terça-feira, 31 de julho de 2012

"Vou Rifar Meu Coração" entrará em cartaz em Aracaju

Vou Rifar Meu Coração_Seu Zé de Candinha_cena do filme_bangalocult.blogspot.com

Depois de algumas dúvidas, quanto à estreia do documentário de Ana Rieper, em terras sergipanas, a diretora de "Vou Rifar Meu Coração', confirmou pela manhã com a blogueira, que o filme rodado, parcialmente, em terras sergipanas, entrará no circuito local nesta sexta-feira.

Tive a oportunidade de  assistir ao filme no último fim de semana, em Salvador, e só posso dizer aos internautas e seguidores do Bangalô Cult que: não percam essa pérola do cinema nacional. É impressionante o trabalho de pesquisa desenvolvido por Ana, juntamente com Ivy Almeida e Raphael Borges (profissionais da terra que participaram do filme). Não só os personagens são riquíssimos, com suas histórias de amor, paixão e desilusão, como as entrevistas com os cantores românticos, a exemplo de Nelson Ned, Lindomar Castilho e Agnaldo Timóteo, mostram-se reveladoras.

Mas como surgiu a ideia de colocar como protagonista, a música brega ? A cineasta  Ana Rieper, morou de 1998 a 2002 em Aracaju. Desenvolvendo um trabalho de pesquisa no interior do Estado, em comunidades ribeirinhas do Rio São Francisco, ela foi se familiarizando com o universo daquela gente, atentando-se para os hábitos interioranos e amadurecendo, paulatinamente, a ideia de produzir um filme nos moldes de "Vou Rifar Meu Coração".

A segunda fonte de inspiração para o projeto foi a análise do cancioneiro que se sobressaía nessas comunidades: a música romântica, dita brega, que acompanhava as personagens na alegria e na tristeza, na conquista ou na desilusão. O arcabouço do roteiro foi começou a ser construído em 2003, mas somente em 2010, quando o projeto já contava com a chancela do Petrobras Cultural, foi que o processo de pesquisa "à caça" dos personagens teve início.

"Durante cinco meses, viajamos pelo interior de Sergipe e localidades de Alagoas, atrás de possíveis personagens para o filme. As filmagens foram feitas em quatro semanas e o processo de montagem consumiu 12 semanas. Mas juntando tudo, foi consumido um ano e três meses de trabalho", conta Rieper.

É difícil escolher a melhor cena do filme, tamanha a riqueza audiovisual de "Vou Rifar Meu Coração". Mas vez por outra, eu me vejo sorrindo, sem querer, ao lembrar da história do prefeito Osmar de Monte Alegre, com suas duas mulheres. A certa altura, no meio da entrevista, ele solta esse petardo: "as duas piores coisas que pode acontecer a um homem é ele perder a eleição e ter duas mulheres. Porque você nunca conseguirá satisfazer as duas...". Também não consigo esquecer a ingenuidade cativante da travesti Marquise de Pedra Branca e o travelling que acompanha Seu Zé de Candinha, em seu passeio ciclístico, ao som da música título.

Enfim, são vários os momentos inesquecíveis, mas o mérito não fica apenas na maneira como a diretora conduz a fala dos anônimos. Como eu falei, anteriormente, os depoimentos de Wando, Nelson Ned, Odair José,  Lindomar Castilho e, sobretudo, Agnaldo Timóteo, em alguns momentos são reveladores.


Não é à toa, que "Vou Rifar Meu Coração" tem feito bonito em festivais nacionais e internacionais, sendo a última premiação, o de Melhor Filme  Brasileiro no Festival In-Edit 2012. Há dois meses, Ana Rieper veio a Sergipe para exibições em Simão Dias, Canindé do S. Francisco, Moita Bonita (Circo Águia Azul) e Laranjeiras.

"As exibições foram fantásticas. A receptividade do público foi muito boa, todo mundo 'ligado' na tela. E muitos dos personagens que aparecem no filme, tiveram a chance de se ver na tela. As sessões, inclusive, tiveram esse intuito", explica a diretora. Agora, é esperar para sua estreia em circuito nacional e no Cinemark Aracaju, na próxima sexta-feira.


Sobre a diretora-É documentarista e diretora de TV há 10 anos. Tem formação nas áreas de cinema, antropologia e geografia. Sua trajetória caracteriza-se pela realização de filmes que buscam entender a cultura popular brasileira e a história dos costumes a partir da intimidade e da vida cotidiana. Realizou os curtas: "Veluda" (Menção Honrosa Mostra do Filme Livre); "Mataram Meu Gato" (Menção Honrosa Prêmio Pierre Verger); "Xingó - As primeiras ocupações humanas" para o Museu de Arqueologia de Xingó e "Saara"  (Melhor Filme, forumdoc.bh e Melhor Direção no I Festcine). Dirigiu e produziu o longa "Na Veia do Rio", que teve exibição itinerante no baixo São Francisco.


Legenda da Foto: Seu Zé de Candinha pedala ao som de "Vou Rifar Meu Coração" 

quinta-feira, 26 de julho de 2012

Jorge Amado e a Sétima Arte

No mês em que se comemora o centenário de nascimento de Jorge Amado, a Editora da Universidade Federal da Bahia (EDUFBA), em coedição com a Casa de Palavras, apresenta o livro "Jorge Amado e a Sétima Arte", organizado por Bohumila S. de Araújo, Maria do Rosário Caetano e Myriam Fraga.

No dia 8 de agosto, quarta-feira, às 18h30, durante o VIII Encontro de Estudos Multidisciplinares em Cultura (ENECULT), acontece o pré-lançamento do livro. No dia 10, sexta-feira, às 18h, evento na Fundação Casa de Jorge Amado concretiza o lançamento.

Um híbrido entre trabalho acadêmico e livro de depoimentos, "Jorge Amado e a Sétima Arte" contém diversos relatos sobre a relação do escritor baiano com o cinema. Conta com declarações e entrevistas com autores, cineastas, atores, roteiristas e diretores, além de bibliografia e filmografia completas, reunindo um rico material sobre Amado. José Calasans Neto, Guido Araujo, Walter da Silveira, Sonia Braga, Maria do Rosário Caetano e João Carlos Sampaio são alguns dos nomes que contribuíram com textos, ensaios, depoimentos e entrevistas.

O preço sugerido do livro é de R$ 30.

Sobre Jorge Amado- Nascido no dia 10 de agosto de 1912 no município de Itabuna, no interior baiano, e falecido em 6 de agosto de 2001, Jorge Amado, ao lado de Nelson Rodrigues, é o autor brasileiro com maior número de adaptações para o cinema e para a televisão. Seus romances foram traduzidos para 49 idiomas e são conhecidos e premiados mundialmente. Foi um grande disseminador da cultura baiana, que ganhou dimensão nacional e mundial através de sua obra.

SERVIÇO

Livro Jorge Amado e a Sétima Arte

Pré-lançamento no Auditório do PAF III da UFBA (Campus de Ondina)

Data: 08/08/2012

Hora: 18h30

Lançamento na Fundação Casa de Jorge Amado (Largo do Pelourinho)

Data: 10/08/2012

Hora: 18h

A Gosto de Nelson (Rodrigues)

Oferecida pela Fundação Nacional de Artes - Funarte, a mostra A Gosto de Nelson, em cartaz de 1º a 31 de agosto, nos teatros Dulcina e Glauce Rocha (Rio de Janeiro), tem como objetivo homenagear Nelson Rodrigues, pelo centenário de seu nascimento, celebrado no mês de agosto. Espetáculos criados por diferentes artistas, de todas as regiões do Brasil estão programados no evento.

