Até o dia 05 de agosto, o público visitante do Museu da Gente Sergipana, poderá conferir a exposição “Bonita Maria do Capitão” que traça um breve perfil de Maria Gomes de Oliveira, mais conhecida como Maria Bonita, esposa de Lampião. Sob a curadoria de Vera Ferreira (uma de suas netas) e Germana de Araújo, a exposição faz parte das comemorações do centenário de nascimento de Maria Bonita (1911-1938), que já contou com ciclo de palestras e lançamento de livro.
Segundo Vera Ferreira, desde 2010, que a OSCIP Sociedade do Cangaço começou a trabalhar na comemoração do Centenário de Maria Bonita e lançou em Salvador, com a parceira da Universidade Estadual da Bahia - UNEB, a abertura do Centenário de Maria Bonita, com um ciclo de palestras, durante três dias, sobre a participação e importância de Maria Bonita no Cangaço.
“Em 2011, comemorou-se o Centenário de Maria Bonita, também em Salvador e em dezembro do mesmo ano, foi lançado o livro “Bonita Maria do Capitão”, no Museu da Gente Sergipana, contando com o patrocínio do BANESE, CHESF/Recife, UNEB e Assembleia Legislativa da Bahia. Neste ano, dando continuidade às comemorações do Centenário, lançamos o livro em Salvador, no Palácio do Governo, no dia do aniversário de Maria Bonita - 08 de março -, com o apoio da UNEB e Secretaria de Estado das Mulheres. No dia 10 de julho, fizemos a abertura da exposição ‘Bonita Maria do Capitão’, no Museu da Gente Sergipana, contemplada com o edital do BNB Cultural e o apoio do Instituto Banese e depois, pretendemos levá-la para todo o país”, diz Vera Ferreira.
Composta por objetos (armas, sandálias), fotografias, peças de artesanato, textos literários e artes visuais, expostos em painéis impressos sobre lona de algodão cru, a exposição “Bonita Maria do Capitão” chega como uma espécie de reforço para a publicação luxuosa homônima que a dupla- Vera e Germana- concebeu. “Com o sucesso do livro, pensamos em mostrar para um maior número de pessoas, parte da história de Maria Bonita e extraímos do livro trechos da história que foram impressos em 12 painéis de lona de algodão cru, objetos e reprodução de cinco cangaceiras (Maria Bonita, Dadá, Sila, Adília e Cristina), que mostram o vestuário e adereços usados no Cangaço. Essa reprodução foi feita por Jeancarlos Petchas, aluno de Design da UFS”, explica a neta de Maria Bonita.
Mas para aguçar mais ainda o interesse pela história de Maria Bonita, que foi uma das precursoras da participação da mulher no cangaço, a exposição traça um recorte também da vida de Expedita, filha única de Maria Bonita e Lampião. “Falar sobre minha mãe é atender a uma curiosidade das pessoas que querem saber como ficavam os filhos do Cangaço. O que nos motiva para dar continuidade ao trabalho de divulgação desse tema é justamente o grande interesse pelo assunto, principalmente, dos jovens. A história da Maria Bonita tem surpreendido e o interesse entre as pessoas é percebido pelos comentários surpresos da descoberta da vida dessa mulher que rompeu barreiras para viver um grande amor com Lampião. Somos gratos aos professores de História que estão fazendo uma releitura da nossa história, passando pelo Cangaço, o que tem despertado nos alunos o entendimento pelo assunto”, conta Vera.
Enquanto o Memorial do Cangaço não sai do papel (sonho antigo da OSCIP Sociedade do Cangaço) que através da UNEB e da Secretaria de Estado da Cultura da Bahia, na pessoa do Secretário prof. Rubin, pode virar realidade, Vera Ferreira e Germana de Araújo vão propagando um pouco da história de Maria Bonita, através do livro e da exposição “Bonita Maria do Capitão”.
A exposição prossegue até o dia 05 de agosto, no Museu da Gente Sergipana, localizado à av. Ivo do Prado, 398. O horário de funcionamento é de terça a sexta-feira, das 10 às 17h e sábado, domingos e feriados, das 10 às 16h. O acesso é gratuito. Para agendamento de visita, o telefone para contato é (79) 3218-1551.
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