sexta-feira, 31 de julho de 2009

Sessão Notívagos Dedicada aos Fãs dos Mutantes

Para o público acostumado a passar a madrugada no cinema, por conta das Viradas Cinematográficas, a Sessão Notívagos serve como um aperitivo, já que a exibição do filme é única e após a projeção, rola o som de uma banda no hall do cinema.
Amanhã, à noite, a partir das 23h55, no Cinemark do Shopping Jardins, tem mais uma dessas sessões idealizadas pelo produtor cultural Roberto Nunes (o mesmo do Cine Cult), dessa vez com o documentário “Loki- Arnaldo Baptista” e apresentação da banda sergipana Plástico Lunar.

Assisti a esse filme no ano passado, dentro da programação da 32ª Mostra Internacional de Cinema de São Paulo e confesso que fiquei surpresa com a tietagem demonstrada pelo público presente no Unibanco Arteplex. Não morro de amores pelos Mutantes, ainda que reconheça a importância da banda para a história da música brasileira, mas tenho que admitir que o documentário dirigido por Paulo Henrique Fontenelle é bem feito, revelador em alguns momentos e saudosista até a última instância.


Em “Loki”, primeiro longa-metragem produzido pelo Canal Brasil, acompanhamos a trajetória artística de Arnaldo Baptista- fundador dos Mutantes- através de depoimentos do próprio cantor e compositor, dos ex-integrantes da banda, críticos musicais e admiradores do som que marcou época. Nesta cinebiografia é possível conferir passagens da vida de Arnaldo desde a infância, passando pela fase de maior sucesso como líder dos Mutantes, pelo casamento com a cantora Rita Lee e, depois, a separação.
O filme mostra também a depressão que devastou sua vida após o fim do grupo e que o levou a tentar o suicídio, sua carreira solo, a reaproximação com o irmão e integrante dos Mutantes Sérgio Dias, culminando com a volta da banda em 2006 (com Zélia Duncan no lugar de Rita Lee) e com o show em homenagem à Tropicália realizado no Barbican Center, em Londres.

É bem verdade, que senti falta da versão de Rita Lee, nesta história toda, mas como as ‘feridas’ parecem estar abertas, sua presença foi descartada da lista de depoentes. Só vemos a cantora em imagens de época dos shows dos Mutantes, na década de 60. Mas essa deficiência é compensada pela boa trilha-sonora, repleta de clássicos da banda formada em 1966, como ‘Qualquer Bobagem’, ‘Ando Meio Desligado’, ‘Balada do Louco’, ‘Panis et Circenses’, algumas delas em versões raras, além de músicas da primeira banda de Arnaldo Baptista, O’Seis; de sua carreira solo; e de outros projetos idealizados pelo compositor.


Atualmente, Arnaldo Baptista mora com a esposa Lucinha Barbosa em Juiz de Fora (MG). Lá, ele se dedica à pintura como uma forma de terapia, ainda que não tenha deixado a música totalmente de lado, tocando piano, teclado e baixo.


Logo após a exibição do documentário, a Plástico Lunar (que tem forte influência do som dos Mutantes) se apresenta no hall do Cinemark, tocando um repertório baseado no CD “Coleções de Viagens Espaciais” lançado este ano. Os ingressos para a Sessão Notívagos estão à venda na bilheteria do Cinemark do Shopping Jardins, ao preço de R$ 15 (inteira) e R$ 7,50 (meia).


Texto: Suyene Correia


Foto: Arnaldo Baptista, fundador dos Mutantes, em sua casa no interior mineiro

quinta-feira, 30 de julho de 2009

Exposições que Prometem....

Na semana que vem, três exposições entram em cartaz na cidade, e pelo talento dos profissionais envolvidos, prometem muito. Logo na terça-feira (04/08), às 20h, no Espaço Cultural Yázigi, a pernambucana Elaine Bomfim, mais conhecida como Donacor, estará mostrando seu trabalho em grafitagem na exposição "Fora de Casa".

Donacor já deixou sua marca em ruas de alguns países da América Latina, onde procura fazer o belo surgir em céu aberto, dentro de um contexto social. A artista estará promovendo um workshop na véspera da exposição e quem tiver interesse, basta ligar para o número 3216-6060 (Yázigi) para fazer a inscrição. As vagas são limitadas.

Já na quinta-feira (06/08), também às 20h, no Mirante da 13 de Julho, será aberta a exposição "Em Busca de Abrigo", onde o fotógrafo José Aquino juntamente com alunos de seus cursos de fotografia estarão expondo trabalhos. As imagens, realizadas entre os meses de janeiro e julho, trazem um pouco do cotidiano dos ribeirinhos, da Atalaia e da Ilha do Rato, no município de Barra dos Coqueiros. A exposição prossegue até o dia 19 de agosto.

