Em comemoração aos 90 anos da Semana de Arte Moderna de 1922, no próximo dia 13 de fevereiro (segunda-feira), a partir das 19 horas, no auditório da Sociedade Semear, acontece a palestra “Semana de Arte Moderna – 90 anos depois”, proferida pelo artista plástico Antônio da Cruz. O evento é gratuito e aberto ao público.
Na palestra, Cruz pretende propor uma reflexão sobre o que foi e qual a importância daquela semana que agitou o Teatro Municipal de São Paulo, cuja visão de cultura, posteriormente, mais silenciosa do que barulhenta, foi se espalhando paulatinamente por vários estados brasileiros. Além disso, ele pretende fazer um recorte enfatizando as artes visuais dentro da Semana de 22; os fatos antecedentes e pós-semana, as articulações nos bastidores, os artistas de destaque, as frustrações, o engajamento político, as divisões, e, claro, as muitas polêmicas por todos os lados.
“A Semana de Arte Moderna completa 90 anos no dia 13 de fevereiro de 2012. Este fato cultural entrou para a história do Brasil, quando poderia ser simplesmente mais uma das esquisitices de jovens burgueses. Na verdade, ali se deu um passo importante para o Brasil se autorreconhecer. Ainda que, inspirado nos movimentos vanguardistas europeus, o movimento modernista brasileiro ganhou feição própria, pois teve no seu bojo a iniciativa da valorização dos elementos populares até então secundados”, comenta Antônio da Cruz.
O evento é uma parceria entre o Fórum Permanente de Artes Visuais de Sergipe, a Sociedade Semear, a Associação dos Artistas Plásticos de Aracaju (AAPLASA) e o Grupo de Artistas Glorienses.
Um comentário:
Excelente iniciativa!A imagem que me ocorre quando se fala na Semana de Arte Moderna de 1922,é a do semblante nostálgico do Manuel Bandeira,que embora não tenha comparecido,enviou o poema "Os sapos".É certo que o poema o representou,porém o mais marcante para mim:foi o fato de ele não ter ido,muito simbólico.Bandeira é um dos meus poucos poetas preferidos.
PNEUMOTÓRAX
Febre, hemoptise, dispnéia e suores noturnos.
A vida inteira que podia ter sido que não foi.
Tosse, tosse, tosse.
Mandou chamar o médico:
- Diga trinta e três.
- Trinta e três… trinta e três… trinta e três…
- Respire.
- O senhor tem uma escavação no pulmão esquerdo e o pulmão direito infiltrado.
- Então, doutor, não é possível tentar o pneumotórax?
- Não. A única coisa a fazer é tocar um tango argentino.
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