quarta-feira, 28 de maio de 2014

SpokFrevo Orquestra lança "Ninho de Vespa" no TTB




SpokFrevo Orquestra_foto Beto Figueiroa_http://bangalocult.blogspot.com

 Recém agraciada, na categoria  Melhor Grupo de Música Instrumental do 25º  Prêmio da Música Brasileira, a SpokFrevo Orquestra chega ao Teatro Tobias Barreto amanhã, às 21h, para lançar seu segundo disco de carreira “Ninho de Vespa”. No show, a orquestra liderada pelo maestro Spok mostrará o quanto amadureceu, desde o lançamento do disco de estreia “Passo de Anjo” (2004).
“Ninho de Vespa” traduz uma complexa comunhão de gêneros musicais brasileiros não eruditos aludidos para plateias de concerto, indo além da música para fazer dançar, tão associada aos sons carnavalescos. Com seus naipes de saxofones, trombones, trompetes, além de guitarra, contrabaixo, bateria e percussão, o grupo vai ultrapassando barreiras sonoras por onde passa. O tradicional e secular ritmo do frevo, aclamado por multidões e patrimônio cultural do Brasil, é repaginado pela SpokFrevo Orquestra com uma pegada jazzística e tons contemporâneos, num impressionante resultado musical.
O álbum expande as experiências sonoras e amplia regras quase imutáveis da fórmula típica do frevo, também na carta de compositores, mostrando que o ritmo não demarca apenas um reduto pernambucano, mas permeia a história da música popular brasileira. Numa pluralidade de sotaques, estão presentes:  a faixa título ‘Ninho de Vespa’ de Dori Caymmi com letra de Paulo Cesar Pinheiro;  a parceria em ‘Tá Achando que Tá Devagar?’ de Hamilton de Holanda, que participa com seu inconfundível bandolim; ‘Comichão’ de Jovino dos Santos Neto; ‘Quatro Cantos’ com Nelson Ayres ao piano; e ‘Spokiando’ assinada pelo violonista alagoano João Lyra (junto com Adelson Viana).
Entre as pratas-da-casa de Pernambuco, demarcam o território do frevo clássico de Nelson Ferreira (1902/1976), a música ‘O que Nélson Gostou’. O forró deu passos de frevo em ‘Capibarizando’ de Beto Hortis, um dos grandes sanfoneiros nordestinos e na belíssima ‘Onze de Abril’ de Dominguinhos, com um arranjo antológico de Spok. Completam o disco, as faixas ‘Pisando em Brasa’, ‘Debaixo do Frevo’, ‘Pipocando’, ‘Moraes é o Frevo’ e ‘Cara de Carranca’.
Os ingressos para o show de amanhã, patrocinado pela Petrobras, estão à venda na bilheteria do teatro ao preço de R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia).

terça-feira, 27 de maio de 2014

"Narrativas Imagéticas" ocupa a GAAS






Os colegas de trabalho e artistas Nailson Moura e Antônio da Cruz uniram forças para viabilizar a exposição “Narrativas Imagéticas” e o livro “Crônicas do Ateliê”. Hoje, a partir das 20h, será aberta a individual do fotógrafo Moura, na Galeria de Arte Álvaro Santos (GAAS), ocasião em que também será lançado o livro, contendo fotos de sua autoria, juntamente com crônicas de Cruz.

Ambos os trabalhos fazem parte de um projeto maior- “Brotando das Mãos”- idealizado pelo fotógrafo Nailson Moura que, agora, vira realidade. A partir de suas viagens pelo sertão sergipano, Moura começou a observar nas comunidades, trabalhos magníficos feitos de palha, madeira, barro, pedra, pelos artesãos, munidos apenas de ferramentas rudimentares. “Dava a impressão que o produto final ‘brotava das mãos’ desses anônimos artistas.  Daí, quando resolvi fotografá-los e transformar em projeto, batizei-o de ‘Brotando das Mãos’”.