Por fim, no mesmo dia e horário, na Galeria de Arte Álvaro Santos, será aberta a exposição coletiva "Anistiados" onde a beleza das pirogravuras de Bosco Rollemberg é amplificada pelos textos de Carlos Cauê, Cleomar Brandi, Lara Aguiar, Maria Carolina Barcellos, Maruze Reis, Nina Sampaio, Raphael Borges (Mingau) - (videoinstalação), Ronaldson Sousa eVladimir Oliveira.

As 10 telas e painéis que farão parte da exposição foram produzidas por Bosco Rollemberg quando ele ficou preso na Ilha de Itamaracá, por quase cinco anos, durante a Ditadura Militar. Quem não puder conferir a abertura, que promete belas surpresas, a mostra prossegue até o dia 29 de agosto.

Texto: Suyene Correia

Foto: Reprodução de um painel (pirogravura) de Bosco Rollemberg, retirado do blog anistiados.blogspot.com

Bangalô de Portas Abertas

Olá, internautas que prestigiam o Bangalô Cult, vocês têm contribuído com o engrandecimento do blog, graças aos comentários críticos e elogiosos deixados diariamente.
Mas nem sempre o Bangalô fica por dentro de tudo (tudinho) que anda rolando na cidade, daí porque, alguma dica de bom divertimento poderá ficar de fora das minhas postagens.
Hoje, recebi um comentário chamando a atenção de que o fotógrafo e cantor Sílvio Rocha, estará se apresentando amanhã, à noite, no Viva Ará Café (antigo Al Bar).
Quem já teve a oportunidade de conferir uma apresentação de Sílvio, já viu como ele consegue manter a platéia ligada, explorando um vasto repertório. No sábado, se minha memória não está enganada, ele faz apresentação à tarde, no Bar Coqueiral (Passarela do Caranguejo).
Ah, e antes que eu me esqueça, um recado para Suely (visitante assídua do blog) : Não recebi seu e-mail, falando da exposição fotográfica, mas uma colega sua me enviou o release.
Caso queiram enviar e-mails com sugestões e informes culturais para divulgação, favor encaminhar para suyenesantos@gmail.com ou suyenecorreia@jornaldacidade.net

Texto: Suyene Correia

terça-feira, 28 de julho de 2009

Agenda Cheia no dia 31 de julho



Pessoal, neste final de semana, mas precisamente no dia 31 de julho (sexta-feira), as opções de lazer, nesta cidade, estão prá lá de ecléticas. Tem diversão para todos (de todos os preços e gostos) e recomendo já marcar na agenda o que pretende conferir.
No Sesc/centro, acontece a partir das 18h, mais uma edição do Café Cultural que dessa vez enfoca a temática "Amantes do Vinil". Para quem ainda não conhece como funciona o encontro, um moderador discute com os participantes e convidados sobre o tema proposto de maneira informal. Ao mesmo tempo, os presentes podem se deliciar com robusto café oferecido pela instituição. Já participei de dois Cafés Culturais como este (um discutindo fotografia e outro design) e recomendo aos curiosos.
Um pouco mais tarde, às 19h, tem Cia. de Comédia Os Melhores do Mundo no teatro Tobias Barreto, com o espetáculo "Hermanoteu na Terra de Godah". A galera brasiliense já esteve na cidade em outras ocasiões, sempre com casa lotada. Se você ainda não comprou o ingresso e quiser dar boas gargalhadas, vale a pena. Para quem paga inteira, o ingresso sai por R$ 50 (até amanhã) e R$ 25 (meia). A partir da quinta-feira, o preço sobe para R$ 60 (inteira) e R$ 30.
Para um público mais saudosista, a boa pedida é o show de lançamento do primeiro DVD de Núbia Faro no Iate Clube de Aracaju. O show acontece a partir das 22h, tendo como banda de abertura Los Românticos, da cidade de Lagarto e como convidados especiais Jane e Herondy (para quem nunca os viu no Programa do Sílvio Santos, nos idos dos anos 80, recomendo procurar no http://www.youtube.com/).
As mesas estão sendo vendidas ao preço de R$ 80, no Pag-Lev Globo (centro da cidade) e na secretaria do clube.
Já para os adeptos do reggae, a dica é o show da banda porto-alegrense Chimarruts, na praça de eventos da Orla de Atalaia. Os ingressos estão sendo vendidos, antecipadamente, ao preço de R$ 40 (área Vip) e R$ 20 (pista) no Boteco da Pizza e Loja Stalker (Shopping Jardins). Os portões serão abertos às 22h, sendo que a banda de abertura é Xotirado e o DJ Felipe Carneiro comanda as pick ups, no final.