A iniciativa é resultado do Prêmio Funarte Nelson Brasil Rodrigues – 100 anos do Anjo Pornográfico / 2012, lançado pela Funarte por edital, com abrangência em todo o Brasil. O presidente da Funarte, Antonio Grassi, que estreou como ator em uma montagem de uma das mais famosas peças do dramaturgo, "O Beijo no Asfalto", entusiasma-se com a mostra.

“Mergulhar no universo rodriguiano é prestar um serviço ao cidadão, porque Nelson une dramaturgia, jornalismo e literatura em cada texto. Por isso, no centenário do autor, a Funarte não poupou esforços para lembrá-lo e prestar homenagens à sua obra, tanto no 'Prêmio Funarte Nelson Brasil Rodrigues, quanto na exposição, de mesmo nome, no Teatro Glauce Rocha. Queremos retratar Nelson, em seus aspectos pessoais e profissionais - um desafio grande”, enumera Grassi.

Os projetos contemplados pela Funarte no Prêmio Nelson Brasil Rodrigues encenam 17 textos dramáticos do autor. O objetivo é proporcionar ao público uma visão completa de toda a obra dele, sob uma perspectiva do teatro brasileiro contemporâneo. As montagens contempladas foram selecionadas dentre 247 projetos habilitados.

SERVIÇO

Mostra do Prêmio Funarte Nelson Brasil Rodrigues – 100 anos do Anjo Pornográfico / 2012

De 1º a 31 de agosto de 2012 – Rio de Janeiro
Teatro Dulcina: Rua Alcindo Guanabara 17 - Centro  Rio de Janeiro - RJ,
Tel.: (0xx) 21 2240-4879

Teatro Glauce Rocha: Avenida Rio Branco, 179 - Centro  Rio de Janeiro - RJ, Tel.: (0xx) 21 2220-0259

Horário: 19h

Ingressos: R$ 5 (inteira) e R$ 2,50 (meia-entrada)

Fotografia + Xilogravura = Êxodo


Igreja em Riachuelo_obra de Gabi Etinger e Victor Balde_bangalocult.blogspot.com

Lavanderia de General Maynard_obra de Gabi Etinger e Victor Balde_bangalocult.blogspot.com


Inquietos na maneira de pensar e produzir arte, a designer Gabi Etinger e o fotógrafo Victor Balde uniram-se para compor a exposição “Êxodo”, que será aberta ao público, amanhã, às 19h, na Galeria de Arte do SESC/centro. Perambulando pelas minúsculas cidades sergipanas - Amparo do São Francisco, Carmópolis, General Maynard, Pedrinhas e Riachuelo- eles se depararam com cenários deslumbrantes e personagens curiosos, que não são facilmente observados no dia-a-dia.

No entanto, através das lentes aguçadas de Balde e do peculiar modo de transformação da madeira, feita por Gabi com seu formão “de condão”, a arquitetura, a paisagem, a comunidade e até personalidades, antes ocultas, ganham amplitude visual. 

Segundo Gabi Etinger, que abraçou a xilogravura em 2007, quando iniciou sua participação no projeto Gravura de Inverno, idealizado por Elias Santos, a experimentação utilizada sobre as fotos, em “Êxodo”, é inédita no Estado (e provavelmente, no Brasil). Ao vislumbrar, como novo desafio a hibridização de fotografia com xilogravura, Gabi convidou Victor Balde que aceitou de pronto a participação nessa empreitada.

“A minha paixão pela xilogravura, o impacto do contraste maravilhoso entre preto e branco, não me permitem restringir o seu campo de atuação. As possibilidades abertas pelas experiências da arte contemporânea sempre me pareceram muito adequadas à exploração da xilo, enquanto linguagem artística, passível, portanto, de um diálogo com todas as formas de olhar que permeiam os nossos dias”.

Para chegar ao resultado final, que poderemos conferir de perto, a partir de amanhã, na Galeria de Arte do SESC/centro, a dupla viajou durante os meses de abril e maio, pelo interior sergipano. Nessa ocasião, foram registradas as imagens por Victor Balde e, no mês passado, Gabi Etinger debruçou-se nas intervenções feitas nas fotos, através da xilogravura. Ao todo serão expostos 13 trabalhos, uma intervenção e um vídeo.

Segundo Balde, mais conhecido pelos seus trabalhos desenvolvidos na SNAPIC, juntamente com o amigo, Arthur Soares, fotografar no interior, foi como retornar às origens, em 2007, quando deu os primeiros passos na profissão, acompanhando o fotógrafo Filipe Berdnt, até o município de Malhador.


“Desde a minha primeira experiência, quando visitei um acampamento do MST em Malhador, a fotografia surgiu com duas características muito fortes: a proximidade com as pessoas e a exploração de lugares novos. Não fosse a fotografia, eu nunca teria sentado numa roda de amigos do movimento Sem Terra pra jogar conversa fora. Aprendi a ouvir mais, me encantei com histórias de vida. ‘Êxodo’ me deu a chance de pegar a estrada, novamente”.

Sem dúvida, “Êxodo” chega para injetar energia no cenário artístico visual da cidade, que nos últimos tempos, anda um tanto quanto, estagnado. Poucas são as exposições dessa natureza, com artistas locais se arriscando em novos conceitos de linguagem. Portanto, torna-se imprescindível prestigiar essa iniciativa da dupla, que apesar do caráter independente da exposição (os dois dividiram as despesas do projeto), não têm nada a perder.


A exposição “Êxodo”, que conta com a curadoria de Silvane Azevedo, permanecerá em cartaz até o dia 24 de agosto, na Galeria de Arte do SESC/centro (rua Dom José Thomaz, 235). A visitação é gratuita e o horário de funcionamento é de segunda a sexta-feira, das 10 às 19h. Mais informações pelo telefone 3216-2753 ou pelo e-mail sescgaleria@gmail.com 

terça-feira, 24 de julho de 2012

"Dignidade!" marca os 40 Anos dos Médicos Sem Fronteiras


Dignidade !_capa do livro_bangalocult.blogspot.com

Lançado no mês passado, dentro das comemorações do 40º aniversário da Organização Médicos Sem Fronteiras (MSF), o livro “Dignidade!” (Editora LeYa) é um petardo para corações sensíveis. Traz o relato de nove grandes escritores (Mario Vargas Llosa, Eliane Brum, Paolo Giordano, Catherine Dunne, Alicia Giménez Bartlett, James A. Levine, Esmahan Aykol, Tishani Doshi e Wilfried N’ Sodré), que convidados pela MSF, vivenciaram situações-limite em diferentes países e acompanharam de perto, o trabalho desenvolvido por esses abnegados profissionais de saúde.

Ao folhear o livro, vamos sendo tomados por sentimentos duplos: em parte de revolta (contra os governantes que não desenvolvem políticas assistenciais mais eficazes e contra milicianos que agem cruelmente contra crianças e mulheres em países africanos), mas também de admiração e espanto para com a dedicação de médicos, psicólogos, enfermeiros, que deixaram o conforto de suas casas em países do Primeiro Mundo e partiram para a ajudar populações quase dizimadas em localidades inóspitas.

Uma das histórias mais impactantes de “Diginidade!” é escrita pela jornalista gaúcha, Eliane Brum. Ela partiu para a Bolívia, mais precisamente para a região remota de Narciso Campero, a fim de contar a história de milhares de pessoas infectadas pelo barbeiro (vetor da Doença de Chagas), que na língua quéchua, recebe o nome de “vinchuca”.

Com o título de ‘Os Vampiros da Realidade só Matam Pobres’, Eliane disseca a angústia de personagens reais que têm medo do coração parar, a qualquer momento, mas que fazem o impossível para receber assistência no departamento de Cochabamba, onde a MSF mantém programas gratuitos para a prevenção e tratamento da Doença de Chagas.

