terça-feira, 23 de novembro de 2010

Música no Cinema é assunto do Cine Olho

Pessoal, a blogueira convida a todos a participar da Mesa Temática sobre " Música no Cinema" que acontecerá nesta quinta-feira, às 19h, no auditório do SESC/centro. Eu e o coordenador do Núcleo de Áudio da Aperipê TV, Luiz Oliva, estaremos fazendo parte dessa mesa que encerra as atividades do Projeto Cine Olho, coordenado pelo técnico de cinema do SESC, Wolney Nascimento. 

Farei um apanhado geral sobre a Música no Cinema, desde os seus primórdios até os dias atuais, chamando a atenção dos grandes compositores desses 115 anos de existência da 7a Arte, como eles produzem as músicas originais para um filme, as parcerias que deram certo com determinados diretores, suas referências musicais.

Já Luiz Oliva dedicará seus 30 minutos de explanação ao "Elemento Sonoro no Audiovisual". O debate acontecerá logo em seguida com os presentes e após este, haverá uma apresentação musical com Pedrinho Mendonça e a Membrana para coroar o encerramento do projeto edição 2010.

A entrada é gratuita. Quem quiser participar, basta chegar um pouquinho antes das 19h e assegurar seu lugar no auditório que fica no 1o andar. O SESC/centro está localizado à Rua Dom José Thomaz, em frente ao Colégio Arquidiocesano. Mais informações pelo telefone 3216-2726.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

Gaturro na cabeça !!!


Em recente viagem a Buenos Aires (que pretendo traçar um roteiro de bons lugares para se visitar, em breve, aqui no blog) conheci o personagem Gaturro criado por Cristian Dzwonik (Nik). Em qualquer banca de jornal, em qualquer livraria de qualidade, pode-se encontrar os  livros (mini-romances) e coletâneas de tiras desse gato astuto e irônico, mas também ingênuo e apaixonado, quando o assunto é sua amiga Ágatha.

A cada tira, Nik vai nos apresentando um universo infindável de personagens engraçados e bem simpáticos, destacando-se sua mãe, Mamurra; seu sobrinho Gaturrín; seu primo Gatulongo; a gata aristocrata do bairro, Elizabeth; Arañita; o cachorro amigo, Canturro, entre tantos outros. Praticamente é impossível se ler uma dessas tiras e não soltar uma gargalhada. O personagem já teve seue livro publicados em mais de 15 países (inclusive aqui no Brasil) incluindo também EUA, Espanha e França.

Crítica social e relações interpessoais (ou seria, interfelinas) são os motes para Nik desenvolver com criatividade, as ligeiras situações em que coloca à prova a sagacidade do seu gato de estimação. E não fica só por aí, uma série de artigos como álbum de figurinhas, souvenirs, filmes e vídeos do Gaturro podem ser adquiridos pelo site http://www.gaturro.com/

Em setembro foi lançado o filme do bichano em 3D. Acho até que Garfield ficou com inveja...Mas chegar por aqui, parece que vai ser uma operação bastante demorada. Nik esteve em São Paulo no ano passado lançado Gaturro Grandão. Além desse, iniciei minha coleção de tirinhas com quatro coletâneas, das 15 já publicadas. Já que não posso ter gatinhos em casa, por conta da minha rinite, que seja Gaturro.

domingo, 21 de novembro de 2010

Uma Dezena de filmes na Mostra de SP

Deveriam ter sido 15 filmes, mas o saldo foi de 13 em quatro dias. Como só peguei os últimos dias de Mostra Internacional de São Paulo e não queria ficar só no escurinho do cinema (tinha muitas exposições para conferir), abri mão da repescagem e ainda fiquei com um saldo positivo. Talvez em meta numérica a ser atingida, porque em qualidade de filmes, meus tiros no escuro não foram muito certeiros.

No entanto, destaco o coreano "Animal Town" de Jeon Kyu-hwan; o holandês "Hunting & Sons" de Sander Burger; o chinês "O Solteiro" de Hao Jie; "Os Barões" de Nabil Ben Yadir e o belga "Bo" de Hans Herbot.  Ainda que o canadense "Ondulação" de Denis Côte tenha personagens muito interessantes e uma história que desperte a curiosidade de quem se arrisca a vê-lo, creio que o final deveu muito ao espectador.