A ideia inicial de Moura era só fotografar esses anônimos e  transformar o trabalho em livro. Com o passar do tempo, ele começou a registrar outros artesãos em ação, a exemplo de Beto Pesão e Pinto Santeiro.  Porém, em julho do ano passado, quis o destino que seu caminho cruzasse com o escultor Antônio da Cruz, num dia de greve geral promovida pelas centrais sindicais. Durante o encontro, Moura expôs a ideia do projeto “Brotando das Mãos” e, aproveitando o fato de que não tinha fotografado ainda, nenhum artista que trabalhasse com aço, convidou o amigo para embarcar nessa empreitada.

“Ele aceitou a proposta e, em visita ao seu ateliê, descobri que completaria, este ano, quatro décadas de carreira nas artes visuais. Ao todo, foram três meses de intenso trabalho, registrando o dia a dia de Cruz na confecção de suas peças e a realização de uma exposição foi resultado e consequência desse projeto”, diz Moura.  

O visitante de “Narrativas Imagéticas” poderá conferir 54 fotografias sequenciais em que Antônio da Cruz é mostrado em plena atividade artística: desenhando, cortando, modelando, lixando, soldando e polindo, entre outras tarefas, sobre o aço, material com o qual ele faz suas esculturas. Nas fotografias em P & B, Moura trabalhou com o mínimo possível de luz, inspirando-se nas pinturas renascentistas. Cada fotografia é acompanhada por um poema legenda, fugindo ao padrão da legenda título.

No livro “Crônicas do Ateliê” que será lançado no vernissage, além de fotografias do escultor confeccionando suas peças, há 12 crônicas de sua autoria, escritas entre 2007 e 2011 e publicadas na versão on line de um semanário local.

“Comecei a escrever na década de 1990, no jornal ‘Movimento da Arte’ da Associação Sergipana de Artes Plásticas (ASAP). Exercitei muito minha escrita  nesse jornal e, após um tempo sem publicar, voltei em 2007. Não é muito comum no meio artístico local, um pintor, escultor ou fotógrafo que também escreva crônicas e críticas. Os textos escolhidos para constar no livro mostram minha visão da relação que o artista tem com a crítica”, explica Cruz.

A apresentação do livro ficou a cargo da filha do escultor, Lavínia Cruz e o trabalho gráfico é assinado por Francisco Carlos Santos. A publicação ainda traz um glossário na parte final e foi produzido quase que totalmente, de forma independente. “Recebemos um apoio que foi importantíssimo do Sindipetro, da Ortoplan Sergipe, da Silvia Modas, da Petrobras e Semear, além da Gráfica Triunfo. Agora, mais de 2/3 do custo total projeto é produção independente”.
 
No dia do lançamento do livro, ele será comercializado ao preço de R$ 50. A exposição “Narrativas Imagéticas” permanecerá em cartaz na Galeria de Arte Álvaro Santos até o dia 14 de junho e poderá ser visitada de segunda a sexta-feira, das 8 às 18h e, aos sábados, das 9 às 13h. A GAAS localiza-se à praça Olímpio Campos, s/n.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

Álvaro Villela lança "Careta, Quem é você?" no Museu Olímpio Campos





Ao folhear o livro “Careta, quem é você?” de Álvaro Villela, imediatamente, aventei a possibilidade de conhecer o carnaval de Maragojipe no próximo ano. A festa, retratada pelas lentes do fotógrafo baiano, parece ser uma verdadeira celebração à vida, com a alegria tomando conta de mascarados, caretas e turistas (alguns estreantes, outros foliões constantes) nesse carnaval comparado por muitos, ao de Veneza, na Itália.

Uma considerável amostra dessa festa momesca, que conquistou o título de Patrimônio Imaterial da Bahia (2009), foi captada por Villela e ganhou uma versão impressa, que será lançada amanhã, às 19h, no Palácio Museu Olímpio Campos, localizado à Praça Fausto Cardoso.  O livro patrocinado pela Secretaria de Estado da Bahia e contando com o apoio da prefeitura de Maragojipe reúne 108 fotografias registradas pelo fotógrafo, de 2006 a 2012, durante o famoso carnaval Recôncavo Baiano.

As primeiras imagens, em preto e branco, revelam o cotidiano da pacata cidade, retratando o dia-a-dia de seus moradores até surgirem os primeiros mascarados ainda escondidos no becos. Mas é contaminada pelas cores do Carnaval que as imagens retratam a beleza das máscaras e dos caretas, garimpadas pelo fotógrafo em criações e cenas preciosas.