Segundo a jornalista, que já presenteou leitores exigentes com suas belas histórias em “A Vida que Ninguém Vê” (Prêmio Jabuti 2007), a ideia inicial era de escrever um conto de terror, uma ficção. “Mas ao alcançar os povoados rurais, descobri que a Vinchuca era o primeiro vampiro real que conhecia. Tão excessivamente real que não virou mitologia. Então, escrevi a história como eu a vi- e como me foi contada”.

Atordoante é também a história relatada em formato de conto pelo escritor congolês, Wilfried N’ Sondé. Em “As Alturas de Tanganica” ele traça um balanço emocionante do trabalho desenvolvido por equipes obstétricas localizadas no entorno do lago Tanganica, no Burundi. Lutando contra as intempéries e sempre correndo contra o tempo, a ambulância dos MSF desloca-se entre povoados extremos, para salvar a vida de parturientes e  seus bebês.

Difícil não se emocionar com a história de Joséphine e seu marido, Minerve. Grávida de trigêmeos, a jovem que adquiriu uma fístula vesicovaginal num parto anterior, mal sucedido, agora teria outra provação pela frente. Com uma gravidez de risco, ela só poderia contar com a ajuda dos Médicos Sem Fronteiras e dos “céus” para sobreviver e criar sua prole.

Não menos contundentes, são as histórias “Viagem ao Coração das Trevas” de Mario Vargas Llosa; “Phool Gobi quer Dizer Couve-flor” de Polo Giordano; “Khayelitsha, Cidade do Cabo” de Catherine Dunne; “A Proposta” de Alicia Giménez Bartlett; “Makass” de James A. Levine; “Minha Vida Como Uma Bolsa” de Esmahan Aykol e “Uma Cidade Chamada Mon” de Tishani Doshi.


Com prefácio assinado por Dráuzio Varella, “Dignidade!” é um livro que prende a atenção da primeira à ultima página, pela riqueza de detalhes com que os escritores contam suas aventuras, ao mesmo tempo que nos permite entrar em contato dom povos de culturas e costumes distintos.

O livro, que nasceu da parceria da Organização Médicos sem Fronteiras e Editora LeYa, pode ser encontrado nas melhores lojas do ramo com preço girando em torno de R$ 35. 

Museu da Gente abriga Exposição sobre Maria Bonita

Até o dia 05 de agosto, o público visitante do Museu da Gente Sergipana, poderá conferir a exposição “Bonita Maria do Capitão” que traça um breve perfil de Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita, esposa de Lampião. Sob a curadoria de Vera Ferreira (uma de suas netas) e Germana de Araújo, a exposição faz parte das comemorações do centenário de nascimento de Maria Bonita (1911-1938), que já contou com ciclo de palestras e lançamento de livro.

Segundo Vera Ferreira, desde 2010, que a OSCIP Sociedade do Cangaço começou a trabalhar na comemoração do Centenário de Maria Bonita e lançou em Salvador, com a parceira da Universidade Estadual da Bahia - UNEB, a abertura do Centenário de Maria Bonita, com um ciclo de palestras, durante três dias, sobre a participação e importância de Maria Bonita no Cangaço.

“Em 2011, comemorou-se o Centenário de Maria Bonita, também em Salvador e em dezembro do mesmo ano, foi lançado o livro “Bonita Maria do Capitão”, no Museu da Gente Sergipana, contando com o patrocínio do BANESE, CHESF/Recife, UNEB e Assembleia Legislativa da Bahia. Neste ano, dando continuidade às comemorações do Centenário, lançamos  o livro em Salvador, no Palácio do Governo, no dia do aniversário de Maria Bonita - 08 de março -, com o apoio da UNEB e Secretaria de Estado das Mulheres. No dia 10 de julho, fizemos a abertura da exposição ‘Bonita Maria do Capitão’, no Museu da Gente Sergipana, contemplada com o edital do BNB Cultural e o apoio do Instituto Banese e depois, pretendemos levá-la para todo o país”, diz Vera Ferreira.

Composta por objetos (armas, sandálias), fotografias, peças de artesanato, textos literários e artes visuais, expostos em painéis impressos sobre lona de algodão cru, a exposição “Bonita Maria do Capitão” chega como uma espécie de reforço para a publicação luxuosa homônima que a dupla- Vera e Germana- concebeu.  “Com o sucesso do livro, pensamos em mostrar para um maior número de pessoas, parte da história de Maria Bonita e extraímos do livro trechos da história que foram impressos em 12 painéis de lona de algodão cru, objetos e reprodução de cinco cangaceiras (Maria Bonita, Dadá, Sila, Adília e Cristina), que mostram o vestuário e adereços usados no Cangaço. Essa reprodução foi feita por Jeancarlos Petchas, aluno de Design da UFS”, explica a neta de Maria Bonita.

Mas para aguçar mais ainda o interesse pela história de Maria Bonita, que foi uma das precursoras da participação da mulher no cangaço, a exposição traça um recorte também da vida de Expedita, filha única de Maria Bonita e Lampião. “Falar sobre minha mãe é atender a uma curiosidade das pessoas que querem saber como ficavam os filhos do Cangaço. O que nos motiva para dar continuidade ao trabalho de divulgação desse tema é justamente o grande interesse pelo assunto, principalmente, dos jovens. A história da Maria Bonita tem surpreendido e o interesse entre as pessoas é percebido pelos comentários surpresos da descoberta da vida dessa mulher que rompeu barreiras para viver um grande amor com Lampião. Somos gratos aos professores de História que estão fazendo uma releitura da nossa história, passando pelo Cangaço, o que tem despertado nos alunos o entendimento pelo assunto”, conta Vera.

Enquanto o Memorial do Cangaço não sai do papel (sonho antigo da OSCIP Sociedade do Cangaço) que através da UNEB e da Secretaria de Estado da Cultura da Bahia, na pessoa do Secretário prof. Rubin, pode virar realidade, Vera Ferreira e Germana de Araújo vão propagando um pouco da história de Maria Bonita, através do livro e da exposição “Bonita Maria do Capitão”.

A exposição prossegue até o dia 05 de agosto, no Museu da Gente Sergipana, localizado à av. Ivo do Prado, 398. O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, das 10 às 17h e sábado, domingos e feriados, das 10 às 16h. O acesso é gratuito. Para agendamento de visita, o telefone para contato é (79) 3218-1551.

domingo, 22 de julho de 2012

"Para Roma com Amor": Melhor Ouvir do que Ver


Para Roma com Amor_trilha sonora_bangalocult.blogspot.com


"Para Roma com Amor", filme mais recente do profícuo diretor Woody Allen, não é lá essas coisas todas. Eu diria que, assim como o personagem que encarna na tela- um produtor musical aposentado- Allen parace apontar para um descanso de suas atividades como cineasta, nos próximos anos.

Decididamente, ele estava pouco inspirado quando roteirizou e dirigiu essa colcha de retalhos, que tende a esgarçar as pontas em alguns momentos (como na trama envolvendo o jovem arquiteto, a namorada e uma amante), mas termina se sustentando em outros (como na crítica que faz à mídia e a descoberta do tenor do chuveiro).

No entanto, se tem uma coisa que não podemos reclamar, é da escolha das canções que embalam seus filmes. Na trilha de "Para Roma com Amor" (To Rome with Love), encontramos clássicos desde "Nessun Dorma" from Turandot e  " Lucevan le Stelle" from Tosca interpretados pelo tenor Fabio Armiliato (que vive o 'cantor de chuveiro' no filme), canções populares como "Nel blu Dipinto de Blu (Volare)" interpretada por Domenico Modugno e "Amada Mia, Amore Mio" interpretado pela The Starlite Orchestra.