Foto: Marcos Hermes
Texto: Suyene Correia

Legenda da Foto: Chimarruts leva o bom e 'velho' reggae para a praça de eventos da Orla de Atalaia

sábado, 25 de julho de 2009

Surto de Coqueluche no TTB

Com um dia de atraso, escrevo minhas impressões sobre o espetáculo de música erudita que aconteceu no Teatro Tobias Barreto na noite da última quinta-feira.
Quanto à apresentação da pianista portuguesa Maria João Pires e dos irmãos Jussen, só posso elogiá-los pela bela performance (juntos ou não) com a Orquestra Sinfônica de Sergipe regida pelo maestro Guilherme Mannis.
Diga-se de passagem, Mannis é mais competente com a batuta na mão que ao microfone. Falou demais no encerramento da apresentação, referindo-se à roupa white dos irmãos holandeses, que como ele mesmo fez questão de frisar, em tom irônico, 'não estão entendendo nada do que estou dizendo aqui'.
Mas se teve uma coisa que chamou a atenção de muitos dos presentes que estavam apreciando o virtuosismo de Maria João Pires e dos seus aprendizes, foi a quantidade assustadora de coff...coffs... que invadiu o teatro.
Por mais que o apresentador tenha pedido, antes do concerto começar, o máximo de silêncio, uma orquestra de tossidores crônicos a cada dez minutos insistia em participar da execução da música com arranjos prá lá de irritantes.
Bastava um começar a tossir ou pigarrear no mezanino, que outro respondia imediatamente na parte inferior, num desafio deveras inoportuno. Acho até que por duas vezes, Mannis demonstrou irritação ao fato quando regia. Pode ter sido imaginação minha essa observação, com relação ao maestro, mas que a mim causou desconforto auditivo, isso causou.

Texto: Suyene Correia

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Pianista virtuose se apresenta no TTB

A pianista portuguesa Maria João Pires se apresenta, logo mais, à noite, no Teatro Tobias Barreto, acompanhada da Orquestra Sinfônica de Sergipe (ORSSE), sob a regência do maestro Guilherme Mannis.

Ontem, pela manhã, após ensaio com a ORSSE, Maria João e os irmãos holandeses Lucas e Arthur Jussen- que também se apresentarão no concerto- bem como a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino e Guilherme Mannis, concederam entrevista coletiva à imprensa.

Bastante simpática, a pianista disse estar muito contente em comemorar seu 65o aniversário em Aracaju, tocando para o público, além do que, hoje também faz 60 anos que ela deu seu primeiro concerto. "Nesse primeiro contato com a ORSSE, achei-a muito boa. Adoro tocar com orquestra jovem, porque os músicos têm uma motivação muito grande. Estou admirada com o desempenho deles", disse.

No programa de logo mais, serão apreciadas a Sonata para Piano no. 8, em dó menor, op. 13, 'Patética' de Beethoven, executada por Lucas Jussen; Concerto para Piano e Orquestra no. 12, em lá maior, K. 414 de Mozart, executado por Arthur Jussen e Concerto para Piano e Orquestra no. 2, em fá menor, op. 21 de Chopin, executado por Maria João Pires.

"Os irmãos Jussen são meus alunos há seis anos e quando estão de férias, vêm até o Brasil para ter aulas comigo. Dessa vez, os convidei a participar dessa apresentação e como foi uma decisão meio em cima da hora, eles irão apresentar essas composições que já estavam bem ensaiadas", explicou Maria João, ao ser questionada sobre a escolha do programa.

Ela que reside em Lauro de Freitas desde 2006, pretende junto com o Governo do Estado de Sergipe desenvolver um projeto social com profissionais da música. As negociações ainda são embrionárias, mas a expectativa é que no ano que vem, o projeto seja colocad em prática.
Maria João Pires que já tocou com grandes orquestras do mundo, mudou-se para o Brasil a fim de repensar a vida. Mas disse que se sente 'em casa' aqui, no país.

"Foi um recomeço essa mudança toda, mas estou mais acostumada agora. Fui muito bem acolhida no Brasil, sinto-me em casa. Ainda que viaje muito para a Europa, a trabalho", finalizou.
Os ingressos para o concerto de logo mais, às 20h30, estão à venda na bilheteria do teatro, ao preço de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Legenda da Foto: Arthur Jussen ensaia com a ORSSE o concerto de Mozart

Texto: Suyene Correia

Foto: Jadilson Simões

Clássicos do Cinema Nacional Serão Digitalizados


Grande parte dos filmes estrelados por artistas brasileiros, consagrados na década de 50, como Oscarito, Grande Otelo, Zé Trindade e Dercy Gonçalves serão digitalizados e estarão à disposição do público até o final deste ano.

A divulgação gratuita do material será possibilitada porque o Ministério da Cultura adquiriu todo o arquivo da extinta Companhia Atlântida Cinematográfica. Entre o acervo, estão filmes de longa e curta metragem, documentos de época, cinejornais e fotos. A Cinemateca Brasileira, em São Paulo, instituição vinculada ao MinC, vai ficar responsável pela restauração, digitalização, preservação e divulgação do material.
“Essa aquisição vai garantir uma maior acessibilidade a elementos audiovisuais importantes para a história do cinema brasileiro”, afirmou a diretora adjunta da Cinemateca, Patrícia de Filippi. Ela também lembrou que a iniciativa faz parte de uma política inovadora do MinC que visa divulgar de maneira não comercial filmes e fotos desse período.