Engraçadinho, mas longe de ser ordinário, é o simpático "Querido Muro de Berlim" de Peter Timm. Merece uma conferida, assim como "Os Amores Imaginários" de Xavier Dolan, jovem de 20 anos que está sendo incensado pela crítica, mas que precisa ainda amadurecer muito como cineasta e encontrar sua marca. Por enquanto, o cara que gosta também de protagonizar seus filmes ("Eu Matei Minha Mãe" também estava em cartaz na época e Dolan é o filho da mãe do título) mostra que tem bagagem cinematográfica de sobra, quando o assunto são referências, mas para se chegar ao patamar de um Tarantino ou Almodóvar, vai demorar um pouquinho.

Como em todo festival, as bombas, as granadas também explodem. A grande bomba dos que conferi foi "Vênus Negra". O filme francês de Abdellatif Kechiche tem 159 minutos e é um verdadeiro suplício. Baseado em fatos reais, o filme do mesmo diretor de "A Esquiva" (argh!), conta a história da africana Saartjie Baartman, que no início do século XIX, era atração dos freak shows de Londres.

Por ser de uma tribo específica em que a genitália feminina e as ancas se apresentam avantajadas, Saartjie vai ser 'cortejada' por cientistas da época que querem seu corpo como objeto de estudo, ao mesmo tempo em que se vê escravizada pelo seu senhor pervertido, em apresentações que, gradativamente, vão ficando mais erotizadas. O problema é que Kechiche se alonga demais para alcançar o desfecho, com cenas intermináveis e desnecessárias, levando o espectador a se evadir da sala antes mesmo do The End.

Espero no ano que ter mais sorte nas minhas escolhas e que venham prá cá, filmes do quilate de "Poesia", "O Homem que Grita", "Tio Boonmee que Pode Recordar suas Vidas Passadas", "Submarino", "Caterpillar", títulos bastante concorridos nas filas de compra de ingressos para a 34a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo que aconteceu de 24 de outubro a 04 de novembro.

15 anos de "É Tudo Verdade"


Ainda não tive a oportunidade de cobrir in loco o "É Tudo Verdade", um dos principais festivais de documentários do mundo, idealizado pelo crítico e realizador Amir Labaki, que acontece em SP e no RJ. Mas acredito que, no ano que vem, poderei conferir de perto as pérolas exibidas neste evento que ao longo de 15 anos, cresceu assustadoramente.

Por conta dessa uma década e meia de atividade, foi que Labaki compilou o que de mais importante aconteceu em seu festival bem sucedido até então e lançou, no dia 06 de novembro, na Livraria da Vila, da Alameda Santos, o livro "É Tudo Cinema". Editado pela Imprensa Oficial, "É Tudo Cinema" traça um panorama do evento que nasceu tímido em 1996, com apenas 29 filmes convidados e hoje, é reconhecidamente um dos melhores do mundo no gênero.

"A ideia central do É Tudo Verdade era garantir pela primeira vez uma vitrine anual do país para a nata da produção brasileira e internacional, realizando em paralelo um trabalho de formação de público por meio de retrospectivas e discussões", diz Labaki. Sem dúvida, o festival vem atendendo às expectativas do seu fundador e diretor geral, a prova disso, pode ser constatada ao longo das 300 páginas da publicação, em que Amir Labaki escreve a súmula de cada ano do "É Tudo Verdade".

Sem dúvida, o interesse atual do público pelo cinema não- ficcional não é por acaso. O "É Tudo Verdade" contribuiu para divulgar vários documentaristas nacionais, além de formar plateia para o gênero até pouco tempo atrás negligenciado. Não só o evento se preocupa com a mostra em si do que de melhor se produz no mundo de documentários, como também realiza debates, promove uma conferência internacioanl e se preocupa com a exibições na TV.

Por tudo isso, é que Labaki recebe as felicitações do Bangalô pela iniciativa e que, no futuro, Sergipe possa ter um prolongamento do festival  "È Tudo Verdade". Vida longa...

Texto e foto: Suyene Correia

 Legenda da foto: Labaki autografando o livro da blogueira na Livraria da Vila

sábado, 20 de novembro de 2010

29a Bienal de SP- Doce ou Amarga ?






