração aos 30 anos de existência do Imbuaça. Ocasião, também, em que houve o lançamento do livro ‘Grupo Imbuaça 30 Anos- A Construção da Memória. Agora, com a casa de espetáculos totalmente reestruturada, fico satisfeito em vê-la com aparelhagem de ponta- tanto de som e iluminação- como também com dependências mais confortáveis para a plateia”, conta Lindolfo.

Já para o ator e diretor teatral, Jorge Lins, a reabertura da casa vai trazer um novo fôlego para o setor produtivo cultural. “Acredito que pelo tamanho, um pouco menor que o Teatro Tobias Barreto, mas com uma estrutura de ponta, o Atheneu se tornará uma casa propícia para temporadas de espetáculos locais. Além disso, é um marco essa entrega do Atheneu totalmente novo, tendo em vista a importância desse prédio, não só historicamente falando, mas também no que diz respeito à formação dos atores e diretores locais”, diz Jorge Lins, diretor do grupo Raízes.

Este grupo, aliás, será o primeiro a utilizar as novas dependências do teatro com o espetáculo “Crack- Quando Morrem os Sonhos” (que será encenado hoje) e “As Guloseimas da D. Cárie no Planeta Boca” ( com apresentações na quinta, sexta e domingo). 


Homenagem- O novo Teatro Atheneu não deixa de prestar uma homenagem a muitos daqueles que contribuíram para o engrandecimento das artes cênicas no Estado. Na fachada lateral do Teatro Atheneu, foram pintados os rostos de cinco grandes atores, de diferentes gerações. Valdice Telles, que foi integrante do Grupo Imbuaça por 25 anos; Otto Cornélio que lutou pela construção de um espaço cênico no bairro Siqueira Campos; Mariano Antônio, ator, dançarino e pesquisador cultural; César Macieira, que foi diretor do Teatro Atheneu e Luís Carlos Reis que atuou em “Esperando Godot e “O Arquiteto e o Imperador da Assíria”.

Além disso, conta com o um espaço dedicado ao Instituto Viver Aracaju que além de abrigar um acervo do cantor e compositor, Ismar Barreto (aberto para pesquisa) também incorporou o acervo do compositor e músico João Melo e, em seguida, fará o mesmo com o acervo de César Macieira. Segundo Pascoal Maynard, fundador do Instituto Viver Aracaju, o maior objetivo é preservar a memória desses artistas já falecidos através de seus acervos.

Legenda da Foto 1: Ontem, à noite, o Teatro Atheneu foi reaberto ao público com apresentações de dança, teatro e música


Legenda da Foto 2: Hall do teatro totalmente reformado


Legenda da Foto 3: A Cubos Cia. da Dança "inaugurou" o novo palco do Teatro Atheneu

Texto: Suyene Correia

Fotos: Jadilson Simões

ORSSE e Wagner Tiso se apresentam juntos no TTB

A Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE) inicia amanhã, às 20h30, no Teatro Tobias Barreto a temporada 2012, com o primeiro concerto da série Mangabeiras do ano. Sob a regência do maestro Guilherme Mannis, o concerto prestará uma dupla homenagem: primeiro, à cidade de Aracaju ( cujo aniversário comemorar-se-á no dia 17 de março) e, segundo, ao Dia Nacional da Música Clássica ( comemorado no último 5 de março). 
“Após várias semanas de muita preparação, planejamento, debates e testes, a ORSSE voltará aos palcos com uma programação inovadora, trazendo grandes obras do repertório sinfônico e grandes artistas convidados”, afirma o maestro Mannis.

Para a grande noite de início de temporada, a ORSSE contará com um convidado muito especial: o pianista Wagner Tiso. No repertório, sucessos de autoria do convidado como as peças “Fantasia sobre Choros 10”, “Olinda Guanabara” e “Frevo”, além de arranjos de obras de Tom Jobim, Milton Nascimento e Gilberto Gil, como “Eu Sei que Vou te Amar”, “Cravo e Canela” e “Expresso 2222”.

“Wagner é um músico superlativo. O que escreve e desenvolve antes de ser rotulado como música clássica ou popular, só pode ser visto como uma grande música. Sergipe será brindado com um grande concerto, assim como outros tantos que teremos no decorrer desta temporada de 2012”, frisa o maestro titular.


Temporada- O ano de 2012 será lembrado por grandes momentos e por uma maior integração da produção da ORSSE com a sociedade sergipana, sempre no intuito de promover o intercâmbio musical. Serão apresentados concertos para todos os gostos, com música brasileira, maestros convidados, artistas sergipanos, composições inéditas e justas homenagens às personalidades da terra.

Além do concerto de hoje, que contará com a presença de Wagner Tiso, outros apresentações marcarão a temporada deste ano. Entre elas estão a Ópera Tosca de Puccini em forma de concerto e o Oratório de Natal de Johann Sebastian Bach, que será realizado de forma inédita em Sergipe, com a presença dos Coros Sinfônico e Infantil, além de solistas expressivos do cenário nacional.

