terça-feira, 19 de maio de 2015

ZONS na Ilha será lançado no Cine Vitória




Lançado em 2013, pelos amigos Victor Balde e Aragão, o  ZONS- festival independente de música, que agrega shows, realização de filmes e oficinas- surgiu com a proposta de aliar arte, sustentabilidade e responsabilidade social.  Em dezembro daquele ano, apresentaram-se num Rancho Por do Sol (Aruana), as bandas Plástico Lunar (banda convidada), Do Coração Partido, Ato Libertário, Elvis Boamorte e os Boas Vidas, Máquina Blues e The Baggios. Parte do público, levou para casa o DVD gravado no início de 2013, contendo performances dos artistas escalados para o evento.

No ano passado, foi a vez de Patrícia Polayne, Alex Sant'Anna, The Renegades of Punk, Coutto Orchestra, Reação e Plástico Lunar, participarem do festival e gravarem clipes para o produto audiovisual. Agora, o público terá a chance de conferir os clipes gravados na Atalaia Nova (na residência de Guga Viana), pois haverá o lançamento do ZONS na Ilha, nesta quinta-feira, às 19h, no Cine Vitória (Rua do Turista). Na sexta-feira, haverá outra sessão dos clipes, às 17h e, no sábado, a sessão começará às 14h. Os ingressos serão vendidos ao preço de R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia).

Para saber mais sobre esse novo produto audiovisual, produzido pela Lamparina, o BANGALÔ CULT conversou com Victor Balde e Aragão. Confira abaixo, a entrevista exclusiva:

Bangalô Cult- Fale como foi o lançamento do primeiro filme e como se deu a produção desse segundo produto audiovisual (tempo de gravação, escolha das músicas e dos artistas). Parece que dessa vez, o evento tomou uma proporção maior...

ZONS– O lançamento do primeiro ZONS aconteceu no Museu da Gente Sergipana e nos serviu como marco de realização, estabelecendo uma abertura para outras possibilidades de apresentação de um material audiovisual fora do circuito de festival ou lançamentos virtuais. Foi também um momento para mostrar o resultado do processo que envolveu várias pessoas e ação para permitir novos encontros presenciais, eixo central do projeto. Para esse ano, continuamos com a mesma ideia de estabelecer um marco nessa história que estamos construindo.

Quanto à proporção, tudo acaba envolvendo a dinâmica de produção e isso, de fato, percebemos que houve um aumento substancial. Muito mais pessoas participaram da produção e, portanto, acabou ganhando uma outra proporção. Mas também não quer dizer que seja maior ou menor que o ano anterior, apenas encaramos como diferente. Consequentemente, porque a produção se deu na Ilha de Santa Luzia - ou Barra dos Coqueiros, ou também Atalaia Nova, mas de toda sorte, uma ilha, tanto por isso o nome ZONS NA ILHA - e que envolveu quatro meses de pré-produção, quatro dias de captação, três desses seguidos e outro intercalado, aproveitando uma locação que permitiu ter vários biomas dispostos de forma a garantir diferentes locações em um mesmo lugar, mas que tinham uma unidade e atmosfera em comum que fossem fora de estúdio, ou “no mato” como gostamos de dizer.

Ter esse deslocamento do ambiente de estúdio ou casa de show, bar, etc, para que os músicos/artistas apresentassem seu trabalho, tocando ao vivo, agregando outros participantes, foram e são os nortes do projeto. As músicas foram escolhidas pelos próprios artistas e os artistas foram escolhidos pela curadoria do ZONS. A pós-produção aconteceu em quatro meses em parceria com a produtora  sergipana Lamparina.

BC- Como está a expectativa de vocês para essas sessões pagas no Cine Vitória ? Os apoiadores do projeto entrarão gratuitamente?

ZONS- Acreditamos que estamos na dinâmica produtiva e econômica da cultura local, mas não exatamente dentro dos modelos formais, até porque a formalidade nesse setor aqui em Sergipe não se configura. Isso nos coloca na situação de experimentarmos para saber o que realmente é possível ou não de acontecer. Nos arriscando para ver o que vai dar. Depois da sessão poderemos dizer algo, até lá, só poderemos dizer que a experiência de assistir algo em uma sala de cinema é única, ver e ouvir a nossa música em boa qualidade de som e imagem, nos parece bastante convidativo, e poder nos encontrar pessoalmente, mais ainda.

Foi feita uma negociação com o Cine Vitória onde metade da arrecadação será deles e a outra metade será nossa, assim, o número de cortesias ficou bem reduzido.

BC- Caso os interessados queiram adquirir o filme, ele será comercializado? Esse filme ainda faz parte do projeto do ano passado ?

ZONS- Estaremos vendendo o filme em full HD no suporte de pendrives de 8 GB. Através dos pendrives conseguimos manter a qualidade do filme e condiz mais com a temática sustentável do projeto.

Sim, esse filme foi finalizado por meio do Catarse no ano passado, e vendemos cerca de 140 pendrives antecipadamente.

BC- Vocês se inscreveram para a categoria videoclipe no Curta-SE 15 ?

ZONS - Não, como o filme foi finalizado recentemente, já havia passado do prazo de inscrição do Curta-SE.

BC- Alguma novidade sobre o ZONS 2015?

ZONS– Para 2015, fechamos uma parceria com o Estúdio Orí e fizemos o caminho inverso. Saímos do “mato” e fomos para o estúdio. Focamos desta vez nas plataformas virtuais para lançar o material de forma seriada, mas mantendo a ideia dos encontros. O produtor musical Eduardo Prudente junto com a equipe do ZONS fez a curadoria do projeto. Fomos em busca de novas composições de autores sergipanos de diferentes vertentes.

A partir da composição, convidamos músicos e interpretes para fazer com que essa interação trouxesse uma nova produção que só vai existir naquele contexto. É como estabelecer uma relação com o instantâneo da foto, ou o carácter documental do cinema de qualquer espécie, no que confere sua capacidade mesma de fixar o momento. O imortalizando naquele registro, podendo ou não gerar novos encontros a partir dele, mas nunca naquelas condições. Esse projeto tem o nome de ZORI e será lançado no segundo semestre de 2015. Vamos ficar atentos porque está bem bonito. 

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