A Cinemateca Brasileira já possui o maior acervo de imagens em movimento da América Latina, são cerca de 200 mil rolos de filmes, que correspondem a 30 mil títulos. Com a aquisição do material da Companhia Atlântida a instituição pretende reforçar seu acervo e aumentar ainda mais a divulgação e o acesso aos conteúdos audiovisuais tipicamente brasileiros, afirmou a diretora adjunta.

O conteúdo, a ser digitalizado, será incluído no Programa Banco de Conteúdos Audiovisuais Brasileiros, que já foi iniciado e tem orçamento estimado de R$ 30 milhões para o período de 2008 a 2010. No ano de 2008, o MinC alocou R$ 5 milhões para o projeto.

quinta-feira, 16 de julho de 2009

Elenco de Primeira











Aproveitando a presença de quase todos os atores na coletiva da manhã posterior à exibição do filme "Quanto Dura o Amor ?", tirei fotos ao lado dos simpaticíssimos e competentes profissionais da arte de interpretar. A excessão foi a atriz Silvia Lourenço. Terminei tendo que sair mais cedo, por conta da viagem de volta a Aracaju e não a interceptei a tempo.

Curtam as fotos clicadas pelos colegas jornalistas...
Foto 1: Paula Pretta é uma experiente atriz de teatro e cinema que é super bem relacionada com o meio artístico. Participou como consultora nos testes para a escolha do elenco.
Foto 2: Gustavo Machado, além de belo, é um excelente ator que já marcou presença em produções como "Bicho de Sete Cabeças", "Contra Todos", "Nome Próprio" e "Olho de Boi" (por este filme de Hermano Penna, recebeu o Kikito de Ouro de Melhor Ator (2007).
Foto 3: Maria Clara Spinelli é doce, segura e estreou com o pé direito no cinema. Sua personagem Suzana é uma advogada solitária que está iniciando um novo romance. Será que vai dar certo?
Foto 4: A versátil Leilah Moreno (atriz, cantora, compositora e bailarina) dá um show na pele da garota de programa que tem um caso com um escritor solitário

Roberto Moreira quer saber: "Quanto Dura o Amor ?"
















Não sei se o filme "Quanto Dura o Amor ?" de Roberto Moreira sairá o vencedor do II Festival Paulínia de Cinema, que se encerra hoje, à noite, mas com certeza alguns prêmios ele irá abocanhar, sobretudo no que diz respeito às interpretações (arrisco o prêmio de melhor ator e atriz coadjuvantes).
A verdade é que a trama que envolve três histórias de amor paralelas, encantou não só a crítica, como o público, por conta de seu tom realista. Isso em parte, deve-se ao elenco afiado formado por Silvia Lourenço, Maria Clara Spinelli, Paulo Vilhena, Danni Carlos, Gustavo Machado, Fábio Herford, Leilah Moreno e Paula Pretta, além da mão do diretor (não vi "Contra Todos", mas é um filme de Moreira bastante elogiado).
Fotografado por Marcelo Trotta (poucas vezes, a cidade de São Paulo foi tão belamente fotografada como nesse filme) e com trilha sonora assinada por Lívio Tragtenberg (que inseriu na trama, o sucesso “High and Dry” do Radiohead), "Quanto Dura o Amor? ", segue as relações amorosas de diversos gêneros, culminando com uma surpresa no final da projeção, que deixa o espectador mais desatento à trama, um tanto quanto desnorteado.
Assim que a jovem atriz Marina, vivida por Silvia Lourenço, decide deixar o interior e partir para capital atrás de realizar seu sonho profissional, logo no início do filme, o espectador é embalado pela canção da banda inglesa Radiohead, presente no CD “The Bends” (1995).
Ela se hospeda na casa de uma amiga, a advogada Suzana (Maria Clara Spinelli) e parte para fazer testes de comerciais de TV e peças teatrais. Enquanto se adapta à vida urbana, conhece, numa boate, a cantora Justine (Danni Carlos) com quem inicia um relacionamento.
O problema é que ela é casada com Nuno (Paulo Vilhena) e, nessa relação, três parece ser demais. Entre desilusões, paixões e porque não dizer, amor, Marina vai tocando sua vida na “Selva de Pedra”, que sob a ótica de Roberto Moreira torna-se uma cidade sedutora.
Paralelamente a essa trama, vemos a tentativa frustrada do escritor solitário Jay Machado (interpretado pelo excelente Fábio Herford) em conquistar a garota de programa, vivida por Leilah Moreno e o início do romance de Suzana com seu colega de trabalho, Gil ( Gustavo Machado), que levará o filme a um desfecho revelador.
À exceção do ator Paulo Vilhena e da cantora Danni Carlos, o casting do filme é pouco conhecido da maioria das pessoas, uma vez que os atores atuam mais em teatro e, em cinema, fizeram poucos trabalhos. Nem por isso, o filme deve deixar de fazer uma bela trajetória após o lançamento nacional, programado para acontecer em setembro.
É torcer para que o filme chegue pelas bandas de cá. Se depender da produtora cearense Geórgia Araújo, isso irá acontecer. Quem viver, verá...

