quinta-feira, 26 de maio de 2011

8a Bienal do Mercosul

A 8ª edição da Bienal do Mercosul – Ensaios de Geopoética tem como tema o território e sua redefinição crítica a partir de uma perspectiva artística. Este ano, o evento reunirá 107 artistas de 35 países que tratam de tópicos relevantes para essa discussão: mapeamento, colonização, fronteira, aduana, alianças transnacionais, construções geopolíticas, localidade, viajantes científicos, nação e política. 

Segundo José Roca, curador-geral dessa edição, “A 8ª Bienal quer mostrar alternativas à noção convencional de nação, além de discutir novas cartografias, as relações entre as condições políticas e geográficas, o posicionamento entre o regional e o global, as rotas de circulação e o intercâmbio de capital simbólico, a cidadania em territórios não-urbanos, o status político de nações fictícias e a relação entre ciência, viagem e colonização”.

O projeto curatorial desenvolve sete grandes ações, abordadas por meio de duas estratégias – expositivas e ativadoras. Nas ações ativadoras, que podem também ter como resultado uma exposição, há uma ênfase na relação entre artista e público. Nas exposições propriamente ditas, a ênfase está na obra e na sua relação com os trabalhos dos demais artistas e com o tema proposto.
Um dos projetos-chave da 8ª Bienal do Mercosul é a Casa M, um espaço de encontro para a comunidade artística local, pessoas interessadas em arte e cultura, professores e estudantes de arte e áreas afins. A proposta parte da vontade de criar uma comunidade temporária em torno da mostra, promovendo a reflexão e o diálogo e favorecendo o intercâmbio e a criação de redes. 

Para além do período da 8ª Bienal, a Casa M terá a duração de sete meses, oferecendo à comunidade uma programação de residências curatoriais, pequenas exposições, conversas, oficinas e outras atividades. O local conta com um espaço de convivência, sala de leitura, biblioteca e ateliê, entre outros ambientes.

A Bienal se entende por todo o território do Rio Grande do Sul levando artistas, obras, exposições e atividades pedagógicas a mais de dez cidades: Bagé, Caxias do Sul, Ijuí, Montenegro, Pelotas, Santa Maria , Santana do Livramento, São Miguel das Missões e Teutônia.

Em Porto Alegre, serão realizadas as exposições Geopoéticas e Cadernos de Viagem, no Cais do Porto, Além Fronteiras, no MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul – e a exposição do artista homenageado, o chileno Eugenio Dittborn, no Santander Cultural. Além disso, nove locais do centro da Capital abrigarão a exposição Cidade Não Vista, que vai chamar a atenção para lugares que habitualmente não são percebidos pela população.
Para o presidente da 8ª Bienal do Mercosul, Luiz Carlos Mandelli, a realização dessa edição reafirma o compromisso da Fundação Bienal com a comunidade: “o projeto curatorial da 8ª Bienal amplia as ações e envolve comunidades de todo o Estado, promovendo efetivamente a transformação social através de propostas artísticas contemporâneas”.

Alguns artistas que participarão da 8a Bienal do Mercosul: Alberto Lastreto (ARGENTINA), Emmanuel Nassar (BRASIL), Carlos Vergara (BRASIL), Gal Weinstein (ISRAEL), Khalil Rabah (PALESTINA), Coco Fusco (EUA), Iván Candeo (VENEZUELA), Flávia Gandolfo (PERU), Jean-François Boclé (FRANÇA), Diablo Rosso (PANAMÁ).

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