Localizada às margens do Rio Paraguaçu, Maragojipe tem seu carnaval marcado pelo colorido, o humor e, principalmente, a arte das máscaras. De forma artesanal, elas surgem nas ladeiras e praças em personagens que satirizam políticos (Obama), personagens de novelas ou que parecem ter saídos de filmes (Shrek, Batman) ou programas de televisão (Chacrinha). As máscaras também podem compor fantasias de bruxas, fadas, piratas, freiras, arlequins, pierrôs e damas de companhia, entre tantos personagens. Isso sem falar da beleza dos caretas, figuras coloridas, que vestem muito cetins, filós e adereços.

 “Lá se vão sete anos desde que descobri o Carnaval de Maragojipe meio que por acaso. Estava fotografando a vida em torno do Rio Paraguaçu, quando vi as máscaras usadas por garotos na periferia da cidade. Encantamento e curiosidade foram os sentimentos que me aguçaram o desejo. As máscaras, desde a época que meu pai saía no Carnaval de Salvador fantasiado com uma mortalha e uma careta, sempre me causaram um certo fascínio”, conta Álvaro Villela.

Através do título “Careta, quem é você?” o fotógrafo sugere essas questões que extrapolam o carnaval maragojipano, mas ao mesmo tempo, dialoga com o carnaval mais lúdico da Bahia. “Propus uma narrativa visual que sugere a cidade, ainda em preto e branco, sendo carinhosamente contaminada pelas cores do carnaval, onde a magia das máscaras cria um espaço permissivo para todas as nossas fantasias”, afirma.

Na abertura do livro, a museóloga Rosa Maria Vieira de Melo escreve sobre a história do Carnaval em Maragojipe, lembrando que ao vislumbrar a festa descobriu de onde Edil Pacheco buscou inspiração para compor uma bonita canção nos anos 70. “...Vou sair de palhaço e você de careta, a verdade deixei na gaveta...” Rosa Melo conta que esta é uma folia que não nasceu para ser assistida. “Toda casa faz seus comes e bebes à espera dos caretas e mascarados que além de brincar, adentram as casas onde almoçam ou comem petiscos e bebem. Você me conhece? Essa é a adivinha para brincar o Carnaval em  Maragojipe”, revela.

O livro reúne também o texto do escritor Emanuel Castro, que fala do compromisso de Álvaro Villela com o memorial. “As suas imagens dizem muito desse “mundo virado de cabeça para baixo”, onde se invertem as relações etárias e de sexo, homem vira bicho e tudo mais se dissolve. Sem se diminuir ao documental, ao contrário, Álvaro Vilela vale-se da cor de um modo autoral para traduzir a representação da festa numa sensível percepção poética”, afirma.

“Careta, quem é você?” será vendido no dia do lançamento ao preço promocional de R$ 50. Depois, nas livrarias, o livro custará R$ 100.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Boyásha Trupe de Teatro encena "Credores" no Espaço Imbuaça




 
Credores_foto Samuel Victor_http://bangalocult.blogspot.com
"Credores": adaptado da obra de Strindberg

A trupe capixaba Boyásha desembarca em Aracaju, no fim de semana, para duas apresentações do espetáculo “Credores”. Adaptado da obra de Johan August Strindberg, o espetáculo poderá ser visto amanhã e domingo, às 20h, no Espaço Imbuaça, graças ao projeto de circulação contemplado com o prêmio Funarte de Teatro Myriam Muniz 2013, que possibilitou uma turnê pelo Nordeste durante os meses de maio e junho.

Centrada nos personagens Gustavo (Daniel Poltronieri), Adolfo (João Paulo Stein) e Teka (Lorena Lima), a obra ganha uma leitura contemporânea pelas mãos dos Boyáshas, propondo uma reconfiguração das “quatro paredes” naturalistas, resultando numa relação intimista do público com o ambiente íntimo do quarto de hotel de Teka e Adolfo.

O pensamento “Família, tu és morada de todos os vícios da sociedade, tu és a casa de repouso das mulheres que amam suas asas, a prisão do pai de família e o inferno das crianças” é uma maneira tímida de descrever a mente polêmica deste “dramaturgo do eu”, Strindberg, que em 1888, abordaria em “Credores” a derrota do ideal de sociedade ocidental do século XIX, como os laços matrimoniais, estandarte da felicidade pulverizado.