Ao todo, são 18 faixas que, na maioria das vezes, costumam embalar as cantinas paulistanas do Bixiga. Para quem ainda não conferiu o filme, vale a pena ouvir a trilha primeiro. Vai se acostumando, até entrar no ritmo do passeio turístico que o diretor nos convida a seguir.  

sábado, 21 de julho de 2012

400 Páginas de Muito Cinema


capa da revista Orson_bangalocult.blogspot.com

Já está disponível, na internet, a edição número 02 da revista ORSON. A publicação digital é um projeto dos cursos de Cinema e Audiovisual e Cinema de Animação do Centro de Artes da Universidade Federal de Pelotas/UFPel e tem  direção de arte e edição de imagens de Renato Cabral.

Os artigos inéditos distribuídos nas diversas seções são assinados por 30 colaboradores, entre pesquisadores docentes e discentes de várias instituições de ensino do País. São 400 páginas de reflexão em torno do audiovisual, em temas que percorrem variadas geografias: de Buenos Aires a Hanói, passando por Pelotas. 

Continuamos investindo na seção de divulgação de pesquisas acadêmicas, na resenha de livros e na publicação de entrevistas exclusivas. Nesta edição, a entrevistada é a cineasta Rosane Svartman, que conversou com o professor Josias Pereira sobre direção de atores.

Responde pela editoria da revista ORSON, a colega abraccineira,  Profa.Dra. Ivonete Pinto. Para acessar o vasto e riquíssimo conteúdo reflexivo sobre a cinematografia mundial, basta clicar http://www.orson.ufpel.edu.br/

Boa leitura!!!

sexta-feira, 20 de julho de 2012

Alex Sant'Anna lança "Fragmentos"

O cantor e compositor Alex Sant'Anna realizará um show de lançamento de seu EP "Fragmentos", amanhã,  a partir das 23h, no Capitão Cook. Não morro de amores pela voz de Alex. O "artista compositor" é bem superior ao "artista cantor", mas nada que impeça a ida de curiosos ou admiradores do vocalista da NaurÊa, ao Cook, para essa apresentação.


No EP, pode-se encontrar quatro novas canções -'Tralha', 'Fragmentos', 'Verniz, e 'O que não é Felicidade'-, mas não creio que o repertório do show fique só por aí. Aliás, na noite de lançamento, o artista dará espaço para a Banda dos Corações Partidos também mostrar os seus dotes. Sua partner, Diane Veloso, responsável pelo vocal da referida banda, deverá dar uma "palhinha", ao acompanhá-lo na canção 'Verniz'.

O que chama a atenção do EP (que não ouvi ainda) é a participação de vários músicos, distribuídos nas quatro faixas. Será que Abraão Gonzaga, Alemão, Allen Alencar, Aragão, Denysson Rafael, Leo Airplane, Luiz Oliva, Rafael Findans e Thiago Ruas marcarão presença???


Se quiser conferir antes do shoe, as canções de "Fragmentos", o EP está disponível para download no link http://bit.ly/IJeNck

quinta-feira, 19 de julho de 2012

Enfim... "A Separação"

A Separação_cena do filme_bangalocult.blogspot.com

Desconcertante. É o mínimo que se pode dizer da trama de “A Separação”, do iraniano Asghar Fahardi, vencedor do Oscar deste ano na categoria Filme Estrangeiro e que poderá ser visto na próxima terça e quinta-feira, no Cinemark Riomar, dentro da programação do Cine Cult.

Realmente, a trama bem arquitetada e cheia de reviravoltas é um dos trunfos do filme. Mas não o único. Impressiona na história escrita e conduzida por Fahardi, sobre um casal de classe média, em crise, cuja solução parece ser o divórcio, além da capacidade dessa situação corriqueira, atingir uma proporção inimaginável ao final da projeção, a naturalidade com que o elenco “defende” seus personagens.

Nader (Peyman Moadi) e Simin (Leila Hatami) divergem quando o assunto é ficar no Irã. Ele não pode deixar sozinho o pai com Mal de Alzheimer e tenta convencer a esposa a ficar no país e ajudá-lo nas tarefas caseiras. Ela por sua vez, prefere construir um futuro junto com a filha adolescente, longe dali. E entre esse dilema, um juiz que não vê motivo suficientemente forte para conceder o divórcio.

Como ambos não cedem de suas decisões, Simin vai passar um tempo na casa da mãe, enquanto Nader se vê perdido no trato com questões do cotidiano. Agora, ele terá que administrar seu tempo entre o trabalho, a educação da filha Termeh (Sarina Farhadi) e os cuidados com o pai.

Para essa última tarefa, Nader contrata uma mulher extremamente religiosa, Razieh (Sareh Bayat), que chega ao extremo de pedir por telefone, aconselhamento a um líder religioso, sobre a possibilidade dela “tocar” no enfermo, a fim de ajudá-lo na higiene pessoal. Como ela e seu marido estão passando por dificuldades financeiras, decide continuar no emprego, mas com algumas restrições.

Razieh está grávida, seu marido não sabe que está trabalhando na casa de estranhos e um incidente faz com que a sua vida e a do patrão seja catapultada para a beira de um abismo. A partir daí, o espectador depara-se com a destreza de Fahardi em delinear um cenário dramático, propício para se discutir os valores religiosos, familiares, num país como o Irã, ainda claudicante quando o assunto é a modernização e o avanço nas questões judiciais (muita atreladas às questões religiosas).

A obra-prima, que também foi premiado com o Urso de Ouro no Festival de Berlim 2011 e com os Ursos de Prata de Melhor Ator e Atriz, respectivamente, para o elenco masculino e feminino, merece uma conferida obrigatória!

Legenda da Foto: Sem o apoio da esposa, Nader cuida do pai enfermo e dos afazeres domésticos

quarta-feira, 18 de julho de 2012

Shopping Prêmio terá salas da UCI Orient Filmes

Agora é prá valer ! O Shopping Prêmio, localizado na cidade de Nossa Senhora do Socorro, terá a partir de dezembro, salas de cinema da  rede UCI Orient Filmes.

Tive a oportunidade de assistir ao filme "Heleno" (que nunca chegou por aqui) numa sala deste complexo, localizado no Shopping Iguatemi (Salvador/BA). Posso assegurar que as poltronas são mais confortáveis que as do Cinemark. Quanto à programação, apesar de apelar também para os títulos mais comerciais, há espaço para filmes mais alternativos e nacionais de qualidade ( em Salvador, está em cartaz o filme "Na Estrada" do Walter Salles).

Que venha logo este cinema e que tenhamos (quem sabe?) mais e melhores opções cinematográficas. Oxalá!

segunda-feira, 16 de julho de 2012

Selma Reis "canta" Paulo César Pinheiro


No último sábado, a cantora fluminense, Selma Reis, realizou um belo show no Teatro Tobias Barreto. Ela veio apresentar aos sergipanos o novo show intitulado “Cabaré de Florbela”, em que intercalava canções de grande sucesso nacional e internacional com poemas da portuguesa Florbela Espanca.

Acompanhada apenas do piano primoroso de Misael da Hora e da percussão de Régis Gonçalves, Selma Reis emocionou o público presente com as interpretações de “Sangrando” de Gonzaguinha (logo na abertura do show), “Grito de Alerta” (em que ‘dedicou’ a um rapaz da plateia, Danilo), “Ne Me Quitte Pas” de Jacques Brel, “Se Bastasse uma Canção” (Eros Ramazzoti e P.Cassano/A.Cogliati versão: Paulo César Feital)  e “O Que é o Amor? (Danilo Caymmi/Dudu Falcão), entre outras.

Não deixou de apresentar no set list, também, algumas canções de Paulo César Pinheiro, como “Vou Deitar e Rolar” (em parceria com Baden Powell) e “Viagem” (em parceria com João de Aquino), que compõem o mais recente disco da cantora, “Poeta da Voz”.

