quinta-feira, 3 de julho de 2014

Sonora Brasil traz a música de Edino Krieger a Aracaju



Quinteto Brasília: uma das atrações do projeto

Quando a 16ª edição do projeto Sonora Brasil, promovido pelo SESC Nacional, desembarcou em Sergipe, no ano passado, o tema explorado foi “Tambores e Batuques”. De 27 a 30 de julho, a segunda etapa do projeto musical desembarca no Estado, trazendo a música de Edino Krieger e de compositores diversos que marcaram presença nas Bienais de Músicas Contemporâneas, partir de apresentações de grupos como o Quinteto Brasília (apresenta composições escritas para instrumentos de sopro); o Quarteto Belmonte (apresenta a obra para cordas); o Octeto do Polyphonia Khoros (a obra para canto coral); e o Duo Cancionâncias ( para violão e canto).

Além das apresentações musicais, serão oferecidas duas oficinas, no SESC/centro, das 14 às 17h, sendo uma no dia 27 de julho (instrumentos de sopro) com o Quinteto Brasília e, outra, no dia 28 de julho (violão e canto erudito) com Duo Cancionâncias.  No dia 27, a partir das 17h, apresenta-se no SESC/centro, o Quarteto Belmonte e, no dia 28, às 19h, no mesmo local, o Quinteto Brasília. No dia 29 de julho, no SESC/Siqueira Campos, às 14h, acontecerá o show do Duo Cancionâncias, enquanto que no dia 30, às 15h, no SESC/Socorro, tocará o Octeto do Polyphonia Khoros. A programação é gratuita.

Sobre Edino Krieger- Nasceu em 17 de março de 1928, na cidade de Brusque, Santa Catarina, onde iniciou os estudos de violino aos sete anos com o seu pai, o compositor e regente Aldo Krieger. Hans Joachim Koellreutter foi seu principal professor. Estudou com ele harmonia, contraponto, fuga, análise, estética musical e composição.

Teve uma formação complementar com Aaron Copland no Berkshire Music Center de Massachussets e, ainda, na Juilliard School of Music e na Henry Street Selttement, nos Estados Unidos. Em Londres, realizou um estágio com Lennox Berkeley. Sua carreira é coroada de prêmios, distinções e homenagens (PAZ, Vol. II, Cap. V, p. 173-176).

Realizou um trabalho sistemático como crítico musical nos jornais Tribuna da Imprensa e Jornal do Brasil produzindo aproximadamente 700 críticas de grande valor documental.  Dentre suas grandes realizações como produtor musical destaca-se: os Concursos Corais do Jornal do Brasil, o Projeto Memória Musical Brasileira e os Festivais de Música da Guanabara e as Bienais de Música Brasileira Contemporânea (BMBC), indo, em 2013, para a sua 20ª edição.

Esse evento, ao longo de suas dezenove ininterruptas edições (de 1975 a 2011), contou com a participação de 412 compositores e um número considerável de primeiras edições mundiais, no Brasil e no Rio de Janeiro e, cuja relevância, foi constatada pelos depoimentos dos compositores participantes. Segundo informações constantes do Relatório de atividades, datado de 2009, do Diretor do Centro de Música da Funarte — musicólogo Flávio Silva —, todas as obras foram gravadas e integram o Banco de Gravações Sonoras, que conserva registros desde a primeira Bienal, de 1975, em um total de 900 títulos.

Do compositor podemos dizer que suas obras figuram nos programas de concerto de orquestras, conjuntos camerísticos, corais e intérpretes solistas, tanto no Brasil quanto no exterior, sendo longa a lista de intérpretes nacionais e internacionais.

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