Adoro filmes de vampiro. Não perco um, a não ser a série "Crepúsculo" e similares (talvez um dia eu me curve a esses apocalípticos filmes vampirescos), mas enquanto isso não ocorre, prefiro um do tipo "Sede de Sangue" de Park Chan-Wook, que está em cartaz no Cine Cult do Shopping Riomar, mas que por 'um lapso' do Cinemark, não constava até domingo último, da programação impressa.
Ao invés do internauta perder seu tempo com a comédia "Os Vampiros que se Mordam", vale a pena conferir esse filmaço coreano (do mesmo diretor de "Mr. Vingança", "Old Boy" e Lady Vingança") em que um padre torna-se voluntário nas pesquisas de se encontrar a cura para um vírus letal, e após uma transfusão sanguínea, termina virando vampiro.
A partir daí, o padre desenvolve uma crise de identidade e não é para menos. Ao mesmo tempo em que precisa do sangue para ficar vivo, não quer matar suas vítimas e encontra uma saída inusitada para tal. Só que ao se reencontrar com uma amiga de infância, a outra questão que é colocada em prova é o celibato. Como se não bastasse, a jovem é casada e mora com a sogra. Com tantos desejos à flor da pele e sem poder reprimi-los mais, o espectador torna-se cúmplice dos atos irracionais do padre.
Como Park Chan-Wook não é de brincadeira, quando o assunto é contar uma história (recheada de mistério, terror e drama), o filme dá um giro de 360 graus, quando a jovem pede ao seu amante, para se tornar vampira. Essa e outras cenas são visualmente exuberantes (com muito sangue em profusão) e a trilha também merece destaque. Desaconselhável para cinéfilos de estômago fraco e obrigatório para aqueles que curtem de "Drácula" de 1933 a "Guardiões da Noite" de 2004.
Texto: Suyene Correia
Legenda da Foto: O padre Sang-Hyun (Kang-ho Song) entre "a cruz e a estaca"
Nenhum comentário:
Postar um comentário