Texto e Fotos: Suyene Correia
Foto 1: O diretor Roberto Moreira explica à imprensa como foi o processo de filmagens
Foto 2: Leilah Moreno, que participou de "Antônia", arrasa no novo filme, na pele de uma garota de programa
Foto 3: Silvia Lourenço interpreta Marina, uma jovem atriz que sonha em alçar grandes voos na cidade grande
Foto 4: Maria Clara Spinelli é a grande revelação- literalmente- do filme "Quanto Dura o Amor?"
Foto 5: Elogiado pela crítica especializada, o ator Gustavo Machado faz par romântico na trama com Suzana (Spinelli)

terça-feira, 14 de julho de 2009

Entre as estrelas de cinema










Que tal uma sessão de fotos com celebridades da TV e do cinema, além de atores emergentes ?

Todo jornalista tem seu momento de 'tietagem'. Então, lá vai...

Foto 1: Ney Latorraca é uma simpatia. Divertidíssimo, disse que o Pólo de Paulínia está se desenvolvendo por conta de seu "pé quente" (ainda incipiente, ele foi convidado a conhecer o Pólo Cinematográfico)


Foto 3: Paula Burlamaqui e Ney Latorraca são os protagonistas do curta "Vida Vertiginosa" dirigido por Luiz Carlos Lacerda ( O Bigode).

Foto 2: Depois de eu ter elogiado a forma elegante com que ela recebeu as críticas a seu filme, posei para a câmera juntamente com Lucélia Santos e o crítico de cinema, Rubens Ewald Filho

Foto 4: O filme é ruim, mas os atores de ascendência chinesa são extremamente simpáticos e bonitos. Vale o registro

"Destino" não sabe de onde vem, nem prá onde vai...











A noite de sábado, no Theatro Municiapal de Paulínia, foi surreal. Eu diria que...bizarra.

Nada deu errado, não. Pelo contrário. Acho até que o operacional do festival começou a engrenar nesse terceiro dia de evento. Mas é que dois filmes de péssima qualidade foram exibidos na mostra competitiva.

O primeiro diz respeito ao pretensioso documentário sobre Os Mamonas, feito por Cláudio Kahns. Se eu já achava o grupo ridículo na época que fieram sucesso, agora, vendo tudo de novo, 13 anos depois, torna-se indigesto. Ainda mais, como foi feito o documentário: de uma maneira extremamente tosca, sem nenhum arrojo cinematográfico e porque não dizer, enfadonha.

Aguentar os parentes de Dinho e Cia. Ltda. falando de seus entes queridos, não é fácil. Mas o cúmulo mesmo é o documentário se resumir aos depoimentos desses personagens e mais a namorada do cantor e os dois empresários que a banda teve. Não se ampliou o universo do 'fenômeno' Mamonas para especialistas da área musical, jornalistas e até cantores ou bandas que inspiraram o quinteto comentarem sobre o assunto. Tudo é muito familiar e, só.

E o que dizer do desfile de animações utilizadas durante os 85 minutos de projeção, sem sentido estético algum ou narrativo à trama? O pior é ouvir do diretor que o material apresentado se propõe a mostrar imagens inéditas da banda e de bastidores, jamais vistas antes. Uma ou outra, pode até ser, mas a maioria mesmo, é o que foi exaustivamente mostrado nas emissoras de televisão da época, quando as mesmas aproveitaram o 'fenômeno' para se degladiarem na arena do ibope. Nada demais.

Como se fosse pouco o esforço feito para engolir 'esse caroço de jaca', a terceira noite de projeção ainda reservaria aos espectadores mais emoções desagradáveis. Dessa vez, foi nos ofertado a produção sino-brasileira, produzida por Lucélia Santos e dirigida por Moacyr Góes ( diretor de filmes da estirpe de "Maria- A Mãe do Filho de Deus", "Xuxa Abracadabra", "Dom" e "O Homem Que Desafiou o Diabo").

O filme é uma mistura de folhetim barato com novela mexicana decadente e sei lá, mais o quê. O roteiro -várias vezes mexido por questões de censura do governo chinês- se fosse comparado a um prato típico daquele país, seria 'Família Feliz' (tão apreciado pelos admiradores da gastronomia chinesa), só que aqui, passado do ponto.