Ir a Sampa  nos próximos dias e não conferir a 29a Bienal de São Paulo, que se encerra no dia 12 de dezembro, no Parque do Ibirapuera, é marcar bobeira. Por mais que os trabalhos da maioria dos artistas selecionados não inspirem lá muito crédito, principalmente, ao lembrar que o tema perpassa pela  "Polítíca e Arte" e aí, eles passam longe da proposta, existem uns parcos trabalhos que valem a pena alguns minutos de contemplação.

Logo no térreo, ao adentrar no Pavilhão Ciccillo Matarazzo,  as grandes telas de Rodrigo Andrade compondo sua "Matéria Noturna" de São Paulo chamam a atenção do espectador. A princípio semelhantes a grandes fotografias noturnas, as telas pintadas a óleo por Rodrigo e com texturas bem trabalhadas, revelam a cidade grande adormecida.

Seguindo um pouquinho mais à frente, reserve uns segundinhos ao vídeo "Je Vous Salue Saravejo" de Jean-Luc Godard. As palavras chocam mais que as imagens... Preste atenção também na criatividade de Tatiana Blass com seu trabalho "Metade da Fala no Chão", em que um piano é calado por conta da parafina que foi derramada em seu interior. O piano por si só 'parafinado' não é tão interessante quanto a performance do pianista que pode ser vista num vídeo ao lado da obra.

Por falar em vídeo, vale a pena dar uma olhada na sequência de fotos de David Claerbout projetadas num quarto escuro. Ele mostra o terraço de um prédio em Argel, onde acontece uma pelada. Ao mesmo tempo em que compactuamos com a alegria dos rapazes em meio a uma diversão despretensiosa, deslumbramo-nos com o vigor do fotógrafo ao mostrar em enquadramentos inusitados, a revoada de pombos sobre suas cabeças. 

Ai Weiwei com suas esculturas gigantes de animais do horóscopo chinês não consegue passar incólume. Já as belas fotografias da americana Alessandra Sanguinetti poderiam estar num lugar mais visível. É preciso se desviar um pouquinho para a direita, praticamente na parede oposta da entrada do pavilhão, para apreciar suas cenas montadas com modelos infantis bastante expressivos.

Jacobo Borges com suas fotografias de Caracas também merece um destaque, assim como os trabalhos de Moshekwa Langa e Eduardo Navarro.  Ainda no primeiro pavimento, subindo a rampa, não deixe de entrar no terreiro "Longe Daqui, Aqui Mesmo" (misto de biblioteca e labirinto) projetado por Marilá Dardot e Fábio Morais. Rosângela Rennó, Mateo López e Karina Skvirsky Aguillera também merecem uma atenção ainda neste pavimento.

Já é possível a partir deste piso, visualizar a grande obra de Nuno Ramos, mas sem os urubus sergipanos, o trabalho perde muito do seu impacto. Vá logo para o terceiro pavimento, porque se você passear pelo segundo, não terá disposição para mais nada depois. Não perca por nada, a instalação de Alfredo Jaar, em que com um amontoado de slides (de uma única cena), o artista consegue fazer uma crítica feroz ao genocídio de Ruanda.

A carioca Alice Miceli, que mora atualmente em Berlim, arrasa com seu Projeto Chernobyl. Na instalação da artista é possível visualizar os negativos que foram sensibilizados com a radiação encontrada no local do acidente nuclear ocorrido em 1986. O abstracionismo do invisível dá um feito surreal.

Henrique Oliveira com sua gruta artificial "A Origem do Terceiro Mundo" demonstra que é, no mínimo, um artista que não tem preguiça de trabalhar (seja mentalmente, seja fisicamente). Colagem tridimensional dimensionada de forma gigantesca como nunca havia "experenciado".

Ainda neste andar,  valem uma conferida "O Barco dos Tolos" do fotógrafo Allan Sekula; o "Abajur" de Cildo Meireles; as fotos dos Penitentes assinadas por Guy Veloso; as fotografias de Miguel Rio Branco; o vídeo "Arte/Pare" de Paulo Bruscky e o "Tornado" de Francis Alÿs.

