segunda-feira, 22 de abril de 2013

Mostra do Filme Livre aporta no Museu da Gente

"Esse Amor que nos Consome" é o longa-metragem da mostra



A Cacimba de Cinema e Vídeo, que integra o Circuito de Cineclubes da Mostra do Filme Livre, realizará amanhã, às 19h, no Museu da Gente Sergipana, uma mostra de filmes, entre curtas, médias e longa-metragens. Com entrada gratuita, a sessão especial contará com exibições dos curtas, “O Universo Segundo Edgar A. Poe” de Alexandre Rudáh; “Monstrolândia” de Ivan Cardoso; “Crisálida” de Thiago César; “A Onda Traz, O Vento Leva” de Gabriel Mascaro e o longa, “Esse Amor que Nos Consome” de Allan Ribeiro.

O curta de Alexandre Rudáh configura-se como uma espécie de slideshow que apresenta recortes de “Eureka: Um Poema em Prosa”, ensaio filosófico e cosmológico escrito por Edgar Alan Poe. As imagens do filme foram selecionadas a partir do site brainheamorrhageisthecure.tumblr.com e o texto é interpretado pelo ator Pedro Paulo Rangel. Logo em seguida, será exibido o inédito “Monstrolândia” de Ivan Cardoso, uma espécie de via crucis brasileira em sua eterna e infrutífera busca pela excelência olímpica. “Monstrolândia é fruto de pensamentos cruzados de um brasileiro frustrado com o nosso fracasso olímpico e um xeque-mate na miopia legalizada que reina no cinema brasileiro”, dispara Ivan Cardoso, que incluiu neste chocante curta-metragem, a subtrama que conta a história de um enxadrista que se transmutou em cão.

“Crisálida”, do cearense Thiago César, segue o cotidiano de um autista que constrói seu próprio mundo todos os dias. “Com um traço psicodélico e bem humorado, o filme é curta com tempero novo”, segundo Manu Sobral. Nem um pouco convencional é “A Onda Traz, o Vento Leva” de Gabriel Mascaro. O personagem principal chama-se Rodrigo. Ele é surdo e trabalha numa empresa instalando som em carros. O filme é uma jornada sensorial sobre um cotidiano marcado por ruídos, vibrações, incomunicabilidade, ambiguidade e dúvidas.

Por fim, será exibido o filme “Esse Amor que Nos Consome” de Allan Ribeiro. A trama envolve os personagens Gatto e Barbot que são companheiros há quatro décadas. Ao se instalar num casarão abandonado no centro do Rio de Janeiro, eles passam a viver e ensaiar com sua companhia de dança. A luta diária se mistura à criação artística e à crença nos seus orixás. Através da dança, eles se espalham pela cidade marcando seus territórios.

O evento é uma realização do Banco do Brasil e Ministério da Cultura, e chega à 12ª edição consolidado como uma das mostras pioneiras na exibição e na discussão de novas possibilidades estéticas para o audiovisual. O Museu da Gente Sergipana localiza-se à Av. Ivo do Prado, 398.

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