Ficou bem claro, desde o início ( confirmado por Lucélia no debate) que a trama que mistura aventura, amor, religião e muito merchandising de forma sobrenatural estaria mais voltada para o público asiático. Porém, uma co-produção dessa magnitude, com Diler Trindade por trás, ficaria a ver navio em seu próprio país ?
"Estamos focando o mercado asiático, sobretudo o chinês. Não temos previsão de estrear no Brasil, mas gostaríamos que quando isso acontecesse, pudéssemos utilizar o slogan- visto por .... milhões de habitantes ", comentou Trindade.
A verdade é que o filme tem três versões para o cinema (assistimos a terceira) e projeto de virar mini-série, formato este que deverá ser exibido no país tropical. Por falar em trópicos, o filme é uma "Salada Russa em Paris", já que os personagens se expressam em inglês, mandarim e português (sem esquece as legendas em inglês e português). Será que tinha como esse projeto desenvolvido durante 13 anos dá certo?

Mas se Lucélia Santos não foi bem como produtora, como mãe protetora de seu "bebê não tão perfeito assim"- forma como ela comparou o filme, antes da exibição no Theatro Municipal de Paulínia- ela foi exemplar. No debate da manhã de domingo, ela reconheceu todas as falhas que "Destino" possui, contudo deixou claro que não "o abandonaria no meio do caminho e procuraria ter uma atitude positiva em relação a ele (o filme)".

Positiva mesmo, só a escolha dos atores 'pseudo-chineses' (alguns marinheiros de primeira viagem, outros não) que são nascidos no Brasil, mais de origem chinesa. Além de serem belos, atuaram de forma esforçada e não comprometedora.

Que vocês não tenham no seu destino, a oportunidade de conferir essa pérola.

Texto e Fotos: Suyene Correia


Fotos 1, 2 3: Atores de ascendência chinesa que trabalharam no filme "Destino", além da produtora Lucélia Santos
Foto 4: O diretor geral do festival, Ivan Melo, o produtor Diler Trindade e o elenco principal de "Destino"

domingo, 12 de julho de 2009

Paulo Francis: Ame-o ou Odeio-o

Se teve um filme que dividiu opiniões até o momento em Paulínia, esse foi o documentário "Caro Francis" de Nélson Hoineff, exibido na noite de sexta-feira.

Em competição, o documentário- que segundo o diretor, é um 'diálogo' entre ele e Francis- conseguiu formar uma legião de admiradores, assim como acontecia com o irreverente jornalista, mas também houve quem achasse o filme maniqueísta, no sentido de mostrar um Francis humano demais, sensível e menos intragável.

O doc mostra um dos jornalistas mais polêmicos que o Brasil já teve, sob a ótica de muitos amigos (Kiko Junqueira, Ségio Augusto, Boris Casoy, Diogo Mainardi, Daniel Piza, Hélio Costa, entre outros) e pouquíssimos desafetos.

Talvez essa parcialidade fosse com que realmente Hoineff quisesse trabalhar. Afinal, no debate da manhã de sábado, ele chamou a atenção de que o filme não é biográfico, mas calcado em vários 'nós'. Um deles seria a frustração de Paulo Francis como escritor, que nunca deslanchou o suficiente, tanto quanto no jornalismo.

Outro ponto enfocado por Hoineff é a saída do irreverente articulista da Folha de São Paulo, bem como sua mudança ideológica (esquerda para direita) e o caso que desencadeou uma ação contra ele, pela Petrobras, que pode ter sido o prenúncio de sua morte por infarto.

"A ideia é trazer um Francis pouco conhecido da maioria. Se o filme for lembrado em função disso, para mim será um êxito", disse Hoineff.

Uma das cenas mais piegas, na minha opinião, é quando a viúva de Paulo Francis, Sônia Nolasco, lê uma carta escrita pelo marido, há mais de 20 anos, endereçada ao diretor. Nessa carta, ele discreve o sofrimento da gata Alzira (uma espécie de filha do casal), lutando contra uma doença terminal e seus últimos dias de vida.

Segundo o diretor, Sônia não sabia o que de fato iria acontecer na cena e, foi pega meio que de surpresa. "Foi uma cena totalmente experimental, que funcionou como imaginei", disse Hoineff.

Bom, se era pretensão dele fazer algo na linha do Mike Leigh, perdeu tempo. Porém, não posso negar que me divertir revendo algumas passagens de Paulo Francis na telona e conhecendo imagens, até então inéditas para mim.

Incólume ele não passará...

Texto e Fotos: Suyene Correia

Foto: O diretor Nélson Hoineff explana sobre sua abordagem sobre o amigo Paulo Francis, em "Caro Francis"

"O Contador de Histórias" foi o melhor na Segunda Noite de Festival


Na segunda noite do Festival Paulínia de Cinema de 2009, a melhor exibição foi a de "O Contador de Histórias" de Luiz Villaça. Eu que havia assistido ao trailer em Aracaju, antes da sessão de "Jean Charles", estava com uma expectativa muito ruim, tendo em vista a péssima qualidade do material promocional.
Mas, qual não foi minha surpresa, Luiz Villaça (muito simpático) conseguiu dirigir com mão delicada e nunca, beirando a pieguice, este filme que longe de ser biográfico, conta um pouco da trajetória de Roberto Carlos Gomes, um dos melhores contadores de história que o Brasil possui.
Tendo sido filmado em São Paulo, Belo Horizonte, Paulínia e Portugal, "O Contador de Histórias" tem o mérito de contar com um elenco bem afiado -Maria de Medeiros está muito bem, assim como o elenco de amadores, sobretudo os dois garotos que fazem o personagem na infância e adolescência- além de nos apresentar um exemplo de superação, perseverança e genialidade.

