O nome de Sergipe apareceu em dois prêmios nacionais de poesia pelas mãos do poeta Marcilio Medeiros: "Histórias do Trabalho" e "TOC140". O primeiro é promovido, anualmente, pela Prefeitura de Porto Alegre e visa divulgar textos e imagens sobre o mundo do trabalho, incluindo as categorias de histórias verdadeiras, estórias, poesias, monografias e fotografias.
Ao invés de estabelecer primeiro, segundo e terceiro lugares, o concurso premiou Marcilio, com o texto "Curriculum Vitae", e mais doze poetas. O livro com o trabalho dos artistas premiados foi lançado no Memorial do Rio Grande do Sul, dentro da programação da 56ª Feira do Livro de Porto Alegre.
O segundo concurso, promovido pela Festa Literária Internacional de Pernambuco – FLIPORTO, no ano passado, selecionou em duas eliminatórias, 100 poetas que publicaram seus textos pelo Twitter, obedecendo ao limite de 140 toques e Marcílio Medeiros foi um deles. Para escolher os dez melhores, votaram cerca de 1,3 milhão de pessoas.
Sobre o poeta- Ele nasceu no Rio Grande do Norte, mas há dez anos mora em Aracaju.
Morou também em PE (foi com seis anos de idade pra lá) e começou a produzir na adolescência , muito influenciado pela música (a mãe era uma cantora que não se tornou profissional, mas todo dia se ouvia música em casa).
"Depois do almoço ela cantava e tocava violão, e com o tempo fui despertando para as letras das músicas. Daí, comecei a escrever. O teatro também foi importante para mim. Fiz curso de formação de ator em PE, cheguei a atuar, e sempre utilizei os conhecimentos das artes cênicas para a literatura, os recitais".
De uma geração que fazia recitais na rua e produzia jornais literários, Marcílio desenvolveu sua paixão pela literatura desde muito cedo. "Com 18 anos, lancei um livro, com poemas produzidos dos 15 aos 17 anos. É um livro que não tem qualidade literária, foi feito em minha adolescência, mas na época eu quis fazer de qualquer jeito e fiz. O nome do livro é "Anjo Clandestino".
"Foi lançado na Livro Sete, em Recife, de modo que, a partir daí, entrei de cabeça no movimento literário. Participei do Movimento dos Escritores Independentes, na década de 80. A União Brasileira de Escritores tinha sido extinta na época da Ditadura e voltou suas atividades em 1984, de modo que nessa época fazíamos recitais, publicávamos em jornal. Tiveram dois que eu editei: “Vagalume” e “ O Prólogo”. Depois fizemos o primeiro Congresso de Escritores do Nordeste, em 1988, inclusive com vários participantes de SE".
Nivaldo Menezes, Marcos Vieira, Pedro Amaral Costa (publicava o Jornal Mandacaru) eram alguns dos que Marcílio mantinha contato por aqui. Quando foi diretor-administrativo da União Brasileira de Escritores, na década 90, foi realizado um Congresso Nacional de Escritores, em Pernambuco, com participação de Nélida Piñon, Ariano Suassuna, João Gilberto Noll.
Depois, publicou "A Pulsação Repleta", lançado pela Companhia Editora de Pernambuco que chegou a receber uma menção honrosa da Academia Pernambucana de Letras. "Foi quando eu saí de PE e vim para Aracaju.
Funcionário público, Marcílio Medeiros espera lançar um livro ainda este ano e pretende também desenvolver um projeto literário abordando a obra de Clarice Lispector.
Legenda da Foto 1: Poema "Alcoólico" feito para o Twitter, em concurso promovido pela FLIPORTO
Legenda da Foto 2: Capa do livro lançado na 56a feira do Livro de Porto Alegre que contém o poema "Curriculum Vitae" de Marcílio Medeiros
Legenda da Foto 1: Poema "Alcoólico" feito para o Twitter, em concurso promovido pela FLIPORTO
Legenda da Foto 2: Capa do livro lançado na 56a feira do Livro de Porto Alegre que contém o poema "Curriculum Vitae" de Marcílio Medeiros
Nenhum comentário:
Postar um comentário