Nunca mais havia viajado em excursão. Sempre tentei na medida do possível, me cercar de mapas, livros e roteiros de viagem, a fim de me dar o aparato necessário para não me perder num novo destino. Mas eis que não falo francês (parcas frases e palavras) e também nunca havia atravessado o Atlântico antes. Então, deixei minhas ressalvas de lado e junto com uma amiga que falava o básico do francês, aventuramo-nos juntamente com mais 24 pessoas para Paris.
Não imaginava que o voo fosse tão cansativo. Saímos com mais de uma hora de atraso de Salvador, no final da noite do dia 04, rumo a Madri. Só chegaríamos por volta das 13h, à capital espanhola, devido ao fuso de cinco horas a mais. Ainda pegaríamos mais um avião a fim de desembarcarmos no nosso destino final: Paris. Mais isso tudo se não tivéssemos problemas com a conexão em Madri. O pior é que tivemos.
Olha, não sei se a Air Europa é uma das melhores ou piores empresas aéreas do Velho Continente. O que constatei é que ela prestou um péssimo serviço ao nosso grupo, porque perdemos o voo para Paris por conta de dez minutos de atraso, tendo em vista que o avião decolou de Salvador quase uma hora depois do horário marcado.
Resultado, depois de muito discutir com o gerente da empresa no Aeroporto Madri Barajas, nosso guia Paulo Henrique, conseguiu colocarmos num voo das 20h. Perdemos nosso passeio pelo Sena naquela noite, mas compensamos no dia seguinte. Chegamos exaustos e extremamentes descontentes com o tratamento da empresa, que diga-se de passagem, possui comissários de bordo mal humorados e extremamente ríspidos. A comida do avião é péssima e acho que só se salvam os pilotos, que mostraram habilidade na arte de decolar e pousar.
Além disso, com muito custo Henrique conseguiu que a empresa liberasse voucher para um lanche, já que estávamos há mais de oito horas sem comer. Como se não bastasse isso tudo, um dos viajantes ainda teve sua mala arrombada e o prejuízo sem precedentes. A mesma só foi aparecer um dia depois no hotel, quase que totalmente afanada. Resta saber se foram os funcionários do aeroporto ou da própria companhia aérea que lesou o cliente.
Fico pensando se tudo isso tivesse acontecido comigo e minha amiga, sem estarmos inseridas numa excursão. Ao mesmo tempo, ainda paira uma dúvida: será que mesmo com o atraso todo da decolagem em Salvador, porque estávamos num número razoável de pessoas para passarmos na polícia e na alfândega, esse não teria sido o motivo real de não pegarmos a conexão ?
Ainda falarei ao longo das postagens, dos prós e contras de se viajar com um grupo tão numeroso de pessoas, com modos de pensar e agir tão distintos.
A bientôt.
Um comentário:
Muito bacana,teu roteiro de férias.Boa escolha.Mas quanto a indagação sobre viajar sozinha ou em excursão...hoje, por experiência própria,viajar para qualquer lugar que seja,somente em grupo de dois ou quatro pessoas,no máximo!rs.A única excursão que foge a essa regra para mim só,e somente,é quando se fala em "trilhas".Mas certamente,o brilho dos lugares que vocês devem ter visitado não fora desvanecido,as fotos expostas estão lindas e são prova de que respirar o ar parisiense não é nada mal.
Postar um comentário