Para quem desconhece, Roberto Carlos foi entregue pela mãe à FEBEM, aos seis anos de idade, e considerado irrecuperável. Após diversas fugas da instituição, ele é levado por uma pedagoga francesa- Margherit Duvas- a fim de ajudá-la em suas pesquisas sobre comportamento. No início, meio que um objeto de estudo para a estrangeira, Roberto é arredio e parece não ceder às tentativas da professora de o transformar numa pessoa melhor.


No entanto, depois do embate inicial, a vida de ambos toma um rumo bem diferente...É mais ou menos isso que Villaça nos apresenta, mas sem derrapar, sem torná-lo açucarado.
Os outros filmes exibidos na segunda noite do festival foram, "Caro Francis" de Nelson Hoineff, e os curtas "Morte Corporation" de Léo Del Castillo e "Vida Vertiginosa" de Luiz Carlos Lacerda.


Texto e Foto: Suyene Correia
Foto: Luiz Villaça (à esquerda) e o produtor Francisco Ramalho Jr. (à direita) debatem sobre "O Contador de Histórias" na manhã seguinte à exibição

sábado, 11 de julho de 2009

"À Deriva" decepciona fã de Dhalia


Eu sou a fã decepcionada. Adoro a imprevisibilidade de "O Cheiro do Ralo" e a ousadia de "Nina", mas achei "À Deriva" do Heitor Dhalia, seu mais novo filme, um tanto quanto...redondinho demais.
O foco da separação de um casal, interpretado por Vincent Cassel e Débora Bloch, visto sob o olhar dos filhos- mais precisamente a filha mais velha, interpretada pela novata e bela, Laura Neiva- é o mote desse filme delicado, mas um tanto quanto insosso.
Ainda que tenha tido uma boa recepção na abertura do II Festival Paulínia de Cinema, "À Deriva" demora a embarcar, e a impressão que fica, é que os vazios existentes no filme não o preenchem tanto quanto os diálogos inflamados que poderiam ocorrer entre pai e filha, por exemplo.
O elenco de uma forma geral não compromete a trama, mas esta é frágil. Como a inocência de Filipa (Neiva) que vai se transformando aos poucos, até fazer com que a adolescente se inicie sexualmente e veja as relações interpessoais com outros olhos.
A fotografia deslumbrante Ricardo Della Rosa e a direção de arte de Guta Carvalho seguram a onda, mas não o suficiente para o espectador, às vezes, se sentir "mareado".
Senti falta de um clímax maior, mas gostei da ousadia de Dhalia ao insinuar, mesmo que sutilmente, uma relação incestuosa entre o pai e a filha. Os sergipanos talvez tenham a oportunidade de conferir tudo isso no final desse mês, quando o filme estreia nacionalmente.
Bom, é isso. Talvez eu acrescente mais coisas aqui, depois.
Tô correndo agora, porque já vai começar mais uma sessão...
Até mais.

Texto e Fotos: Suyene Correia
Foto 1: Débora Bloch e Heitor Dhalia participam do debate sobre "À Deriva", na manhã seguinte à exibição
Foto 2: Os franceses se encantaram com a beleza de Laura Neiva em Cannes. Resultado: a jovem atriz irá posar para revista de moda francesa muito em breve

sexta-feira, 10 de julho de 2009

II Festival Paulínia de Cinema foi aberto com Noite de Gala





























Assim como no ano passado, Paulínia fez bonito na abertura do seu Festival de Cinema. Em sua segunda edição, o Festival de Cinema de Paulínia (interior de São Paulo), dá sinais de amadurecimento em alguns pontos, sobretudo no que tange à cerimônia de boas-vindas: concisa, em tropeços e bem-humorada.
Capitaneada por Marília Gabriela e Lázaro Ramos, a abertura do festival contou com grandes estrelas (Ney Latorraca, Débora Bloch, Selton Melo, Antônio Pitanga, Paula Burlamaqui, entre outros) e o público teve a oportunidade de conferir o teaser do evento, fantasticamente produzido em Animação 3D, feita no Pólo Cinematográfico da cidade. Também foi exibido um curta promocional sobre a história de Paulínia, bem como a contrução do Pólo Cinematográfico, incluindo a Escola Magioa de Cinema.
Na noite, foi exibido "À Deriva" de Heitor Dhalia que, particularmente, me decepcionou com um filme insosso. Mas isso eu vou me ater depois.
Agora, alguns flashes da festa.