Neste trabalho, lançado em novembro de 2009, são apresentados alguns dos melhores trabalhos do compositor carioca, a exemplo de “Portela na Avenida” (participação especial de Beth Carvalho), “Banho de Manjericão” (João Nogueira e Paulo C. Pinheiro), “As Forças da Natureza” (João Nogueira e Paulo C. Pinheiro), “Bodas de Vidro” (Sueli Costa e Paulo C. Pinheiro), além das canções citadas acima.
Ao todo, o CD “Poeta da Voz” traz 15 faixas, sendo que 14 são muito bem defendidas por Selma, e a penúltima, “Ofício” conta com o próprio homenageado declamando o poema de sua autoria.

Segundo o crítico musical Sérgio Cabral, “Selma Reis cuida de cada palavra com amor de mãe, acentuando o sentido, a sonoridade, a poesia e a música. Tudo isso com uma emoção- não há como negar- maternal.”
De fato, nota-se ao ouvir o disco, o quanto Selma dedicou-se ao trabalho de gravação, ao mesmo tempo que percebe-se o talento dos arranjadores Cristóvão Bastos, Paulo Malaguti, Fernando Carvalho e Victor Biglione, dando um toque todo especial às canções de Paulo César Pinheiro.

No disco, lançado pela Tessitura Musical (selo da cantora), Selma Reis conta com a participação de músicos de alto nível: Robertinho Silva (bateria e percussão), Alceu Maia (cavaquinho), Luciana Rabello (cavaquinho), Dodô Ferreira (Baixo Acústico e elétrico), Marcos Zama (percussão), Domingos Teixeira (violão), Felipe Prazeres (violino - spalla da Orquestra Petrobras Sinfônica), Hugo Pilger (violoncelo - OPES), José Carlos Ramos (sax tenor e flauta), Aldivas Ayres (trombone), José Arimatéia (flugel e trompete), Jessé Sadoc (trompete), Marcos Nimrichter (acordeon).

O resultado é de um trabalho consistente e de qualidade que confirma uma trajetória de 25 anos de sucesso e 12 discos gravados. Vale a pena conferir!

Shopping Jardins promove "The Beatle Week"




De 17 a 31 de julho, o Shopping Jardins promove o The Beatle Week. Com uma vasta programação, o evento promete agradar a crianças, jovens e adultos e agitar o finalzinho das férias escolares. Serão 15 dias de pura diversão, lazer, entretenimento e informação. Confira as atividades que vão rolar na praça de eventos do Shopping Jardins.

Expo BeatleFEST- O evento será aberto ao público amanhã, com atrações totalmente gratuitas. Até 31 de julho, acontece a exposição “BeatleFEST Brasil”, cujo acervo, particular e itinerante, é considerado um dos maiores do mundo. A mostra traz coleções de vinis britânicos originais, além de outras raridades de várias partes do mundo, com destaque ao “Butcher”, o mais raro e cobiçado de todos os LPs dos Beatles. Também fazem parte dessa mostra fotos raras e originais, ítens autografados, réplicas de roupas e instrumentos e uma curiosa coleção de miniaturas e outras peças de memorábilia exibidas em cabines telefonicas típicas inglesas.

Oficinas e Campeonato de GAMES- Outra atividade que certamente atrairá a atenção das ‘crianças de oito a oitenta anos’ será a “BeatleGAMES OFICINA”, onde uma estação de rockband Beatles, numa estrutura com palco, som e iluminação especiais,  estará disponível a todos, participantes do campeonato ou não, para treinos, aprendizagem ou apenas diversão. As inscrições para ocampeonato são gratuitas e devem ser feitas pelo site http://www.beatleweek.com.br/ .

A Oficina de Rockband Beatles acontecerá dias 28 e 29 de julho das 11 às 15h. Já o 1º. campeonato Shopping Jardins GAMES de Rockband Beatles está previsto para acontecer nos dias 28 e 29 dejulho, partir das 15h.

Show ao vivo de abertura- Amanhã,  a partir das 18h, a  banda sergipana Nantes fará o show de abertura oficial do evento, com sua versão ‘Beatles cover’, muito aplaudida em centenas de concertos realizados por todo o Estado e outras importantes capitais do Nordeste. Os músicos integrantes Arthur Matos (voz, violões, autoharp), Fabrício Rossini (guitarras, voz), Rafael Ramos (teclados e voz), Wesley Soares (baixo) e Ravy Bezerra (bateria, voz), não deixarão de incluir em seu set list os hits “All My Loving”, “Twist And Shout” e “I Wanna Hold Your Hand”, entre tantos outros sucessos da banda de Liverpool.

BeatleQUIZ- Antecedendo à apresentação ao vivo da Nantes,  acontecerá o QUIZ, um divertido e interativo jogo de perguntas e respostas comandado pelo organizador do evento Márcio Mota, onde o público poderá testar seus conhecimentos sobre os Beatles e faturar camisetas e demais brindes alusivos ao tema.

O evento Beatleweek Brasil tem caráter exclusivamente cultural e de entretenimento e já percorreu em 2012,  as capitais São Paulo, Belém, São Luís e Palmas, aterrissando agora em Aracaju.

Legenda da Foto: Banda Nantes abre o The Beatle Week, amanhã, às 18h, no Shopping Jardins

sexta-feira, 13 de julho de 2012

SESC oferece Oficina de Animação Gráfica

Estão abertas as inscrições para o segundo módulo da Oficina de Animação Gráfica promovida pelo SESC.  A partir do dia 16 de julho (segunda-feira), o interessado poderá se encaminhar  à central de atendimento do SESC, localizada à Rua Dom José Thomaz, 235, das 08h às 20h e efetuar a inscrição Mais informações pelo telefone 3216-2726.


OFICINA DE ANIMAÇÃO GRÁFICA - MÓDULO 2
(estudantes, professores e comunidade em geral)

Período: 23 a 27/07
Horário:  8 às 12h
carga horária: 20h
Local: SESC/Centro - salas 3 e 4 – 2º andar
Facilitador: André Alves Franco - Designer Gráfico, Animador e Videografista

Esta oficina tem como objetivo dar base teórica e prática para a produção de animações (web, tradicional, stopmotion etc), utilizando-se de princípios básicos desta arte, produzindo assim, um material visualmente mais dinâmico e atraente.

Tópicos:
Quadros chave
Pose to Pose
Straight Ahead
Antecipação
Acomodação
Esticar e Achatar
Dicas

Taxa: Comerciário R$ 25, Conveniado: R$ 30 e Usuário: R$ 40,00

Prêmio Vladimir Herzog está com Inscrições Abertas

Até 3 de agosto, jornalistas de todo o Brasil poderão inscrever suas matérias para concorrer ao Prêmio Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos. Considerado entre as mais significativas distinções jornalísticas do país, o Prêmio Vladimir Herzog reconhece, ano a ano, trabalhos que valorizam a Democracia, a Cidadania e os Direitos Humanos nas mais variadas mídias.

A participação é aberta a todos os jornalistas profissionais brasileiros devidamente registrados no Ministério do Trabalho e Emprego (MTb). São nove categorias: Artes (ilustrações, charges, cartuns, caricaturas e quadrinhos), Fotografia, Documentário de TV, Reportagem de TV, Rádio, Jornal, Revista, Internet e Categoria Especial (envolve todas as mídias) que, neste ano, tem como tema “Criança em situação de rua”.

Para concorrer, os candidatos devem se inscrever através do site www.premiovladimirherzog.org.br preenchendo a ficha cadastral e anexando sua obra publicada no período compreendido entre 2 de setembro de 2011 e 3 de agosto de 2012.

Pela primeira vez em todas as edições do Prêmio, a escolha dos vencedores será realizada em sessão pública, com transmissão ao vivo pela internet. O julgamento dos trabalhos será no dia 10 de outubro, na Sala Sérgio Vieira de Melo da Câmara Municipal de São Paulo. A cerimônia de premiação acontecerá no dia 23 de outubro, às 19h30, no Tuca (Teatro da Pontifícia Universidade Católica), em São Paulo.