No segundo pavimento, obras instigantes como os jornais de Antonio Manuel; a série "Milagros" de Sandra Gamarra sobre personalidades políticas e cenas de guerra; a paca voadora de Nélson Leiner; os pêndulos suspensos de Tatiana Trouvé se sobressaem às demais. Aqui tem muita coisa completamente desnecessária, mas os poucos trabalhos dignos de uma apreciação mais demorada, vale a pena o esforço de vencer o cansaço. Resta ao internauta que visitar à 29a edição da Bienal, decidir se ela deixou um gostinho doce ou amargo. Para mim, ficou no agridoce.

Legenda da Foto 1: A blogueira ainda bem disposta, no início da visitação, em frente à obra de Rodrigo Andrade

Legenda da Foto 2: Não sei se meu signo corresponde ao Galo, no horóscopo chinês, mas esta escultura de Ai Weiwei foi a que mais simpatizei

Legenda da Foto 3: Interior do "Palácio de Papel" criado com precisão geométrica por Mateo López

Legenda da Foto 4: Detalhe da obra "350 Pontos Rumo ao Infinito" de Tatiana Trouvé

Legenda da Foto 5: Na obra do irreverente Nélson Leiner até pacas voam

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

I Salão Semear de Arte Contemporânea- Região Nordeste (Parte II)


Fábio Magalhães. Este é o nome de destaque, do I Salão Semear de Arte Contemporânea. O baiano participa com quatro trabalhos em óleo sobre tela de um realismo absurdo. À primeira vista, ao longe, suas telas parecem fotografias de grandes dimensões. Com uma maior proximidade, no entanto, o que poderia ser a perfeição de um photoshop, revela-se como pinceladas precisas e certeiras sobre a tela branca.

Seu trabalho "Segundos que Antecedem o Choro" pode deixar o espectador mais sensível com o estômago ligeiramente "revirado". Ao mesmo tempo que é repugnante, a tela de 1,50 X 2 m é hipnotizante. Suas outras três telas, que apesar dos títulos distintos, bem poderiam fazer parte de uma série "Como Fazer das Tripas Coração" comprovam a habilidade do artista com o desenho, com a anatomia mais profunda do ser humano.

O jovem de 28 anos, natural de Tanque Novo, foi bastante assediado pelo público na noite de abertura, de modo que uma individual com o rapaz, em Terras de Ará,  não seria nada mal... Sem dúvida, o rapaz tem grande chance de sair com um prêmio do Salão. Quem sabe surpreenda, até com o voto popular. É esperar para ver.

Apesar de conhecer o trabalho do sergipano Alexandre Souza, há tempos, já que entrevistei o artista há  sete anos, quando estava iniciando seu trabalho com micro-esculturas, acredito que suas obras "Rex", "Carro de Bois" e "Mar Vermelho" chamem a atenção dos visitantes. Protegidas por espécies de tubos de ensaio, as esculturas podem ser apreciadas através de um método de visualização engenhoso desenvolvido pela curadoria do salão juntamente com o pessoal da Semear, na pessoa de Cita Domingos.

Destaco também a fotografia "Agora Inspire!" de Vinícius Fontes; os desenhos de Airton Cardim; a instalação "Alice" de Célia; e os  vídeos "Passos" de Jéssica Araújo, "O Deserto" de Victor Venas e o "Vídeo Estado, Simulacro Cinematográfico" de Bárbara Azevedo.

Acredito que o fotógrafo Benedito Letrado poderia participar com outros trabalhos, tendo em vista seu interessante acervo e quanto às demais obras expostas, talvez eu necessitasse de um tempo maior para a "sensibilização" destas. Até o dia 20 de dezembro, passarei lá novamente, para apreciá-las.

A Galeria Jenner Augusto está localizada na Sociedade Semear (Rua Vila Cristina, 148) e o público poderá depositar na urna, até o dia 17 de dezembro, seu voto para o melhor trabalho.


Texto: Suyene Correia

Legenda da Foto: O trabalho "Segundos que Antecedem o Choro" de Fábio Magalhães 'recepciona' os visitantes na entrada da Galeria Jenner Augusto (Sociedade Semear) 

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

I Salão Semear de Arte Contemporânea- Região Nordeste (Parte I)

Depois de chegar em casa e me deparar com uma infinidade de e-mails na caixa abarrotada de 15 dias sem acesso, fiquei sabendo como havia sido movimentada a abertura do I Salão de Semear de Arte Contemporânea. Não só um público significativo havia comparecido ao vernissage, como também um artista local teria questionado aos presentes "Cadê a Arte?"