Teka tem 39 anos e é escritora. Adolfo tem 31 anos, é pintor e marido de Teka. Gustavo, por sua vez, tem 43 anos, é ex-marido de Teka...mas Adolfo não sabe disso. A separação de Teka e Gustavo rende um livro onde ela aponta todas as falhas dele como companheiro. Movido pelo desejo de vingança, Gustavo se aproxima de Adolfo e coloca em prática um plano de destruição meticulosamente planejado, numa trama repleta de jogos de dominação e embates psicológicos.

Fruto de um processo de pesquisa orientado pelo diretor Fernando Yamamoto (Grupo Clowns de Shakespeare/RN), o trabalho contou com encontros com o diretor em Vitória, além de intercâmbio entre os Boyáshas e os Clowns de Shakespeare. O espetáculo foi construído com recursos do Prêmio de Residência Artística para Grupos de Teatro Secult-ES 2012, onde a trupe foi buscar ferramentas para sua capacitação e fortalecimento.

Ainda, por meio do projeto “Diálogos em Cena” promovido pelo SESC/ES, e do Prêmio Manutenção de Grupos de Teatro e Dança Secult-ES 2013, o espetáculo passou pela intervenção de Babaya Morais (MG) e recebeu orientações de Hélder Vasconcelos (PE) e Eduardo Tolentino de Araújo (Grupo Tapa-SP).
A direção de “Credores” é de João Paulo Stein e a direção musical e a trilha sonora original ficaram a cargo de Murillo Iglesias que faz também o papel do músico em cena.

Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e podem ser adquiridos, na bilheteria, duas horas antes do espetáculo.

quinta-feira, 15 de maio de 2014

Caixa Cultural do Rio exibe filmes de Ermanno Olmi

A CAIXA Cultural Rio de Janeiro apresenta, de 20 de maio a 1º de junho, a mostra “O Cinema de Ermanno Olmi”, que exibirá 12 produções do vetereno diretor italiano, incluindo os principais filmes de sua carreira: "O Posto", "A Árvore dos Tamancos" (Palma de Ouro no Festival de Cannes, em 1978) e "A Lenda do Santo Beberrão" (Leão de Ouro no Festival de Veneza, em 1988). A programação da mostra inclui, ainda, um documentário feito por alunos da escola de cinema fundada pelo cineasta e um debate, no dia 24 (sábado), sobre sua cinegrafia diretamente influenciada pelo neorrealismo.

Entre as raridades que a mostra trará, está uma versão em película, restaurada pela Cinemateca de Bolonha, do primeiro longa-metragem do realizador, "O Tempo Parou" (Il tempo si è fermato, 1959). Este longa reúne algumas das características marcantes que acompanham a longa carreira de Ermanno: o trabalho com atores não profissionais; as locações no norte da Itália (onde Olmi nasceu e vive até hoje); o flerte com a linguagem documental ao retratar o cotidiano de seus personagens; e o interesse em filmar pessoas simples.

Também em cópias restauradas, serão exibidos "O Posto" (Il Posto, 1961), frequentemente citado como obra maior da filmografia italiana de todos os tempos e "Os Escavadores" (Il Recuperanti, 1969). Também figura como destaque na carreira do cineasta, "A Árvore dos Tamancos" (L’albero degli zuccoli, 1978).

Além dos títulos já mencionados, “O Cinema de Ermanno Olmi” exibirá os longas "Cammina Cammina" (1963), "Os Noivos" (I fidanzati, 1963), "A Circunstância" (La Circostanza, 1974), "O Segredo do Bosque Velho" (Il segreto del bosco vecchio, 1993), "O Mestre das Armas" (Il mestiere dele armi, 2001) e "Terra Mãe" (Terra madre, 2009). Este último, realizado em parceria com o movimento Slow Food, é um documentário sobre as edições de 2006 e 2008 do Fórum Internacional Terra Madre, evento bienal que reúne em Turim milhares de agricultores em vistas de promover uma cadeia alimentar mais sustentável.

