quinta-feira, 16 de agosto de 2018

Contagem Regressiva para o 51o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro

"Domingo" será o filme de abertura do 51o Fest Brasília
"Bixa Travesty" novo doc de Claudia Priscilla e Kiko Goifman
"Guaxuma" curta de animação de Nara Normande


Falta menos de um mês, para o início do mais antigo festival de cinema do país: o Festival de Brasília do Cinema Brasileiro. Para essa 51a edição, que acontece de 14 a 23 de setembro, sob a direção de Eduardo Valente, a diversidade em todas as suas formas de expressão ocupa o centro do debate produtivo do cinema brasileiro e este fator já se traduz em números registrados após a seleção de filmes para esta edição.

Pela primeira vez, as diretoras do gênero feminino e/ou identificadas por gêneros não-binários figuram em número mais expressivo do que os diretores de gênero masculino. Dos 724 títulos inscritos para as mostras competitivas, paralelas, especiais, hours concours, Mostra Brasília e exibições em outras atividades, 52,4% são de diretoras, 9,5% se inscreveram sob a categoria não-binária (outros) e apenas 38,1% dos selecionados são de diretores.

Tais dados traduzem de forma prática a estratégia de se ampliar o escopo de vozes e pensamentos do nosso cinema. Eduardo Valente diz que “a curadoria apenas seguiu a sua missão de encontrar os filmes que acredita mais potentes para o evento e que o fato de termos mais filmes dirigidos por mulheres entre os selecionados representa tão somente a força do talento das mesmas”.

Dos mais de 120 títulos que serão exibidos durante 10 dias de programação,  nove longas-metragens e 12 curtas-metragens pleitearão o Troféu Candango nas Mostras Competitivas – Curtas e Longas. Entre os longas, estão os documentários “Torre Das Donzelas” de Susanna Lira (RJ), “Bixa Travesty” de Claudia Priscilla e Kiko Goifman (SP) e “Bloqueio” de Quentin Delaroche e Victória Álvares (PE); e as ficções “Ilha” de Ary Rosa e Glenda Nicácio (BA), “Los Silencios” de Beatriz Seigner (SP/Colômbia/França), “Luna” de Cris Azzi (MG), “New Life S.A.” de André Carvalheira (DF); “A Sombra do Pai” de Gabriela Amaral Almeida (SP) e “Temporada” de André Novais Oliveira (MG).

Os curtas-metragens participantes da Mostra Competitiva se dividem entre oito ficções, três documentários e uma animação. Os documentários são “Liberdade” de Pedro Nishi e Vinicius Silva (SP); “Sempre Verei Cores no Seu Cinza” de Anabela Roque (RJ) e “Conte Isso Àqueles que Dizem que Fomos Derrotados” de Aiano Bemfica, Camila Bastos, Cristiano Araújo e Pedro Maia de Brito (PE). As ficções selecionadas são “Aulas que Matei” de Amanda Devulsky e Pedro B. Garcia (DF); “Boca de Loba” de Bárbara Cabeça (CE); "BR3" de Bruno Ribeiro (RJ); “Eu, Minha Mãe e Wallace” dos Irmãos Carvalho (RJ); “Kairo” de Fabio Rodrigo (SP); “Mesmo com Tanta Agonia” de Alice Andrade Drummond (SP); “Plano Controle” de Juliana Antunes (MG) e “Reforma”, de Fábio Leal (PE). Única animação da Competitiva, “Guaxuma” de Nara Normande (PE), também concorre ao Candango.

O longa-metragem responsável pela abertura do Festival é “Domingo” ficção de Clara Linhart e Fellipe Barbosa (RJ). Em caráter hour-concours, o filme fará sua estreia brasileira no Festival de Brasília. Já no encerramento, antes do anúncio dos premiados com o Troféu Candango, será exibido o documentário “América Armada” de Alice Lanari e Pedro Asbeg (RJ).

Além da Mostra Competitiva e da Mostra Brasília, realizada pela Câmara Legislativa do Distrito Federal para premiar a excelente produção do cinema local, o Festival de Brasília conta com mostras paralelas- A Arte da Vida; Onde Estamos e Para Onde Vamos ? e Festival dos Festivais- que conferem grande variedade de títulos do novo cinema nacional. O festival também apresenta duas Mostras Especiais de tom competitivo em sua programação: Futuro Brasil e Caleidoscópio.

Homenagens

Serão homenageados com a medalha Paulo Emílio Salles Gomes- distinção criada em 2016, como forma de reverenciar os grandes nomes do cinema brasileiro na programação do festival-  o crítico e professor de cinema Ismail Xavier e um dos idealizadores do Festival de Brasília e pioneiro da cidade, o arquivista Walter Mello.

As figuras femininas que marcaram o cinema brasileiro também serão celebradas. O Festival de Brasília criou, esse ano, o Prêmio Leila Diniz que será entregue à atriz, dramaturga, professora e coordenadora de cursos de cinema Íttala Nandi e à montadora Cristina Amaral.

A programação detalhada pode ser conferida no site: http://www.festivaldebrasilia.com.br/

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