domingo, 3 de julho de 2011

Ângela Maria no Rio e em Aracaju



O início de tarde do último dia 24 de junho teve um brilho diferente por conta do show de Ângela Maria no Teatro SESI Centro, na Cidade Maravilhosa. Senão fosse pela minha conferida na Revista VEJA Rio durante o café da manhã, essa apresentação da Sapoti teria passado em branco.

Fui mais pela curiosidade de constatar a vitalidade da cantora octagenária que, propriamente, pela tietagem. Além disso, fiquei curiosa em saber se haveria público suficiente para ocupar os 350 lugares do teatro e quem formaria essa plateia. Às 10h30, quando cheguei a uma fila razoavelmente grande, formada em frente ao SESI, fui informada que somente às 11h30, seriam distribuídas as senhas. O show era gratuito. 

Na verdade, a apresentação fazia parte do projeto O Samba & Outras Coisas, capitaneado por Haroldo Costa e não somente Ângela cantaria seus eternos sucesso acompanhada de Paulo Roberto Direito, como bateria um papo com o produtor, desfilando curiosidades sobre sua vida.

Enquanto esperava pacientemente, eu aproveitava para ouvir as histórias dos fãs que beiravam os 70 anos. Só não era a mascote da fila, porque tinha umas duas ou três pessoas aparentando menos de 40. Incrível como a vitalidade daqueles "jovens" admiradores de Ângela me contagiava. Talvez por isso,  não lamentei tanto a espera e nem o desvio das ativiadades que tinha programado para aquela manhã. A diversão foi única.
Já no hall, fomos impedidos de adentrar no auditório imediatamente. Formou-se uma enorme fila em caracol, que eu não sabia mais onde começava e nem terminava. Ao observar a calçada em frente ao prédio, notei que não só a lotação já estava esgotada, como muitos ainda desejevam conferir a apresentação, sem chances.
Pensei que "os velhinhos" fossem mais educados e prudentes, mas quando se trata de fãs ardorosos como aqueles, a organização escoa pelo ralo. Resultado: tumulto no momento em que abriram as portas do teatro, e só não teve pisoteamento, por conta dos seguranças que conseguiram de uma certa forma, amenizar os ânimos. 

Quando Ângela Maria entrou em cena, a agitação foi demasiada na plateia. Haroldo Costa fez as honras como anfitrião e comandou bem a entrevista intercalada com números musicais. Um pouco resfriada e, por vezes, ironizando a sua própria surdez, Ângela fez os admiradores cantarem junto ao entoar "Quando Alguém Vai Embora" , "Pretinha", "Lábios de Mel", "Gente Humilde", "Babalú", entre outras.

Contou também sobre o início da carreira, sua admiração por Dalva de Oliveira, a passagem pelo Dancing Avenida, seu apego aos pais, a origem do apelido "Sapoti" dado pelo Presidente Getúlio Vargas. Depois de pouco mais de uma hora de pocket show, a impressão que tive é que que o gás de Ângela Maria não parece dar sinais de dissipação. 

No próximo dia 29 de julho, a partir das 21h, quando ela subir ao palco do Teatro Tobias Barreto para realizar o show dentro do Projeto Grandes Nomes- idealizado pela Mac2 Entretenimento-, poderá se conferir esse vigor. Aos 83 anos, Abelim Maria da Cunha ainda tem muito o que mostrar para as antigas e novas gerações.

Quem não quiser perder o show, os ingressos serão comercializados na bilheteria do teatro ao preço de R$ 140 (inteira) e R$ 70 (meia). Funcionários do Banese e clientes UNIMED têm 50% de desconto na inteira.

Fotos: Suyene Correia

Legenda da Foto 1: Ângela Maria dando início à sua participação no projeto O Samba & Outras Coisas

Legenda da Foto 2: Contando suas histórias para Haroldo Costa e Paulo Roberto

Legenda da Foto 3: Ângela Maria finalizou o show com o clássico  "Babalú"

2 comentários:

Rui disse...

Suyene,
Até na hora de oferecer uma promoção, a UNIMED enrola os clientes. Será que o cachê de Ângela justifica um ingresso ao preço de R$ 140,00? Eu a assisti de graça no Festival de Garanhuns há alguns anos. Abraço!

Bangalô Cult disse...

Oi, Rui, td bem? Olha, confesso que o preço do show da Ângela por aqui, está um pouco salgado, mas isso se deve a quanto o produtor pretende lucrar.
A UNIMED tem feito parcerias com diferentes produtores locais e a contrapartida deve ser o desconto de 50% de desconto para os clientes e com certeza algumas cortesias.
Mas não depende da cooperativa médica estipular o preço do show cobrado ao público.
De qualquer forma, gostaria de ver se aqui, como no Rio, a legião de fãs da Ângela também é significativa.
Abçs

Suyene