O panorama da mostra também exibirá o documentário "Osolemio" (2004), desenvolvido por alunos do grupo ipotesICinema, escola de cinema criada por Olmi em 1982.



quarta-feira, 14 de maio de 2014

Joésia leva Forró da Rabeca para o Café da Gente

Amanhã, às 19h30, a cantora e compositora Joésia Ramos acompanhada do Forró da Rabeca, realizará um show no Café da Gente.  Há 13 anos, animando as noites de forró do povo sergipano, Joésia desenvolve seu trabalho autoral, numa vertente de raízes e cheiros fortes da cultura nordestina. 

Fazendo um mix entre os ritmos consagrados do xaxado, xote e baião, com a vasta gama de ritmos do  São Gonçalo, taieira, maracatu do brejão, samba de roda e cocos, o Forró da Rabeca faz música para ouvir e dançar. É semente lírica e eletrizante.  

Joésia Ramos (voz, triângulo e viola ) tocará com Durmeval Silva (contrabaixo), Gledson Souza (rabeca), Estevam Souza (sanfona) e Peruka (zabumba). Para quem não conferir o show de amanhã, haverá repeteco no dia 29 de maio, no mesmo horário e local.


O Café da Gente está localizado no Museu da Gente (av. Ivo do Prado, 398)

Lula Ribeiro e Zé Renato apresentam-se no TTB



Zé Renato e Lula Ribeiro_http://bangalocult.blogspot.com
Zé Renato e Lula Ribeiro tocarão clássicos da MPB

O cantor sergipano Lula Ribeiro, radicado no Rio de Janeiro há mais de duas décadas, sempre que pode, visita a terra natal e se apresenta aos sergipanos. O cantor e compositor que já participou do MPB Petrobras, fazendo o show de abertura para João Bosco e lançou o DVD “Palavras que Não Dizem Tudo” no palco do Teatro Tobias Barreto, retorna à casa de espetáculos para apresentar o projeto “Lula Ribeiro Convida”.

Nesta sexta-feira, a partir das 21h, ele estará com o cantor Zé Renato (integrante do Boca Livre) realizando um show intimista, acompanhado do percussionista Marco Lobo. Além do repertório autoral, que traduz suas impressões sobre a vida, Ribeiro prestará homenagem aos compositores da MPB, como Caetano Veloso, Dorival Caymmi, Dolores Duran, entre outros. Não faltarão canções inéditas, escritas para o seu próximo disco. Zé Renato, por sua vez, além de dividir algumas canções com o anfitrião, também interpretará sucessos do grupo Boca Livre.

Lula Ribeiro– Iniciou sua carreira musical em Aracaju, participando de shows coletivos com outros artistas sergipanos. Lançou os CDs “Cajueiro dos Papagaios” 91986), “Janeiros” (1993), “O Sono de Dolores” (1996), “Muito Prazer” (1999), “Algum Alguém” (2002), “Palavras que não Dizem Tudo” (2008), lançado também em DVD.

Esse trabalho gravado ao vivo, conta com as participações especiais de Paulinho Moska e Luiz Melodia. Em 2009, apresentou o show “Palavras que não Dizem Tudo”, com o Projeto Música na Urna, contando com as participações especiais do grupo A Cor do Som, Kleiton & Kledir, Doces Cariocas; Edu Krieger, Vander Lee, Zé Renato, Sá & Guarabyra e Bossacucanova.

No ano de 2010, lançou o projeto “Lula Ribeiro Convida”, no Capim Limão, onde já recebeu Flávio Venturini, Celso Adolfo, Affonsinho, Vander Lee, Luís Carlos Sá, Túlio Mourão, Chico Amaral, Titane, Tiago Delegado, entre outros. No momento está em pré-produção de um novo CD, com produção de Arthur Maia, onde apresenta parcerias com compositores como: Zeca Baleiro, Vander Lee, Pierre Aderne, Gabriel Moura, entre outros.

Zé Renato – Zé Renato começou sua carreira artística participando de festivais. Em 1977, integrou o grupo Cantares, ao lado de Marcos Ariel, entre outros, com o qual lançou um compacto duplo pela Funarte, no ano seguinte, no projeto “Vitrines”. Em 1979, formou, com Cláudio Nucci, David Tygel e Maurício Maestro, o quarteto vocal e instrumental Boca Livre, com o qual ganhou projeção nacional e gravou vários discos.

