O premiadíssimo espetáculo “O Púcaro Búlgaro”, encenação de Aderbal Freire-Filho para o texto homônimo de Campos de Carvalho, terá apresentação única em Aracaju, logo mais, às 21 horas, no Teatro Tobias Barreto. O espetáculo que estreou em junho de 2006, no Teatro Poeira (RJ), onde cumpriu temporada de seis meses, tornou-se um dos mais assistidos da temporada, obtendo excelentes críticas da imprensa especializada, além de diversas indicações e prêmios.
O motivo de tanto sucesso talvez seja a forma incomum da história fluir, onde cada personagem é narrador de si mesmo no próprio momento que age, mantendo o texto integral por meio de um vertiginoso rodízio de personagens. Segundo o crítico Sérgio Coelho, é o que caracteriza o gênero “romance-em-cena”, que o diretor Aderbal Freire Filho sabe conduzir muito bem. E em se tratando do inusitado da história...
No verão de 1958, Hilário, o personagem central do romance, descobre um púcaro búlgaro numa pequena sala do Museu Histórico de Filadélfia. A partir daí, obcecado por esse fato, move mundos e fundos a fim de organizar uma expedição que pudesse comprovar ou não a existência da Bulgária (já que da existência dos púcaros ele não duvida).
Em seu apartamento no alto da Gávea, recebe toda a sorte de personagens esdrúxulos, candidatos a tomar parte na viagem - um alfarrabista interessado em abrir uma fábrica de acentos circunflexos na Bulgária; um descendente do sábio hindu que inventou o zero; um professor de bulgarologia e bulgarosofia, um sujeito chamado Expedito, e que pelo nome se acha credenciado para a expedição; um ex-habitante de Pizza que descobriu que a cidade, e não a torre do mesmo nome, é que está inclinada - enfim, um grupo surreal, dos quais alguns são aceitos para participar da aventura.
Entre os meses de outubro e dezembro de 60, período em que decorre a ação do romance, são ultimados os preparativos, escolhido o meio de transporte e traçado o roteiro rocambolesco (com a ajuda inestimável do professor de bulgarologia) que farão Hilário e seus expedicionários para tentar descobrir (“ou não descobrir”) se a Bulgária existe mesmo.
Ao final, depois que o expedicionário Expedito foge com a empregada da casa (amante de Hilário) e um cheque de dois milhões, o restante grupo de expedicionários transforma a iminente partida para a Bulgária numa inocente partida de pôquer e desiste da empreitada.
O texto do espetáculo é de Campos de Carvalho e conta com cenários de Fernando Mello da Costa e Rostand Albuquerque, figurinos de Biza Vianna, iluminação de Maneco Quinderé e música de Tato Taborda. No elenco, Ana Barroso, Cândido Damm, Gillray Coutinho, Isio Ghelman e José Mauro Brant/Augusto Madeira.
O ingresso custa R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia) e pode ser adquirido na bilheteria do teatro.
Um comentário:
Esse bangalô é "fashion" : abriga o que há de mais atual na city.... Excelente exposição e apreciação de peça teatral.
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