Prêmio Especial Vladimir Herzog 2012- Desde 2009, a Comissão Organizadora indica um jornalista para ser agraciado com o Prêmio Especial pelos relevantes serviços prestados à causa da Democracia, da Paz, da Justiça e contra a Guerra. A iniciativa das instituições promotoras retoma proposta original do Prêmio, concebido em 1978, que previa tal homenagem a personalidades ou jornalistas que jamais inscreveriam seus trabalhos em qualquer tipo de concurso.

Já foram homenageados com o Prêmio Especial Vladimir Herzog os jornalistas Lourenço Diaféria (in memoriam), Perseu Abramo (in memoriam), David de Moraes, Audálio Dantas e Elifas Andreato. Neste ano, em caráter excepcional, foram indicados dois grandes nomes da imprensa brasileira: Alberto Dines e Lúcio Flavio Pinto.

Professor e escritor, o nome de Alberto Dines é um ícone da profissão por conta de sua integridade e compromisso com a verdade. Com atividade contínua ao longo de 60 anos nos principais jornais do país, criou, em 1996, o site Observatório da Imprensa - primeiro noticiário de análise e crítica da mídia no Brasil, com espaço aberto a discussões com jornalistas e universitários. 

Já Lúcio Flavio Pinto é hoje um dos jornalistas mais perseguidos por conta de sua trajetória corajosa e das denúncias que faz à frente do seu Jornal Pessoal (PA). Respondendo a inúmeros processos judiciais diante da censura que lhe é imposta pela justiça do Pará, segue lutando, de forma exemplar, para manter uma publicação independente que contraria interesses hegemônicos.

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Festival de Inverno de Garanhus oferece 10 Dias Culturais

Milton Nascimento, Tiê, Marcelo Jeneci, Erasmo Carlos, Roberta Sá, Bixiga 70, Zizi Possi, Zéli Duncan, Jorge Ben Jor, Lenine e Lirinha. Esses são alguns dos artistas escalados pela organização do Festival de Inverno de Garanhus para se apresentar até o dia 21 de julho, dia do encerramento do evento, no município pernambucano, distante cerca de 365 km de Aracaju.

Hoje, dia da abertura do festival, tocarão no Palco Guadalajara, a partir das 20h30, Mourinha do Forró, Família Gonzaga, Elba Ramalho, Dominguinhos e Projeto Viva Gonzagão. A programação musical segue por outros locais, como os palcos POP, Instrumental, Forró  e Cultura Popular, que têm suas atividades iniciadas mais cedo, às 17h (caso do Palco Instrumental) ou mais tarde, à meia-noite, caso do Palco Forró. 

O famoso festival, que está na sua 22o edição, também contempla atividades circenses, teatrais e de dança. A programação é completa pode ser conferida no seguinte endereço eletrônico:  http://www.vecgaranhuns.com/2012/06/programacao-oficial-do-festival-de.html

Só queria saber quando teremos algo desse nível por aqui ...

Museu da Pessoa comemora 20 anos e lança concurso

Até o dia 30 de julho, o Museu da Pessoa e a Editora Olhares realizam o concurso cultural "Você Escritor". O selecionado terá sua crônica publicada no livro "Todo Mundo tem uma História pra Contar", obra comemorativa aos 20 anos do Museu da Pessoa, com lançamento previsto até o final de 2012. O formato do texto é livre e deve ter no máximo três mil caracteres. Não há restrições para envio da crônica e o autor pode partir da história do Raí, disponível no portal do Museu da Pessoa.

Três crônicas irão para o final do concurso e no dia 15 de agosto será anunciado o vencedor, escolhido pelo próprio ídolo do futebol.O livro Todo mundo tem uma história pra contar reunirá 20 histórias de vida do acervo do Museu, entre elas pessoas pouco conhecidas e a do Raí. Além da crônica selecionada pelo concurso "Você Escritor", as demais histórias serão recontadas e assinadas por escritores, jornalistas e personalidades como Martha Medeiros, Luiz Ruffato, José Roberto Torero, Ana Maria Gonçalves, Nirlando Beirão, Alberto Dines, Milton Jung e Regina Casé.

Mais informações em http://www.museudapessoa.net/ ou www.editoraolhares.com.br/blog

Sobre o museu- Fundado há duas décadas, o Museu da Pessoa é um espaço aberto, colaborativo e virtual, que tem como missão transformar as histórias de vida de toda e qualquer pessoa em fonte de conhecimento, compreensão e conexão. Destaca-se por ter sido concebido inicialmente para o meio virtual, mesmo antes de ter a internet em operação no Brasil– já que, no início, o acervo era organizado em uma base digital (CD-ROM) e distribuído para as pessoas – construindo uma rede de memória muito anterior ao surgimento das redes sociais.

Em 20 anos de atuação, o Museu da Pessoa inspirou a criação de 3 outros museus em Portugal, Canadá e EUA. Hoje conta com um acervo de 15 mil depoimentos de histórias de vida e 72 mil documentos e imagens que contam a história de instituições, cidades e de grupos sociais diversos.

Tem "Mala Sem Alma" no Teatro Atheneu

O Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente-CEDCA/SE comemora os 22 anos do Estatuto da Criança e do Adolescente com a apresentação do espetáculo “Mala Sem Alma” do Coletivo Teatro de Mala, nos dias 12 e 13 de julho, às 19h30. A peça é uma coletânea de contos do autor Ewertton Nunes, também responsável pela concepção e direção do trabalho. Os contos mostram de forma poética a realidade do abuso sexual contra a criança e o adolescente, o trabalho infantil e a violência doméstica, fazendo refletir fortemente sobre direitos humanos de crianças e adolescentes.

 A peça “Mala Sem Alma” tem conquistado notoriedade no Estado de Sergipe, consolidando o Coletivo Teatro de Mala como um grupo que sabe integrar de forma muito responsável Arte, Educação e responsabilidade social. Desde a sua estreia tem sido apresentado de forma gratuita para estudantes das redes municipais e estadual de ensino, além do público em geral; e as apresentações que acontecerão nesta quinta e sexta-feira não serão diferentes.

 Segundo o autor e diretor da peça, Ewertton Nunes, o Coletivo Mala Sem Alma tem cumprido os objetivos para os quais nasceu, a proposta do grupo é trabalhar, através das artes cênicas integradas as diferentes temáticas sociais que fazem parte de discussões permanentes em nossa sociedade e são de interesse público, somando a isso uma qualidade estética apurada.

O objetivo é contribuir para a ação-reflexão-ação de pautas como a violência, as desigualdades sociais, violação de direitos do homem, dentro outros, contribuindo efetivamente para a transformação do comportamento humano. “O conceito Teatro de Mala é para o grupo, uma forma de fazer teatro a partir das bagagens individuais, as que são trazidas pelos atores e as bagagens coletivas, as que estão no cotidiano. O Teatro de Mala seria um teatro compacto, porém grandioso, itinerante, mambembe e fundamental. As histórias que precisamos contar estão em nós e podemos ampliá-las coletando o que falta no mundo que nos cerca.” Finaliza, Ewertton Nunes.

As apresentações contam ainda com o apoio da Secretaria de Estado da Cultura (SECULT), Secretaria de Estado da Educação(SEED), Secretaria Municipal de Educação (SEMED).

terça-feira, 10 de julho de 2012

Selma Reis apresenta o "Cabaré de Florbela"

Depois de um bom tempo sem mostrar seu talento em terras sergipanas, a voz grave e segura da cantora Selma Reis ecoará no próximo sábado, a partir das 21h, no Teatro Tobias Barreto (TTB). Ela apresentará o espetáculo “Cabaré de Florbela”, em comemoração aos 25 anos de carreira, mesclando música e poesia de qualidade.