Os ingressos para o espetáculo desta quarta-feira, que é uma promoção da Secretaria de Estado da Cultura e conta com o apoio do Instituto Banese e Banese Card,  podem ser adquiridos na bilheteria do Teatro Tobias Barreto ou na cafeteria do Palácio Museu Olímpio Campos, ao preço de R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Mais informações pelo telefone 3179-1496 ou 9964-4231.

sexta-feira, 2 de março de 2012

"Guerra e Paz" no Memorial da América Latina

Apesar de ter ficado seis dias em Sampa, tendo em vista a quantidade imensurável de atividades culturais a fazer, não pude conferir de perto os monumentais painéis "Guerra e Paz" de Cândido Portinari, montados no Memorial da América Latina. Será que até o dia 21 de abril terei a chance de vê-los ?

Essa é a primeria vez que os painéis saíram de sua moradia original- o hall de entrada da Assembleia Geral- e vieram para o Brasil. Por conta da reforma do edifício  sede da ONU (prevista para acabar em 2013), a obra que Portinari realizou entre 1952 e 1956, agora pode ser vista em solo brasileiro, após três anos de negociações envolvendo o Governo Federal, instituições internacionais e empresas estatais. 

A ONU entregou a guarda dos painéis ao Projeto Portinari até agosto de 2013 e após sua passagem em solo paulista, a obra Guerra e Paz seguirá em itinerância nacional e internacional. Como curiosidade, esse trabalho constitui os dois últimos painéis criados por Cândido Portinari. Com 14m de altura e 10m de largura cada um, ambos são compostos por 28 placas de madeira compensada naval (2,2m x 5m).

Antes de serem expostos, os painéis passaram por um minucioso trabalho de restauro, realizado entre fevereiro e maio de 2011, no Palácio Gustavo Campanema, Rio de Janeiro.

O memorial da América Latina localiza-se à av. Auro Soares de Moura Andrade, 664. A visitação pode ser feita de terça a domingo, das 9 ás 18h. Entrada franca.

A "India !" está no CCBB

Exposição Índia!_Teatro de Marionetes

Exposição Índia!_hall do CCBB-SP

Ao chegar no hall do Centro Cultural Banco do Brasil, de São Paulo, situado à rua Álvares Penteado, somos  'recepcionados' por uma  escultura de Lord Ganesh (uma das mais conhecidas representações de Deus), embalada por um mantra que nos transporta, automaticamente, para o sul da Ásia onde está situado o país hindu.

É que o CCBB abriga até o dia 29 de abril, a exposição "Índia!", que abarca uma das civilizações mais antigas do planeta, um verdadeiro caldeirão de religiões, costumes e grupos étnicos que começaram a estabelecer na região há mais de 8 mil anos. 

Esta é uma ótima oportunidade de conhecer um pouco mais sobre a cultura desse país intrigante, berço de diversas religiões, que foi colonizado pelos portugueses e ingleses e só conquistaria sua liberdade, em 1947, depois de pressões constantes do povo, liderado pelo Mahatma Gandhi.

À medida que circulamos pelos pisos que abrigam a exposição, deparamo-nos com vídeos musicais, documentários, fotografias de grandes proporções de Raghu Rai e Raghubir Singh (dois conceituados fotógrafos daquele país), objetos ricamente decorados que traduzem a diversidade cultural indiana, arte popular, adereços teatrais e vestuário típico do povo indiano.

Tudo isso, perfeitamente encaixado nos quatro grandes módulos que dividem a exposição: 'Homens', 'Deuses', 'Formação da Índia Moderna' e 'Arte Contemporânea'. Ao todo são 380 peças, distribuídas pelo prédio, sob a curadoria geral do holandês Pieter Tjabbes.

Chamo a atenção, no entanto, para a sala (no subsolo) dedicada ao cinema de "Bollywood", onde o visitante pode conferir trechos de filmes produzidos naquele país, além da criteriosa arte dos cartazes que ajudam a divulgar a produção indiana e o salão onde está sendo exibido um documentário sobre os Naga Sadhus (ascetas que se consideram os gardiões da fé hindu e vivem reclusos nas montanhas do Himalaia).

Pena que não deu tempo de eu ver a mostra "Índia- Lado a Lado" que foi aberta nos SESC Belenzinho, após meu retorno a Aracaju. Essa mostra é uma extensão de "Índia!" e apresenta trabalhos de 20 artistas contemporâneos indianos, a exemplo de Ravinder Reddy, Jitish Kallat e Pushpamala N. O SESC Belenzinho localiza-se à rua Padre Adelino, 1000.

Legenda da foto 1:  Teatro de Marionetes indiano

Legenda da Foto 2: Hall do CCBB de SP com escultura do Deus Lord Ganesh