segunda-feira, 20 de outubro de 2008

"Elementar, meu Caro Bruno..."

Adoro quando saio de um filme cambaleando!!! De emoção, é claro. E esse "Partículas Elementares" do pouquíssimo conhecido Oskar Roehler, é uma dessas películas que emociona, mas não de forma fácil; sutil.
Ao saber que o filme tratava dos dramas vividos por dois meio-irmãos, que apesar de terem pouco contato, têm muito em comum, achei que seria mais um dramalhão alemão (e existe esta categoria?). Constatei que não.
À medida que os minutos passavam e a projeção alcançava a sua primeira hora, já tinha tido a oportunidade de conferir o quanto as interpretações de Moritz Bleibtreu (Bruno), Christian Ulmen (Michael) e Franka Potente (Annabelle) estavam acima da média. Mérito não só dos próprios atores (Bleibtreu ganhou o prêmio de Melhor Ator no Festival de Berlim de 2006), como do comando do diretor Roehler, que segundo algumas críticas que li, fez uma adaptação superficial do livro homônimo de Michel Houellebecq.
Como não sou muito de ler esses livros de ficção (prefiro ver as histórias imageticamente traduzidas), não posso fazer uma comparação do qual produto se sai melhor- o livro ou o filme.
Sei que esta estória me emocionou, sobretudo pelo personagem Bruno, com seus dramas, frustrações e obsessões exaustivamente exploradas por Roehler.
Acho que neste aspecto, o filme deixa a desejar, colocando muito de escanteio, as 'neuras' de Michael (excessivamente contido). De qualquer maneira, vale conferir a verdade humana colocada de forma autêntica na tela pelo casting de atores. Reserve duas hora de seu dia para se emocionar. Muitas vezes, vale a pena...

Suyene Correia

Um comentário:

Lara disse...

É um filme para se emocionar, realmente, como diz minha amiga Suyene. Bem que poderia ter um filme do mesmo, só que com o foco no personagem tímido hein? Com certeza assistiríamos de novo. Com tanta riqueza interior naquelas personalidades, fica difícil sair "em brancas nuvens" do cinema...