Nesse show intimista, a cantora niteroiense será acompanhada por Misael da Hora (piano) e Régis Gonçalves (percuteria) e apresentará um repertório eclético composto de canções de Chico Buarque, Gonzaguinha, Belchior, Altay Veloso, Danilo Caymmi e Paulo César Pinheiro. O diretor Flávio Marinho foi peça fundamental para fazer o alinhavo de canções como “Sangrando” (Gonzaguinha), “O que é o Amor ?” (Danilo Caymmi/Dudu Falcão), “Vou Deitar e Rolar” (Baden Powell e Paulo César Pinheiro) e “Emoções Suburbanas” (Altay Velloso e Paulo César Feital) com os versos da poetisa portuguesa Florbela Espanca (1874-1930), interpretados por Selma Reis.

O resultado é uma espécie de “cabaré poético musical” emocionante e sensual, que não perde o compasso. A passionalidade interpretativa da cantora/atriz sobressai ao defender “Folhetim” (Chico Buarque), “Ne me Quitte Pas” (Jacques Brel) e “Viagem” (João de Aquino e Paulo César Pinheiro). O show que estreou há um ano, no Rio de Janeiro, deverá em breve, ser lançado em DVD, mas enquanto isso não acontece, a cantora circula pelo país com a nova turnê e possibilita aos sergipanos conferirem ao vivo o “Cabaré de Florbela”.

Sobre o processo de concepção do show, Selma Reis explica. “Comecei desde 1998, a minha carreira de atriz, já que até então, só tinha uma carreira com cantora. Comecei  a desenvolver em meu trabalho o lado de atriz ainda mais fortemente nos shows culminando nesse espetáculo “O Cabaré de Florbela”, já que tenho uma admiração muito grande pela obra da Florbela Espanca. Sempre tive vontade de misturar poesia com a música, encontrei no diretor Flávio Marinho, o parceiro ideal para roteirizar essa ideia.
Você verá que roteiro e que direção maravilhosa!! O espetáculo interage com o público de uma maneira surpreendente, falo as poesias de uma maneira muito coloquial, como se fosse a Florbela, já que deixo bem claro no espetáculo que faço a personagem Florbela, numa visão e leitura das poesias que até os entendidos se surpreendem e dizem que essa minha visão é mesmo muito consequente em se tratando de uma mulher tão complexa como a Florbela”.

Os ingressos já estão à venda na bilheteria do Teatro Tobias Barreto ao preço de R$ 60 (inteira) e R$ 30 (meia). Clientes UNIMED e Banesecard pagam meia entrada.

Mini-biografia- Nascida em São Gonçalo (Niterói), Selma Reis desde pequena apaixonou-se pela música. Sua família era ligada às rodas seresteiras da cidade e ela cresceu vendo os amigos de seus pais passarem as madrugadas tocando serestas em sua casa. Aprovada para a faculdade de Comunicação Social, ela trancou sua matrícula na metade do curso e decidiu viajar para o exterior, conhecer outras culturas e viver novas experiências.

Na cidade de Nantes, na França, uma região charmosa de Pays de La Loire, cursou dois anos da faculdade de Letras e aproveitou para estudar música. Em Paris, teve aulas com o professor Sr. Laurens - Stages de Perfectionnement des Emissions Vocal e aulas de técnica com o Sr. Rondeleux, autor de alguns livros sobre voz, entre eles "Trouver sa Voix”.

Em 1987, de volta ao Brasil, gravou seu primeiro LP independente, “Selma Reis”, produzido pelo fotógrafo Locca Faria. O trabalhou contou com participações de Dori Caymmi, Jaques Morelenbaum, Geraldo Azevedo, Paulo Jobim, Armandinho e Sueli Costa, entre outros grandes músicos e compositores.
Em 1990, lança seu segundo disco, “Selma Reis”, produzido pela PolyGram, com participação nos arranjos do maestro e pianista Wagner Tiso. Entre as faixas, “Meu Veneno”, canção especialmente feita para a cantora por Milton Nascimento, musicando o poema de Ferreira Gullar.

No ano seguinte, o CD intitulado por uma música de Aldir Blanc, “Só Dói Quando Eu Rio” contou com Eduardo Souto Neto nos arranjos e Rafael Rabello nos violões, além de outros grandes músicos da MPB.
O ano de 1993 marcaria a carreira da cantora, com a gravação de mais um disco homônimo, dessa vez, gravado em Londres, Madri, Miami, Los Angeles e Rio de Janeiro, com arranjos de Grahamm Presket, arranjador de Paul McCartney e Elton John.

Outro disco que merece destaque na carreira da cantora é  “Achados e Perdidos” (1996), obra em que passeia com sua potente voz pelas músicas do grande mestre Gonzaguinha. Totalizando 12 discos gravados, em 25 anos de carreira, Selma Reis homenageou em sua produção mais recente- “Poeta da Voz” (2010)- o compositor Paulo César Pinheiro. O CD foi lançado pelo próprio selo de Selma- “Tessitura Musical”- e conta com participações de Beth Carvalho, Diogo Nogueira, além do homenageado, que narra um de seus poemas, “Ofício”.

sexta-feira, 6 de julho de 2012

Banda Radiola_divulgação

O CD "ArRede – Tempo Sem Nome" foi contemplado pelo edital de Apoio à Produção de Conteúdo em Música no Estado da Bahia 2009, da FUNCEB e Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, proposto pela cantora e produtora Nancy Viegas.

As identificações musicais com a banda Radiola, que a princípio foi convidada para fazer as bases do disco, foram tantas, que a banda foi totalmente incorporada ao projeto e, em 2010, Nancy passou a integrar definitivamente o grupo. O terceiro disco da Radiola foi produzido por Nancy e Tadeu Mascarenhas e sai pelo selo Plataforma de Lançamento.

O show acontecerá amanhã, às 20 horas no Cine Teatro Solar Boa Vista, no bairro de Brotas, em Salvador, e terá entrada gratuita. A partir do lançamento, o disco completo estará disponível para audição e download gratuito no site www.bandaradiola.com/arrede.

 “ArRede – Tempo Sem Nome” é uma visão musical inspirada em Salvador, envolvendo os mais diversos aspectos de uma cidade urbana e litorânea. Seus elementos aparecem e se fundem à cultura digital, analógica, associados à música pop. Revelam passado, presente e futuro na utilização de novas e antigas tecnologias e nos elementos de samba de roda, samba reggae, soul music, rock, ska, música brasileira. 

Foram usados gravadores de rolo, fita k7 com 4 canais e até mesmo gravação em um canal. Produzido e idealizado por Nancy e Tadeu Mascarenhas e gravado, mixado e masterizado no Estúdio Casa das Máquinas por Tadeu, o disco novo conta ainda com participações ilustres de Edbrás, Letieres Leite, Chocolate da Bahia, Mauro Telefunksoul, João do Boi e Alumínio do grupo Samba Chula de São Braz, Cicinho de Assis. A arte da capa e o encarte foram assinadas pela própria Nancy sob fotografias tambem analógicas de Caroline Bittencourt, fotógrafa paulista que realizou em Salvador um ensaio especial para o projeto.

 Radiola é formada por Alan Abreu (bateria), Larriri Vasconcelos (baixo), Tico Marcos (guitarra, cavaquinho), Germano Estácio (percussão), Felipe Kowalczuk (percussão), Tadeu Mascarenhas (teclados, guitarra), Fabio Dias (voz e cavaquinho), Nancy Viégas (voz).

 Crédito da Foto: Caroline Bittencourt

quinta-feira, 5 de julho de 2012

Botero expõe as "Dores da Colômbia"

Desplazados_obra de Fernando Botero

El Desfile_obra de Fernando BoteroNo ano de 1998, a retrospectiva de “Fernando Botero- 50 Anos de Pintura, de 1947-1997” ocupou boa parte do Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e possibilitou que os brasileiros se familiarizassem com a produção do artista colombiano. 