Texto e Fotos :Suyene Correia
Foto 1: Laura Neiva, a jovem atriz de "À Deriva"
Foto 2: Lázaro Ramos e Marília Gabriela mandaram ver como mestres de cerimônia
Foto 3: Ney Latorraca e Paula Burlamaqui marcam presença na abertura do evento
Foto 4: Cauã Reymond e Débora Bloch fazem parte do elenco de "À Deriva" de Heitor Dhalia
Foto 5: Ana Carolina Lima (atriz) e Rubens Ewald Filho (curador do festival)
Foto 6 e 7: Luiz Miranda e Selton Melo, ambos atores de Jean Charles, super solícitos com os jornalistas

domingo, 5 de julho de 2009

Maliévitch, Chagall, Kandínski, Filónov marcam presença na "Virada Russa"


Muitas das exposições montadas no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB) do Rio de Janeiro me emocionaram. Lembro-me que "Surrealismo", "Lusa- A Matriz Portuguesa" , "Fotografia- Suporte da Memória, Instrumento da Fantasia",
me fizeram levitar.

A última, que me deixou 'balançada', por ter tido a oportunidade de conferir de pertinho alguns trabalhos sublimes do Construtivismo e Suprematismo, estará em cartaz até 23 de agosto e chama-se "Virada Russa- A Vanguarda na Coleção do Museu Estatal Russo de São Petersburgo".


Em pensar que meses atrás, estudei tudo isso no curso de Pós-graduação em Artes Visuais pelo SENAC, e agora, pude ver um Maliévitch, um Ródtchenko, um Tátlin bem diante dos meus olhos... Pois é, esta exposição que ainda vai para São Paulo, em setembro, é de encher os olhos e o coração, sobretudo por conta de obras criadas por nomes pouco conhecidos por nós, do Ocidente, como Lariónov, Maliávin e Labás.


Ao todo são 123 obras, entre telas, esculturas, cartazes, porcelanas, figurino e instalação produzidas há quase um século mas que são atualíssimas. Destaques para o "Quadrado Negro", o figurino para o espetáculo "Vitória Sobre o Sol" e as maquetes intituladas "Arquitetônicas" todas criações de Maliévitch; o quadro "Verka" de Filip Maliávin; "No Extremo Oriente" e "O Trem Vai", ambas de Aleksandr Labás; "Promenade" de Marc Chagall e a instalação (que naquela época ainda não era conhecida como tal) "Contra-relevo de Canto" de Tátlin.


Quem for fazer uma visita à Cidade Maravilhosa por esses dias, a visita ao CCBB (rua Primeiro de Março, 66- Centro) é obrigatória!!



Texto: Suyene Correia

Foto 1: Cartaz do filme "Turksib" idealizado por Vladimir e Geórgui Sténberg

Foto 2: "O Marujo" de Vladimir Tátlin é uma das 123 obras que compõem "Virada Russa"

quinta-feira, 2 de julho de 2009

Baden Powell Repaginado

Sempre apreciei as composições do gênio Baden Powell, mas tinha apenas um CD dele, de uma coletânea que nem lembro bem por qual gravadora saiu. Fiquei tão feliz quando a Folha de S. Paulo lançou a coleção 50 Anos de Bossa Nova e, no número 4 , vinha logo a homenagem ao carioca violonista, morto em 2000. No seleto repertório de 12 músicas, 'Valsa de Eurídice', 'Apelo', 'Chuva', 'Canto de Ossanha', 'Lamentos', entre outras.
Agora, outra oportunidade de curtir a genialidade do 'maior violão brasileiro', dessa vez sob os arranjos do seu filho mais velho, o pianista Philippe Baden Powell e o violonista Mário Adnet.

O disco "Afro Samba Jazz- A Música de Baden Powel" (Gravadora Biscoito Fino) traz 14 composições de Baden, algumas em parceria com Vinícius de Moraes, outras com Paulo César Pinheiro. É possível apreciar por exemplo, 'Ritmo Afro', 'Canto de Ossanha', 'Berimbau', 'Lamento de Preto Velho'' e 'Canto de Yemanjá' , não só puramente instrumental, mas também interpretadas por Mônica Salmaso, no caso desta última e Carlos Negreiros, em 'Lamento de Preto Velho'.

O disco traz uma diversidade rítmica enriquecida por uma orquestra de sopros bem afinada, além de revelar composições do mestre do violão, que até então não tinham sido gravadas, a exemplo de 'Caxangá de Oxalá', 'Lamento de Preto Velho', 'Ritmo Afro' e 'Domingo de Ramos'.

Selecionado no edital Natura Musical de 2008, "Afro Samba Jazz- A Música de Baden Powell" é obrigatório na CDteca de qualquer aficcionado por boa música. Boa audição!!!


Texto: Suyene Correia