sexta-feira, 30 de setembro de 2011

9o FICI inicia hoje no Cinemark Jardins



A partir de hoje, no Cinemark Jardins, “baixinhos e altinhos” terão uma programação infanto-juvenil diversificada e de excelência. É que será dada a largada para a 9ª edição do Festival Internacional de Cinema Infantil (FICI), que prossegue até o dia 09 de outubro, e exibirá filmes de longa e de curta-metragem, nacionais e estrangeiros.

A grande novidade deste ano é que amanhã, a partir das 10h, acontecerá a festa de abertura do festival, com exibições simultâneas em todas as salas do complexo cinematográfico. Poderão ser conferidas as animações “Os Três Ladrões” de Hayo Freitag, “Poli, o Fusquinha de Polícia” de Rasmus Sivertsen, “Molly e Leon-Histórias de Inverno e Primavera” de Pierre Luc Granjon e Pascal le Nôtre, “Os Smurfs- 3D” de Raja Gosnell, “Enrolados” de Nathan Greno, “Ponyo-Uma Amizade que Veio do Mar” de Hayao Miyazaki e “Pequenos que Nem Você”, uma coletânea de curtas.

O único filme de não-animação, exibido na festa de abertura, é “Meu Amigo Storm” de Giacomo Campeotto. A produção dinamarquesa conta as aventuras do garoto Freddie e do seu cão, Storm, dotado de habilidades especiais. Além disso, a festa contará com DJ, pernas de pau, palhaços e distribuição de kits de patrocinadores. A expectativa é que cerca de mil crianças participem desta celebração.

Quem não quiser esperar até amanhã, para assistir às produções selecionadas para esta edição do FICI, hoje, às 10h30 serão exibidos “Desenrola” de Rosane Svartman e “Os Smurfs” de Raja Gosnell. O filme “Meu Amigo Storm” será exibido, às 11h, 13h e 15h e “Soul Boy- À Procura da Alma” de Hawa Essuman poderá ser visto às 14h. Já “Os Crocodilos Estão de Volta” de Christian Ditter será exibido às 16h e “Os Três Ladrões” de Hayo Freitag ganha sessão às 18h30.

Ainda hoje, nas sessões de 10h30 e 14h, da animação “Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar”, a repórter Priscila Andrade irá debater com as crianças sobre o filme, a partir de conceitos jornalísticos. É a sessão conhecida como ‘O Pequeno Jornalista’ que começou a integrar a programação do festival no ano passado.
“Acredito que esta discussão ajuda a desenvolver o olhar crítico das crianças. Com as discussões, elas assistem aos filmes e refletem sobre ele. A gente sempre associa essa discussão aos conceitos que trabalhamos no jornalismo”, diz Priscila.

O melhor de tudo é que o preço do ingresso é promocional. Custa R$ 5 (preço único) para adultos e crianças e amanhã e domingo, acontece gratuitamente, no hall do Cinemark, a oficina de animação, que há cinco anos integra as atividades do FICI.

De 3 a 6 de outubro, também acontece o projeto “A Tela na Sala de Aula”. O projeto é voltado para estudantes da rede pública de ensino e no ano passado reuniu cerca de oito mil alunos. Cada filme exibido em “A Tela na Sala de Aula” possui um caderno com orientações pedagógicas, seguidos de sugestões de atividades, criado a partir dos parâmetros curriculares do Ministério da Educação. 

Incentivado pela Lei Roaneut, o festival tem patrocínio do BNDES, Petrobras, OI, McDonalds, Schin, Protex e Governo do Rio de Janeiro. A produção local é da Casa Curta-SE e conta com o apoio da Fundação Aperipê, Superlux, Portal Infonet, Shopping Jardins, Ativa Impressão Digital, loja Pinóquio e Fredd’s Lanches, com produção da Copacabana Filmes e realização do Governo Federal.

Legenda da Foto: Cena de "Ponyo"

2 comentários:

Robson Viana disse...

VERGONHA E LÁSTIMA DURANTE PEÇA DE NANINE OU: COMO O PÚBLICO ARACAJUANO FOI INCONVENIENTE E CAFONA

Ontem, na segunda noite de encenação da peça Pterodátilos no teatro Tobias Barreto (Aracaju-SE), o público, deslumbrado diante do "astro global", Marco Nanine, vulgo (para os afeitos à dominante e mais acessível cultura televisiva) "Lineu da Grande Família", sacou de bolsas e bolsos suas câmeras fotográficas e celulares devidamente equipados para fotografar o ator em questão. A sala não teria ficado mais iluminada se as luzes do TB estivessem acesas: os flashes inundavam o ambiente e produziam uma espécie de ópera técno com aquele barulho característico de quando são acionados. Não deu outra: Nanine incomodado com a luz e o barulho, interrompeu o espetáculo e pediu gentilmente (mas denotando uma irritação que a custo procurava se disfarçar) que parassem com aquilo. Que vergonha de ser parte daquele público...

As pessoas, a maioria delas, (arrisco-me a dizer que incentivadas pelo preço baixo dos ingressos) pareciam estar lá por que Pterodátilos era uma opção à novela de todos os dias, ao Zorra Total, à insossa exibição televisa do Rock'n Rio. Poucos pareciam estar lá para tentar entender a intenção do cenário criado por Daniela Thomas (inclinável e desmontável - uma concepção em sintonia com a derrocada e a instabilidade da família retratada) e do texto de humor preciso e de ironia cortante e perturbadora. Poucos pareciam estar lá para ver no texto um comentário à extinção moral da contemporrâneidade, do homem enquanto ser social. A maioria parecia querer isso: ver o ator da televisão, tirar fotos dele e ir para casa postá-las no Facebook e demais redes sociais ou mostrá-las a amigos e parentes em acompanhamento aos habituais "não entendi nada!", "quanto palavrão!", "e ele, de mulher!?", "aquela não era a rainha de Cordel Encantado?" (ouvi tudo isso ao sair do TB).

Sergipe tem uma pláteia muito deseducada quanto à eventos do tipo. Eu esperava que o teatro fosse o último recanto de educação das platéias que já incomodam o suficiente nos cinemas conversando e comendo em ruidosamente os infindáveis sacos de pipoca gordurosa...

O ritmo de Pterodátilos é rápido, mas depois do pito de Nanine parece-me que os atores começaram a adiantar a peça para acabar logo com aquilo e ir embora, longe da tietagem que ainda não sei como classificar: pueril?, cafona?, os dois? Não sei. Mas irritante em todo caso. E como falei acima, vergonhoso, lastimável.

Bangalô Cult disse...

Graças a Deus não estava nesse dia.
Fui na sexta e, confesso, estranhei o público extremamente bem comportado, silencioso e sem preocupação em tirar fotos.
A iluminação e o cenário magnificamente bem conectados com o texto denso parecem ter "hipnotizado" a plateia no primeiro dia de espetáculo.
O resultado foi dos melhores: plateia e elenco em sintonia.