Construiu sua carreira solo paralelamente ao seu trabalho com o Boca Livre, participando individualmente de vários projetos musicais. Em 1982 lançou “Fonte da Vida”, seu primeiro disco solo, e, no ano seguinte, “Luz e Mistério”. A partir de 1984, começou a atuar em dupla com Cláudio Nucci, com quem lançou o disco “Pelo Sim, Pelo Não”.

Dois anos depois, com Cláudio Nucci, Ricardo Silveira, Marcos Ariel, Zé Nogueira, Jurim Moreira e João Batista, a Banda Zil, com a qual lançou, em 1988, o álbum “Zil”. No ano seguinte integrou a banda Al di Meola, participando da gravação do LP “Tiramisu”. Em 1993, formou um trio com Victor Biglione e Litto Nebbia, gravando em Buenos Aires, “Ponto de Encontro” ( no Brasil, o disco saiu pela Leblon Records).

Lançou, o CD “Arranha Céu” (1993), com regravações de antigos sucessos de Silvio Caldas e, em 1995, presta homenagem ao sambista Zé Keti lançando o CD “Natural do Rio de Janeiro”. Em 1998, realizou turnê de lançamento do CD “Boca Livre Convida”, apresentando-se em diversas capitais brasileiras e no Summerstage Festival de Nova York (EUA).

Em 1999, gravou “Cabô” disco composto de sambas de sua autoria, em parceria com Lenine, Pedro Luís e Elton Medeiros, entre outros. Em 2000, desligou-se do grupo Boca Livre, mas a separação não foi por muito tempo. Sete anos depois, Zé Renato juntamente com  David Tygel, Maurício Maestro e Lourenço Baeta lançam “Boca Livre e ao Vivo” (vencedor do Prêmio Tim 2008 na categoria Melhor Grupo).

Nos últimos 14 anos, Zé Renato lançou 11 discos, tendo como destaque “É Tempo de Amar” (2008), com o qual ganhou o prêmio da APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) na categoria Melhor Cantor e o Prêmio da Música Brasileira 2009, na categoria Melhor Cantor de Canção Popular.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

4a Edição do Música na Estrada começa hoje


A paisagem é linda, nuances da Amazônia, maravilhas da natureza e algumas mazelas. Na caravana do Música na Estrada pode-se desfrutar tanto de um amanhecer, quanto de um por do sol, sem falar na lua crescente que está no céu esta semana. Mas não pense em glamour. É mais fácil passar no crivo do júri previsto pelo edital do projeto, do que seguir com ele para chegar nas cidades do interior do Estado. Para participar inteiramente é preciso topar uma espécie de laboratório musical relâmpago "on the road".

Natália Matos, Antônio Novaes e Projeto Secretos Macacos, que integram a primeira leva de artistas do projeto, sabem disso e, junto a equipe técnica, saíram de Belém, na quarta-feira, às 5 horas da madrugada, viajaram por 14 horas de estrada, até chegar em Marabá, onde pernoitaram. Hoje, pela manhã, seguiram por mais três horas para chegar a Parauapebas, onde nesta noite de quinta-feira,  iniciam as apresentações.

Pelo quarto ano consecutivo, o Música na Estrada sai de Belém para levar diversidade musical a cidades mais distantes da capital. Na rota deste ano, estão os municípios de Parauapebas, Curionópolis, Canaã dos Carajás e Marabá, no sudeste paraense. 

Músicas do novo CD - “A viagem é um tanto cansativa, mas eu aproveito pra dormir e de vez em quando acordar, cantarolo o Raul seixas que tá tocando no ônibus, vejo o que os meninos estão falando. Tem sido ótima a experiência, estou gostando muito”, diz Natália Matos, que apresentará pela primeira vez o repertório do CD que ela lançará em agosto deste ano, com participação de Zeca Baleiro, cantando a música “Coração Sangrado”, de autoria de Dona Onete.

“Estou num momento em que quero abraçar todos os palcos. Está sendo muito bom. É a primeira vez que vou apresentar o repertório do disco, não todo, pois o show é mais curto aqui, mas vou mostrá-lo em primeira mão aqui em Parauapebas e Curionópolis. Trouxe uma banda reduzida, com o Hélio Neto (guitarra), Heraldo (percussão), Príamo Brandão (baixo) e Adriano Souza (bateria)”, conclui.