Hoje fui conferir na Galeria de Jenner Augusto se as obras selecionadas pela comissão formada por Lilian França, Jorge Coli, Mirian Nogueira, Cristiana Tejo e Wellington Cesário estavam aquém ou além das minhas expectativas. Confesso que o que vi era justamente o que eu já havia traçado em minha mente. Mas antes de fazer uma avaliação pessoal, deparei-me com esse texto de Gustavo Costa, estudante do 6o período de Jornalismo da UFS, entre os meus e-mails e a solicitação por parte dele, de publicação no Bangalô de sua opinião sobre a noite do dia 09 de novembro, em que ocorreu a abertura do Salão.
Segue o texto na íntegra.

"Ação e reação. Quando Isaac Newton publicou a terceira lei da mecânica clássica em 1687, ele talvez não soubesse que também estava falando de arte. Quando a estudante de jornalismo da UFS, Marta Olívia Santana Costa, 25 anos, entrou na galeria Jenner Augusto, durante a abertura do I Salão Semear de Arte Contemporânea – Região Nordeste, e se deparou com uma língua de 1,90m de altura por 1,40m de largura, imediatamente sentiu ânsia de vômito. Minutos depois, enquanto os visitantes da exposição aproveitavam a vernissage, irromperam berros do artista plástico sergipano José Fernandes: “Onde está a arte? Eu não estou vendo a arte!”. O que eles não notaram é que suas reações acabaram integrando ainda mais o espaço dedicado à arte contemporânea.

A raiva, a dúvida, a inquietação e o estranhamento também fazem parte dos movimentos artísticos contemporâneos. Ao questionar se arte estava mesmo ali, José Fernandes fez com que a exposição atingisse o seu objetivo. Naquele momento, a arte cumpria o seu papel. De uma forma ou de outra, aquelas obras o tocaram de alguma maneira. No salão organizado pela Sociedade Semear através do Edital de Apoio a Festivais de Fotografias, Performances e Salões Regionais da Funarte, estão presentes todas as impressões que se espera de um salão de arte contemporânea.

Todas as 19 obras cuidadosamente selecionadas pela Comissão de Seleção do Evento integram perfeitamente o ambiente e criam uma forte interação com o público. Dos 18 artistas, seis são de Sergipe, ou seja, um terço do total de um salão que contempla toda a região nordeste. E vale destacar que os sergipanos Alexandre Souza, Benedito Letrado, Jéssica Araújo, Liliu, Linalva Leal e Vinícius Fortes foram escolhidos unicamente por seus trabalhos. A Comissão de Seleção não teve acesso a nenhuma informação dos artistas. Não restam dúvidas, porém, que a grande estrela da noite de ontem foi o baiano Fábio Magalhães, autor de quatro telas imensas em destaque na exposição.

Ao visitante que ainda irá prestigiar o I Salão Semear de Arte Contemporânea – Região Nordeste, prepare-se para ter diferentes sensações. Além da leve vertigem sentida por alguns ao entrar na tenda escura do artista Victor Venas, uma mesma obra, certamente poderá lhe causar três impressões, o impacto sentido pela estudante de jornalismo, a fúria do artista plástico e o deslumbramento de todos com a técnica empregada na tela. Com certeza não poderia haver nada mais contemporâneo."

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

As férias do Bangalô acabaram

Olá, pessoal, o bangalocult ficou duas semanas sem novidades, porque a blogueira tirou uns dias de descanso fora de Aracaju. A primeira parada foi São Paulo, onde tive a oportunidade de conferir o final da 34a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, a 29a Bienal de Artes de São Paulo, exposições no MASP, PINACOTECA, Museu da Língua Portuguesa, entre outros.  

Depois, o destino foi a capital portenha, Buenos Aires. Museus, shows de tango, milongas, teatro estavam diariamente na pauta e só faltou uma ida ao cine. Em breve, estarei colocando no blog algumas fotos da viagem e comentando as melhores programações e dicas para quem ainda não conhece a capital argentina.

Aproveite enquanto o real está bastante valorizado. Vale a pena levar a mala pela metade vazia e trazer discos, livros e DVDs, muito abaixo do preço comercializado no Brasil. Agora, é arregaçar as mangas e voltar a escrever.