Geralmente, não demoro muito para indicar aqui, no Bangalô, um novo som, um novo talento artístico. Com Tulipa Ruiz, estou há um mês e meio atrasada neste quesito. Tive a oportunidade de conferir o show dessa promissora cantora paulista (compositora e desenhista também) no início de junho, semana em que ela se apresentou por três vezes em Sampa, a fim de lançar seu primeiro disco, “Efêmera”.
A primeira dessas apresentações, inclusive, foi no Auditório Ibirapuera com lotação esgotada (806 lugares). Com capacidade bem menor (247 lugares), o Auditório do Itaú Cultural, onde aconteceu o segundo show da semana e, eu marquei presença, foi pequeno para o talento da garota, acompanhada de sua banda Pochete Set.
Desde o final da tarde que uma fila não parava de crescer, com admiradores e curiosos a fim de apreciarem este novo fenômeno da MPB. Tulipa, acompanhada dos músicos Márcio Arantes (baixo), Duani (bateria), Dudu Tsuda (pianos), Luiz Chagas (guitarra) e outro guitarrista (que me falta à memória agora, substituto de seu irmão, Gustavo Ruiz, naquela ocasião) mostrou um repertório basicamente composto das 11 faixas de seu disco, abrindo possibilidades para sucessos de outras intérpretes.
Destaque para “Às Vezes” composta pelo se pai Luiz Chagas; “Efêmera” e “Do Amor” (onde faz dupla com o irmão Gustavo) e “A Ordem das Árvores” escrita pela cantora em “voo” solo.
Surgida em meio ao manancial de novas vozes (Ana Cañas, Tiê, Maria Gadú, entre outras), Tulipa tem ligeira vantagem sobre as demais, por aliar uma boa voz (afinadíssima) à ótima performance de palco e inspiração para compor suas canções com poesia singela e cativante.
Com certeza, sua carreira não será efêmera. Essa garota ainda dará muito o que falar...
Texto: Suyene Correia
Foto: Capa do CD "Efêmera"
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