A banda Projeto Secreto Macacos, formada por Jacob (efeitos, escaleta, vozes e programação), Rodrigo Ferreira (teclados), Junior Feitosa (bateria), Arthur Cunha (guitarras), Ribamar Carneiro (baixo) e Clécio Leitão (programação e samplers), já está mais acostumada a circular por outras cidades e festivais. 

Já participou do Se Rasgum, do Festival de Cultura de Verão, gravou um programa Timbres, ao vivo, na capela São José Liberto, em Belém, além de ter feito vários shows também fora do estado como Belo Horizonte, no Parque Municipal, e no Rio de Janeiro, no Circo Voador. E já fez parte também de coletâneas virtuais como “Yo no Hablo su Lingua”, na qual a banda foi a única brasileira a participar. E até por isso, para eles, viajar com o Música na Estrada, não houve dificuldade.

Viagem também pelo ar - A viagem foi sem dúvida longa para estes artistas, só não mais que a de Antônio Novaes, que está morando em São Paulo, mas mesmo assim resolveu se inscrever no edital e acabou sendo selecionado. Antônio era da extinta “A Euterpia”, banda atuante entre o final dos anos 1990 e a primeira década dos anos 2000. Ele diz que também está gostando da experiência e sente-se estimulado a participar desse tipo de projeto. 

“A viagem foi muito tranquila. A estrada que não ajudou muito em determinados momentos, mas passou rápido e chegar aqui, já sentindo essa história, ver o palco montado, é muito legal, dá uma sensação gostosa, de que vale à pena trazer essa musica pra esse lugar. É muito boa a sensação de trazer nossa musica pra cá, além disso, a interação que o projeto proporciona, com a galera, é muito bacana”, diz Novaes. 

Para integrar sua banda no Música na Estrada, Antônio Novaes está contando com alguns convidados. “Eu assumi a voz principal, mas convido sempre uma voz feminina pra dar um timbre mais bonito e este já é um formato que se definiu. E desta vez chamei a Cacau Novais, que fez comigo o Terruá Pará e que deu super certo”, conta o músico.

“Ela gravou uma versão do Brechó do Brega, música minha, que eu adorei, junto com o Adamor do Bandolim e com o Pio Lobato, além de uma musicista que fazia o xilofone, ficou lindo, daí chamei ela novamente. Vou tocar pela primeira vez com o Príamo Brandão, no baixo, com o Theo, no trompete, e com o Adriano Sousa, na bateria. A banda é nova, diferente da que fiz no Terruá”, conclui.

Shows nas praças das cidade - Os shows nas quatro cidades por onde passar serão realizados em praças, gratuitamente. Em Parauapebas, o show será na praça de eventos da cidade, integrando a programação de aniversário da cidade, que completa 26 anos de fundação. Dois artistas locais participarão, a cantora Melina Fôro e banda Sonora Flor, e o cantor e compositor Beto Di Mayo.

Depois de Parauapebas, os músicos, à exceção de Melina e Beto, fazem mais uma apresentação, em Curionópolis, no domingo, 11 de maio, Dia das Mães, trazendo mais uma vez, um recorte da diversidade da música brasileira, no Pará. Após estas apresentações, os artistas desta primeira etapa se despedem do projeto e retornam a Belém.

A carreta palco, porém, segue na estrada, enquanto um novo grupo de músicos e cantores se deslocam da capital, em direção ao sudeste paraense, desta vez, para tocar em Canaã dos Carajás, no dia 15 de maio, e Marabá, no dia 17. Nestas duas cidades, serão realizados shows de Pedrinho Callado e Allan Carvalho, dois compositores que costumam participar e a levar premiações em festivais da canção nesta região, fazem parte desta segunda leva. 

Além deles, as cantoras Camila Honda e Larissa Leite, da nova geração de cantoras paraenses, assim como Natalia Matos, e complementando o grupo, a programação, em Canaã e Marabá, conta ainda com o bom rock 'n' roll da banda molho Negro. Em Marabá, haverá mais uma participação do cantor Beto Di Mayo e do músico Diego Aquino.