Durante dois meses, o público pode apreciar cerca de 90 trabalhos- entre pinturas e esculturas de um dos pintores mais valorizados da América Latina-, bem como enveredar pelo seu mundo artístico peculiar, onde personagens de formas bem arredondadas e acima do peso conseguem hipnotizar o espectador de imediato.

Essa sedução não é fácil, mas quando alcançada, é devido ao fato do visitante ter compreendido que o exagero dos trabalhos surgiu de uma inquietude estética do pintor que apesar de figurativo, está longe de ser realista. Ainda que algumas de suas pinturas façam alusão à triste realidade política e social de seu país.
É o caso da exposição “Dores da Colômbia” em cartaz até o dia 27 de julho na Caixa Cultural Salvador (rua Carlos Gomes, 57) que traz 67 trabalhos de Botero- entre pinturas a óleo, desenhos a lápis e aquarelas- e denunciam a violência que a Colômbia vem sofrendo nas últimas décadas, por consequência da disputa entre grupos guerrilheiros, político e paramilitares, pelo controle de terras e do tráfico internacional de drogas.

O material da sua triste leitura são massacres reais noticiados em todo mundo. O olhar de Botero é compassivo e solidário, não almejando a mobilização, porque não crê nela. As cenas retratadas são como flagrantes individuais escolhidos em meio a uma tragédia que está por toda parte e cuja extensão não é possível alcançar. Sobre suas vítimas, Fernando Botero lança suas vibrantes cores, criando um contraditório e dramático material.

A exposição, que já passou por Brasília, São Paulo, Curitiba, Rio de Janeiro, Porto Alegre e Belo Horizonte, forma uma coleção de obras doada pelo artista ao Museu Nacional da Colômbia. Segundo María Victoria de Robayo, diretora do Museu Nacional da Colômbia, era do interesse do mestre que esse acervo, longe de proporcioná-lo benefícios econômicos, pertencesse à nação e fosse visto como um convite a refletir sobre as trágicas circunstâncias que o povo colombiano enfrentou durante as últimas décadas.


“Como o assunto não é exclusivo da Colômbia, visto que lamentavelmente são muitas as vítimas da violência, o fato dessa mostra circular não só em âmbito nacional, mas também em outros países, permite-nos compartilhar esta coleção formada por seis aquarelas, 36 desenhos e 25 óleos. O conjunto se integra ao programa de exposições itinerantes do Museu Nacional da Colômbia, com a finalidade de que outros museus e públicos possam entender o drama colombiano dos últimos anos e talvez até atue como uma chamada à consciência, evitando assim que os horrores da guerra se repitam”, diz a María Victoria de Robayo.


A exposição é gratuita e pode ser visitada até o dia 27 de julho, de terça a domingo, das 09 às 18h. A Caixa Cultural Salvador fornece catálogo da exposição e visitas monitoradas podem ser agendadas através do telefone (71) 3421-4200.

Sobre o artista- Fernando Botero nasceu em Medellín (Colômbia), no dia 19 de abril de 1932. Aos 12 anos começa a pintar suas primeiras aquarelas e, pouco depois, desenha ilustrações para o jornal El Colombiano. Em 1951, muda-se para Bogotá, onde conhece a vanguarda colombiana liderada pelo escritor Jorge Zalamea, amigo de Federico García Lorca. Cinco meses depois de sua chegada à capital colombiana, expõe pela primeira vez aquarelas, guaches, desenhos e pinturas a óleo na Leo Matiz Gallery.


No ano seguinte, fica em segundo lugar no 9º Salão de Artistas Colombianos e com o dinheiro ganho, viaja à Europa., inteirando-se da arte na Espanha, França e Itália. No Velho Mundo, principalmente em Florença, Botero aperfeiçoa sua técnica na Academia San Marco.

Em 1955, regressa a Bogotá e expõe na Biblioteca Nacional, mas as pinturas que fizera em Florença, não são bem recebidas. Frustrado com sua condição na Colômbia, o artista parte para o México em 1956 e entra em contato com a arte de Diego Rivera, Frida Kahlo, Alvaro Siqueiros e José Clemente Orozco. Lá, seu talento começou a despontar, sendo convidado a expor na galeria de Antonio Souza, que o levou a participar de exposições no estrangeiro.

No início de 1957, em Washington, estreava com uma individual sob os auspícios da União Pan-Americana. Em 1958, regressa a Colômbia, onde participa do 10º Salão Colombiano, onde fica novamente com segunda colocação.  A partir daí, Fernando Botero já começa a desenvolver um traço que caracterizaria sua obra internacionalmente.

As figuras roliças, corpulentas, estáticas despontam em sua produção, constantemente, tornando-se uma regra. A regra transformou-se em estilo. Independente do tema que aborde, o seu estilo excentricamente expansivo retira-lhe toda rudeza e extremismo. O volume exagerado é a varinha de condão com que transforma a vida e o mundo e os transporta numa realidade flutuante.

Ainda que os críticos tenham dificuldade em legitimar o princípio construtivo do pintor colombiano, seu trabalho é o resultado de uma grande paixão de formas e cores, pelos valores e volumes esculturais. Uma composição advinda da forma calma e sólida.


Morando em Paris, há 40 anos, Fernando Botero é um ícone da pintura latino-americana cujo conjunto da obra deve ser reverenciado.

Legenda das Fotos: "Desplazados" e "El Desfile" fazem parte da exposição "Dores da Colômbia"

Concerto alusivo à Emancipação Política de Sergipe

Logo mais, às 20h30, no palco do Teatro Tobias Barreto, a Orquestra Sinfônica de Sergipe apresentará um concerto comemorativo à Emancipação Política de Sergipe. A noite será de homenagens e participações muito especiais. Sob a regência do maestro Guilherme Mannis será realizada estreia mundial da obra encomendada pela ORSSE ao compositor Cláudio de Freitas, “Quatro Canções sobre Poemas de Tobias Barreto”, interpretada pelo baixo paulista Carlos Eduardo Marcos.

As “Quatro Canções sobre Poemas de Tobias Barreto” foram concebidas pelo compositor e fagotista Cláudio de Freitas exclusivamente para a ORSSE. A peça foi composta a partir de quatro poemas contidos no livro "Dias e Noites" (1893). O compositor escolheu a poesia patriótica “Cena Sergipana” como o primeiro quadro da obra, seguida das amorosas “Penso em Ti” e “Que Mimo!...”, intercaladas pela filosófica “O Gênio da Humanidade”.

Foram transpostas para a partitura as minúcias e particularidades do ritmo, prosódia, rima e acentuação dos versos do poeta, assim como suas constantes metáforas e referências aos animais e aos fenômenos da natureza, e da sua representação do amor pueril e nem tanto mais idealizado, num caráter melódica e harmonicamente mais maduro, meditativo e contemplativo.

Na segunda parte do concerto, o renomado pianista Ricardo Castro executará o “Concerto para Piano e Orquestra no. 2”, do compositor alemão Johannes Brahms. Segundo o maestro Guilherme Mannis, diretor da ORSSE, tocar Brahms e musicar os poemas de Tobias consiste na exaltação à memória desse célebre sergipano para os seus conterrâneos. Sergipe é um reduto de infindáveis talentos.  Em noite de homenagens, igualmente será lembrada a memória do historiador e pesquisador Luiz Antônio Barreto, criador do Instituto Tobias Barreto e que, em vida, foi um grande defensor dos vultos sergipanos na cultura do seu povo.

Os ingressos para o concerto podem ser adquiridos na bilheteria do teatro ao preço de R$ 20 (inteira) e R$10 (meia). Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (79) 3179-1480/3179-1496.